Morre João Carlos Traina, ex-jogador de futebol

Faleceu nesta sexta-feira (28), aos 66 anos, o rio-clarense João Carlos Traina que fez história no futebol. A despedida de familiares e amigos acontece neste sábado (29) com o início do velório às 7 horas no Municipal e sepultamento às 10 horas no cemitério São João Batista.

Nas redes sociais, o Botafogo de Ribeirão Preto lamentou a morte de seu ex-jogador. “É com imenso pesar que a diretoria e torcedores do Botafogo receberam, nesta sexta-feira (28), a notícia do falecimento do ex-jogador João Carlos Traina, que vestiu a camisa do clube em meados da década de 70. Ele faleceu aos 66 anos vítima de falência múltipla dos órgãos em decorrência de uma cirurgia para a troca de prótese. Traina fez parte do elenco que conquistou o título da Taça Cidade de São Paulo de 1977. Ele era meio-campista, mas atuava em todas as posições do setor ofensivo.A diretoria do Botafogo presta os seus mais sinceros sentimentos de condolências à família e amigos e reza para que todos encontrem forças neste momento para superar essa triste perda”.

Homenagem publicada pelo Botafogo de Ribeirão Preto a João Carlos Traina nas redes sociais

Traina também fez história no futebol de salão em Rio Claro, no auge da modalidade e atuou no campos rio-clarenses também. Ele deixa a esposa Marcia Irene Martinez Traina, os filhos Rafael e Samuel, três netos e demais familiares.

Defesa Civil registra pontos de alagamento após chuva forte em Rio Claro

A Defesa Civil de Rio Claro registrou chuva forte na tarde desta sexta-feira (28) na cidade de Rio Claro, com ventania. De acordo com o departamento, foram contabilizados 45,1 milímetros de nível pluviométrico e rajadas de vento de 24,1 km/h.

Alguns pontos de alagamento sem danos humanos ou matérias foram registrados, segundo o órgão. Avenida Visconde do Rio Claro com avenidas 12, 14, 8 e 4 e Rua 9; Avenida Presidente Kennedy com a Rua 20, no Jardim Quitandinha e Avenida 16, entre as ruas 21 e 22, no Jardim São Paulo foram os pontos onde os alagamentos foram registrados.

Um leitor do JC também registrou uma queda de árvore na Praça da Liberdade, localizada na Rua 6, no Centro da cidade.

Árvore caiu na Praça da Liberdade

Em Santa Gertrudes, o pontilhão que dá acesso ao Centro da cidade, na Avenida Remolo Tonon, também ficou alagado na tarde desta sexta-feira.

Pontilhão em Santa Gertrudes

Três idosos morrem de Covid em Rio Claro

Rio Claro registrou 597 óbitos por Covid nesta pandemia, sendo que três mortes foram confirmadas em boletim divulgado nesta sexta-feira (28) pela Fundação Municipal de Saúde. As mais recentes vítimas fatais da doença são três idosos. O boletim também aponta 341 novos casos da doença, elevando o total a 25.222.

Entre os infectados, 23.294 pessoas estão recuperadas e 1.273 estão em isolamento domiciliar, com sintomas leves ou sem sintomas de Covid. O município tem 63 pacientes hospitalizados e índice de ocupação de leitos de 69%, dados que incluem internações nas redes de saúde pública e privada. Deste total, 34 pessoas recebem atendimento em leitos de UTI.

A Fundação Municipal de Saúde alerta a população para a importância da vacinação e para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização frequente das mãos.

Cachorro vítima de maus-tratos é resgatado no Bom Retiro e tutora multada em torno de R$ 48 mil

Um caso de maus-tratos contra um cachorro da raça Shih Tzu chamou a atenção pela crueldade e virou caso de polícia em Rio Claro. A princípio a Ong Anjos de Focinho foi acionada para realizar um resgate e pediu o apoio da Guarda Civil Municipal para ir até o local, uma residência no bairro Bom Retiro. Porém quando os voluntários chegaram no imóvel tomaram conhecimento do crime contra o animal.

De acordo com o GCM Maurício que atendeu a ocorrência junto com o GCM Botelho, a tutora afirmou que ela deixava sempre o cachorro sair sozinho para a rua e que um dia ele voltou com o olho machucado: “Ela disse que não tinha dinheiro para levar no veterinário e por isso deixou o ferimento como estava. Esse ferimento foi infeccionando e o cachorro pegou bicheira. Essas larvas foram comendo o globo ocular do animal, parte do cérebro e chegaram ao ouvido. Ela ainda relatou que o cachorro começou a cheirar mal e por isso o isolou nos fundos da casa”.

Diante da situação, os guardas elaboraram um boletim de ocorrência com Auto de Infração e a responsável pelo animal enquadrada em pelo menos quatro artigos de maus-tratos sendo aplicada em cada um desses artigos o máximo da Unidade Fiscal de Referência (Ufir). Em reais, a multa chega em torno de R$ 48.000,00.

ATENÇÃO IMAGEM FORTE

O Shih Tzu está sob os cuidados da ONG Anjos de Focinho e foi internado em estado grave em uma clínica veterinária. A tutora possui outrso quatro cachorros na residência e foi dado um prazo para que ela apresente comprovante de vacinação e comprove os cuidados. O caso será acompanhado pela Patrulha de Proteção Animal da GCM.

“A administração municipal de Rio Claro tem dado todo o apoio e respaldo para o nosso trabalho e é importante que as pessoas que tenham animais em casa saibam das responsabilidades. Outro ponto a ser ressaltado é que contamos com o apoio da população para que assim como nós sejam um agente fiscalizador e denunciem casos de maus-tratos. Estamos a disposição no telefone 153. Casos de violência e maus-tratos contra animais não serão tolerados e estamos trabalhando para isso”, alertou o GCM Maurício que neste caso fez questão também de agradecer a ONG Anjos de Focinho pelo trabalho em conjunto.

“O fato da tutora ter alegado que a princípio não tinha dinheiro para levar o animal no veterinário não pode ser considerado já que ela não procurou ajuda e o município oferece meios para isso. Essa tutora poderia ter procurado o Canil Municipal, o Departamento de Proteção Animal ou até mesmo uma ONG porém optou pela omissão e falta de socorro. Um caso que realmente chamou a nossa atenção. Nos comoveu ver as condições e toda a dor deste animal”, finalizou o GCM Maurício.

Mãe encontra cartas de filho planejando matar própria família em Piracicaba

Uma mãe, de 38 anos, procurou a Polícia Civil de Piracicaba após encontrar diversas cartas escritas pelo próprio filho, de 13 anos, planejando matar a família. No quarto do adolescente, a genitora encontrou ainda, dentro do colchão, duas facas e um espeto de carne.

A policia foi procurada pela mãe na tarde de quarta-feira (26) e relatou nunca ter tido problemas com o filho e que o mesmo não faz uso de drogas, medicamentos e costuma ser um filho maravilhoso.

O caso foi registrado pela PC e a família orientada a procurar o Conselho Tutelar.

As informações foram fornecidas pelo Jornal de Piracicaba.

Rio Claro vacina na segunda-feira crianças de 5 anos

Chegou a vez das crianças de 5 anos serem vacinadas contra a Covid em Rio Claro. A vacinação nesta segunda-feira (31) será das 8 às 16 horas no salão da igreja Boa Morte, que fica na Rua 10, entre as avenidas 7 e 9.

As crianças devem estar acompanhadas de um responsável com mais de 18 anos, portando CPF e cartão SUS da criança. O cadastro antecipado no site vacinaja.sp.gov.br é fundamental para agilizar o atendimento.

A primeira dose é para todos com mais de 5 anos que ainda não foram vacinados. Também serão aplicadas segundas doses e doses de reforço. As segundas doses nesta segunda-feira serão para quem foi vacinado com Pfizer ou Coronavac até 10 de janeiro ou com a Astrazeneca até 3 de janeiro. Os maiores de 18 anos que tomaram a segunda dose em setembro devem comparecer para a dose de reforço. Também são vacinadas com mais uma dose as pessoas que tomaram dose da Janssen há no mínimo dois meses.

A Fundação Municipal de Saúde reforça o alerta à população sobre a importância da vacina no enfrentamento do coronavírus. De acordo com o mais recente levantamento da Vigilância Epidemiológica, divulgado na quarta-feira (26), 11.029 pessoas não compareceram para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid e outras 47.197 doses de reforço também não foram aplicadas por ausência dos interessados.

Menina de 8 anos é atacada por tubarão em Fernando de Noronha

Folhapress

Uma menina de 8 anos foi atacada nesta sexta-feira (28) por um tubarão na Praia do Sueste, no arquipélago de Fernando de Noronha. Ela foi levada às pressas na caçamba de um carro para o Hospital São Lucas, único do local, e deve ser transferida para Recife de avião. Segundo a administração da ilha, ela foi mordida na perna direita e deu entrada na unidade de saúde em estado grave. A praia, administrada pelo ICMBio, foi fechada sem previsão de reabertura.

Segundo a SES-PE (Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco), a UTI aérea para realizar a transferência da criança foi acionada e levou a vítima para atendimento na capital pernambucana.

“Foram realizados todos os procedimentos necessários, incluindo transfusão sanguínea, para garantir a estabilidade da paciente, que foi transferida por salvamento aéreo para um hospital particular do Recife”, informou a administração do arquipélago em nota à reportagem.

Procurado, o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade), responsável pela área de conservação, informou na tarde desta sexta que a Praia do Sueste ficará fechada por tempo indeterminado, para “evitar tumultos” e que o caso da garota foi de amputação.

“A reabertura do atrativo vai depender de uma análise institucional baseada em uma melhor compreensão dos fatos que levaram ao acidente”, diz o texto.

O primeiro ataque oficial de tubarão registrado na história da ilha, o mais grave até o momento, ocorreu em dezembro de 2015, quando um turista paranaense de 33 anos foi vitimado na Praia do Sueste, uma das mais conhecidas do arquipélago. Ele estaria boiando no momento da mordida e perdeu a mão e parte do antebraço.

Em dezembro de 2016, um novo incidente foi registrado na Praia do Leão, quando um turista de 49 anos de São Paulo sofreu ferimentos leves após um encontro com o animal.

No começo de 2017, outro visitante, de João Pessoa, precisou levar pontos na mão após tentar agarrar um filhote do animal para fazer uma selfie na Praia do Sueste. Um ano depois, em janeiro de 2018, um surfista da Bahia teve escoriações no antebraço após cair da prancha em cima do animal enquanto surfava na Praia da Conceição.

Em fevereiro de 2019, um nativo da ilha que tinha 31 anos e surfava na praia Cacimba do Padre sofreu ferimentos na face, pescoço e orelha após ser mordido por um tubarão-limão. Em maio do mesmo ano, um garoto de 12 anos teve o dedo do pé cortado pela ação de um tubarão-limão, durante uma pescaria com anzol, na Praia do Porto. Ele levou dois pontos e ficou bem.

Em março de 2020, uma surfista de Santa Catarina precisou levar suturas na perna após ser mordida na Praia do Bode e em dezembro daquele mesmo ano um homem de 37 anos que vinha de São Paulo e estava na Praia da Conceição precisou ser socorrido com ferimentos no pé por causa de outro incidente com o animal.

Poucas semanas depois, em 13 de janeiro de 2021, um homem de 53 anos que nadava na Cacimba do Padre e tinha vindo do Rio de Janeiro também precisou levar pontos após ser mordido.

Maior mamífero brasileiro, Anta corre risco de sumir da mata atlântica

Reinaldo José Lopes – Folhapress

O maior mamífero brasileiro corre o risco de desaparecer totalmente da mata atlântica, ambiente que foi o primeiro a ser afetado pela colonização europeia no país.

Um dos mais detalhados levantamentos já feitos sobre a situação das antas (Tapirus terrestris) no bioma indica que os animais hoje ocupam menos de 2% de seu território original, e que entre 70% e 90% de suas populações existentes hoje podem se tornar geneticamente inviáveis -grosso modo, incapazes de produzir filhotes saudáveis- nos próximos cem anos.

Publicado na revista científica Neotropical Biology and Conservation, o diagnóstico traz, apesar de tudo, alguns motivos para menos pessimismo. Das 48 populações de antas identificadas na mata atlântica, relatos locais indicam que elas ainda são abundantes ou comuns na maioria dos casos, e um terço delas está em crescimento e ocupando áreas mais amplas.

Os bichos também são um dos mamíferos com maior capacidade para viajar por distâncias relativamente grandes, inclusive atravessando o que os ecólogos chamam de matriz –as áreas ocupadas pelo ser humano que circundam os ambientes naturais, o que pode incluir pasto, plantações ou mesmo trechos urbanos.

Cercas normais de arame farpado, por exemplo, costumam ser atravessadas por elas com relativa facilidade. Isso, em tese, pode ajudar membros de populações isoladas a encontrar parceiros para se reproduzir e, assim, diminuir os riscos de desaparecimento.

“A gente capturou uma vez, no cerrado, uma fêmea adulta linda, gigante. Colocamos o colar com radiotransmissor para monitorá-la e ela se movimentou por 40 km andando na beira do rio, e isso num lugar onde a paisagem ao redor é só cana, cana, cana”, conta Patrícia Medici, coordenadora da Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, projeto do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas). Ela assina o novo estudo ao lado de Kevin Flesher, do Centro de Estudos da Biodiversidade.

Mesmo a disposição de maratonista da fêmea, no entanto, talvez ainda não seja suficiente para os desafios que a espécie enfrenta na mata atlântica. A extrema fragmentação (divisão da floresta em pedaços menores e isolados) do bioma faz com que a distância média entre as populações de antas ali hoje seja de quase 50 km.

E o trajeto que os animais costumam fazer partindo das áreas de reservas florestais que habitam em geral é bem mais curto que isso, não chegando a 10 km. Assim, embora a maioria das áreas ainda habitadas por antas hoje não sofra grandes pressões de desmatamento, a busca dos animais por companheiros para reprodução tende a ficar cada vez mais difícil.

A vida reprodutiva peculiar da espécie, aliás, é outra barreira para a recuperação de suas populações no cenário atual. O ciclo de vida dos herbívoros é lento e delicado: as gestações duram 13 meses, com o nascimento de um único filhote.

“Eles logo começam a caminhar no meio das patas da mãe, mas são muito vulneráveis. A mortalidade é bem alta, seja por causa de predadores, seja por causa da presença de machos que começam a assediar a mãe quando o filhote ainda é pequeno e podem acabar machucando o bebê, embora não o ataquem diretamente, pelo que a gente sabe”, conta a pesquisadora.

A caça, além disso, continua sendo motivo de preocupação. Segundo Medici, as motivações são múltiplas, desde retaliações contra animais que se aventuram a fazer um lanche em plantações (algo bastante raro) até capturas por esporte e mesmo por crendice popular, com o uso da gordura ou até dos órgãos sexuais dos bichos em simpatias contra problemas como bronquite ou impotência.

Outra ameaça relevante é a ação dos cães, normalmente treinados para a caça e criados soltos em propriedades rurais, que podem atacar tanto filhotes quanto adultos mesmo sem a presença de seus donos.

A espécie não existe mais na mata atlântica de nenhum dos estados do Nordeste, com exceção da Bahia. Para Medici, as estratégias para ajudar as populações que ainda resistem a se conectar mais e aumentar sua viabilidade de longo prazo terão de achar caminhos para minimizar ameaças como a caça e para tornar a matriz (o espaço rural “não florestal”) mais amigável para as jornadas das antas.

Fábricas no Brasil falsificam cigarro paraguaio para lucrar mais e até exportam

Marcelo Toledo – Folhapress

Num movimento considerado mais lucrativo para o crime e impensável até anos atrás, fábricas clandestinas de cigarro instaladas no Brasil estão falsificando marcas paraguaias e, mais do que isso, exportando esses produtos.

Em menos de uma década, foram flagradas cerca de 20 indústrias clandestinas, das quais 9 foram fechadas somente no ano passado no país, numa modalidade criminosa encontrada especialmente no interior de São Paulo, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.

O cigarro paraguaio já está tão consolidado no Brasil –respondeu por 49% do mercado em 2020– que passou a ser vantajoso para as quadrilhas falsificarem marcas produzidas legalmente no país vizinho para venderem no mercado interno.

Assim, escapam do imposto cobrado no Brasil, que pode ultrapassar 90% do valor do maço, dependendo do estado, e, também, do imposto de 18% existente no Paraguai –é o país sul-americano com o menor percentual.

Além disso, evitam o risco de apreensões nas rodovias. Só no primeiro semestre de 2021, a Receita Federal apreendeu mais de 7 milhões de maços de cigarros em rodovias paulistas a partir do Nurep, núcleo instituído no fim de 2020.

As nove fábricas ilegais descobertas em 2021 produziram 5,3 bilhões de cigarros de marcas importadas como Eight, Gift, Palermo e Club One, segundo as investigações policiais e órgãos que atuam na repressão ao contrabando.

Com esquema sofisticado que inclui isolamento acústico nas fábricas, elevadores para a produção da mercadoria no subsolo, um bunker e saída de emergência para o caso de o local ser alvo de fiscalização, essas indústrias têm produzido diariamente milhões de cigarros falsificados.

Ao lado da entrada de marcas paraguaias via contrabando pelas fronteiras, elas fazem com que o país amargue prejuízos bilionários todos os anos com o mercado ilegal.

Só em 2020, foram mais de R$ 10 bilhões de perdas em impostos, segundo dados do Ipec, graças à operação de fábricas como uma descoberta em outubro pela PF (Polícia Federal) em Triunfo (RS).

MÃO DE OBRA ANÁLOGA À ESCRAVIDÃO

A PF estourou em outubro uma fábrica clandestina que operava com mão de obra análoga à escravidão de estrangeiros e movimentava R$ 50 milhões por mês. Com produção de 10 milhões de maços falsificados mensalmente, o esquema contava com um bunker sob um contêiner. O local era acessado apenas por meio de um elevador hidráulico.

“Demoramos algumas horas para localizar efetivamente a fábrica. Sabíamos que era ali, mas estava oculta. É um investimento rentável. Quem fabrica não fica exposto ao preço mínimo do Brasil, à grande carga tributária, o que torna isso um mercado extremamente rentável”, disse o delegado da PF Wilson Klippel, responsável pela operação.

Além de distribuir o produto falsificado no mercado nacional, a quadrilha também estava enviando cigarros para o Uruguai, de acordo com o delegado.

Foram encontrados no local 18 trabalhadores, sendo 17 paraguaios, em situação análoga à escravidão, trabalhando em cômodo sem janela e com apenas dois chuveiros.

Segundo ele, as quadrilhas são “nômades”, com o objetivo de driblar a fiscalização, o que também indica que o negócio é altamente lucrativo, já que nas novas instalações toda a estrutura precisa ser novamente erguida.

A estimativa aponta que, por mês, eram deixados de arrecadar R$ 25 milhões em impostos somente com a operação da indústria na cidade do Rio Grande do Sul.

Antes disso, em setembro, um galpão na zona rural entre Cássia dos Coqueiros e Santo Antônio da Alegria, no interior paulista, era usado pelos criminosos para produzir cigarros paraguaios falsos.

Assim como no Sul do país, a estrutura foi montada com o objetivo de evitar operações policiais, com uma passagem secreta na parede para a fuga da quadrilha, câmeras para monitorar o entorno e isolamento acústico.

Também no interior, outro galpão, mas em meio a lavouras de cana-de-açúcar em Araraquara, foi descoberto em abril, produzindo cigarros de cinco marcas diferentes. Duas pessoas foram presas. Uma gráfica na capital fornecia as embalagens piratas dos cigarros originalmente produzidos no país vizinho.

MERCADO ILEGAL

O mercado de cigarros ilegais sofreu redução em 2020 no país, segundo dados do Ipec, por conta, entre outros fatores, do fechamento das fronteiras durante a pandemia, da alta do dólar e do lockdown no Paraguai, que interrompeu as atividades das fábricas.

Apesar disso, o mercado ilegal de cigarros ainda respondeu por 49% do consumo brasileiro, ante 57% de 2019, e os legalizados passaram de 43% para 51%.

O FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade) estima que o cigarro falsificado já represente 11% do mercado brasileiro.

“O preço do produto é metade do cobrado pela mercadoria legal, isso atrai demanda. O fumante, especialmente de baixa renda, é atraído pelo produto mais barato”, disse Edson Vismona, presidente do FNCP.

Para a polícia, o mercado doméstico está sendo inundado por duas situações: os falsificadores natos e as fábricas que atuam como espécie de “filial” de contrabandistas paraguaios, dada a quantidade de trabalhadores daquele país encontrados nas indústrias ilegais no Brasil.

“A maioria é falsificação pura e simples, de falsificar marca paraguaia por ela ser líder de mercado no Brasil. É o crime atacando o crime”, disse Vismona.

Também foi encontrada uma fábrica ilegal em Vassouras (RJ), que operava numa antiga indústria de biscoitos. Cinco paraguaios foram presos.

Para o FNCP, é preciso atacar a oferta e a demanda, mantendo as operações policiais e desenvolvendo ações de coordenação nas fronteiras e, também, criando rival no mercado para os cigarros paraguaios. Uma opção apontada pelo presidente do Fórum seria uma marca brasileira confrontar as contrabandeadas, pagando um imposto menor.

“É um tema contaminado por debates ideológicos, não queremos aumentar o consumo do cigarro, mas aumentar o [índice do] legal sobre o contrabando. Não haveria aumento de consumo, mas uma migração para o legal, aumentando a arrecadação do país.”

Ex-tapeceiro é encontrado morto em via pública no São Miguel

O corpo de um homem foi encontrado no início da tarde desta sexta (28) na calçada da esquina entre a Rua José Felício Castellano e a Av. 74A, no bairro São Miguel, em Rio Claro.

De acordo com informações da Polícia Militar, que atua na ocorrência, não há sinais de violência no corpo e ainda não é possível precisar a causa do óbito.

A vítima encontrada morta seria um ex-tapeceiro, que atualmente estaria vivendo em situação de rua e morando em uma praça próximo ao local onde seu corpo foi achado.

A idade e o nome completo da vítima ainda não foram divulgados, bem como mais informações sobre o caso, que segue em andamento.

Anvisa aprova venda de autoteste de Covid no Brasil

Raquel Lopes – Folhapress

A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou de maneira unânime a venda de autoteste no Brasil como uma forma de triagem da Covid-19. Entretanto, isso não ocorrerá de forma imediata -cada empresa precisará solicitar o registro na agência reguladora para comercializar o produto.

A decisão ocorreu após o Ministério da Saúde enviar uma nova nota técnica com proposta de política pública para utilização do exame na noite de terça-feira (25).

A Anvisa não aprovou a venda de autoteste de Covid-19 no Brasil em 19 de janeiro. A leitura na ocasião foi de que a nota técnica do Ministério da Saúde apresentava lacunas, por exemplo, sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes.

O autoteste servirá para ampliar a testagem de indivíduos sintomáticos, assintomáticos e seus possíveis contatos. Dessa forma, poderia ocorrer o isolamento precoce e a quebra de cadeia de transmissão.

O Ministério da Saúde já sinalizou que não pretende comprar o autoteste para distribuir à população. Mas aprova sua comercialização no país para ampliar a política de testagem.

Segundo a decisão da Anvisa, o autoteste poderá ser comercializado apenas em farmácias com e sem manipulação e estabelecimentos de saúde licenciados.

Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou, o setor já está se preparando para atender o mercado. O presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa, estimou que a indústria instalada no Brasil tem capacidade de produzir até 10 milhões de autotestes de Covid por mês.

Disse ainda que os autotestes devem ser mais baratos que exames de antígeno vendidos em farmácia.

Ficou acordado entre Anvisa e Ministério da Saúde que haverá a inclusão de orientações sobre o autoteste em um novo capítulo do PNE (Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19).

“O uso de autoteste para pesquisa de antígeno de Sars-Cov-2 passará a integrar a política pública do Ministério da Saúde de combate à pandemia de Covid-19 como um eixo de apoio ao diagnóstico”, disse o diretor Rômison Mota.

Como foi informado na nota técnica do Ministério da Saúde, o autoteste passará a ser uma nova ferramenta de triagem do PNE. Dessa forma, a pessoa a partir do resultado positivo deve procurar uma unidade de atendimento de saúde ou teleatendimento para que um profissional da saúde realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientações pertinentes de vigilância e assistência em saúde.

Com isso, não seria obrigatório informar o resultado do autoteste ao Ministério da Saúde.

A diretora relatora, Cristiane Rose Jourdan Gomes, destacou que o autoteste servirá para ampliar a testagem de indivíduos sintomáticos, assintomáticos e seus possíveis contatos, independente do estado vacinal.

Sendo que, em menores de 14 anos de idade, o exame deve ser realizado com a supervisão e apoio dos pais. Dessa forma, poderia ocorrer o isolamento precoce e a quebra de cadeia de transmissão.

“Considerando o exponencial aumento de casos em decorrência da variante ômicron, a elaboração das diretrizes do Ministério da Saúde sobre o uso do autoteste relacionada à política de testagem para a Covid e a missão institucional da Anvisa na proteção da saúde público, entendo relevante e urgente a abertura de processo regulatório e deliberação da diretoria colegiada que dispõe sobre o registro e dispositivos de autoteste”, disse.

A liberação ocorre no momento em que há uma explosão da procura por testes da Covid-19 com o avanço da variante ômicron. Laboratórios privados têm relatado falta dos exames.

A testagem no Brasil está centrada em clínicas, farmácias e serviços públicos, que não estão conseguindo atender à demanda diante da circulação da ômicron.

Entidades científicas cobraram uma política de testagem mais ampla do governo federal e a permissão do exame em casa. A procura pelos testes disparou com o avanço da contaminação na virada do ano.

Jornal Cidade RC
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.