Alta do Rio Corumbataí interdita estrada do Sobrado

A Defesa Civil informou na tarde desta segunda-feira (31) que precisou interditar um trecho da estrada do Sobrado, em Rio Claro.

A interdição acontece devido ao transbordamento do Rio Corumbataí, o que acabou alagando a estrada rural.

A estrada velha de Brotas também já havia sido interditada devido à alta do rio.

PF conclui que Bolsonaro não cometeu crime de prevaricação no caso Covaxin

Marcelo Rocha – Folhapress

A Polícia Federal concluiu que não foi​ identificado crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso da compra da vacina indiana Covaxin.

Em relatório enviado nesta segunda-feira (31) à ministra Rosa Weber, relatora do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), a corporação afirmou que não ficou demonstrada de forma material a ocorrência de conduta criminosa.

A PF ainda informou à magistrada que avaliou desnecessário interrogar Bolsonaro no caso.

Uma das principais suspeitas contra o governo Bolsonaro até aqui, o caso Covaxin, que se tornou centro da CPI da Covid no Senado e inflamou protestos pelo impeachment do presidente, expôs uma série de contradições no discurso bolsonarista sobre vacinas e combate à corrupção.

A suspeita de prevaricação foi atribuída ao chefe do Executivo pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda.

Em depoimento, o deputado afirmou ter alertado o presidente sobre supostas irregularidades na compra da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19.

O encontro, segundo o congressista, teria ocorrido no dia 20 de março. A conversa com o presidente teria sido presencial. Segundo relato de Miranda, Bolsonaro teria ligado o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), às supostas irregularidades.

Luis Ricardo, que era chefe da divisão de importação da Saúde, relatou ao MPF (Ministério Público Federal) ter sofrido pressão incomum para assinar o contrato. O depoimento foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.

O documento da Polícia Federal, de 52 páginas, foi assinado pelo delegado William Tito Schuman Marinho. O policial atua no setor encarregado de inquéritos nos tribunais superiores.

Marinho afirmou que, “ausente o dever funcional do presidente da República Jair Messias Bolsonaro de comunicar eventuais irregularidades de que tenha tido conhecimento -e das quais não faça parte como coautor ou partícipe- aos órgãos de investigação, como a Polícia Federal, ou de fiscalização, não está presente o ato de ofício” que poderia caracterizar o crime.

De acordo com o policial, “juridicamente, não é dever funcional (leia-se: legal), decorrente de regra de competência do cargo, a prática de ato de ofício de comunicação de irregularidades pelo presidente da República”.

Assim, concluiu o delegado, ainda que o presidente não tenha agido, não se pode ser imputado o crime de prevaricação no contexto dos fatos analisados no inquérito.

A prevaricação ocorre quando o agente público retarda ou deixa de praticar ato de ofício para satisfazer interesse próprio. A apuração foi instaurada em julho do ano passado a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), após pressão de Rosa Weber.

Inicialmente a PGR havia pedido para aguardar o fim da CPI da Covid para se manifestar sobre a necessidade ou não de investigar a atuação do chefe do Executivo.

No final de junho, três senadores apresentaram no STF uma notícia-crime contra Bolsonaro por prevaricação.

Em seguida, após pressão de Rosa Weber, a PGR pediu ao STF a abertura de inquérito para apurar o suposto crime. O Supremo deu aval, e em seguida a PF abriu a investigação a pedido da PGR.

No caso da compra da vacina indiana, senadores consideram que o interesse de Bolsonaro pode ter sido proteger aliados, como o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Em notícia-crime apresentada, os senadores afirmaram que a suposta omissão do presidente ocorreu “ou por envolvimento próprio no esquema criminoso ou por necessidade de blingagem dos amigos do rei”.

A prevaricação é um crime contra a administração pública que acontece quando o agente público deixa de agir da maneira que se espera dele e no qual é obtida alguma espécie de favorecimento.

Exemplos são casos de policiais ou fiscais que não tomam providência diante de uma irregularidade, para proteger determinada pessoa.

O Código Penal especifica da seguinte maneira: “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.

O ato de ofício é aquele que se espera que o servidor faça independentemente de um pedido. Governantes, como o presidente da República, também são funcionários públicos.

A legislação estabelece pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Por ser de menor potencial ofensivo, o caso tramita nos Juizados Especiais Criminais, conforme lei de 1995. Essa unidade do Judiciário objetiva não aplicar penas privativas de liberdade.

Em 2007, houve um acréscimo no Código Penal especificando a omissão relacionada à entrada de celulares em presídios como crime de prevaricação de agente público. A pena é a mesma do delito convencional.

Nas altas esferas de governo, embora o crime já tenha sido debatido em outras crises políticas, a condenação não é tão comum.

Um exemplo recente de condenação por prevaricação foi a aplicada em 2019 pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) a Cícero Amélio da Silva, ex-presidente do Tribunal de Contas de Alagoas.

A corte considerou que ele favoreceu um prefeito ao reter os autos de um processo em seu gabinete antes de uma eleição. Mas essa ação ainda tem recursos pendentes.

Em tese, o delito de prevaricação poderia ser enquadrado como um crime de responsabilidade do presidente da República.

A chamada Lei do Impeachment, de 1950, usada nos processos de afastamento contra Fernando Collor (1992) e Dilma Rousseff (2016), inclui expressões de sentido amplo, como “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”.

Embora também chamados de “crime”, os de responsabilidade não são um tipo penal, mas uma infração político-administrativa.

Guardas municipais de RC realizam treinamento para uso de armas longas

Catorze guardas civis municipais de Rio Claro participaram na última semana de um treinamento de 40 horas exigidas pela Polícia Federal para habilitação do uso de armas longas (carabina CTT40 e espingarda calibre 12).

De 24 a 28 de janeiro os participantes tiveram aulas teóricas realizadas na sede da GCM, visando manejo e manutenção das armas de fogo, e aulas práticas no estande de tiro, onde foram efetuados inúmeros disparos em alvos específicos e prática de simulação em situações de abordagens no dia a dia com o uso de técnicas operacionais utilizando as armas longas.

Paralisação no INSS afeta perícias; veja como remarcar

Folhapress

Trabalhadores que foram ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) nesta segunda (21), mas não foram atendidos pela perícia por conta da paralisação dos peritos federais, terão que comparecer novamente na agência na data definida para o novo atendimento.

O INSS informou que os servidores das agências remarcam os atendimentos para a data mais próxima. Segundo o órgão, o trabalhador não precisa solicitar a remarcação. O segurado pode confirmar a nova data e horário da sua perícia pelo telefone 135 ou pelo site ou aplicativo Meu INSS, informou o INSS em São Paulo, em nota.

A ANMP (Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais), que organiza a mobilização e estima que cerca de 25 mil atendimentos serão afetados, informou que uma assembleia está marcada para esta noite deve decidir se a paralisação será estendida para os próximos dias. Procurado, o Ministério ainda não se posicinou sobre a paralisação.

As perícias médicas são exigidas pelo órgão para concessão ou prorrogação de benefícios previdenciários, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

O INSS informou que “não haverá prejuízos financeiros para o segurado”, ou seja, se a perícia confirmar que há direito ao benefício por incapacidade serão pagos os atrasados, os valores retroativos devidos. Porém, a depender da data em que o novo atendimento for remarcado, isso representa mais tempo até o pagamento ser liberado.

“Se a pessoa tem um pedido de perícia médica, é porque ela não tem condição de trabalhar, fica sem o meio de sobrevivência dela, então ela vai receber os atrasados, mas o que ela vai comer, como ficará sem o dinheiro necessário até que a situação se normalize? A Justiça também está com essa situação complicada, porque a lei que determinava que os peritos oficiais eram pagos pela União não foi renovada, então se essa pessoa quiser buscar a Justiça para que haja uma perícia, ela vai ter que pagar a perícia, que varia entre R$ 200 e R$ 700. É uma situação muito complicada”, diz o advogado Roberto de Carvalho Santos, presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários).

O especialista recomenda que o trabalhador guarde todos os documentos e peça aos médicos o maior número de documentos possíveis, com relatórios detalhados sobre seus problemas de saúde. “Por que lá na frente a doença pode ter se agravado ou pode ter melhorado e pode ser que o perito não conceda o retroativo, porque a doença melhorou, por exemplo. Se melhorou, vai ter que analisar a documentação.”

“É mais um problema que o segurado vai atravessar, além do fato de estar uma fila de mais de 1,8 milhão de pessoas, o Bolsonaro ter vetado quase R$ 1 bilhão no Orçamento da Previdência, para investir no INSS e agora temos mais esse problema que pode cair na Justiça, que também está com a questão da falta de pagamento. É uma situação muito complexa, em plena pandemia, e o cidadão acaba sendo a parte mais frágil nessa relação e pode ficar sem salário e sem benefício até que se resolva essa situação.”

Benefícios que precisam de perícia BPC (Benefício de Prestação Continuada) para beneficiários com deficiência Auxílio-doença Aposentadoria por incapacidade permanente (antes chamada de aposentadoria por invalidez) Aposentadorias da pessoa com deficiência Auxílio-acidente INSS é obrigado a remarcar atendimentos A portaria nº 922 do INSS, publicada em setembro, estipulou regras para a remarcação de perícias que não forem realizadas por motivos como greves. A norma determina que as agências têm até o meio-dia do dia seguinte ao atendimento cancelado para divulgar a nova data de realização da perícia dos afetados.

Segundo o presidente da ANMP, Luiz Carlos Argolo, a previsão era que 2.000 dos 3.000 peritos em atividade paralisassem e a adesão foi maior do que a esperada. “O movimento está forte em todo o país, mas não tivemos nenhuma movimentação do governo até agora”, disse Argolo. “Comunicamos ao sr. Ministro Onyx Lorenzoni sobre a paralisação na última semana, em ofício. O ministério deveria ter tido o zelo e o cuidado de remarcar as perícias antes, mas deixaram os segurados irem até a agência fazer pressão.”

A entidade afirma que o protesto ocorre após tentativas frustradas de negociação por melhores condições de trabalho com o Ministério do Trabalho e Previdência.

A associação, que representa legalmente a os peritos federais, afirma que “tentou, em centenas de ocasiões, instaurar rodadas de negociações com a administração pública federal, todas infrutíferas”.

Os peritos reivindicam também a fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária, distribuição igualitária de agendamentos entre os peritos dos turnos da manhã e tarde, direito a feriados e recessos sem atendimentos e o fim das lacunas na agenda (espaços de tempo sem atendimentos).

A entidade demanda também o fim da teleperícia (Perícia Médica com Uso de Telemedicina ou Teleavaliação), que considera desnecessária para diminuição da fila e ineficaz para fins da avaliação médica, e realização de concurso público para preencher uma lacuna de 3.000 vagas.

A paralisação ocorre cerca de uma semana após o anúncio de corte de R$ 998 milhões nas despesas do INSS previstas no Orçamento. O valor representa 41% da verba de R$ 1,4 bilhão inicialmente prevista para o órgão. A medida ameaça o atendimento dos segurados e é vista como inferior ao mínimo necessário para assegurar as atividades do órgão. A fila de espera por benefícios acumulava 1,8 milhão de pedidos em novembro.

Nadal, Federer ou Djokovic? Quem é melhor? Recorde do espanhol reacende discussão!

No Jornal de Esportes da Jovem Pan News Rio Claro, o tênis mundial, em especial o Australian Open, que terminou no último fim de semana, se tornou motivo de análise dos comentaristas.

Além da excelente campanha da brasileira Bia Haddad, que ficou com o vice-campeonato nas duplas, o título e o recorde de Rafael Nadal repercutiram no programa.

Miss de 30 anos morre ao cair de prédio em Nova York

Folhapress

Cheslie Kryst, vencedora do concurso Miss USA 2019, morreu aos 30 anos após cair de um prédio em Nova York. Segundo a NBC, o corpo foi encontrado pela polícia na manhã de domingo (30) no centro de Manhattan.

Kryst era também advogada e repórter no programa de entretenimento Extra. “É com muita tristeza que informamos a morte de nossa querida Cheslie. Sua luz inspirou outros ao redor do mundo com sua beleza e força. Cheslie era símbolo de amor, seja por seu trabalho como advogada, como Miss EUA e como apresentadora. Mas especialmente como filha, irmã, amiga, mentora e colega”, disse um comunicado oficial da família.

Em nota, o Extra lamentou a morte e afirmou que Kryst era parte da família que faz a atração. Em 2019, após vencer o Miss EUA, a modelo e advogada competiu no Miss Universo.

Permanência de oficinas em RC trará R$300 milhões em investimentos para o município

Na última terça-feira, o prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto, recebeu ofício do Ministério da Infraestrutura com informação que, conforme explica o prefeito, resolve duas questões importantes para o desenvolvimento do município de Rio Claro: a permanência das oficinas mecânicas da Rumo em Rio Claro e sua transferência para o Jardim Guanabara, fora do centro histórico.

“O edital de renovação da concessão da Rumo Malha Paulista prevê que as novas oficinas da concessionária serão implantadas até 2025. Portanto, o próximo passo é ouvir seus representantes para saber quando serão iniciadas as obras”, afirma Gustavo.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan News na quarta-feira (26), o prefeito destacou que os investimentos para a implantação das novas oficinas, que serão transferidas para áreas no trajeto do Jardim Guanabara, ultrapassarão os R$ 300 milhões, além de outros benefícios como a geração de empregos e a vinda de novas empresas ligadas ao setor.

Até a chegada do anúncio, o movimento pela permanência das oficinas da ferrovia em Rio Claro reuniu lideranças da política, do empresariado e das entidades, como destaca Luís Fernando Quilici, da Associação de Cerâmicas de Revestimento, que intermediou o primeiro contato entre a diretoria da Rumo e o governo municipal. “A reunião organizada pela Aspacer, com o presidente do Grupo Cosan, que administra a Rumo, e o prefeito de Rio Claro, foi determinante para virar o jogo a favor de nossa cidade. Nesse encontro, o grupo decidiu pensar em rever a posição de ir para Araraquara e manter-se em Rio Claro, agora em outra área. A iniciativa da Aspacer, aliada a outros movimentos da sociedade civil, mostram que com união ninguém segura essa locomotiva, chamada Rio Claro. A manutenção da Rumo vai garantir investimentos de R$ 300 milhões e novos empregos diretos e indiretos na cidade. É disso que Rio Claro precisa”.

Após o alerta feito pelo Sindicato dos Ferroviários em agosto de 2021 que as oficinas seriam levadas para Araraquara, uma mobilização de esforços também aconteceu na Câmara Municipal, liderada pela bancada do MDB com os vereadores Hernani Leonhardt e Geraldo Voluntário. O ex-prefeito Du Altimari, também emedebista, que iniciou o processo de reivindicação das transferências das oficinas, também realizou mobilização junto à Câmara dos Deputados através do deputado federal Baleia Rossi. “Esta é uma luta que vem de 2009,
a transferência das oficinas do centro para o Guanabara e a construção da ‘Avenida Paulista’ ao longo do terreno ferroviário integrando definitivamente Rio Claro com o futuro, é um projeto de Estado, mais uma grande conquista!” – comemora Altimari. Já o deputado, que participou das reuniões com a Rumo e também junto ao Ministério da Infraestrutura, destaca: “Uma vitória da cidade de Rio Claro, com a permanência e novos investimentos. Como deputado, fico feliz em ajudar na mobilização”.

ESFORÇO CONJUNTO

  • AGOSTO/2021- Em entrevista à Rádio Jovem Pan News, o vice-presidente do Sindicato dos Ferroviários, Ariovaldo Baptista Bonini, faz o alerta sobre a saída das oficinas da ferrovia de Rio Claro.
  • Em contato com a Rumo Logística, a reportagem do JC apura o caso e noticia em primeira mão que o contrato de renovação da concessão junto ao Governo Federal, assinado em 2020, previa a remoção da área central de Rio Claro, reinstalando-a em outro local. Porém, o documento não cita oficialmente que a oficina deva ficar na cidade, mais precisamente no Jardim Guanabara, como era indicado há anos.
  • Procurado neste sábado (29) para comentar o anúncio da permanência das oficinas, o diretor financeiro do Sindicato dos Ferroviários, Waltercy de Mello, destaca que a entidade fez o alerta em 2021 visando ao bem de Rio Claro. “Viemos a público através do JC porque, se todos ficassem quietos, certamente a cidade ia perder, estava tudo certo para levar as oficinas para Araraquara. Infelizmente, ao longo das negociações para a permanência, o sindicato foi deixado de fora, mas cumprimos nosso papel, tanto para colaborar para o desenvolvimento da cidade, como também em respeito à memória ferroviária”.
  • SETEMBRO/2021 – Uma reunião para reivindicar a permanência das oficinas em Rio Claro teve a participação do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) e representantes da Aspacer (Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento), Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos), Cosan e Comgás. Em contato com representantes da Rumo, o JC informa que a Rumo iria iniciar um novo estudo técnico sobre a viabilidade da manutenção das oficinas no município.

Bebê morre em deslizamento de terra em Itapevi, Grande SP

Patrícia Pasquini – Folhapress

Um bebê com três meses de vida morreu num deslizamento de terra ocorrido perto das 22h deste domingo em Itapevi, na Grande São Paulo.

A terra caiu sobre uma casa na rua das Pedras, no Jardim Bela Vista. O Corpo de Bombeiros enviou quatro viaturas ao local.

Mãe e filho foram atendidos no PS Geral de Itapevi. Outras três casas foram atingidas e foram interditadas pela defesa civil. A mãe da criança, 27, sofreu escoriações nas pernas.

O prefeito de Itapevi, Igor Soares, disse que as suas equipes avaliam os imóveis construídos irregularmente e poderão interditá-los, se necessário.

“Aproveito a oportunidade para reforçar os pedidos dos profissionais da prefeitura: antes de construir, consulte a secretaria de desenvolvimento urbano e habitação. Construções irregulares colocam vidas em risco”, afirmou Soares.

Até a manhã desta segunda-feira (31), 20 pessoas morreram em decorrência das chuvas, que também atingiram fortemente outras cidades do interior e da região metropolitana de São Paulo.

Segundo a defesa civil estadual, desde 28 de janeiro, as chuvas causaram uma morte em Jaú e uma em Ribeirão Preto, no interior paulista, quatro mortes em Francisco Morato, uma em Arujá, três em Embu das Artes, cinco em Várzea Paulista, e cinco em Franco da Rocha, onde também há três feridos e 11 desaparecidos. As equipes do corpo de Bombeiros e da defesa civil continuam trabalhando no local.

Estrada velha de Brotas está interditada após transbordamento do Rio Corumbataí

Uma chuva quase ininterrupta caiu sobre Rio Claro durante o último fim de semana. Essa situação gerou alguns problemas que movimentaram a Defesa Civil.

Desde a manhã de quinta-feira (27), até a manhã de hoje (31), o órgão registrou 155,5 mm.

A Defesa Civil atuou em duas ocorrências de queda de árvores. Na Rua 7, com a Avenida 23, caiu uma árvore pequena e na praça da Liberdade, em frente à Igreja Matriz, foi registrada a queda de um galho de grande porte. As árvores caídas foram cortadas e as calçadas liberadas.

O órgão também monitora alguns pontos de alagamento e acessos pelas estradas Jacutinga e Sobrado, além da interdição da Estrada Velha de Brotas (“extensão” da Rua 6 na região do Cervezão), que foi afetada pelo transbordamento do Rio Corumbataí.

Essa chuva que atingiu Rio Claro nos últimos dias, e que se deve a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, deve perdurar por mais sete dias, segundo a previsão dos meteorologistas do CPTEC-INPE.

Chuvas causam deslizamentos e deixam ao menos 19 mortos em SP

SAMUEL FERNANDES, FÁBIO PESCARINI E VICTORIA DAMASCENO – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As fortes chuvas que atingem o estado de São Paulo desde a noite de sexta-feira (28) causaram deslizamentos de terra, transbordamento de rios e córregos, deixaram cidades alagadas, rodovias interditadas e ao menos 19 mortos, sendo sete crianças.

Segundo o governo do estado e prefeituras, desde sexta foram registradas cinco mortes em Várzea Paulista (54 km de SP), quatro em Francisco Morato, quatro em Franco da Rocha, três em Embu das Artes, uma em Arujá (todas na Grande São Paulo), uma em Jaú (287 km de SP) e uma em Ribeirão Preto (313 km de SP).

Em Várzea Paulista, cinco pessoas de uma mesma família morreram após a casa em que moravam ser atingida por um deslizamento de terra, por volta das 8h deste domingo (30). Segundo a prefeitura, as vítimas são um homem de 41 anos, a esposa, de 30, e os três filhos do casal – um menino de 12 anos e duas meninas, de 10 e 1 ano.

Em Embu das Artes, um deslizamento de terra deixou três mortos na madrugada deste domingo. Segundo o Corpo de Bombeiros, as vítimas foram uma mulher de 45 anos e seus dois filhos -um homem de 21 anos e uma menina de 4.

Antes da chegada dos bombeiros ao local do deslizamento, outras quatro pessoas já haviam sido retiradas dos escombros pela população local. Todos residiam na mesma residência, localizada na rua Jatobá.

Em nota, a Prefeitura de Embu das Artes afirmou que o acidente atingiu duas casas -uma delas estava vazia e a outra onde estavam as vítimas. A prefeitura também diz que “foram interditadas 16 casas, mas algumas famílias insistem em retornar ao local de risco”.

Em Francisco Morato, três crianças e um adulto morreram em dois soterramentos nos bairros Jardim Arpoador e Recanto Feliz.

FRANCO DA ROCHA
Já em Franco da Rocha, apesar de a Defesa Civil estadual confirmar três mortes, a prefeitura afirmou que três pessoas foram resgatadas sem vida de um deslizamento na rua São Carlos e uma quarta vítima morreu no hospital.

Segundo o governador João Doria (PSDB), que sobrevoou a região, até as 16h havia quatro desaparecidos em Franco da Rocha. “A Defesa Civil ficará aqui o tempo que for necessário até que todos sejam resgatados”, afirmou o tucano, em entrevista coletiva.

A cidade, que decretou situação de emergência, registrou diversos pontos de deslizamento de terra. Moradores registraram em vídeo o momento em que uma encosta cede e a força da lama arrasta árvores. Segundo a prefeitura, três casas foram atingidas.

Segundo a prefeitura, os rios Juquery e o Ribeirão Eusébio transbordaram e os dois lados da cidade estão inundados. Nas últimas 12 horas, choveu 115 mm na cidade.

A represa Paiva Castro atingiu 71,2% de sua capacidade no meio da tarde deste domingo e provocou “alerta máximo”, segundo a prefeitura, que junto com a Sabesp está fazendo o bombeamento da água e manobras para evitar abertura de comportas. Questionada sobre os riscos, a companhia não respondeu até a publicação desta reportagem.

Os deslizamentos fizeram com que o estudante Felipe Lima, 31, anos se juntasse a um grupo de voluntários que se reuniram para ajudar as vítimas das enchentes na cidade. O grupo recebe doações, mobiliza pessoas por meio das redes sociais e realiza atendimentos médicos com profissionais da saúde que se disponibilizam a atender as vítimas gratuitamente.

Lima vive próximo ao local dos deslizamentos e viu amigos e conhecidos perderem suas casas. “São pessoas que convivem conosco no futebol, no posto de saúde, no supermercado, não são pessoas desconhecidas. Então isso termina machucando muito a gente, é como se fosse um parente nosso”, diz o estudante.

O professor de artes James da Silva Barros, 22, ficou ilhado em sua residência. Apesar dos planos para o domingo, Barros não tinha como sair de seu bairro pois todas as ruas estavam tomadas pela água. Por morar em uma região alta de Franco da Rocha, sua casa não foi atingida.

“A gente não consegue sair do bairro praticamente, está tudo alagado. A única saída que temos para chegar na estação [de trem] de Franco está horrível de alagada. Sem contar que estamos sem energia”, afirmou.

A chuva ainda provocou a interdição da linha 7-rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) neste domingo. Os trens não circulam entre as estações Caieiras e Francisco Morato. A empresa precisou acionar o sistema Paese para atender passageiros com ônibus gratuitos.

A rodovia Anhanguera, principal ligação entre a capital e o interior do estado, chegou a ser totalmente interditada no km 30, em Cajamar, na Grande SP. A liberação da última pista ocorreu às 15h22, segundo a concessionária CCR AutoBan.

Segundo o governo do estado, serão liberados R$ 15 milhões para dez municípios mais prejudicados pelas chuvas.
“Os recursos anunciados serão destinados aos municípios de Arujá (R$ 1 milhão), Francisco Morato (R$ 2 milhões), Embu das Artes (R$ 1 milhão) e Franco da Rocha (R$ 5 milhões), na Região Metropolitana de São Paulo, e Várzea Paulista (R$ 1 milhão), Campo Limpo Paulista (R$ 1 milhão), Jaú (R$ 1 milhão), Capivari (R$ 1 milhão), Montemor (R$ 1 milhão) e Rafard (R$ 1 milhão), no interior do Estado”, diz tercho de nota enviada pela gestão estadual.

INTERIOR
Algumas cidades do interior de São Paulo também contabilizam os estragos causados pelas chuvas. A cidade de Capivari (137 km de SP) decretou estado de emergência após o rio Capivari extravasar e inundar as ruas. Segundo a prefeitura, às 14h de domingo o rio atingiu o nível de 3,44 metros -o transbordamento ocorre a partir da marca de 2 metros.

Segundo o balanço oficial, 23 famílias ficaram desabrigadas. Outras 30 famílias precisaram deixar suas casas em razão dos alagamentos.

Já a Prefeitura de Piracicaba (160 km de SP) informou que o rio Piracicaba em estado de emergência. Às 12h10, o nível do rio era de 4,36 metros. O limite antes de transbordar é de 4,70 metros.

A Rodovia Raposo Tavares também chegou a ser totalmente interditada no km 631 em Presidente Cauiá por causa do rompimento de uma barragem, segundo a Polícia Militar Rodoviária.

Jornal Cidade RC
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