Governo adia concessão e Paraná ficará um ano sem pedágios

VINICIUS KONCHINSKI
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – As principais rodovias do Paraná, cujas tarifas de pedágio chegam a R$ 26 por automóvel, terão tráfego gratuito por cerca de um ano a partir de 28 de novembro. Isso porque o governo federal adiou, no último dia 10, o cronograma para assinatura dos novos contratos de concessão de estradas do chamado “anel de integração” paranaense.
Esses contratos seriam firmados no segundo trimestre do ano que vem. Após o adiamento, divulgado pelo site da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), ele só devem ser assinados no último trimestre de 2022.
Já os contratos ainda em vigor, firmados em 1997, durante a gestão do então governador Jaime Lerner, expiram no mês que vem. O atual governador Ratinho Jr. (PSD) já declarou que, assim que eles perderem a validade, as cancelas de pedágio serão abertas.
“Esse formato que tanto mal fez ao estado não fica um segundo a mais no Paraná”, afirmou Ratinho Jr., em entrevista à imprensa em maio, lembrando de obras não concluídas pelas concessionárias e de casos de corrupção nos quais as empresas se envolveram.
Na ocasião, o governador também informou que o governo estadual realizará a manutenção das estradas até que os novos concessionários as assumam.
A nova rodada de concessões de estradas do Paraná é o maior projeto do tipo já anunciado no Brasil. Envolve o leilão de 3,3 mil km de estradas federais e estaduais, divididas em seis lotes, que serão leiloados separadamente no segundo trimestre de 2022.
As empresas vencedoras terão que investir R$ 43 bilhões em melhorias em dez anos. Esse valor cobrirá, entre outras coisas, a duplicação de 1,7 mil quilômetros de estradas.
Fora o investimento, outros R$ 35 bilhões deverão ser gastos pelas concessionárias para manutenção e operação das rodovias durante os 30 anos de contrato.
O modelo do leilão foi definido numa parceria entre governo federal e estadual e visa reduzir as tarifas do pedágio entre 40% e 50%. Por isso, vencerá a concorrência a empresa que se comprometer a administrar cada lote de estradas cobrando o menor valor dos usuários.
Contudo, para tentar garantir que as obras previstas sejam mesmo realizadas, empresas terão de fazer uma espécie de depósito caução que varia conforme o percentual de desconto que ele se compromete a conceder no pedágio.
Assim, se uma companhia se dispõe a cobrar uma tarifa 10% mais baixa do que o estipulada pelo governo, ela deverá depositar R$ 10 milhões por ponto percentual de desconto. Já se o desconto é de 18% ou mais, o aporte deverá ser de R$ 150 milhões por ponto percentual, por exemplo.
As discussões sobre esse modelo envolveram, além de membros do governo, parlamentares e representantes da sociedade civil. A ANTT realizou de fevereiro a abril uma audiência pública virtual para receber contribuições sobre o leilão.
Mais de 6.000 manifestações foram enviadas durante a audiência -o maior número de contribuições na história da ANTT. Segundo a própria agência e o Ministério da Infraestrutura, essa foi uma das causas do adiamento do cronograma da concessão.
“Esse grande volume de contribuições fez com que a análise e incorporação dessas contribuições tomassem mais tempo do que o previsto inicialmente”, informou uma nota conjunta da agência e do ministério sobre o atraso.
Os dois órgãos informaram também que é possível que novos adiamentos ocorram visto que o modelo de concessão ainda precisa ser aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Até o fim do mês, documentos devem ser enviados pela ANTT à corte de contas.
Galeria Rodovias paulistas Concessionárias estão em disputa na Justiça discutindo com o governo sobre o fim dos contratos https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/nova/1604023266639492-rodovias-paulistas * No início do mês, em viagem aos EUA, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, havia informado a investidores que esperava que os contratos de concessão das rodovias do Paraná fossem assinados ainda antes das eleições presidenciais de 2022, marcadas para outubro. De acordo com o novo cronograma, isso não deve ocorrer.
O governo do Paraná, inclusive, está se preparando para administrar as rodovias incluídas na rodada de concessão por até dois anos, caso isso seja necessário. Em setembro, o DER (Departamento de Estradas e Rodagem) do estado lançou um edital para contratar serviços de conservação do “anel de integração”.
A licitação prevê gastos de até R$ 135 milhões com serviços durante até 730 dias. De acordo com DER, no entanto, assim que as novas concessionárias assumirem o controle das estradas, os contratos serão rescindidos sem multas.
Não está definido quem prestará serviços de guincho ou primeiros socorros nas rodovias enquanto elas esperam por novos administradores. O DER informou que há conversas entre o governo do Paraná e federal em busca de uma solução para o assunto.
Enquanto isso não se resolve, a expectativa é que o Corpo de Bombeiros realize resgates em rodovias hoje pedagiadas, assim como já faz em estradas não concedidas no Paraná. Já a orientação de tráfego ficaria a cargo das polícias.
A Secretaria Estadual de Segurança do Paraná não se pronunciou sobre o assunto.

Estudantes se preparam para segundo Enem do ano

Estudantes que fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, aplicadas em janeiro e fevereiro deste ano, e ainda não conseguiram uma vaga no ensino superior, preparam-se para fazer o segundo Enem do ano. A menos de um mês para as provas do Enem 2021, marcadas para os dias 21 e 28 de novembro, eles contam que, apesar da ansiedade, sentem-se um pouco mais preparados para o exame.

O caminho não está sendo fácil. É a primeira vez que o exame é aplicado duas vezes no mesmo ano, por causa da pandemia da covid-19. Será também o segundo Enem de Kailane Kelly da Silva Brito, 18 anos de idade, valendo uma vaga no ensino superior. Antes disso, a estudante participou apenas como treineira, sem o diploma do ensino médio, para testar os conhecimentos.

“Na edição do ano passado, eu não obtive o resultado que eu esperava. Eu até conseguiria entrar em outros cursos, mas que não eram do meu interesse”, disse. A estudante ainda não definiu o curso que pretende cursar, mas busca uma nota alta suficiente para ter opções.

Candidatos participam da primeira aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital, na UniCarioca.
Candidatos participam da primeira aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital, na UniCarioca, no início de 2020. – Fernando Frazão/Agência Brasil

“Tem sido bem complicado. O meu problema, em toda minha preparação, é a questão de ser muito ansiosa. Isso me atrapalha no momento da prova”, disse, acrescentando que “no Enem 2020, eu acredito que fui com uma base de conteúdo boa, mas minha ansiedade me atrapalhou muito. Meu psicológico atrapalhou”.

A estudante de Cocal dos Alves (PI) buscou, então, tratamentos que a ajudasse a lidar com a ansiedade e acredita que está mais preparada este ano. “O Enem virou, para mim, uma grande oportunidade de mudar as coisas, mudar minha vida. É como eu posso ter a possibilidade de mudar as coisas também para minha família. Virou algo muito além da prova”.

O fato de já conhecer como é a prova é uma vantagem, segundo o técnico em informática Franklyn Pinheiro, 29 anos de idade, do Rio de Janeiro. No Enem 2020, ele participou da primeira aplicação no formato digital. Ele tinha muitas dúvidas e se surpreendeu, por exemplo, com o fato da prova de redação ser feita em papel. Ele havia se preparado para digitar o texto no computador.

“Estou tentando de novo para ver se consigo uma nota mais alta”, disse o estudante que, com o Enem, pretende cursar ciências da computação. Na reta final, ele usa a internet para estudar e para refazer provas de anos anteriores do Enem.

Pinheiro está inscrito novamente na modalidade digital. “A diferença do Enem no papel é que não precisa pintar as bolinhas [do cartão de respostas], ficou mais fácil. No digital, você apenas clica na resposta correta”.

Veteranos do Enem

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a porcentagem de estudantes que fazem o Enem mais de uma vez vem caindo ao longo dos anos.

Em 2014, do total de inscritos confirmados no Enem, 16% estavam fazendo o Enem pela primeira vez, o que significa que 84% já tinham feito a prova anteriormente. Em 2019, a porcentagem de novatos subiu para 47%, o que mostra que a porcentagem daqueles que estavam fazendo as provas pelo menos pela segunda vez caiu para 53%.

Os dados foram divulgados em outubro de 2019. Na época, o Inep explicou que os números mostram que está aumentando a participação de novatos. Um dos motivos, segundo a autarquia, é a mudança nas regras da isenção do pagamento da inscrição, que ocorreu em 2017. Desde 2018, os participantes precisam justificar a ausência na edição anterior para estarem aptos a pedir uma nova isenção. Aqueles que não têm a justificativa aceita, precisam pagar a taxa, que atualmente é R$ 85.

Excepcionalmente em 2021, por causa da pandemia da covid-19, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a necessidade de justificativa. O STF entendeu que a exigência de comprovação documental para os ausentes viola diversos preceitos fundamentais, entre eles o do acesso à educação e o de erradicação da pobreza. Além disso, a obrigação imposta pelo edital penaliza os estudantes que fizeram a “difícil escolha” de faltar às provas para atender às recomendações das autoridades sanitárias de evitar aglomerações.

O exame de 2020, realizado em meio à pandemia, registrou abstenção recorde de participantes. Mais da metade dos inscritos não compareceu a nenhum dia de prova. Já o Enem de 2021 teve queda no número total de inscritos em relação a exames anteriores. De acordo com o Inep, são mais de 3 milhões de inscritos confirmados. Em 2020, foram 5,8 milhões de inscritos.

Foco no Enem

No começo deste ano, Suelen Carvalho, de 23 anos de idade, foi uma das primeiras a chegar à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), local em que fez o Enem 2020, para evitar aglomerações no transporte público e se proteger da covid-19. A estudante disse na época à Agência Brasil que, apesar de considerar arriscado, foi fazer a prova porque temia não conseguir isenção novamente na edição de 2021.

“A prova para mim representa uma oportunidade”, disse a estudante do Rio de Janeiro. Suelen disse que conseguiu se preparar ao longo do ano melhor do que conseguiu em 2020. Ainda assim, foram muitas as dificuldades. Ela precisou conciliar trabalho e estudo. Ela entra no trabalho às 8h, e só quando sai começa a estudar para as provas. As aulas vão até as 22h. Mas só depois desse horário, ela disse que consegue fazer exercícios para fixar o conteúdo.

A estudante quer cursar medicina. “Eu estou focando em passar, porque eu sei que só vou ter uma realidade diferente através da educação. A minha sociedade, o país em que eu vivo, e o meu lugar como mulher negra e favelada, e eu quero muito uma realidade diferente disso. Eu quero ter conhecimento, ocupar outros lugares e quero abrir caminhos para mulheres como eu terem acesso à universidade”, disse.

Sonho realizado

Em 2021, Sergio Manoel Passos Cardoso, 18 anos de idade, pode descansar dos estudos. Ele não vai fazer o segundo Enem do ano, pois conquistou uma vaga em odontologia na Universidade Estadual do Piauí Parnaíba (Uespi), pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O ex-estudante da Escola Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves (PI), conversou com a Agência Brasil no início do ano, antes de prestar o Enem 2020.

Na época, disse que estava tendo aulas pelo WhatsApp e com uma série de dificuldades nos estudos.

O sonho de ingressar no ensino superior não era apenas dele, mas também do pai, que faleceu este ano, vítima de câncer. “Passei por um ano bastante conturbado, com a morte do meu pai, e ele sempre quis me ver passando em uma universidade, principalmente em odontologia. E consegui fazer com que ele visse isso acontecendo”, disse o estudante.

As aulas do primeiro período da Uespi começam no próximo dia 9. Aos demais estudantes, ele deixa uma mensagem de esperança: “Buscar sempre se manter focado, e pensar que apesar das dificuldades, tudo é possível”.

Pfizer inicia estudos de medicamento contra a Covid no Brasil

RAQUEL LOPES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) –

A Pfizer iniciou no mês de outubro a condução de estudos clínicos das fases 2 e 3 de um potencial medicamento contra a Covid-19 no Brasil.
Trata-se de um antiviral da classe dos inibidores de protease, enzima que o novo coronavírus usa para se multiplicar. O medicamento administrado por via oral mostrou potencial para se tornar um aliado na luta contra o novo coronavírus.
O medicamento utiliza a molécula PF-07321332, que demonstrou potente atividade in vitro contra o novo coronavírus nas fases pré-clínicas, realizadas em laboratório. Assim como adequada segurança e tolerabilidade em estudos de fase 1 em humanos.
Nesses estudos, o fármaco será administrado com uma baixa dose do ritonavir, um antirretroviral utilizado em tratamento de infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
No país, são mais de 20 centros de pesquisa que participam desse estudo. Eles estão localizados nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os interessados em fazer parte da pesquisa devem ter mais de 18 anos e, dependendo de para qual das três vertentes dos estudos sejam elegíveis, podem ou não já estar vacinados contra Covid-19.
Serão feitos três estudos. O primeiro é em pacientes não vacinados com suspeita ou diagnóstico de Covid-19 e com baixo risco de desenvolver doença grave.
Além do estudo em pacientes vacinados ou não vacinados com suspeita ou diagnóstico de Covid-19 e com alto risco de desenvolver doença grave. Há também estudo para as pessoas não vacinadas cujos contatos domiciliares estão com Covid-19.
“Os dois primeiros querem mostrar que o medicamento é capaz de encurtar o tempo dos sintomas. O terceiro é para avaliar se usar o medicamento evita a infecção. A gente não possui ainda tratamento para casos leves da doença que possa ser tomado em casa e via oral”, explicou José Valdez Madruga, médico infectologista e pesquisador de estudos clínicos.
Além do Brasil, outros países participam das fases 2 e 3 dos estudos: Estados Unidos, Hungria, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Polônia, Porto Rico, Tailândia e Turquia.
Em março deste ano, a Pfizer iniciou o estudo clínico de fase 1 do antiviral contra a Covid-19 via oral em adultos saudáveis para verificar sua segurança, tolerabilidade e farmacocinética. Ele foi realizado nos Estados Unidos.
No Brasil, seis medicamentos já foram aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a Covid-19.
O governo Jair Bolsonaro (sem partido) não inseriu no SUS nenhum dos seis tratamentos medicamentosos para a Covid-19 aprovados pela agência reguladora.
Para evitar um duro golpe na bandeira negacionista do presidente, o Ministério da Saúde ainda tenta evitar a derrubada de orientações pró-“kit Covid”.
Os debates se concentram na Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), órgão consultivo do ministério para a análise de novas terapias e definição de protocolos da rede pública.

Licença-paternidade estendida ainda é rara e motivo de piadas

VITORIA PEREIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

Homens que querem participar ativamente da criação dos filhos e dividir as tarefas com as mães se deparam com dificuldades legais e culturais. A legislação prevê só cinco dias corridos de licença-paternidade remunerada, que podem ser ampliados para 20 se a empresa fizer parte do Programa Empresa Cidadã -para mães, o afastamento é de quatro meses por lei e de seis nas companhias que aderem ao programa.
Um homem branco vestido com uma camiseta na cor branca está beijando a bochecha de um bebê.
Quem trabalha em uma empresa que oferece licença estendida e opta por ficar fora do trabalho um período maior muitas vezes ouve comentários machistas.
“Já escutei: ‘Vai ficar de férias, porque é a sua esposa que vai cuidar'”, conta Felipe Campos, 31, gerente de engenharia de software na SumUp, que tirou 90 dias de licença.
O benefício oferecido pela empresa foi um atrativo para ele retornar ao Brasil com a família, em 2021. Na época, eles moravam no México havia três anos e estavam planejando ter um segundo filho.
“[A legislação] é fruto de uma sociedade que acredita que a mulher tem a incumbência dos cuidados com os filhos e o pai é o provedor”, diz a advogada trabalhista Eliane Gago, do escritório Duarte Garcia Serra Netto e Terra, em São Paulo.
O direito à licença de cinco dias começa a partir do nascimento do filho. Esses dias são custeados pelo INSS, mas o funcionário pode negociar um afastamento maior com a empresa e, nesse caso, o período extra deve ser remunerado pelo empregador. A lei não faz distinção entre pais de filhos biológicos e adotivos.
Para Tiago Koch, idealizador do projeto Homem Paterno, que pretende ampliar as discussões sobre paternidade, o período curto atrapalha a criação de um laço afetivo com o bebê, além de sobrecarregar a mãe.
“É difícil enxergar um desenvolvimento saudável de uma criança e de uma mãe durante o puerpério sem uma rede de apoio e uma pessoa para oferecer um suporte.”
O orientador vocacional Mateus Nani, 33, tirou os cinco dias permitidos por lei para poder ficar com a primeira filha, Giovanna, que nasceu em setembro de 2021. Mas ele queria mais. “Cinco dias de licença paternidade é no mínimo insensível e desigual diante da nova família que está nascendo. Seria muito importante que nós tivéssemos mais tempo juntos”, afirma.
De acordo com um levantamento feito pela Catho, em agosto de 2021 apenas 7,5% das vagas anunciadas na plataforma ofereciam licença-paternidade estendida. O estudo mostrou que, no primeiro semestre do ano, as áreas que mais disponibilizam esse tipo de benefício são informática, administração e comércio varejista.
Gabriel Lopes, 33, que atua como gerente de engenharia na Loft, startup do setor imobiliário, está prestes a tirar sua licença, que pode ser de até seis meses.
A empresa passou a oferecer, em 2020, dois meses de licença-paternidade obrigatória e outros quatro meses opcionais, que o profissional pode negociar com sua equipe. “Eu vou ter tempo para realmente dividir o trabalho. Não vai ser aquilo de ‘eu vou te ajudar'”, afirma Gabriel.
Segundo a empresa, 32 homens já usaram o benefício.
“[A política] acaba atraindo muitas famílias. É uma forma de o homem exercer o direito de aproveitar esse momento da vida do filho”, explica Gabriela Cañas, gerente de RH da Loft.
Apesar de querer passar mais tempo com o bebê, os pais têm os mesmos receios que as mães quando ficam afastados do trabalho por um longo período, como medo de perder o emprego, de serem prejudicados nas carreiras ou de serem substituídos.
“A gente pensa: ‘Vou ficar 30 dias fora. Como vai ser quando eu voltar? Será que eu vou ter minha vaga lá ainda?'”, diz Vittor Donato, 27, analista de marketing na Natura, que teve 30 dias de dispensa.
Um estudo de dezembro de 2019 sobre licença maternidade/paternidade e seus efeitos no mercado de trabalho, realizado com 721 profissionais de recursos humanos, mostra que 57% deles não veem pontos negativos no fato de uma empresa adotar licença-paternidade de 20 dias.
O estudo foi realizado pelo Talenses Group e pela Filhos no Currículo, iniciativa que tenta fazer empresas e pais repensarem como unir família e carreira. A pesquisa também elenca os pontos positivos de ter esse benefício, entre eles retenção e atração de talentos, aumento da produtividade, menos desigualdade de gênero e mais mulheres em posição de liderança.
Porém, a ideia de oferecer o benefício ainda encontra resistência em muitas empresas. Segundo o estudo, 39% das companhias que têm ações voltadas para as mães não possuem ações voltadas para os pais.
“A preocupação com o desfalque nas equipes, percepção de perda de rentabilidade e custo associado à licença são empecilhos [para não adotar o benefício]. Mas também há uma questão histórica e estrutural de associar os cuidados dos filhos a uma figura materna”, diz Michelle Terni, idealizadora da campanha Filhos no Currículo.
“A nossa intenção era de que cada vez mais as pessoas compartilhassem, com seus colegas, com seus empregos, as habilidades que passaram a ter depois dos filhos. Como a chegada dos filhos os transformou enquanto profissional”, explica Terni. ​

Guardas civis prendem homem por atirar contra pessoas em situação de rua no centro de SP

MARIANE RIBEIRO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

Um autônomo de 29 anos foi preso por guardas municipais após atirar na direção de pessoas em situação de rua na madrugada desta segunda-feira (1º), na rua Quirino de Andrade, perto da estação Anhangabaú da linha 3-vermelha do metrô de São Paulo. Apesar dos tiros, ninguém ficou ferido.
Segundo a polícia, ele disse que teve seu celular roubado por pessoas não identificadas e atirou por cima dos moradores de rua, na tentativa de assustar os autores do roubo. Seu alvo, segundo ele, não era as pessoas que estavam deitadas no local.
O caso ocorreu por volta das 0h30 desta segunda, de acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública). O homem foi preso após ter sido abordado por agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
A arma, uma pistola calibre 380, era de propriedade do autor dos disparos, segundo informou a pasta
Alvo Ao ser encaminhado para o 2º Distrito Policial (Bom Retiro), o homem disse que efetuou disparos para o alto com o objetivo de assustar os ladrões. Mesmo assim, ele não recuperou o seu aparelho.
O que ele conseguiu foi deixar as portas dos estabelecimentos vizinhos com marcas dos disparos. A perícia analisou o local e foram localizadas várias cápsulas deflagradas.
Apesar de alegar que não era sua intenção atingir as pessoas em situação de rua, ele responderá por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, segundo a SSP.
Depois de prestar depoimento no 2º DP ele foi encaminhado para o 77º DP (Santa Cecília). Por fim, quem fará a investigação do caso será o 3º DP (Campos Elíseos).

WhatsApp deixa de funcionar em celulares antigos nesta segunda

A partir desta segunda-feira (1º), donos de celulares antigos não poderão mais usar o WhatsApp. O aplicativo de mensagens foi descontinuado para versões do sistema, elaborado pela Google, lançadas antes de 2012. Para usuários da Apple, o aplicativo deixará de rodar em celulares anteriores ao iOS 10.

No caso do Android, a mudança atinge celulares com a versão 4.0.4 e anteriores. Chamada de Ice Cream Sandwich, a versão foi liberada pela Google em dezembro de 2011. O sistema foi sucedido pelo Android 4.1, conhecido como Jelly Bean, em julho de 2012.

Com a mudança, os usuários deverão atualizar o celular. Caso o aparelho não seja mais compatível com o sistema operacional, será necessário fazer o backup da conta do WhatsApp, para salvar contatos e mensagens, e transferir a conta para um aparelho mais moderno.

Segundo o WhatsApp, a mudança atinge um número pequeno de pessoas, mas o percentual de usuários do aplicativo com esses sistemas não foi informado. A companhia assegurou que todos os donos de celulares afetados pela mudança foram avisados.

Ainda de acordo com o Whatsapp, o aplicativo foi interrompido nos aparelhos mais antigos porque os sistemas defasados não garantiriam mais que o programa continuasse a funcionar normalmente e com segurança.

O dono do celular tem como saber qual versão usa. No sistema iOS, basta abrir o menu “Ajustes” e clicar em “Geral” e, em seguida, em “Sobre”. No Android, o procedimento varia conforme o fabricante. Geralmente, o usuário deve clicar em “Configurações”, em “Sistema” ou “Sobre o telefone”, em “Informações do software” ou “Sobre o dispositivo” e localizar o campo “Versão Android”.

Portaria proíbe demissão de trabalhador não vacinado contra covid-19

O empregado que não tiver tomado vacina contra a covid-19 não poderá ser demitido ou ser barrado em processo seletivo. A proibição consta da Portaria 620, publicada nesta segunda-feira (1°) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

A medida vale tanto para empresas como para órgãos públicos. Em vídeo, o ministro Onyx Lorenzoni disse que a portaria protege o trabalhador e afirma que a escolha de vacinar-se pertence apenas ao cidadão.

Segundo o texto, constitui “prática discriminatória a obrigatoriedade de certificado de vacinação em processos seletivos de admissão de trabalhadores, assim como a demissão por justa causa de empregado em razão da não apresentação de certificado de vacinação”.

Caso o empregado seja demitido ou não contratado por não comprovar a vacinação, a portaria estabelece que o funcionário pode escolher ser reintegrado ao cargo ou receber o dobro da remuneração referente ao período de afastamento.

As empresas também poderão realizar testagens periódicas para preservar as condições sanitárias no ambiente de trabalho. Nessas situações, o empregado deverá apresentar o cartão de vacinação ou ser obrigado a realizar o teste. Também está autorizado que os empregadores incentivem a vacinação, desde que não obriguem o funcionário a vacinar-se.

A posição do governo é distinta de algumas sentenças recentes da Justiça do Trabalho. Em julho, a 13ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, em São Paulo, confirmou a dispensa por justa causa de uma auxiliar de limpeza que trabalhava em um hospital infantil e se recusou a ser imunizada duas vezes. O caso aconteceu em São Caetano do Sul, na região metropolitana da capital paulista.

Rio Claro Basquete venceu o União Corinthians pelo NBB


O Rio Claro Basquete recebeu hoje(1) o União Corinthians pelo Novo Basquete Brasil e venceu por 74 a 63.

A partida marcou a volta do torcedor ao ginásio Felipão após um ano e oito meses depois da proibição devido à pandemia da COVID-19. 

As parciais foram 15 a 13, 18 a 17 nos dois primeiros quartos pra o Leão, 22 a 21 para o União no terceiro e vitória do Leão no último período por 22 a 11.

Mundo atinge 5 milhões de mortes por Covid

Folhapress

O mundo atingiu nesta segunda-feira (1º) a marca de 5 milhões de mortes confirmadas pela Covid-19, doença que continua a fazer vítimas quase dois anos após o primeiro caso ser registrado em Wuhan, na China. A contagem é da Universidade Johns Hopkins.

Já o número de casos de coronavírus registrados desde o início da pandemia ultrapassa 246 milhões. Devido à subnotificação de infecções e óbitos, o número real de vítimas da doença pode ser ainda maior.

O Brasil é o segundo país com mais mortes por coronavírus – são mais de 607 mil óbitos, segundo a Johns Hopkins.

Neste domingo, o país registrou 1,6 milhão de doses de vacinas aplicadas contra a Covid.

Ao todo, mais de 154 milhões de pessoas receberam ao menos a primeira dose do imunizante, e 112 milhões, a segunda. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, são 117 milhões as pessoas com esquema vacinal completo no país.

Os Estados Unidos lideram o ranking dos países com o maior número de mortes. Ao todo, o país registrou mais de 745 mil óbitos.

Depois do Brasil, na segunda posição, ocupam a lista das dez nações com mais mortes causadas pela Covid-19, em números absolutos, Índia, México, Rússia, Peru, Indonésia, Reino Unido, Itália e Colômbia.

O avanço da vacinação contra a Covid freou a mortandade pela doença no mundo nos últimos meses, mas a distribuição desigual de imunizantes e a atuação de movimentos antivacina têm prejudicado os esforços para combater a pandemia em diversos países.

Segundo a plataforma Our World in Data, mais de 7 bilhões de doses foram aplicadas em todo o mundo, e 49,3% da população mundial já recebeu ao menos uma injeção. Nos países de renda baixa, apenas 3,5% das pessoas receberam ao menos uma dose, indicando grande disparidade no acesso à vacina.

A crise da Covid e a prevenção de futuras pandemias foram temas do encontro do G20, grupo das 19 principais economias do mundo mais a União Europeia, realizado em Roma neste fim de semana. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) representou o Brasil na cúpula.

Na semana passada, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um apelo para que os membros do grupo compartilhem imunizantes com nações mais pobres. “Os países do G20 devem cumprir os compromissos de compartilhamento imediatamente”, afirmou.

Após o fim dos encontros em Roma, líderes do bloco afirmaram que vão aumentar o fornecimento de vacinas aos países menos desenvolvidos, prometendo “evitar restrições às exportações e aumentar a transparência e visibilidade na entrega”. Prazos concretos, no entanto, não foram especificados.

O G20 afirmou que vai contribuir para o alcance das metas globais de vacinação de pelo menos 40% da população de todos os países até o final de 2021 e 70% até meados de 2022, conforme preconiza a OMS.

Rio Claro tem 12 novos casos de Covid

Com a confirmação de 12 novos casos de Covid, Rio Claro totaliza 19.360 casos de infecção por coronavírus confirmados desde o início da pandemia. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (1°) em boletim emitido pela Fundação Municipal de Saúde. Entre o total de infectados, 18.742 estão recuperados da doença.

O boletim também aponta que nove pessoas estão hospitalizadas em leitos Covid das redes de saúde pública e privada. São sete pacientes em leitos de enfermaria e dois em UTI. A ocupação de leitos é de 10%. 

A Fundação Municipal de Saúde alerta a população para a importância da vacinação e para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos.

Obras na linha férrea de Santa Gertrudes causam transtornos no trânsito

Moradores de Santa Gertrudes têm vivido dias difíceis em um ponto de alto fluxo de veículos e poucas alternativas no município. Os problemas estão sendo causados por interdições em razão de duas obras que vêm sendo realizadas nos pontilhões da Avenida Remolo Tonon e do “Panhoca”.

As queixas começaram pois, segundo moradores, o local tem poucos acessos e dois deles estão em obras ao mesmo tempo.

Em entrevista à Jovem Pan News Rio Claro, o prefeito de Santa Gertrudes, Gino, falou sobre a situação, explicou as obras e disse entender o transtorno causado.

“É uma obra da Rumo, da ferrovia. A gente conversou com eles da seguinte forma: como eles interditaram o primeiro pontilhão, que é o que o pessoal conhece como Panhoca, que é do tratamento de água, a empresa fez uma transposição por cima, por onde os caminhões podem passar. Então lá tem a passagem. Na Remolo Tonon, que tem as duas passagens, ficou interditado só o lado que vai do bairro para a cidade, o outro continua aberto. Realmente, a população tem o direito de falar e está certa, só temos a ponte que liga Bom Sucesso e Nestor Timoni liberada”, comentou o prefeito Gino.

As conversas entre prefeitura de Santa Gertrudes e a Rumo continuam acontecendo para evitar mais transtornos, explica Gino: “Conversei com a Rumo também e agora a gente liberou na Imperial, além dos carros pequenos, por cima para os caminhões. Então isso não tem como nós interferirmos, mas da maneira que pudemos fazer a gente fez. Agora o tráfego de caminhões pesados pode passar pela Imperial”.

Além disso, Gino explicou as outras formas de acesso que podem ser usadas por motoristas que precisem passar pelo trecho: “O pontilhão Rui de Almeida, que é o acesso da Vigorelli para o Bom Sucesso, dá passagem para todos os carros de pequeno porte e ônibus também. Os veículos mais pesados passam pela Imperial e pelo Panhoca também”.

As obras têm causado, em horários de mais fluxo, congestionamento e filas de veículos. Na última semana, além das obras, um trem ficou parado no local em uma passagem por conta de um problema, gerando ainda mais congestionamento.

Segundo o prefeito, isso foi esporádico e a expectativa é de que não aconteça novamente.

A previsão de finalização das obras no local é para julho e, logo após, um novo trabalho de melhorias deve ser iniciado nas proximidades.

RUMO

Procurada pelo JC, a Rumo se pronunciou sobre os questionamentos: “A concessionária informa que a obra em andamento na região de Santa Gertrudes (SP) integra as contrapartidas previstas na renovação da concessão da Malha Paulista e consiste na duplicação do trecho ferroviário entre os municípios de Cordeirópolis e Rio Claro. Os investimentos que serão feitos pela Rumo em toda a Malha ao longo da concessão somam mais de R$ 6 bilhões. A Companhia reforça que segue todas as normas de segurança vigentes e que as interdições estão autorizadas pela a Prefeitura e o DER, com o objetivo de procurar causar o menor impacto possível à população”.

Vacinação contra a Covid na quarta-feira será em dois locais

Rio Claro terá nesta quarta-feira (3) vacinação contra a Covid em dois locais de atendimento. A primeira dose continua para maiores de 12 anos, incluindo gestantes e puérperas. Já a segunda dose será para as pessoas que receberam a primeira dose da Pfizer ou da Coronavac até 14 de outubro ou da Astrazeneca até 8 de setembro.

O atendimento será no Centro Cultural das 8 às 16 horas e na Unimed (Rua 12) das 7h30 às 12h30.

As doses adicionais (terceiras doses) serão aplicadas em profissionais de saúde, idosos e pessoas com imunossupressão de alto grau. Serão vacinados os profissionais de saúde e idosos com 60 anos ou mais que tomaram a segunda dose de qualquer laboratório em abril. Para os profissionais de saúde é obrigatória a apresentação da carteirinha do conselho profissional, crachá ou declaração do serviço de saúde onde atua.

Para a terceira dose, as pessoas com imunossupressão de alto grau precisam ter recebido a segunda dose até 6 de outubro. Essas pessoas devem apresentar declaração médica com CID ou receituário de uso contínuo de medicamento modificador da resposta imune.

Todos que forem se vacinar devem levar RG, CPF e comprovante de residência em Rio Claro. No caso de segundas e terceiras doses também é necessário o comprovante de vacinação com as doses anteriores.

Jornal Cidade RC
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