Bolsonaro diz que Fiocruz entrega 18 milhões de vacinas em abril

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse ontem (18), por meio de uma rede social, que a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) vai entregar 18 milhões de vacinas contra a covid-19 até o final de abril. Desse total, segundo o presidente, serão entregues 4,6 milhões de doses ainda nesta semana e mais 6,7 milhões na outra semana.

Na sexta-feira (16) a Fiocruz já havia repassado mais 2,8 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Além dos 2,8 milhões liberados na sexta-feira, 2,2 milhões já haviam sido entregues na última quarta-feira (14).

O presidente disse ainda que a previsão é que o volume de entrega de imunizantes cresça nos próximos meses. Segundo ele, no segundo semestre de 2021, a Fiocruz deve entregar 110 milhões de doses da vacina.

Principal rota em São Paulo, trem entre Campinas e Jaguariúna volta a operar

MARCELO TOLEDO
FOLHAPRESS –

Maior rota turística em operação em São Paulo, a maria-fumaça entre Campinas e Jaguariúna voltará aos trilhos a partir do próximo sábado (24).
Com as atividades paralisadas desde o dia 3 de março devido a restrições impostas pelo governo paulista como forma de combate à Covid-19, a maria-fumaça percorre um total de 48 quilômetros (ida e volta) entre as duas cidades.
O roteiro inclui cinco estações ferroviárias e uma pausa em Jaguariúna, onde o turista, quando a normalidade permitir, poderá visitar uma feira com artesanatos e produtos típicos e almoçar em restaurantes nas proximidades da estação local.
Operada pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), a rota será retomada com dois horários no próximo final de semana e com a adoção de protocolos, como a limitação de passageiros nos carros, para que haja distanciamento entre os frequentadores.
Às 10h10, o trem partirá da estação Anhumas, em Campinas, com destino à estação Jaguariúna. Às 15h será a vez da composição que faz meio percurso -deixa Anhumas com destino à estação Tanquinho, também em Campinas.
A paralisação de cerca de dois meses não foi a primeira envolvendo o trem por conta da pandemia. Em março do ano passado, todas as operações do país sofreram interrupção em seu funcionamento como forma de tentar evitar a propagação do novo coronavírus.
O trem seguiu paralisado até outubro, quando retomou as atividades com uma homenagem involuntária a cinco companhias ferroviárias que operaram no passado no país.
Tracionada por uma locomotiva que pertenceu à Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, a composição tinha quatro vagões, que pertenceram à Estrada de Ferro Sorocabana, São Paulo-Paraná, Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Viação Férrea do Rio Grande do Sul.
O da Sorocabana era o carro-restaurante, enquanto os outros três, de passageiros, eram de primeira classe.
A pandemia, aliás, fez com que nenhum passageiro fosse transportado por trens regulares ou turísticos por pelo menos cinco meses, fenômeno que não ocorreu nessa intensidade no país nem mesmo durante a Segunda Guerra (1939-1945) ou após a quebra da Bolsa de Nova York (1929).
Os bilhetes custam R$ 120 (inteira) e R$ 80 (meia), para o percurso completo. Para meio percurso, a inteira custa R$ 100 e a meia, R$ 60.
Até o fim de maio, porém, a ABPF está fazendo uma campanha da solidariedade, que fará com que o passageiro pague meia-entrada para qualquer passeio caso ele doe um quilo de alimento. Nesse período, crianças de 6 a 12 anos pagarão R$ 40.

EUA já aplicaram vacina contra Covid em mais da metade dos adultos do país

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

Metade de toda a população adulta dos Estados Unidos já recebeu ao menos uma dose de vacina contra a Covid-19, de acordo com dados do governo americano.
Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), até sábado (17) 129,9 milhões de pessoas com mais de 18 anos receberam a primeira dose, o que representa 50,4% dos adultos do país.
A segunda dose já foi aplicada em 83,9 milhões de adultos (32,5% do total). Entre os maiores de 65 anos, 81% já foram imunizados com ao menos a primeira aplicação, e 65,9% estão completamente vacinados.
Ao todo, o país já distribuiu 264 milhões de vacinas para seu sistema de saúde, e 209 milhões delas foram aplicadas.
A vacinação nos EUA começou há cerca de quatro meses, em 14 de dezembro. A partir desta segunda (19), a imunização será aberta a todas as pessoas com mais de 16 anos.
Como comparação, o Brasil começou a vacinação em 17 de janeiro, há três meses. Até agora, 16,2% dos adultos tomaram a primeira dose, e 5,89%, a segunda. Veja aqui os dados detalhados da imunização brasileira.

Sem casos confirmados nas últimas 24h, Rio Claro também não registra óbitos neste domingo

Rio Claro não registrou novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, segundo dados do boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura neste domingo (18). O número se mantém. São 12.114 infectados até agora.

Outro dado relevante é que a cidade também não registrou novas mortes pela doença. O número de óbitos permanece em 355. Já o número de recuperados chegou a 10.840.

O município tem 109 pessoas hospitalizadas e índice de 70% de ocupação de leitos. Do total de internados, 61 estão em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Preço do botijão atinge recorde histórico e Congresso analisa programa social

NICOLA PAMPLONA E FRANCO ADAITON
RIO DE JANEIRO, RJ, E SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – A escalada do preço do gás de botijão em meio à crise econômica gerada pela pandemia reacendeu no Congresso o debate sobre políticas sociais para subsidiar o combustível à população de baixa renda, que vem apelando a lenha ou carvão para cozinhar suas refeições.


Em meados de fevereiro, o preço médio do botijão no país atingiu o maior valor desde que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) começou a compilar os dados, em 2004. E, mesmo com a isenção de impostos anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro em março, o preço do produto não parou de subir.


Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14 milhões de domicílios brasileiros usavam lenha ou carvão para preparar alimentos em 2019, número equivalente ao do ano anterior e a cerca de 20% do total de domicílios do país.


A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) estima que, já em 2018, combustíveis como lenha e carvão ultrapassaram a fatia do gás de cozinha na matriz energética residencial brasileira, tendência que, segundo especialistas, pode ter se acentuado na pandemia.


A estimativa é feita em toneladas de petróleo equivalente. Como lenha ou carvão têm poder calorífico bem menor ao do gás, é necessária uma quantidade bem maior desses combustíveis para obter o mesmo resultado na cozinha.
Além de poluidor e menos eficiente, o consumo de lenha ou carvão é prejudicial à saúde dos moradores da residência. Mas tem sido a única alternativa para famílias como a da estudante de serviço social Nadjane dos Santos, 27, de Salvador.


“Com três crianças, mais despesas com aluguel, água, energia, medicações para minhas filhas, internet móvel para estudar e manter contato com clientes, não tenho condições de comprar gás, senão a gente não come”, diz ela.
Nadjane trabalha como trançadeira de cabelos e vendedora ambulante de salgados, atividades que são parte do setor mais afetado pela pandemia, o de Serviços. Hoje, sobrevive com cerca de R$ 800 por mês, dos quais R$ 123 vêm do programa Bolsa Família.


Sem condições de gastar de R$ 80 a R$ 100 em um botijão de gás, ela improvisou um fogão com tijolos no quintal de casa e recolhe lenha nas redondezas, uma região pobre com cerca de 50 mil habitantes. Quando chove, apela para um fogareiro com álcool.


A escalada do preço do botijão ganhou força no fim de 2019, após o fim do subsídio cruzado dado pela Petrobras desde 2003, quando o governo Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a empresa vendesse mais barato o gás envasado em botijões de 13 quilos.


A desvalorização cambial acrescentou outro ingrediente ao problema, pressionando ainda mais os preços nas refinarias, que seguem as cotações internacionais do petróleo e as variações do dólar.


Há dois meses, o preço médio do botijão ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$ 81. Na última semana, segundo a ANP, o produto era vendido a R$ 84, alta de 22% em relação ao valor vigente na semana em que o subsídio foi extinto, em 2019.


O cenário provocou uma enxurrada de projetos de lei sobre o tema no Congresso. Dos 28 textos hoje em tramitação, 12 foram apresentados e 2020 e 8, em 2021.


“A demanda da população de baixa renda é muito sensível a preço e a sua renda”, diz o pesquisador do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Marcelo Colomer. “Isso não só justifica como legitima a definição de políticas públicas”.
Os projetos no Congresso discutem três soluções principais: a criação de um programa social, a inclusão do botijão de gás na cesta básica e o tabelamento de preços, alternativa que enfrenta resistência do governo, da Petrobras e das empresas do setor.


Autor de um dos projetos, o deputado federal Christino Áureo (PP-RJ) avalia que a isenção concedida pelo governo em março é insuficiente e acaba subsidiando famílias que têm condições de comprar o botijão.


O desconto é de R$ 2,18 por botijão, o que representa uma renúncia fiscal de R$ 1,2 bilhão por ano. “Se destinarmos essa renúncia totalmente para o Bolsa Família, daria um desconto de até R$ 30 por botijão”, defende.


Seu projeto prevê o uso do cartão do Bolsa Família para direcionar o subsídio. O valor destinado ao botijão de gás só poderia ser usado em estabelecimentos que vendem o combustível.


Áureo defende que a estratégia adotada pelo governo, de dar um pequeno desconto para todos, “não é política pública”. “É desoneração sem capacidade de mensuração de resultados, que é o pior tipo de política pública que se pode ter”.


Ao dar o desconto para cadastrados no Bolsa Família, diz, é possível saber se o beneficiário migrou da lenha para o gás ou se melhorou padrão nutricional.


As propostas para incluir o botijão na cesta básica também têm efeitos no preço, ainda que menores, pela redução da carga tributária estadual, hoje responsável por cerca de 14%, em média, do preço final do produto.
Estudo da LCA Consultores estima que a medida provocaria corte de 9,1% a 17,3% no preço do botijão, dependendo do estado. A menor variação se daria em São paulo e a maior, em Pernambuco.


Os responsáveis pelo estudo afirmam que os maiores valores de ICMS são cobrados justamente nos estados de renda mais baixa e de maior consumo de lenha e carvão, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


A mudança na tributação, porém, depende da disposição de governos estaduais a perder arrecadação.
A posição do governo Bolsonaro sobre as propostas não é consensual. Segundo fontes, o Ministério da Economia tem uma posição mais refratária à adoção de subsídios, enquanto o Ministério de Minas e Energia vem estudando soluções para suavizar as variações de preços dos combustíveis.


A reportagem procurou as duas pastas e o Ministério da Cidadania, responsável pela gestão do programa Bolsa Família, mas nenhum deles quis dar entrevistas sobre o tema.

“Estamos vendo o empobrecimento da população e o aumento do consumo de lenha. É efetivamente uma questão social”, diz Sérgio Bandeira de Mello, que preside o Sindigás, que reúne os distribuidores do produto. “Não é o setor privado que vai resolver.”


“À medida em que a dificuldade aumenta, seja pelo preço, seja pelo desemprego, mais pessoas vão correr atrás da lenha para cozinhar os alimentos, mesmo com o risco de problemas de saúde”, conclui o presidente da Abragás (associação que representa a revenda do produto), José Luiz Rocha.

Rio Claro tem 109 hospitalizados por Covid

Nenhum caso de contaminação do coronavírus foi registrado em Rio Claro nas últimas 24 horas e com isso o município mantém 12.114 infectados de acordo com o boletim da Secretaria Municipal de Saúde emitido neste domingo (18). 


O município tem 109 pessoas hospitalizadas e índice de 70% de ocupação de leitos. Do total de internados, 61 estão em unidade de terapia intensiva. 


Até agora Rio Claro tem 10.840 pessoas recuperadas da Covid-19. Desde o início da pandemia o município registrou 355 óbitos em decorrência da doença.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos.

Entidade vai acionar Justiça contra pastor que desejou a morte de Paulo Gustavo

DHIEGO MAIA
GONÇALVES, MG (FOLHAPRESS) – O pastor José Olímpio, da igreja evangélica Assembleia de Deus de Alagoas, causou polêmica ao se manifestar contra a recuperação do ator e humorista Paulo Gustavo, 42. O fato motivou 30 entidades que militam pelos direitos LGBTQIA+ a repudiarem as palavras dele em uma carta aberta. Além disso, o Grupo Gay de Alagoas diz que vai entrar com uma representação contra ele no Ministério Público do estado.


O artista está internado há mais de um mês em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital da zona sul do Rio de Janeiro. Ele teve complicações clínicas após receber diagnóstico de Covid-19, a doença causada pelo coronavírus Sars-Cov-2.

Em suas redes sociais, o pastor José Olímpio publicou uma foto em que o ator aparece caracterizado atrás de um crucifixo. Na legenda da foto, o líder religioso escreveu: “Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”.


A publicação de Olímpio, feita na última quinta-feira (15), ganhou grande repercussão e recebeu uma avalanche de manifestações de repúdio na internet. “Isso é uma pessoa que segue quem for, menos a Deus”, escreveu uma internauta. “Vamos divulgar para que esse crime chegue às autoridades”, disse outro fã do artista.


Organizações da sociedade civil que militam pelos direitos LGBTQIA+ também redigiram uma carta pública contra as palavras do pastor. “O ato criminoso de violência, praticado por este líder religioso, contra o ator Paulo Gustavo, que se encontra internado em virtude de problemas de saúde causadas pela Covid-19, problema sério de saúde pública e sanitária mundial, fere severamente não só Paulo, mas todas as vítimas da doença, a comunidade LGBTQIA+, classe artística e a todos os cidadãos de bem que tenham bom senso e sintam empatia por seu próximo”, diz um trecho.


Entre as 30 entidades que assinam o documento contra o líder religioso estão a Aliança Nacional LGBT, o Grupo Gay da Bahia e a Rebraca (Rede Brasileira de Casas de Acolhimento para pessoas LGBTIs). Para as organizações, o pastor cometeu crime de homofobia. Em 2019, o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu a homofobia e a transfobia no rol dos crimes de racismo até que o Congresso Nacional aprove uma lei específica.


Nildo Correia, presidente do Grupo Gay de Alagoas, disse que vai encaminhar uma representação contra o pastor ao Procurador Geral do Estado, Francisco Malaquias de Almeida Júnior. “Ele cometeu homofobia ao desejar a morte de Paulo Gustavo pelo simples fato de o artista ser gay”, afirmou.


Correia também adiantou que vai comunicar a direção da Assembleia de Deus nacional e a do estado de Alagoas sobre a conduta de Olímpio. “Acreditamos que a instituição não deve comungar com a postura dele como membro”, disse o ativista.


O F5 entrou em contato com a Igreja Assembleia de Deus neste domingo (18), mas não localizou nenhum representante para comentar o caso. Pedidos de resposta foram deixados nos e-mails da instituição religiosa.
A reportagem também procurou o pastor José Olímpio, que apagou a postagem original contra o ator Paulo Gustavo e alterou seu perfil nas redes sociais. O líder religioso ainda não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.


BATALHA PELA VIDA
Nesta última terça-feira (13), completou-se um mês da internação de Paulo Gustavo, 42. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do artista dois dias depois, no dia 15 de março. Na ocasião, o marido dele, Thales Bretas, disse que ele estava melhorando e agradeceu o carinho dos fãs.


Pouco mais de uma semana após a internação, no dia 21 de março, o ator precisou ser intubado porque estava com dificuldade para respirar. Na época, foi divulgado que o procedimento era uma precaução e Bretas disse que era “mais um passo na cura da infecção”.


“[Paulo] foi sedado e entubado para que a cura consiga se estabelecer nos seus pulmões sem cansá-lo tanto com a falta de ar que o incomodava”, disse. “Estou calmo, confiante e tenho certeza de que será um passo importante para a melhora completa do nosso guerreiro!!! Ele que é jovem, saudável, sem comorbidades e supercuidadoso, está passando por isso.”


O ator respondeu bem ao tratamento e teve uma evolução positiva nos dias seguintes. Porém, no dia 2 de abril, o estado de saúde dele piorou. Ele acabou precisando mudar de tratamento e passou a respirar com a ajuda de ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), uma espécie de pulmão artificial usado apenas em casos mais graves.
Dois dias depois, Paulo Gustavo precisou passar por uma pleuroscopia, para que a equipe médica pudesse verificar a condição de seus pulmões. Na ocasião, foi identificada uma fístula broncopleural, espécie de comunicação anormal entre os brônquios e a pleura. Ela foi corrigida.


Na quarta-feira (7), o marido de Paulo contou que o ator teve que receber uma transfusão de sangue. Segundo ele, devido ao ECMO, o paciente ficou “anticoagulado” e perdeu “um pouco de sangue”. “Por isso precisou tomar algumas bolsas de sangue”, explicou. Na mesma publicação, ele também incentivou as pessoas a irem doar sangue.
Porém, dias depois foi realizada uma toracoscopia, na qual uma nova fístula broncopleural foi identificada e corrigida. De acordo com comunicado da assessoria de imprensa do humorista, o procedimento foi um sucesso.


No dia 11, o boletim médico dizia que a situação clínica do ator continuava crítica. “Todos os profissionais têm se empenhado incessantemente pela sua recuperação”, diz a nota publicada nas redes sociais.


“As diversas complicações pulmonares já demandaram procedimentos invasivos como broncoscopias, pleuroscopias e colocação de dispositivos intrapulmonares”, continua o texto. “Às fístulas broncopleurais identificadas e tratadas somaram-se a complicações hemorrágicas, mas que vêm respondendo, de certa forma satisfatória, à reposição dos fatores da coagulação deficitários.”


Os últimos boletins sobre o estado de saúde de Paulo Gustavo informavam apenas que o artista ainda continuava em estado grave. O ator é casado com o dermatologista Thales Bretas -eles são pais de dois meninos.

Crianças e grávida vacinadas por engano contra Covid são submetidas a exames em Itirapina

As 28 crianças e a gestante vacinadas por engano contra a Covid-19 em Itirapina, foram submetidas neste sábado (17) a exames. Os testes sorológicos foram feitos nas crianças enquanto a mulher grávida foi submetida a ultrassom. Todas passam bem, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura.


O envio errado de frascos da Coronavac, vacina contra a Covid-19, para um local em que estava sendo realizada a campanha de vacinação contra gripe fez com que 46 pessoas fossem imunizadas indevidamente em Itirapina. Após detectar o erro, a Secretaria da Saúde de Itirapina procurou pessoalmente as famílias dos 46 vacinados para informar sobre o engano.


O Butantan informou que, conforme indicado em bula, a vacina Coronavac é indicada para indivíduos com 18 anos ou mais e que, no caso de crianças e gestantes expostas à vacina, não é indicada a aplicação da segunda dose do imunizante.


“Não há conclusões científicas até o momento de segurança ou eficácia da vacina adsorvida Covid-19 [inativada] na população pediátrica ou em gestantes”, diz trecho da nota do instituto.


Ainda de acordo com o Butantan, é importante que, em situações como a ocorrida em Itirapina, a vigilância municipal acompanhe e colete informações individuais das gestantes e das crianças expostas.


As demais 17 pessoas vacinadas por engano são adultos. A Secretaria de Saúde afirmou que aguarda orientação da Vigilância Epidemiológica para definir se eles receberão a segunda dose da Coronavac.


Na sexta (16), a prefeita de Itirapina, Maria da Graça Zucchi Moraes, a Dona Graça (PSDB), disse que a aplicação das vacinas ao grupo de 46 pessoas foi “lamentável” “É um fato que ocorreu, já está efetivado, pessoas receberam vacina de forma errônea. Foram para receber uma vacina e receberam outra. Isso nós não podemos mudar. Eu não quero crucificar ninguém, mas quero me solidarizar com todos aqueles que de uma forma ou de outra foram enganados na hora de receber a vacina”, disse.


Ela afirmou que a prefeitura investiga como o erro aconteceu. “A gente acha imperdoável, embora não queiramos crucificar ninguém. Mas essa falta de atenção, essa displicência, talvez porque estão cansados, o pessoal vem vindo de uma jornada longa de vacinação, pode ser isso?”.

VÍDEO: “Muitos peixes estão morrendo”, alerta internauta em vídeo sobre rio Corumbataí

Um vídeo feito no rio Corumbataí, em Rio Claro, foi enviado à redação do Jornal Cidade neste domingo (18) por um internauta. Nas imagens é possível ver vários peixes mortos.

Segundo o morador, que não quis se identificar, no local havia várias espécies na mesma situação. Ele chamou atenção para o nível do rio, que não está baixo. 

“Um mistério, mas acho que jogaram veneno aqui. Muitos peixes estão morrendo. Vim esfriar a cabeça e me deparei com isso”, comentou.

Homem de 36 anos morre vítima da Covid-19 em Cordeirópolis

Cordeirópolis registrou mais uma morte em decorrência da Covid-19. Agora, o município contabiliza 46 óbitos pela doença.

A vítima foi um homem, de 36 anos, que não possuía comorbidades. Ele estava internado no Hospital Humanitária, em Limeira.

Cordeirópolis tem 3.617 casos positivos da doença. 538 estão em isolamento e outras 20 estão internadas, sendo 6 intubados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Mais de três mil pessoas já foram curadas.

Um a cada quatro pacientes apresentam queda de cabelo após Covid-19

GABRIELA BONIN
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Médicos dermatologistas estão constatando um aumento nas queixas de queda de cabelo em pessoas que tiveram Covid-19. “A cada quatro pacientes que tiveram Covid-19, pelo menos um apresenta essa queda de cabelo pós Covid”, relata Fátima Tubini, dermatologista da Academia da Pele.


Segundo a médica, não há distinções entre homens e mulheres, pois a condição se manifesta em ambos os sexos. As mulheres, no entanto, tendem a buscar ajuda médica com maior frequência ao notarem o problema.


“A queda de cabelo pós Covid-19 não é uma novidade. Essa queda acontece após processos inflamatórios. Só que a gente percebe que está sendo mais precoce e pode ocorrer até um mês depois da doença”, explica a dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Silvana Lessi Coghi.


O ciclo de crescimento do cabelo conta com três fases: anágena, catágena e telógena. A primeira é uma fase de crescimento, que abrange o tempo de crescimento e de permanência dos fios no couro cabeludo. A catágena é a preparação para a queda, uma fase de degradação que é seguida pela fase telógena, onde há, de fato, a queda dos fios.


“A Covid-19 pode provocar uma inflamação nos folículos pilosos [estruturas responsáveis pelo crescimento dos pelos], levando a algo que chamamos de eflúvio telógeno”, complementa Fátima Tubini.


De acordo com a dermatologista, no eflúvio telógeno, o cabelo passa mais rapidamente para a fase de queda, como se os fios durassem menos. Nessa situação, a queda diária de cabelo, que costuma ser de 100 a 150 fios, pode chegar a 300 fios.


Além da inflamação, o estresse também pode ser um fator para a queda de cabelo. “Tanto o estresse pela doença, quanto o estresse por toda a situação do isolamento social, a preocupação. É uma somatória de fatores que fazem com que esse cabelo possa cair excessivamente pós Covid-19”, reforça Tubini.


A doença também pode ser um gatilho para problemas genéticos relacionados à queda de cabelo. “Alguns pacientes apresentam outro tipo de queda após a infecção por Covid que é a alopecia areata”, pontua Carla Nogueira, dermatologista da Mais Cabello.


A alopecia areata é uma doença inflamatória cuja queda de cabelo gera falhas circulares no couro cabeludo. O que se especula entre os médicos, de acordo com Nogueira, é a Covid-19 não necessariamente tem relação direta com a alopecia areata, mas pode ser um gatilho para o desenvolvimento da condição em pessoas que já contavam com uma predisposição genética.


“A queda pós Covid-19 tende a uma resolução espontânea depois de um período. Se você tem predisposição genética à queda de cabelo, como calvície ou alopecia areata, a tendência é ficar com o cabelo mais ralo. O quadro é pior”, aponta a dermatologista Fátima Tubini.


O ideal é que o paciente que teve Covid-19 e está notando queda de cabelo exarcebada consulte um médico o quanto antes. O tratamento auxilia na diminuição da queda e na reposição adequada dos fios.


Alimentação é fator essencial na saúde capilar Uma alimentação equilibrada é um dos importantes cuidados com a manutenção da saúde capilar. Na identificação da origem da queda de cabelo, médicos dermatologistas verificam se os pacientes estão com aminoácidos, vitaminas e minerais em dia, já que a falta desses pode ser motivo do enfraquecimento dos fios.


“A anemia é um fator importante. Não há queda de cabelo que você consegue recuperar sem reposição de ferro”, exemplifica a dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Silvana Lessi Coghi.
Além do ferro, o consumo de proteínas precisa estar em dia. “O fio de cabelo é feito de queratina, cuja matéria prima são os aminoácidos. Então, precisamos de proteínas e, por isso, dietas restritivas devem ser evitadas”, explica Carla Nogueira, dermatologista da Mais Cabello.


A presença de verduras, frutas e legumes também são essenciais para um cabelo saudável. Neles, é possível encontrar vitaminas e minerais que permitem o crescimento e fortalecimento dos fios.


Unidos à alimentação, outros cuidados são pontos importantes de atenção, como evitar altas temperaturas da água do banho ou do secador e o atrito da toalha ou de escovas e pentes. Dermatologistas também não indicam dormir com o cabelo preso ou molhado e reforçam a importância de uma higiene adequada, lavando o cabelo assim que notar que está oleoso.

SAIBA MAIS
Queda de cabelo e Covid-19

A cada quatro pacientes que tiveram Covid-19, pelo menos um apresenta queda de cabelo após a doença.

Não há diferença na incidência de queda de cabelo pós Covid-19 entre homens e mulheres, mas, nestes casos, as mulheres tendem a procurar ajuda médica com mais frequência do que os homens.

Fases do ciclo de crescimento do cabelo:

1. Anágena: fase de crescimento, abrange o tempo em que os fios nascem e permanecem no couro cabeludo

2. Catágena: fase de degradação, é a preparação para a queda do cabelo

3. Telógena: fase em que efetivamente ocorre a queda dos fios

O eflúvio telógeno é o tipo de queda de cabelo mais frequente em pacientes pós Covid-19. A condição se caracteriza pelo aumento na queda diária de fios, já que o cabelo entra na fase telógena mais rapidamente do que o normal. Há algumas possíveis causas:

– inflamação dos folículos pilosos: assim como outras doenças inflamatórias, a Covid-19 pode provocar uma inflamação nas estruturas em que o cabelo cresce

– estresse: o estresse é um fator que gera queda acentuada de cabelo e é potencializado durante a pandemia e ao contrair a doença

É normal a queda de cerca de 100 a 120 fios de cabelo diariamente. No caso do eflúvio telógeno, esse número pode chegar até 300 fios caindo todos os dias.

Pacientes com predisposição genética para queda de cabelo também podem ter as condições agravadas após a Covid-19, como pessoas com alopecia androgenética (calvície geneticamente determinada) e alopecia areata (doença inflamatória que causa queda de cabelo e falhas circulares no couro cabeludo).

Como manter a saúde capilar em dia:

– Manter uma higiene adequada para seu tipo de cabelo (lavar ao notar que ele está oleoso, sem demorar muito)

– Evitar lavar o cabelo com água muito quente

– Não dormir com o cabelo molhado ou preso

– Usar secador de cabelo, chapinha e babyliss com moderação (tomando cuidado com a temperatura muito quente)

– Manter uma alimentação equilibrada, com consumo adequado de proteínas, verduras, legumes e frutas

– Ter boas noites de sono

– Tomar cuidado com o atrito excessivo de toalhas e escovas/pentes

– Evitar prender o cabelo a todo momento

Fontes: Silvana Lessi Coghi, dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo; Carla Nogueira, dermatologista da Mais Cabello; Fátima Tubini, dermatologista da Academia da Pele; Sociedade Brasileira de Dermatologia.

VÍDEO: Ararense que perdeu pais para Covid recebe alta da UTI ao som de ‘Sobrevivi’

“Doeu, doeu, mas eu cresci. E cresci diminuindo. Apareci desaparecendo. E o poder de Deus, na minha fraqueza, se aperfeiçoou. Tem coisa boa chegando, tem algo acontecendo e não importa o que eu sofri. O que importa é que eu sobrevivi”.

Foi ao som da canção ‘Sobrevivi’, de Sarah Farias, que o ararense Claudio Luiz Alves da Graça, 43 anos, deixou o Hospital da Unimed na tarde deste sábado (17). A música foi cantada por familiares e amigos que acompanharam a alta médica com bexigas azuis e brancas.

O paciente ficou internado por 45 dias lutando contra a Covid-19. No caminho para casa, houve até carreata para comemorar a batalha vencida.

Beto Graça, irmão de Cláudio, foi até as redes sociais agradecer a todos que oraram por ele. “Agradecemos a cada um que nos ajudou em oração.  Meus agradecimentos também a toda equipe médica, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogas, enfim, a todos os profissionais da saúde do hospital da Unimed. Que Deus abençoe cada um”, escreveu. 

No mês passado, os irmãos perderam os pais para a doença. “Agradeço também as orações que foram feitas pela vida do meu pai e da minha mãe que infelizmente nos deixaram, mas Deus fez segundo a sua vontade”, publicou.

Jornal Cidade RC
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