Tentativa de furto a banco é registrada no Jardim Claret em RC

A Policia Militar atendeu  as 22h30 de sábado(3), uma ocorrência de  tentativa de furto a uma agência bancária localizada na Avenida 3, no bairro Jardim Claret,  em Rio Claro. 

Ao chegarem ao local dos fatos,  os policiais verificaram que haviam sido feitos buracos em parede para tentar acessar uma sala próxima  ao cofre do banco, porém não obtiveram êxito. Os indivíduos teriam utilizado uma churrascaria vizinha ao lado da agência para realizar o crime.

Sem conseguir acessar o banco  os indivíduos fugiram do local. Os policiais localizaram em um terreno baldio próximo ao banco diversas ferramentas. 

Vacinação contra a gripe é aberta para toda a população em Rio Claro

Em Rio Claro, a partir desta segunda-feira (5) toda pessoa com mais de 6 meses de idade poderá se vacinar contra a gripe. Conforme recomendação do Ministério da Saúde, a campanha foi estendida a toda a população e seguirá enquanto houver vacinas disponíveis. Devido à baixa procura, a meta de vacinar 90% das pessoas que compõem os grupos prioritários não foi atingida, o que motivou a ampliação da campanha. Vale lembrar que é  necessário respeitar intervalo de no mínimo 14 dias entre a vacina da gripe e a da Covid. O recomendado é que seja priorizada a vacinação contra a Covid e, após 14 dias, a pessoa deve ser vacinada também contra a influenza.A Secretaria de Saúde de Rio Claro reforça a recomendação para que as pessoas procurem uma unidade básica de saúde ou unidade de saúde da família para serem vacinadas. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira a partir das 8 horas. A lista com os endereços das unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família pode ser acessada no site saude-rioclaro.org.br. Não há vacinação nas unidades de saúde do Jardim Brasília e do Santa Elisa.Para ser vacinada a pessoa deve apresentar documento de identidade. E, também no momento da vacinação, é indispensável utilizar máscara, higienizar as mãos e manter distanciamento social.

Milwaukee Bucks enfrenta o Phoenix Suns nas finais da NBA

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Depois de 47 anos, Milwaukee Bucks chegou à final da NBA. Na noite de sábado (3), o time venceu o Atlanta Hawks por 118 a 107, fora de casa, no jogo 6, e se consagrou campeão da Conferência Leste.
O destaque da partida foi o Khris Middleton, que marcou 32 pontos durante todo o jogo, sendo 23 deles apenas no terceiro quarto. Além disso, somou 4 rebotes, 7 assistências e 3 roubos.
Vale ressaltar que os Bucks estavam sem seu principal jogador. Giannis Antetokounmpo está com problemas no joelho direito -por ter se machucado no jogo 4- e assistiu ao confronto do banco de reservas. Agora, os Bucks vão enfrentar o Phoenix Suns nas finais da NBA.
O primeiro jogo será na próxima terça-feira, 06, às 22h (de Brasília). O Suns terá a vantagem do mando de quadra.
O JOGO
Os Bucks chegaram a abrir 11 pontos de vantagem no primeiro quarto, mas os Hawks reagiram, com Gallinari e Bogdanovic liderando o ataque. Trae Young fez 3 pontos e deu 2 assistências nos primeiros 8 minutos de seu retorno às quadras. Os dez minutos iniciais terminaram em 28 a 24 para os Bucks.
Com baixo aproveitamento, os times terminaram com um placar igual, com 19 pontos no segundo quarto. Os Hawks erraram muitos arremessos e não conseguiu ficar a frente no placar em nenhum momento nos dois primeiras quartos. O segundo quarto fechou em 47 a 43 para os Bucks.
Khris Middleton chegou a marcar 13 pontos seguidos sem que os Hawks conseguissem dar uma resposta.
A torcida dos Hawks já estava em clima de despedida, com Trae Young marcando apenas 7 pontos no jogo todo, até o momento. Middleton e Jrue Holiday foram os nomes que ajudaram os Bucks a garantir uma boa vantagem no placar de 91 a 72.
Os Hawks até tentaram ensaiar uma reação, chegando a ficar com uma diferença de apenas 6 pontos, mas não conseguiram superar os Bucks. A vantagem terminou em 118 a 107.

Confira o calendário das finais:
Suns x Bucks – Jogo 1 – Terça, 06/07 – 22h (de Brasília)
Suns x Bucks – Jogo 2 – Quinta, 08/07 – 22h (de Brasília)
Bucks x Suns – Jogo 3 – Domingo, 11/07 – 21h (de Brasília)
Bucks x Suns – Jogo 4 – Quarta, 14/07 – 22h (de Brasília)
Suns x Bucks – Jogo 5 – Sábado, 17/07 – 22h (de Brasília)
Bucks x Suns – Jogo 6 – Terça, 20/07 – 22h (de Brasília)
Suns x Bucks – Jogo 7 – Quinta, 22/07 – 22h (de Brasília)

Mais popular na pandemia, meditação ajuda no autoaceitação e até no luto

VITOR MORENO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Esquecer o mundo lá fora e concentrar-se apenas em si mesmo tem sido uma tarefa cada vez mais hercúlea em tempos de pandemia. Por isso, muitas pessoas vêm recorrendo à prática da meditação para tentar manter a saúde mental em dia.
Dados do Google apontam que as buscas pelo termo bateram recorde no ano passado. Ou seja, desde 2004, quando a empresa passou a fazer o registro, nunca tanta gente se interessou pela prática. O pico foi em abril, logo depois que as medidas de isolamento social começaram a ser adotadas.
Nos últimos 12 meses, houve um aumento repentino de buscas como “meditação guiada para dormir, curar e relaxar”. Já “meditação para acalmar a mente” teve aumento de 200%, “como fazer meditação para ansiedade” de 170% e “meditação guiada para relaxar” de 150%.
No YouTube, vídeos de meditação guiada passaram a ganhar bastante evidência. Eles tiveram aumento de 50% na média de visualizações entre 15 de março de 2020 e 15 de março de 2021 em comparação com os 12 meses anteriores.
A plataforma de vídeos afirma que o interesse por termos relacionados à saúde mental alcançaram o maior patamar em maio de 2021 desde o início da série histórica, iniciada em 2008. Só as buscas por “como relaxar a mente” cresceram 60% no último ano.
No mesmo período, cresceram 130% as buscas por “meditação para dormir profundamente” e “meditação para acalmar a mente”. Elas são seguidas por “meditação para ansiedade” (120%), “meditação guiada para ansiedade” (60%) e “meditação para dormir” (40%).
ACOLHIMENTO
A psicóloga Thais Peixoto, 32, é uma das que procurou a prática durante a pandemia. “Sempre tive muito interesse, mas acabava dando prioridade para outras coisas”, conta. “Antes da pandemia, você ia para um parque, uma academia, mas nesse período não tinha muito o que fazer.”
Como teve que trabalhar na linha de frente de um hospital público durante a pandemia, ela diz que acabou ficando bastante impactada com o que viu. “Eram muitos pacientes em fase de morte, processos de despedida, famílias afetadas”, relata. “Isso interferiu muito na qualidade da minha saúde mental e do meu sono.”
Peixoto, que mora com marido, Vinícius, e duas cachorrinhas, chamadas Bagunça e Carmela, viu que precisava desse tempo para ela. Assim, ela aproveitou um espaço aberto que tinha e montou um cantinho onde se sentia à vontade.
Passou a acordar cedinho, por volta de 6h30, para fazer suas práticas. “É um momento de você se centrar, de parar para se escutar”, diz. “Gosto de fazer um ritual, acender um incenso, começo com ioga para acordar o corpo e finalizo com a prática da meditação.”
Ela começou com a meditação guiada, indicada por uma colega. Depois, passou a acompanhar algumas transmissões ao vivo e, por fim, baixou um aplicativo. No entanto, hoje já consegue fazer a prática sozinha.
“Acho que foi um marco para mim”, avalia. “O que mais me ajudou foi a ampliar o respeito e o acolhimento que comecei a ter comigo mesma, com as minhas emoções, sem classificar se eram boas ou ruins. Foi muito importante para mim esse processo, ainda mais em um momento que estava muito conturbado.”
“Vi como um recurso que me ajudou verdadeiramente”, afirma. “O sono começou a melhorar muito, a questão da disposição também, além de conseguir silenciar um pouco o pensamento quando ele aparecia muito alterado. Isso não só no momento da prática, porque as repercussões ficam para o resto do dia.”
Peixoto diz que, a partir da experiência própria, tem indicado a prática para muitas pessoas. “É algo que eu integrei na minha vida como um recurso de autocuidado, de relaxamento e de prazer”, garante. “Começou na pandemia, mas quero levar para a vida.”
RITOS DE PASSAGEM
A produtora de conteúdo Lila Guimarães, 40, é outra que mergulhou na prática durante a pandemia. Apesar de já ter experimentado a meditação antes, ela diz que não conseguia ser muito fiel por não ser muito disciplinada para esse tipo de atividade.
Porém, ela diz que foi a prática que a salvou nesse período. “Quando começou o período de maior isolamento, fiquei mais reclusa com a minha família, longe de todo mundo”, conta.
Além disso, ela perdeu um tio e um primo para a Covid-19. “Foi uma aula de meditação que me trouxe de volta um centramento, que segurou muito a minha onda”, afirma. “Claro que a gente não deixa de sentir dor, mas tem mais consciência sobre o momento, fica mais apaziguada. Foi um colo para mim.”
Ela lembra que, nesse dia, dedicou a prática à tia que havia perdido um filho. “Foi um momento em que não pude estar com ela fisicamente”, diz. “Ritos de passagem tiveram que acontecer de forma diferente, então através dessa técnica não passei por um vazio total. Pelo menos em mim supriu um vazio muito grande de estar longe neste momento.”
Ela diz que, no dia a dia, não tem um momento específico para meditar. Além disso, foi juntando várias técnicas que aprendeu em aulas ou vídeos da internet. “Tento trazer o estado meditativo para as minhas atividades diárias”, conta. “Seja no banho ou no momento em que estou cozinhando, trago essa respiração mais consciente, profunda, o silêncio, e começo a me apropriar dessas técnicas.”
Porém, ela sabe que quando consegue parar para fazer, seu dia vai ser melhor. “A profundidade do relaxamento é outra”, admite. “O que eu quero é praticar sempre, porque é preventivo. O dia que você começa com meditação pode ter certeza que você vai se estressar menos.”
E, claro, isso vem ajudando em diversos aspectos de sua vida. “Sempre fui muito ansiosa, é uma vibração que te faz ficar muito ligada no que vem depois e acaba que você não vive o momento presente. A meditação me ajuda a dominar essa ansiedade, a viver o passo a passo.”
“Você vai se treinando para não se intoxicar com os pensamentos e sentimentos”, explica. “Isso acaba trazendo junto um estilo de vida com mais consciência sobre tudo, você não vai mais ficar simplesmente passando pelas situações sem entender como aquilo bate em você.”
ESCOLHA A TÉCNICA CERTA
A pesquisadora e instrutora de meditação Vanessa Aragão, 41, confirma a alta procura por essas práticas nesse último ano. “As pessoas começaram a procurar ferramentas que ajudassem a lidar com o que estava acontecendo na cabeça delas”, diz.
“Até então, havia uma ilusão de que dava para botar debaixo do tapete ou empurrar com a barriga”, conta. “Mas tem um momento zero que é perceber que não dá para ignorar o que está acontecendo dentro de você, chega uma hora que você percebe que não dá para lidar dessa forma para sempre.”
Ela explica que o princípio básico da meditação é simples. “As pessoas acham que são o pensamento delas, o que não é verdade”, explica. “A gente se embola com tudo o que se passa na nossa cabeça. A maior parte dos nossos pensamentos traz muitas ilusões, projeções. Aí a gente sofre, cria apego e não sabe como se livrar deles.”
“A meditação vem para te mostrar que você não é esse conteúdo, que existe um espaço entre você que pensa e o que está sendo pensado”, continua. “Quando você consegue experimentar esse espaço, criar esse distanciamento, é que você consegue ter essa sensação de liberdade.”
Aragão conta que a nossa mente está condicionada a sempre reagir de imediato aos estímulos. “Com a meditação, a gente desperta antes para essa reação que estava para acontecer e decide se quer embarcar nela ou não”, diz. “Você passa a perceber quando vai vir o medo, a ansiedade…”
“É uma ferramenta que te ajuda a se descolar de todo esse emaranhado”, garante. “Só de perceber melhor as coisas como elas são já tira um peso. Pode até ser que você não consiga controlar 100% das vezes, mas vai começar aos poucos e quando vir já vai estar fazendo na vida.”
A especialista, que estudou no Kopan Monastery e no Kathmandu Center of Healing do Nepal, diz que não há pré-requisitos para praticar a meditação. “Todo mundo pode meditar, é para qualquer um”, afirma.
Ela diz que há muitas técnicas diferentes e que, mesmo quem se considera muito agitado para meditar, pode encontrar alguma com a qual se identifique mais. “É preciso pesquisar os estilos e entender se vai fazer sozinho, em grupo, com aplicativo, com professor particular… Hoje em dia tem muitas possibilidades!”
Além dos vídeos no YouTube, é possível encontrar diversos aplicativos -tanto gratuitos quanto pagos- nas lojas de aplicativos para celulares. A Netflix tem um programa em parceria com um dos mais conhecidos, o HeadSpace, mas o serviço de streaming não informa os dados de consumo no Brasil.
Para quem não pode pagar, também há desde transmissões ao vivo em redes sociais promovidas por instrutores e escolas até sessões gravadas de eventos promovidos por serviços públicos, como os Centros de Práticas Naturais da Prefeitura de São Paulo e a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.
“A questão é não brigar com quem você é”, avalia Aragão. “Se você for uma pessoa mais distraída, vale tentar alguma técnica que inclui movimentos de corpo, por exemplo. Se começar no Zazen, que exige mais estabilidade de corpo, olhando para uma parede branca, não vai funcionar.”
A profissional diz que todas são ótimas portas de entrada para a prática. “Vale à pena, mas gaste um tempo pesquisando quem é a pessoa que está por trás, onde ela estudou e as linhas de pensamento dela”, diz. “Isso é delicado e sério.”
Ela aconselha que a prática seja guiada por um instrutor experiente, principalmente nos casos em que a pessoa está passando por uma condição psicológica muito delicada, como uma depressão profunda, um luto ou uma doença em fase terminal. “Podem surgir conteúdos com que a pessoa não saiba lidar naquele momento”, ressalva.
De resto, Aragão lembra que é preciso ter paciência para que a meditação tenha efeito. “Se a pessoa passou a vida inteira desconectada, vai precisar criar uma relação com esses espaços, leva um tempo”, avisa. “É como aprender a ler, primeiro você aprende as palavras para depois formar frases.”

Postura errada ao trabalhar em casa pode causar dores crônicas

JULIANA SANTOS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um longo dia de trabalho remoto pode fazer o corpo doer como se a pessoa tivesse corrido uma maratona, mesmo quando ficando apenas sentada em frente ao computador. O home office, adotado por muitas empresas durante a pandemia e mantido como formato permanente de trabalho por outras, dispensa o cansativo trajeto entre casa e escritório -o que deveria ser um alívio para o corpo. Mas as reclamações de dor e cansaço têm sido ainda mais frequentes.
“Muita dor no pescoço, na coluna”, lista a ergonomista e fisioterapeuta Mariana Santos sobre os males mais comuns da rotina de teletrabalho. “Os membros superiores, da região dos ombros aos braços, às mãos e dedos, que usamos para digitar.”
Não é difícil entender o motivo: enquanto empresas podem investir em cadeiras e mesas próprias para o escritório, em casa o funcionário se vira com o que tem. “Na empresa, a gente levanta pra tomar um café, conversar com alguém, sair da frente do computador. Em casa, podemos não fazer isso”, acrescenta a fisioterapeuta. “Se eu ficar sentado oito horas por dia sem levantar, vou ter problema na coluna.”
Alexandre Fogaça, presidente da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional São Paulo), explica por que um tempo a mais sentado pode ser tão prejudicial. “Dependendo da posição que estamos sentados, a pressão dos nossos discos intervertebrais [pontos de apoio das vértebras na coluna] é até maior do que quando estamos de pé.” Para o ortopedista, fatores como estresse, falta de atividade física ou introdução de novos afazeres domésticos na rotina também contribuem para a dor.
A fisioterapeuta Mariana Santos explica que “a única forma do corpo nos dizer que tem alguma coisa errada é a dor”. Por isso, é importante não ignorá-la nem abusar dos analgésicos sem buscar a fonte do problema.
Se não tratada, a dor pode evoluir para uma protusão discal (quando o ponto de apoio entre as vértebras é comprimido a ponto de “vazar” de seu espaço original) ou uma hérnia de disco. Existem ainda inflamações como as tendinites, bursites ou síndrome do túnel do carpo para os membros superiores. Algumas doenças podem ainda afetar os nervos, acarretando em sequelas neurológicas.
Tratando a causa As principais formas de amenizar pressões do trabalho remoto no corpo são adaptar o espaço de trabalho, substituindo cadeiras ou mesas, ou monitorar e corrigir a própria postura -a segunda opção contempla melhor quem não pode gastar dinheiro com mobília no momento.
O osteopata Felipe Takatsu, da Clínica Alira, chama atenção para nossa posição ao olhar para a tela do computador. “No notebook, a tendência é inclinar a cabeça para baixo e para frente, o que pode estressar algumas estruturas na base da cabeça e pescoço”, aponta. “O ideal é manter a tela de trabalho na altura dos olhos. O problema é que em notebooks, ao fazermos isso não temos um bom acesso ao teclado. Um teclado externo soluciona o problema.”
O teclado, assim como o mouse, deve estar na linha dos cotovelos quando dobrados. Já a coluna deve estar reta, alinhada ao quadril –no caso das cadeiras com encosto, mais indicadas para manter boa postura, o ideal é encostar desde os ombros até o final das costas. Por fim, os pés precisam estar apoiados no chão, ou num degrau ou caixa, caso o assento seja alto demais para o usuário.
“Fazer pausas também é importante”, recomenda Takatsu. “Tenho recomendado aos meus pacientes que utilizem alarmes a cada hora para lembrá-los de ficar em pé, dar uma volta no próprio local de trabalho e retornar às atividades. Leva cerca de um minuto, e com certeza será positivo para a produtividade”.
Se persistirem os sintomas Nem todos os quadros podem ser resolvidos com mudanças de postura ou rotina. “Quando a dor é muito forte, vale buscar ajuda médica”, alerta João Paulo Bergamaschi, ortopedista na Clínica Atualli. “Aquela dor com três dias de duração ou mais, geralmente requer tratamentos médicos, que na maioria das vezes são simples. O terceiro caso é quando a dor vem acompanhada de outros sintomas, como dormência, fraqueza ou formigamento.”
Também não é uma boa ideia tomar medicamentos sem orientação médica sempre que sentir dores, diz Bergamaschi, “principalmente anti-inflamatórios ou analgésicos mais potentes”, pela chance de efeitos colaterais ou diminuição da eficácia do remédio no corpo. “A melhor forma de aliviar o problema é simples: basta manter uma alimentação saudável, bom condicionamento circular, um nível adequado de atividade física e a dor, de forma geral, reduz drasticamente”.

DORES DO HOME OFFICE

Pontos frágeis
Costas, pescoço, antebraço, pulso e mãos são as áreas que mais sofrem para quem trabalha em home office, com o computador e sentado
A dor na coluna também pode causar dor de cabeça devido a proximidade com o pescoço, em caso de cervicalgia
Pode ocorrer formigamento nas mãos, coxas e pés

Principais causas

Ergonomia

Sentar-se em uma postura inadequada, em móveis inadequados e ficar muito tempo na mesma posição

Sedentarismo

Quando não mantemos uma rotina de atividade física mesmo dentro de casa, a musculatura enfraquece, ficando suscetível a lesões

Tensão

Estresse e preocupações relacionadas ao emprego, à saúde, à economia e outras questões da pandemia podem piorar o quadro de dor

Dor crônica

É aquela em que o paciente tem dores diárias por mais de três meses
É importante tratá-la no início para evitar agravamento

Posição adequada

As costas devem estar completamente encostadas na cadeira, sem deixar os ombros caírem ou o quadril escorregar para a frente
Escolha sempre cadeiras com encosto, para relaxar as costas sem formar uma corcunda
Os pés devem encostar no chão
Se o assento for muito alto, posicione um apoio, como caixas, para apoiar as plantas dos pés
A tela do computador deve estar na altura dos olhos
O teclado deve estar na horizontal, sem inclinação, e na altura dos cotovelos quando dobrados

Movimentação

Variar a posição do corpo e fazer intervalos para levantar e alongar seus membros a cada hora trabalhada alivia a pressão sobre as articulações, além de promover uma boa circulação
Nas horas de folga, tente incluir momentos para praticar atividades físicas: elas preparam seu corpo para o próximo expediente

Como aliviar as dores

A cada hora de trabalho ou estudo, faça intervalos de cinco ou dez minutos
Utilizar bolsa de água quente também ajuda
Pratique atividades e exercícios físicos
Analgésicos aliviam os sintomas, mas não resolvem a causa da dor

Quando procurar ajuda

Muitas dores podem ser resolvidas com mudanças na postura e na rotina, outras requerem maior atenção
Se a dor continua após o trabalho, interfere na sua produtividade ou persiste por mais de três dias, entre em contato com um ortopedista ou fisioterapeuta.

Cardeal está entre dez indiciados pelo Vaticano por crimes financeiros

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

O Vaticano anunciou neste sábado (3) o encaminhamento de dez pessoas, incluindo um cardeal, ao tribunal penal sob acusações de crimes financeiros, incluindo peculato, lavagem de dinheiro, fraude, extorsão e abuso de poder.
O cardeal Angelo Becciu, 73, ex-funcionário sênior da administração do Vaticano, assim como dois altos funcionários da unidade de inteligência financeira do Vaticano serão julgados em 27 de julho por um escândalo de milhões de euros envolvendo a compra e financiamento de um edifício em Londres pelo Vaticano.
Becciu, que o papa demitiu de seu posto no ano passado por suspeitas de nepotismo, torna-se a mais alta autoridade do Vaticano a ser acusada de crimes financeiros.
O papa deu pessoalmente a aprovação necessária na semana passada para que Becciu fosse indiciado, de acordo com um documento de 487 páginas acessado pela agência de notícias Reuters.
As acusações contra Becciu incluem peculato e abuso de poder. Uma italiana que trabalhava para ele foi acusada de peculato e o ex-secretário do cardeal, padre Mauro Carlino, foi acusado de extorsão.
Becciu afirmou em um comunicado que é inocente. Já o advogado de Carlino disse que seu cliente era inocente, que estava “agindo sob ordens” e que economizou milhões de euros ao Vaticano. O advogado afirmou, também, que começar um julgamento tão rapidamente não deu à defesa tempo suficiente para se preparar.
Dois corretores italianos, Gianluigi Torzi e Raffaele Mincione, foram acusados de apropriação indébita, fraude e lavagem de dinheiro. Torzi, para quem magistrados italianos emitiram um mandado de prisão em abril, também foi acusado de extorsão.
A investigação sobre a compra do edifício se tornou pública em outubro de 2019, quando a polícia do Vaticano invadiu os escritórios da Secretaria de Estado, o coração administrativo da Igreja Católica, e o da Autoridade de Informações Financeiras (AIF) do Vaticano.
O então presidente da AIF, Rene Bruelhart, um suíço de 48 anos, e o ex-diretor italiano da AIF, Tommaso Di Ruzza, 46, foram acusados de abuso de poder por supostamente não proteger adequadamente os interesses do Vaticano e dar ao corretor italiano Gianluigi Torzi o que o indiciamento denominou “vantagem indevida”.
Di Ruzza também foi acusado de peculato relacionado ao suposto uso indevido de seu cartão de crédito oficial e de divulgação de informações confidenciais.
Bruelhart alegou inocência em uma mensagem de texto e Di Ruzza não respondeu a contatos.
Em 2014, a Secretaria de Estado investiu mais de EUR 200 milhões de euros, grande parte deles provenientes de contribuições dos fiéis, em um fundo administrado pelo corretor Raffaele Mincione, comprando cerca de 45% de um edifício de luxo comercial e residencial na 60 Sloane Avenue, no distrito de South Kensington, em Londres.
À medida em que o negócio se tornou oneroso para os cofres do Estado, a Secretaria desembolsou outras dezenas de milhões de euros em pagamentos de taxas a intermediários na tentativa de alterar os termos da negociação e torná-la mais rentável. Junto a outros investimentos questionados, o prejuízo ao Vaticano chegaria a várias centenas de milhões de euros, segundo a imprensa italiana.
Na época, Becciu estava no último ano de seu cargo como vice-secretário de Estado para assuntos gerais, uma poderosa instância administrativa que movimenta centenas de milhões de euros. Becciu recebeu cinco acusações de peculato, duas de abuso de poder e uma acusação de induzir uma testemunha a perjúrio. Cerca de 75 páginas do documento são dedicadas a ele.
As principais acusações contra Becciu envolvem também contratos com empresas ou organizações de caridade controladas por seus irmãos em sua ilha natal, a Sardenha.
Nascida na Sardenha, Cecilia Marogna, 40, que trabalhou para Becciu, também foi acusada de peculato. A acusação afirma que ela recebeu cerca de 575 mil euros da Secretaria de Estado entre 2018 e 2019.
Ela afirmou a um canal de TV italiano que o dinheiro, enviado à sua companhia na Eslovênia, era destinado ao resgate de missionários sequestrados na África, mas a acusação afirma que uma boa parcela teria sido usado para benefício pessoal, incluindo a compra de bens de luxo.
O processo do prédio de Londres “está diretamente ligado às diretrizes e reformas de Sua Santidade, o papa Francisco, em favor da transparência e da consolidação das finanças do Vaticano”, disse a Santa Sé neste sábado.

Avião militar com 92 pessoas a bordo cai nas Filipinas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

Um avião militar caiu no sul das Filipinas neste domingo (4). Segundo comunicado do Ministro da Defesa filipino, a aeronave transportava 92 pessoas, ao menos 29 morreram e 40 feridos foram resgatados.
A operação de busca continua no local do impacto.
A aeronave C-130 da Força Aérea Filipina sofreu um acidente ao pousar na ilha de Jolo, informou a Força Aérea.
Muitos dos passageiros haviam se formado recentemente no treinamento militar básico e estavam sendo enviados para a ilha como parte de uma força conjunta que lutava contra grupos armados na região de maioria muçulmana.
O exército tem uma forte presença no sul das Filipinas, onde grupos como o Abu Sayyaf operam, muitas vezes realizando sequestros em troca de resgate

Ministério autoriza prefeituras a ampliarem vacinação contra gripe

Agência Brasil

O Ministério da Saúde autorizou estados e municípios a ampliarem a vacinação contra a gripe (Influenza) para outras pessoas além das já incluídas nos grupos prioritários iniciais. Em nota, a pasta afirma já ter comunicado a recomendação aos representantes municipais, aos quais caberá definir a melhor forma de imunizar suas populações a partir dos seis meses de idade.

“Campanhas de imunização são prioridade do Ministério da Saúde e resolvemos ampliar a vacinação contra a Influenza para todos os grupos. O nosso objetivo é reduzir os casos graves de gripe que também pressionam o nosso sistema de saúde”, afirma o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na nota.

Segundo o ministério, cerca de 34,2 milhões dos 79 milhões de brasileiros que integram os grupos prioritários já foram vacinados contra a gripe este ano, o que representa cerca de 42% do público-alvo inicial. A campanha para os segmentos prioritários da população está prevista para continuar até o próximo dia 9.

Fazem parte dos grupos prioritários: pessoas acima dos 60 anos, professores, crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), povos indígenas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais, com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade e população privada de liberdade.

O ministério recomenda que todos os interessados fiquem atentos aos cronogramas divulgados pelas prefeituras e/ou secretarias municipais de saúde. Para se vacinar, basta consultar um local de votação próximo e comparecer portando a caderneta de vacinação e um documento com foto, para que os profissionais de saúde localizem o cadastro no sistema de informação. Caso a pessoa não possua ou não encontre sua caderneta de vacinação, os profissionais de saúde preencherão uma nova.

O ministério recomenda que quem está prestes a ser vacinado contra a covid-19 tome primeiramente o imunizante contra o novo coronavírus. Feito isso, é necessário esperar por no mínimo 14 dias para se vacinar contra a gripe.

A pasta também reforça a importância da vacinação contra a gripe neste início de inverno, quando as temperaturas caem em boa parte do país, aumentando a incidência de doenças respiratórias.

Superando o câncer juntos

Desde maio de 2017, Erleson Pereira, 53 anos, luta contra o câncer. A doença teve início no intestino e deu metástase, atingindo o pulmão e o fígado, estando em tratamento quimioterápico no momento. O paciente relembra que receber o diagnóstico inicial soou como um atestado de óbito, mas que encontrou forças para superar o momento delicado.

“Apesar da notícia, minha resposta foi: ‘Bora, lá. Vamos tratar, então. Começo quando?”, disse à época. Com fé e otimismo, o diretor e professor da Escola Polo Educacional segue na batalha superando cada obstáculo e desafio. “Graças a Deus, cada dia tem sido superado com todo apoio da Oncologia da Santa Casa de Rio Claro, dos amigos, familiares e, em especial, da minha esposa, Joelma Delaneza Ferraz, que é a sustentação desde o primeiro momento que soube que estava com câncer”, completa.

Pereira guarda até hoje na memória as palavras da esposa ao saber que tinha a doença. Um momento emocionante marcado por choro, abraços carinhosos e palavras de esperança. “Vida, vamos sair juntos dessa. Deus jamais nos abandona, pois tens fé e muita força, és um guerreiro e merece viver e dar seu testemunho de vitória”, conta.

No entanto, três anos depois a vida do casal foi colocada à prova novamente. Desta vez, é Joelma que enfrenta um câncer, na mama esquerda. A secretária de 49 anos descobriu a doença, em outubro de 2020, com o toque nos seios ao tomar banho. A suspeita foi administrada com cautela até a confirmação do diagnóstico. Em meio ao receio e medos, o casal tinha marcado o casamento 15 dias antes e ela perguntou emocionada ao parceiro. “Você vai casar ainda?”. Choraram, riram abraçados e, obviamente, se casaram.

Joelma foi submetida à cirurgia e, também, realiza sessões de químio. Na alegria ou tristeza, na saúde ou doença, os dois seguem firmes com os votos do matrimônio. “Companheirismo, amor, muita fé e buscando sempre a felicidade para viver cada segundo são as bases da nossa relação”, reforça o casal.

Além do exemplo de superação, Joelma e Erleson orientam para que as pessoas fiquem atentas aos sinais em seus corpos e que o câncer tem cura. “Somos um casal vencedor, Deus nos deu nova chance de vivermos e mostrar quanto a vida é maravilhosa”, concluem.

Acredite

“Nunca baixe sua cabeça. Lute, não desista, dobre seus joelhos e diga à pessoa que está ao seu lado: Gratidão por estarmos juntos, eu amo você”

Auxílio: 28 famílias de RC receberão R$ 300 de SP

O município de Rio Claro já registra quase 520 vítimas fatais da Covid-19 desde o início da pandemia. Muitas delas, trabalhadores que levavam renda para dentro de suas casas e que agora seus familiares estão passando por necessidades e desafios financeiros.

Para auxiliar, o Governo de São Paulo lançou na última semana o SP Acolhe, um programa que pagará seis parcelas de R$ 300,00 para as famílias. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado, o projeto irá beneficiar 28 famílias em Rio Claro.

O baixo número de famílias que podem ser beneficiadas tem uma explicação. De acordo com o programa, apenas as que estão em condições vulneráveis e que perderam ao menos um integrante do núcleo familiar poderão solicitar o auxílio.

“A iniciativa vai beneficiar famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até três salários mínimos que tenham perdido ao menos um familiar vítima de Covid-19, podendo ser pai, mãe, avô, avó, filho, filha ou outro parente, desde que a morte tenha ocorrido dentro do núcleo familiar. O programa considera todas as estruturas familiares, exceto a unifamiliar (uma única pessoa), com filhos de todas as idades”, informa o Estado de São Paulo.

De forma geral, o Governo paulista informa que o programa vai beneficiar 11.026 famílias em todo o Estado, com 11.143 auxílios, totalizando repasse estadual de R$ 20 milhões. O benefício totalizando R$ 1.800,00 será pago em seis parcelas mensais de R$ 300,00, entre os meses de julho e dezembro de 2021. Para as famílias consultarem se poderão receber o auxílio devem acessar o site www.bolsadopovo.sp.gov.br e informar o número do NIS.

Recentemente, o Estado também anunciou que Rio Claro, além de Itirapina e Cordeirópolis, está entre 82 municípios selecionados para o programa Vale-Gás, que pagará auxílio de R$ 100,00 por três meses para a compra de botijão de gás de cozinha.

Pagamento

Governo do Estado pagará um auxílio de R$ 300 a parentes de vítimas da Covid-19 por seis meses, totalizando R$ 1,8 mil no período.

Sobre duas rodas: as dificuldades do ‘corre’ em cada esquina

Eles nunca trabalharam tanto. Enquanto quase tudo parou, foram eles que fizeram o Brasil andar. E acelerando. A profissão que muitas vezes era vista como marginalizada, se tornou essencial. Na ‘Reportagem da Semana’ deste domingo (4), o Jornal Cidade vai mostrar a rotina dos motoboys, motogirls e entregadores de aplicativos durante a pandemia da covid-19 e as dificuldades do ‘corre’ encontradas a cada esquina.

Trânsito intenso, aumento de carga horária e baixa remuneração. ‘Trampar’ mais e ganhar menos é a nova realidade para esses profissionais, seja por conta da alta demanda das entregas ou pela necessidade dos comércios e de aplicativos de delivery em reduzir despesas por conta da crise, que ficou ainda pior com a pandemia. 

Na maioria dos casos, cabe a eles arcarem com combustível e manutenção, além da compra da mochila de entrega, que não é oferecida pela maioria das empresas. E o pior, sem direitos essenciais: plano de saúde, aposentadoria, folgas em fins de semana e feriados e muito menos férias.

Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) mostram que, após o início do período pandêmico, o número de entregadores cresceu 3,5% em todo o Brasil e a maioria deles (56,8%) está na informalidade. 

Em Rio Claro, é só sair pelas ruas que é fácil perceber a presença dos entregadores que ficam à espera de uma chamada. Os dados da Associação dos Motofretes Profissionais mostram esse aumento. Na ‘Cidade Azul’ eles são mais de dois mil. Antes da pandemia, o número chegava a mil. Ou seja, um aumento de 100%.

 Ademir Silverio, de 40 anos, é motoboy há 19.  Quando quase ninguém estava nas ruas, ele continuou trabalhando para levar comida para casa e sustentar a esposa Jaqueline Macedo Silverio, de 34 anos, grávida de sete meses, e os filhos: Ana Beatriz Silverio, de 20 anos e Nicolas Silvério, de 12.

“Motoboy precisa ser mais valorizado em vários aspectos. Muitos veículos aqui não dão preferência e ainda dirigem com o braço para fora. Na ultrapassagem, eles [motoristas] nos fecham. Um perigo. Outro ponto é o dinheiro. Motoboy é que nem um caminhoneiro. Se parar, para tudo. Entregamos comida, peças de veículos, medicamentos. Não somos bem recompensados por isso. Também estamos na linha de frente e correndo risco para lá e para cá”, desabafou ele ao Jornal Cidade.

A crise desencadeada no início da quarentena aumentou a concorrência e empurrou para o trânsito mão de obra com pouca experiência e habilidade sobre duas rodas. A mudança no perfil da profissão também preocupa Ademir. “Dias atrás perdemos, por irresponsabilidade de uns, que acabaram de chegar [na profissão], vagas num estacionamento. Agora, temos que parar a moto bem distante desse centro de compras para poder fazer uma entrega”, comentou. 

Em março, ele foi infectado pelo novo coronavírus e precisou ficar internado por 30 dias na Santa Casa do município. Ademir passou nove dias entubado. A esposa fala num milagre. “Não poder falar com ele nesse tempo foi terrível. Eu perdi o chão. Eu não vivi durante esses trinta dias. Só fui levando”, disse.

A família, católica, se apegou na oração para continuar batalhando. Segundo Jaqueline, foi em Deus que conseguiu forças para não desistir. “A gente rezava o ‘terço da misericórdia’ duas vezes ao dia. Os médicos diziam que se eu acreditava em Deus, era hora de me agarrar. Incrivelmente, depois de tanto pedir, o Ademir acordou no domingo de páscoa, no dia da ressurreição”, contou.

Depois do quadro ficar estável, o motoboy voltou para casa, ainda com sequelas. Precisou ficar um tempo isolado se recuperando. “Tudo o que eu tinha que fazer, dependia deles. Não conseguia tomar banho sozinho, nem trocar de roupa. Fiquei na cadeira de rodas por dias”, relatou ele.

Dois meses depois ele voltou ao trabalho. O cenário trouxe novas dificuldades: Ademir não vai mais para casa almoçar com medo de pegar de novo o vírus e infectar a família. A refeição acaba sendo na rua. Ele disse que é difícil achar um local para comer e se higienizar para isso. “Só quero chegar, colocar minha roupa para lavar e correr tomar banho. A saúde deles [família] é essencial para mim”, disse.

A jornada de Ademir é puxada. Ele contou à reportagem que, com a informalidade, quem para, perde. Ou seja, enquanto ele se ausentou por problemas de saúde, os cadastros dele nos aplicativos ficaram lá embaixo. Ou seja, a corrida demora mais a aparecer.

O reflexo disso é sentido no bolso. Antes da pandemia ele fazia 20 corridas. Agora faz em média quatro. Ademir fechava a semana com R$ 1.200. Hoje em dia, com R$ 400. Para ajudar com a renda, Jaqueline voltou a fazer pães e bolos em casa para vender. O cardápio está disponível no Instagram: @jaquepaesebolos. Para encomendar é só ligar ou mandar mensagem pelo WhatsApp no 1997166-1541.

Ademir ao lado da esposa Jaqueline, que está grávida de sete meses; bebê vai se chamar  Matheus Lucca
Jaqueline, o filho Nicolas, Ademir e a filha Ana Beatriz no Jardim Público, no Centro

Com três filhos, Vanessa também enfrenta pandemia em cima da moto

É cada vez mais comum uma mulher buzinar em casa e fazer entregas. Segundo o Detran SP, cerca de 2,5 milhões de mulheres possuem habilitação para conduzir motocicletas.

Ainda segundo os dados, elas representam 25% do total de motociclistas no Estado de São Paulo e buscam ganhar cada vez mais espaço. No país, o número de mulheres motociclistas cresceu 96% em nove anos. Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares). Até novembro do ano passado eram 7,8 milhões, enquanto em 2011 elas somavam 4 milhões de carteiras de habilitação na categoria A.

A rio-clarense Vanessa Kelly dos Santos da Silva, de 37 anos, vive a rotina todos os dias. Ela é motogirl há 17 anos. É com essa renda que sustenta os três filhos. “O desafio maior de ser motogirl é o trânsito, que está cada vez mais complicado”, explicou.

Ela também falou sobre a categoria trabalhar muito e ganhar cada vez menos. “É preciso ter um salário digno. Se a empresa der a moto, seria ótimo. Pagar o salário em dia com os 30%, que é de lei. Tudo isso seria maravilhoso”, afirmou.

Para Vanessa, as dificuldades aumentaram com a pandemia. “A atenção deve ser redobrada agora. Fico preocupada, pois estamos na rua atendendo a todos. Fazemos o possível com as medidas de higiene e segurança para nos proteger. E também uma coisa essencial: a fé em Deus”, finalizou.

Grupo de manifestantes protesta em RC contra Bolsonaro

Novos protestos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro ocorreram neste sábado (3) pelo país. Em Rio Claro, a concentração dos manifestantes começou às 15h no Jardim Público, no Centro.

A principal motivação foi a defesa pela vacinação contra a Covid-19. Veja as fotos de Vinícius Rodrigues.

Jornal Cidade RC
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