Vivendo no Catar desde janeiro, Gicelia relata o medo vivido durante o bombardeio

Gicelia Carvalho, que morou e teve clínica em Rio Claro por 20 anos, vive desde janeiro em Doha e presenciou bombardeio de base americana pelo Irã nessa segunda-feira

Momentos de tensão e medo de novos ataques. É assim que a médica brasileira Gicelia Franzoso de Carvalho define o atual momento para os moradores de Doha, no Catar, após o bombardeio da base americana pelo Irã nesta segunda-feira (23). “Ficamos muito assustados. Moro no décimo andar, de frente para o mar, e presenciamos o barulho e os mísseis passando por Doha em direção à base, que está distante da cidade, mas é assustador. E agora fica o temor de novos ataques” descreveu Gicelia à reportagem do JC.

A médica nascida em São Paulo viveu e trabalhou por 20 anos em Rio Claro, quando era responsável pela clínica GR Imagens, no Centro. Desde janeiro deste ano, Gicelia vive no Catar, onde seu marido é piloto de helicóptero, e exalta a qualidade de vida e a boa estrutura existente no país. “É um lugar maravilhoso para viver. Um país, que oferece ótima infraestrutura tanto para sua população local como para os muitos estrangeiros que por aqui estão. São muitos brasileiros, calculo que mais de 400, vivendo em Doha. Muita tranquilidade, segurança, mas infelizmente agora veio o medo. Já havia um temor desde o início do conflito entre Israel e Irã, que agora chega até nós. O espaço aéreo está fechado, não é possível sair no momento. Estamos em oração” relata Gicelia.

Bombardeio

Nessa segunda-feira (23), o Irã atacou a base militar dos Estados Unidos no Catar, chamada Al Udeid, que concentra cerca de dez mil militares. Testemunhas relataram que também aconteceram explosões na capital, Doha. Segundo o governo dos EUA, o ataque não deixou feridos. A ação do Irã seria uma retaliação aos bombardeios americanos contra instalações de seu programa nuclear. Novos ataques ainda podem acontecer nas próximas horas, gerando temor na população.

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