Polícia apreende 85 pés de maconha em casa no Cidade Jardim

Da Redação

Na tarde do último sábado (13), a Polícia Militar de Rio Claro através da Força Tática apreendeu 85 pés de maconha em uma residência no bairro Cidade Jardim, situada na Avenida 39. Segundo informações da corporação, os acusados estavam utilizando a casa para cultivo e comércio de drogas. Além dos pés de maconha, foram localizados ainda “52 LSD, 24 comprimidos de ecstasy, sementes de maconha, apetrechos para o embalo da droga, um tijolo de maconha pesando 490 gramas , uma balança de precisão e R$ 130”.

Dois homens foram presos e encaminhados a delegacia de Rio Claro, onde foram autuados em flagrante pela prática de tráfico de drogas.

 

Estudo diz que programas de sócio-torcedor, de maneira geral, não são vantajosos

O fã de futebol cuidadoso com as próprias finanças deve começar a analisar as despesas com o time do coração com o mesmo cuidado que tem com as contas de casa. Afinal, mais da metade dos planos de sócio-torcedor dos principais clubes brasileiros não apresentam vantagens significativas para quem tem como prioridade pagar menos para ver os jogos da equipe em seu próprio estádio.

O alerta de que o investimento no programa de sócio-torcedor pode não ser vantajoso foi mostrado em um estudo desenvolvido pelo Itaú BBA, antecipado com exclusividade pelo Estado. O material analisou 41 planos diferentes de sócio dos principais clubes brasileiros. Apenas 19 deles (46%) apresentam clara vantagem em comparação à compra avulsa.

O trabalho mostra que o benefício de pagar uma mensalidade fixa para poder gastar com um ingresso de valor inferior ao desembolsado por quem prefere a velha prática de ir diretamente à bilheteria não é tão grande quanto pode parecer. Na maioria dos casos (54%), quem tem o programa paga apenas 20% menos do que quem não é sócio. Em 17% dos planos, os preços são até mais altos do que a venda avulsa.

O estudo tenta entender a efetividade dos programas oferecidos pelos clubes exclusivamente para a compra de ingressos. Não leva em conta possíveis vantagens adicionais, como bônus em produtos e serviços, preferência na compra de bilhetes e poder votar em eleições.

A análise teve como base os borderôs dos jogos da última temporada. Relacionou o investimento anual do torcedor feito nos programas com o valor do ingresso avulso e o preço médio das entradas ao longo do ano. O cruzamento de informações concluiu que para a maioria dos planos valerem a pena, o contribuinte precisa ser bastante assíduo aos jogos do time no estádio. “Nem sempre o plano mais vantajoso é o mais caro ou mais barato. Os que dão mais retorno são aqueles que oferecem acesso ilimitado aos jogos sem pagamento adicional”, disse o responsável pelo estudo, Cesar Grafietti.

Um dos principais pontos do trabalho foi mostrar em quantos jogos um “contribuinte” deve ir ao estádio para que o plano pago se torne vantajoso em comparação com quem compra as entradas separadamente. Nesse quesito, o Corinthians está na frente, pois com 12 partidas no ano um torcedor já desfruta dessa regalia.

Por outro lado, o levantamento também mostrou distorções. Quem aderiu a alguns planos de times como São Paulo, Atlético Mineiro e Palmeiras, por exemplo, precisaria ir ao estádio cerca de 50 vezes no ano, quantidade de jogos que nenhum time brasileiro fez em casa na temporada de 2017.

Segundo Cesar Grafietti, os planos de sócio-torcedor sofrem alterações principalmente de variáveis como as campanhas do time e a capacidade do estádio. Equipes com casas menores tendem a se valorizar, pois os ingressos são mais disputados, sobretudo em jogos decisivos.

Comum no Brasil, a meia-entrada é um obstáculo para os programas de sócio-torcedor aumentarem a abrangência. Essa categoria representa até 23% do público nas partidas dos clubes analisados Já os sócios-torcedores somam 47%.

No Brasil são 73 clubes com programas. Ao todo são mais de 1,3 milhões de registrados nesses planos, de acordo o Movimento Por um Futebol Melhor. O Grêmio é quem mais tem contribuintes fixos mensais, com 136,3 mil torcedores.

REGALIAS – O plano “Tu és Grande”, do São Paulo, de R$ 149 mensais, não oferece benefícios expressivos para o torcedor, de acordo com o estudo do Itaú BBA. Mas o clube procura dar outras compensações. O site oficial do programa indica que, entre as vantagens, estão descontos em estabelecimentos comerciais conveniados, preferência. Além de desconto de 70% no valor de ingressos para jogos no Morumbi.

Apesar de ter fechado o ano com superávit, impulsionado principalmente pela venda de jogadores, o clube tricolor não teve grande aumento de adesões ao seu programa. Entre os motivos, a má fase do time e a baixa no valor nos ingressos que, por outro lado, foi atrativo fundamental para lotar o estádio.

A estratégia dos preços populares deve ser mantida em 2018. O São Paulo teve R$ 10,6 milhões em lucro em 19 jogos como mandante no Nacional passado. Nos cinco jogos de maior público, somou quase R$ 5,3 milhões.

Para tentar superar essas marcas neste ano, uma das estratégias é investir na experiência do torcedor em sua ida ao estádio para acompanhar as partidas.

No Grêmio, o plano menos vantajoso é o Gold Central, em que o torcedor paga R$ 430. O gremista tem como comodidade não precisar de ingresso e ter cadeiras numeradas e exclusivas. (colaborou Matheus Lara, de São Paulo).

Produção de vacina da febre amarela aumenta 212,3%

A produção de vacina da febre amarela no Brasil cresceu 212,3%, passando de 21,4 milhões em 2016 para 66,9 milhões no ano passado. Já a importação cresceu 300% no mesmo período, de acordo com a Sanofi Pasteur, única fornecedora autorizada do setor privado.

Único fabricante brasileiro, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), ligado à Fiocruz, interrompeu a produção da vacina tríplice viral durante todo o ano de 2017 para atender à demanda do Ministério da Saúde.

Além disso, reduziu as exportações em 44,7%, de 5 mil para 2,8 mil doses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Em SP, busca nos postos é grande até em área fora de risco da febre amarela

Moradores de áreas da capital paulista sem indicação para vacina contra a febre amarela formaram na sexta-feira longas filas em postos para garantir a imunização. No Hospital Rede Hora Certa da Penha, na zona leste, os interessados começaram a chegar antes mesmo das 6 horas, segundo funcionários.

A comerciante Adriana Cristina Menarim, de 40 anos, conseguiu ser vacinada na sexta em sua segunda tentativa. “Tentei na quinta, cheguei um pouco depois das 6 (horas) e a fila dobrava a esquina.” Adriana não tem planos de ir a áreas de risco, mas, mesmo assim, está apreensiva com a circulação do vírus.

Já a dona de casa Daniela Fernandes Paulino, de 39 anos, foi atrás da vacina para ela e o filho, de 5 anos, porque vai viajar para Mairiporã, na Grande São Paulo, e para Andradas, em Minas Gerais, nas próximas semanas. “Achei que estaria mais tranquilo, porque aqui não é região de recomendação. Penso que muita gente quer tomar logo a dose antes que comecem a distribuir a fracionada”, comenta.

Doses fracionadas da vacina serão aplicadas a partir de fevereiro. A dose integral será mantida, mas apenas para casos específicos, como para quem vai a países que exigem o certificado.

A farmacêutica Amanda Paiva, de 34 anos, ficou mais de sete horas no hospital para conseguir a vacina e o certificado. “Às 7 (horas) eu já estava na fila, mas só fui vacinada às 13 (horas). Depois me deram nova senha para a emissão do certificado”, conta Ela precisa do documento para viajar ao exterior.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que houve “aumento significativo” na procura pela vacina, o que causou filas. “A unidade (Rede Hora Certa Penha) vacinava em média 30 pessoas por dia e somente na sexta aplicou cerca de 1.300 doses”, diz a nota. Segundo a Prefeitura, só neste ano, 109 mil pessoas foram vacinadas na zona norte e 189,8 mil na sul.

Mairiporã

A prefeitura de Mairiporã lançou na sexta uma campanha para que praticantes de atividades esportivas se vacinem antes de visitar a cidade. Agências e organizadores de eventos também fazem alertas. O município é o mais afetado pela febre amarela na Grande São Paulo, com ao menos duas mortes e 42 casos suspeitos.

“Mairiporã é uma cidade muito propícia para práticas esportivas. Algumas pessoas pensam que, se já tomaram a vacina, podem vir, mas é preciso esperar dez dias”, diz o secretário municipal do Esporte, Cultura e Lazer da cidade, Ronaldo Fratello.

Sócio da equipe de canoagem e stand up paddle Piratas de Mairiporã, Victor Coelho, de 31 anos, diz que o número de clientes caiu quase pela metade por causa do surto. “Em época boa temos 20 pessoas por dia. Agora são umas 10, 12”, comenta.

Já a Tribo do Pedal Selvagem, organizadora de um evento de mountain bike na cidade em março, está alertando inscritos. “Sempre que um atleta nos procura, perguntamos se ele está vacinado”, diz o guia da empresa Fábio Caldeo, de 48 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Recibos de Lula são ‘ideologicamente falsos’, conclui Lava Jato

A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu em alegações finais ao juiz Sergio Moro que reconheça que os recibos entregues pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comprovar aluguel do imóvel vizinho à sua residência em São Bernardo, em face do engenheiro Glaucos da Costamarques, são “ideologicamente falsos”.

Lula é réu em ação penal que investiga se um terreno em São Paulo onde seria sediado o Instituto Lula, no valor de R$ 12 milhões, e o apartamento vizinho ao do ex-presidente, em São Bernardo (ABC paulista), no edifício Hill House (R$ 504 mil), seriam formas de pagamento de vantagens indevidas da empreiteira. A força-tarefa sustenta que o ex-presidente nunca pagou pelos imóveis até 2015. Investigação foi aberta sobre comprovantes de aluguel entregues pelo petista.

“Diante das tão clamorosas evidências da falsidade ideológica dos documentos impugnados neste incidente, ora destacadas, compreende-se por que a defesa do arguido, como é visível, tenha ido construir a fantasiosa e inverossímil versão sobre o “encontro” dos recibos em sua residência, que não convence ninguém, consoante pormenorizadamente abordado na manifestação ministerial do evento 31, à qual ora aqui se reporta, sendo, assim, pois, irretorquível que o arguido fez uso de recibos ideologicamente falsos na ação penal de que se trata, documentos que foram ardilosamente produzidos para dar falso amparo à simulada locação, que é um dos expedientes de dissimulação da real propriedade do apartamento nº 121 de Luiz Inácio Lula da Silva”, afirma a força-tarefa.

“Ademais, em vista do farto acerto probatório que atesta a ausência de relação locatícia real, deve ser dito o óbvio, em resposta à tentativa insistente e precária da defesa de provar a existência de pagamentos única e exclusivamente invocando a força probatória atribuída pela lei civil a recibos de pagamentos: documentos ideologicamente falsos não fazem prova de pagamento ou quitação. Ao contrário, a falsidade do recibo concorre francamente para confirmar os matizes criminosos dos atos que tentam, em vão, lastrear”, conclui.

Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, é denunciado por ser o suposto ‘laranja’ do ex-presidente na aquisição do terreno e do apartamento.

O ex-presidente apresentou os recibos de pagamento assinados por Costamarques em setembro deste ano. Parte do material tem os mesmos erros gramaticais e há datas nos documentos que não existem no calendário, como “31 de novembro”. O Ministério Público Federal investiga a autenticidade dos papéis.

Glaucos tem afirmado que, em dezembro de 2015, foi visitado pelo advogado de Lula, Roberto Teixeira, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, quando a ele foi prometido que o ex-presidente passaria a pagar pelo aluguel do apartamento 121 do condomínio Hill House, ocupado pelo petista. Segundo o engenheiro, um dia depois de receber o compadre de Lula, ele teria sido visitado pelo contador João Muniz, que teria levado todos os recibos para que assinasse de uma só vez.

Registros do hospital revelam que Costamarques foi visitado três vezes pelo contador. No entanto, não consta a entrada do advogado de Lula no Sírio para visitá-lo. A força-tarefa ressalta que ele recebeu ligações de Teixeira em datas próximas do dia em que assinou os papéis. Costamarques afirma que os registros do hospital são falhos e reitera que foi visitado por Teixeira.

Defesa

O advogado Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, manifestou-se sobre o assunto por meio de nota. “O Ministério Público Federal abusa do direito de acusar e reforça a prática do ‘lawfare’ contra Lula ao apresentar suas alegações finais hoje (11/01) no incidente de falsidade nº 5043015-38.2017.4.04 7000 pedindo que seja declarada a falsidade dos recibos de locação apresentados pelo ex-presidente, a despeito da comprovação de que os documentos são autênticos e idôneos”.

“Durante o interrogatório de Lula ocorrido em 13/09/2017, o Ministério Público Federal, assim como o juiz Sergio Moro, exortaram o ex-presidente a apresentar recibos da locação contratada por D. Marisa. Colocaram a apresentação dos documentos como fundamental para o reconhecimento da inocência de Lula, embora a acusação formal esteja relacionada à propriedade do imóvel locado e à origem dos recursos utilizados para a sua aquisição. Os recibos foram apresentados contendo declaração de quitação dos aluguéis entre 2011 e 2015.”

“Ao invés de reconhecerem a improcedência da acusação, os procuradores passaram a colocar indevidamente sob suspeita a autenticidade dos recibos. Depois, diante da prova de que os recibos haviam sido assinados pelo proprietário do imóvel, os procuradores desistiram de pedir uma perícia em relação aos documentos, passando a sustentar que eles seriam ‘ideologicamente falsos’, pois, segundo a versão apresentada, os aluguéis não teriam sido efetivamente pagos. A acusação é inverídica e descabida.”

“As alegações do Ministério Público Federal apresentadas nesta data são manifestamente improcedentes, pois:

(i) Glaucos da Costamarques reconhece que é o proprietário do apartamento e que adquiriu o imóvel com recursos próprios, e não de valores provenientes de contratos da Petrobras, como consta na denúncia;

(ii) Costamarques esclareceu em 2016 à Receita Federal e à Polícia Federal que recebia os aluguéis entre 2011 e 2015 através de pagamentos em espécie (dinheiro);

(iii) Costamarques jamais registrou a existência de qualquer pendência no pagamento dos aluguéis em suas correspondências à D Marisa, a inquilina;

(iv) A quebra do sigilo bancário de Costamarques mostrou que entre 2011 e 2015 ele movimentou quantia próxima da 1,4 milhão em dinheiro;

(v) Em momento algum Costamarques explicou a origem de tais valores em espécie em suas contas, compatíveis com o recebimento dos aluguéis, que somam cerca de R$ 188 mil no período;

(vi) O documento apócrifo que teria sido apreendido na residência do ex-Presidente Lula, exaltado pela acusação, estaria relacionado aos pagamentos efetuados “em agência bancária” ou em “débito em conta”, sem relacionar pagamentos feitos em espécie;

(vii) Esse mesmo documento apócrifo não corresponde à realidade dos pagamentos feitos por D. Marisa, segundo os extratos bancários juntados aos autos, reforçando a sua imprestabilidade, conforme planilha já apresentada pela defesa em 10/11/2017.”

“Glaucos da Costamarques é corréu na ação. Prestou depoimento sem o compromisso da verdade, assim como Leo Pinheiro na ação do tríplex. O Ministério Público Federal quer atribuir valor probatório às declarações de Costamarques no que se referem aos aluguéis, mas ao mesmo tempo despreza sua afirmação de que é o proprietário do imóvel e não ‘laranja’ de Lula.”

“Ao agir dessa forma, o MPF revela que não tem critério na escolha das provas. Reconhece como idôneo somente aquilo que confronta a defesa de Lula. É a mesma lógica utilizada para recusar o depoimento do ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán. Lula não praticou qualquer ato ilícito, antes, durante ou depois do exercício do cargo de Presidente da República”, finaliza o advogado.

TSE adia licitação de urnas e impressoras

O pregão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a compra de urnas e impressoras para as eleições deste ano foi suspenso na sexta-feira, 12. Uma das empresas solicitou renegociar o valor final e o pregoeiro permitiu, de forma que o leilão será retomado na segunda-feira, às 13 horas.

Pela manhã, houve protesto em frente ao tribunal contra a licitação.

Os manifestantes dizem que a impressão do voto “é obrigação legal, não uma concessão do TSE”.

Em nota, o tribunal disse que “respeita toda e qualquer manifestação”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cenário nas bacias do Sistema Cantareira é preocupante

O volume de chuvas nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e a vazão dos rios que desembocam no Sistema Cantareira, um dos maiores complexos de abastecimento d’água de São Paulo, compõem atualmente um cenário muito semelhante ao de 2013, ano anterior à crise hídrica no estado. O dado, considerado preocupante, foi divulgado nesta semana pelo Consórcio PCJ, em balanço que compilou dados meteorológicos do ano passado e os comparou aos de anos anteriores.

Parte do terceiro parque industrial do Brasil, a Bacia PCJ tem uma importância muito grande, diz o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Carlos Castro Lahóz. “E é das nascentes do Rio Piracicaba que se promove o abastecimento de cerca de 50% da região metropolitana de São Paulo”, acrescentou Lahóz. O Consórcio PCJ, primeiro organismo de bacias, criado em 1989, para gerenciamento dos recursos hídricos, participa do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

Em entrevista, Lahóz informou que as bacias do PCJ contribuem para o abastecimento de água de cerca de 14 milhões de pessoas, das quais 5,5 milhões vivem em 76 municípios na região onde estão as bacias (entre eles, moradores das cidades de Campinas e Piracicaba] e 9 milhões da região metropolitana de São Paulo e que dependem do Sistema Cantareira.

O volume de armazenamento de água no Cantareira, destacou Lahóz, está muito próximo hoje do de 2013, ano anterior ao da crise. “Quando adentramos de 2013 a 2014, o Sistema Cantareira estava com 30% de sua capacidade. De 2017 para 2018, estamos com aproximadamente 40%. Pelo acumulado de precipitações abaixo da média histórica e pelo acumulado da falta de reposição do lençol freático, temos uma situação hoje, no Sistema Cantareira, de 43% [de volume de armazenamento]m quando o desejado seria que ele estivesse acima de 70%.”

Com esse volume, o Cantareira se encontra hoje na faixa 2, de atenção para desabastecimento. “A próxima faixa é a 3, de alerta. E estamos muito mais próximos da de alerta que da normal”, disse Lahoz.

Segundo o relatório do consórcio, caso as chuvas deste início de ano não ocorram de forma consistente, as chances de disponibilidade de água e de que a população encontre dificuldades para o abastecimento, são grandes, principalmente porque é esperada para este ano mais uma ocorrência do fenômeno La Niña, o que pode significar fortes secas na Região Sudeste.

O problema é que, desde 2012, as chuvas estão ocorrendo abaixo das médias históricas. Além disso, os lençóis freáticos ainda não se recuperaram da escassez dos últimos anos. “Entre 2015 e 2016, as chuvas foram de grande intensidade e de curta duração [o que aumentou a média histórica anual de precipitações, mas o subsolo não consegue absorver essa água], e o lençol freático não foi carregado suficientemente. Em 2014, perdemos aproximadamente 75% das nossas nascentes, que garantem os cursos de água. E não conseguimos recuperar essa perda”, afirmou o secretário executivo do Consórcio PCJ.

“O que nos aflige é que teremos talvez 40% das nascentes [este ano]. Descemos em uma linear muito baixa, e a reação não foi a contento. O que aconteceu? Em 2016, novamente as precipitações decresceram. E, em 2017, chegaram a reduções próximas de 15% da média histórica. E adentramos o ano de 2018 com lençol freático ainda não preparado para qualquer fenômeno que venha a ocorrer. Se as chuvas fossem de média histórica, em cinco anos, se recuperariam [os lençóis]”, explicou.

Lahoz destacou ainda que o Sudeste é uma região de grande impermeabilização do solo, o que traz ainda mais dificuldades para o carregamento do lençol freático.

Chuvas abaixo da média

As precipitações nas bacias PCJ estão ocorrendo abaixo da média, que é de 1.500 milímetros. Desde 2012, alertou Lahoz, está havendo uma tendência de chuvas menos volumosas na região. O menor índice foi registrado em 2014, no ápice da crise hídrica, com 874 milímetros (mm). Em 2015, houve uma recuperação, quando choveu 1.283 mm. Mas, em 2017, voltou a escassez de chuvas nas bacias PCJ, com volume na ordem de 1.306 mm. Apesar de ser um mês chuvoso, nos 10 primeiros dias de janeiro deste ano choveu, em média, apenas 30% do que era esperado para o mês, lembrou o secretário executivo do Consórcio PCJ.

Na região das cabeceiras das bacias do PCJ – onde estão os reservatórios e o Sistema Cantareira – choveu acima da média nos anos de 2015 e 2016, mas a região voltou a apresentar volumes abaixo das médias históricas no ano passado, com 1.259mm, quando o volume esperado era de 1.300 mm. Segundo o relatório do consórcio, a diminuição das chuvas pode ser sentida no volume de água que chega aos reservatórios do Cantareira: em 2017, as vazões de afluência somaram 273,74 milímetros cúbicos por segundo (m³/s), abaixo dos 310,01 m³/s verificados em 2013, antes da pior crise hídrica da série histórica.

“Os eventos climáticos extremos que verificamos nos últimos anos, somados à possibilidade de ocorrência de um La Niña, causam muita atenção, especialmente porque os cenários de 2013 estão se repetindo e com tendência de queda nos volumes de chuva. Também é preocupante o comportamento do consumo de água, que, nos últimos dois anos, voltou a aumentar, depois de ter diminuído e se mantido estável por causa da crise hídrica”, disse José Cezar Saad, coordenador de projetos do Consórcio PCJ e responsável pelo Programa de Monitoramento das Águas.

Alerta

O alerta feito no relatório, destacou Lahóz, não é apenas para as bacias PCJ, mas para toda a Região Sudeste. “Não fazemos este alerta com foco nas bacias PCJ. Fizemos todos esses estudos pensando na Região Sudeste e no Brasil, porque todo esse comportamento que avaliamos para o PCJ se encaixa perfeitamente na Região Sudeste brasileira. Não se consegue fazer uma análise climática com a bacia hidrográfica de 15,4 mil quilômetros quadrados. Fenômenos como El Niño e La Niña ocorrem em uma proporção de área muito maior que essa e envolve oceanos e continentes. Então, quando se faz essa análise, não se faz em uma bacia hidrográfica, mas para uma região ”, disse.

Segundo Lahoz, o mesmo estudo foi feito em 2013, quando o consórcio enviou um ofício para diversos órgãos alertando sobre a possibilidade de crise no abastecimento para a Região Sudeste. “Fizemos um ofício em dezembro de 2013, após uma análise igual a essa, e encaminhamos para a Agência Nacional de Águas (ANA), para o Departamento de Águas e Energia Elétrica, para os governos de São Paulo e de Minas Gerais e para a União, antevendo a crise de 2014, baseado em estudos semelhantes. Na época, não falávamos em crise para o PCJ, mas para a Região Sudeste. E a crise aconteceu na Região Sudeste”, lembrou. “Uma vez avisamos que isso ia acontecer. E aconteceu. Agora, estamos analisando os dados e verificando que [o problema] poderá se repetir. E temos obrigação de avisar.”

Esse cenário de crise, ressaltou, já não pode ser evitado. “Evitar não; amenizar, sim. Uma coisa é o que aconteceu em 2013. Nós, do consórcio, fizemos o alerta [na época]. Agora já se passaram três meses e eram três meses em que a comunidade já deveria estar economizando e reduzindo o consumo”, disse.

Para amenizar uma possível crise hídrica este ano, o consórcio recomenda que as pessoas façam uso suficiente de água, sem exageros, reduzindo o tempo de banho e evitando lavar veículos e pátios. E que as empresas responsáveis pelo abastecimento revisem seus sistemas e evitem o desperdício e melhorem o armazenamento de água. O consórcio recomenda também a construção de reservatórios municipais e de bacias de retenção em áreas rurais e piscinões ecológicos em regiões urbanas, além de campanhas de sensibilização sobre o consumo racional de água, a busca por fontes alternativas, o combate às perdas hídricas no abastecimento e a proteção de nascentes e de matas ciliares.

Lahóz sugeriu ainda 1que as prefeituras comecem a pensar em cobrar dos empreendimentos imobiliários a construção de adutoras ou de recursos financeiros para cobrir os passivos que esse problema provoca. Isso ajudaria a evitar, segundo ele, a dependência da chuva como solução para a crise hídrica. “Estamos tão dependentes do clima porque existe uma burocracia muito grande no país.”

Ele defendeu também a construção de mais reservatórios para reter a água das chuvas e propôs a cobrança de uma taxa de consumo para momentos de crise. “Estamos propondo que as agências de regulação, juntamente com o sistema de gerenciamento de recursos hídricos, promova uma grande discussão para que a gente use as mesmas metodologias que o sistema elétrico utiliza. O sistema elétrico trabalha com o bolso, com recursos financeiros. Quando os rios não podem mais gerar energia pela matriz elétrica, as termelétricas entram em funcionamento, e as tarifas ficam mais altas. Esse tipo de dispositivo não existe ainda no abastecimento público. Mas ele precisa existir”, disse.

Lahoz ressaltou que a discussão sobre a criação de uma tarifa de crise deve ser levantada no Fórum Mundial da Água, marcado para março, em Brasília. “Vamos ter um stand no Fórum Mundial da Água, onde haverá vários painéis que envolvem a reflexão das práticas do setor elétrico. Temos que, pelo bolso, pelo valor financeiro – e a água tem um valor econômico, sim – atribuir valor econômico à água da mesma maneira que o setor elétrico atribui à energia elétrica.”

Lahoz disse que, se as agências de regulação começarem a cobrar uma tarifa para épocas de crise, a população sentirá o efeito da necessidade de reduzir o consumo da água pelo bolso. “Se a água não tiver valor econômico, as pessoas vão continuar achando que a água cai do céu.”

Sistema Cantareira

O Sistema Cantareira é composto por seis represas, que, juntas, armazenam quase 1 trilhão de litros de água. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o Cantareira é o maior sistema produtor da região metropolitana de São Paulo.

As seis represas que compõem o sistema são as de Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha, localizadas na Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí,e as represas Paiva Castro e Águas Claros, da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.

Outro lado

Procurada a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos negou a possibilidade de problemas no abastecimento este ano. “As condições dos mananciais estão dentro do esperado para esta época do ano. Na Região Sudeste do Brasil, o período chuvoso fica concentrado entre os meses de outubro e março, quando o volume das represas tende a subir gradativamente, especialmente de janeiro a março.”

Segundo a secretaria, a Sabesp tem hoje um sistema de abastecimento mais robusto, “com mais interligações e maior capacidade de tratamento de água do que antes da crise hídrica”.

“Este ano entrarão em funcionamento o novo Sistema Produtor São Lourenço e a Interligação Jaguari-Atibainha, que trarão mais 11,4 m3/s para a Grande São Paulo. Além disso, o perfil de consumo da população também mudou após a crise hídrica e está abaixo do padrão de consumo anterior. Assim, a produção de água nos principais sistemas atualmente é 15% menor do que em 2013, ou seja, há menos consumo por parte dos clientes e menor retirada por parte da Sabesp”, diz a nota da secretaria.

Já a Sabesp informou que “não existe, nesse momento, razão para preocupação”. A Sabesp cita o novo sistema produtor São Lourenço e a interligação Jaguari-Atibainha e fala também na mudança de cultura da população. “Há também que se festejar a mudança do padrão de consumo da população da região metropolitana de São Paulo, atualmente em média 15% menor do que antes da crise hídrica. Esses fatores, ligados ao fato de que estamos em pleno período chuvoso, com tendência de enchimento das represas, dão tranquilidade à população”, diz a companhia, por meio de nota.

Prêmio da Mega-Sena pode chegar a R$ 12 milhões neste sábado

A Mega-Sena pode pagar, neste sábado (13), um prêmio de R$ 12 milhões ao apostador que acertar as seis dezenas do concurso 2.004. O sorteio será realizado às 20h no Caminhão da Sorte da Caixa, que está em Pomerode, Santa Catarina.

Caso apenas um ganhador leve o prêmio da Mega-Sena e aplique todo o valor em caderneta de poupança, receberá mais de R$ 47 mil apenas em rendimentos mensais. O valor do prêmio também é suficiente para adquirir uma frota de 340 carros populares.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de hoje.

*Com informações da Caixa Econômica Federal

Temer vai responder a perguntas da PF

O presidente Michel Temer vai responder a todas as 50 perguntas que lhe foram encaminhadas pela Polícia Federal no inquérito sobre suposto esquema de corrupção no Porto de Santos, apesar de sua defesa considerar alguns dos questionamentos “impertinentes”. As respostas à PF estão sendo preparadas em conjunto pelo emedebista e o criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira, seu advogado e conselheiro.

“O presidente está respondendo a todas as questões, embora considere muitas delas absolutamente impertinentes”, disse Mariz Ao contrário do ano passado, quando em junho ignorou a PF e não respondeu a nenhuma das 82 indagações feitas no âmbito de outro inquérito – sobre corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa no caso do Grupo J&F -, desta vez o presidente decidiu responder.

Temer e Mariz se reuniram na quinta-feira, em São Paulo, depois que o presidente passou pelo Hospital Sírio-Libanês. Na próxima semana, as respostas deverão ser protocoladas no Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do inquérito na Corte é o ministro Luís Roberto Barroso. O ponto central da investigação é um decreto que teria favorecido uma empresa que atua no Porto de Santos.

“Da outra vez, também foi assim. O presidente não respondeu a nenhum questionamento porque avaliamos que tais perguntas não guardavam nenhuma relação com os fatos objeto daquele inquérito. Desta vez, consideramos que muitas indagações, de fato, não têm pertinência com este inquérito (Porto de Santos), mas vamos responder”, afirmou o advogado.

Ainda segundo o criminalista, “muitas dessas questões dizem respeito a um período anterior à sua ascensão à Presidência da República”. “O presidente só está obrigado pela Constituição a responder em relação a fatos contemporâneos à Presidência, ocorridos durante o exercício da Presidência”, reiterou Mariz. “De modo que ele está respondendo a todas as perguntas, mas com essas ressalvas.”

Investigação

O questionário se refere ao inquérito que apura se a empresa Rodrimar, com atuação no Porto de Santos, foi beneficiada pelo Decreto dos Portos assinado pelo presidente em maio do ano passado, que ampliou de 25 para 35 anos as concessões do setor, prorrogáveis por até 70 anos. Além de Temer, são investigados no caso o ex-assessor da Presidência e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), o dono da Rodrimar, Antônio Celso Grecco, e o diretor da empresa, Ricardo Conrado Mesquita.

“Vossa Excelência recebeu alguma oferta de valor, ainda que em forma de doação de campanha eleitoral, formal ou do tipo caixa 2, para inserir dispositivos no novo Decreto dos Portos, mais benéficos para empresas concessionárias do setor? Se sim, explicitar as circunstâncias e quais providências tomou”, pergunta, por exemplo, a PF a Temer.

O questionário cita Loures 38 vezes. O ex-deputado foi filmado em abril do ano passado em São Paulo carregando uma mala com R$ 500 mil em espécie entregue por um executivo do Grupo J&F. Segundo o empresário Joesley Batista, o dinheiro era parte de propina para que Loures, sob indicação de Temer, facilitasse o andamento de demanda do grupo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Diálogo

A PF pergunta também se foi Temer quem determinou que o então deputado acompanhasse as questões relacionadas ao decreto e por qual motivo os dois conversaram por telefone sobre a norma. A questão faz referência a uma ligação interceptada em 4 de maio do ano passado na qual Loures buscava saber sobre a assinatura do decreto. O presidente informou que iria assinar a norma na semana seguinte. Após falar com Temer, Loures, também por telefone, passou informações a Mesquita.

A defesa de Temer afirmou que ele não cometeu qualquer irregularidade em relação ao decreto e “não beneficiou, em qualquer escala, a empresa Rodrimar”. Em depoimento prestado nos dias 24 e 27 de novembro do ano passado à PF, Loures disse que nunca recebeu dinheiro para trabalhar por interesses privados na aprovação do Decreto dos Portos.

A Rodrimar já afirmou que “nunca recebeu qualquer privilégio do poder público”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acusado furta pela segunda vez residência de idosa

Um homem de 39 anos,  foi detido pela Polícia Militar, acusado de furto qualificado às 8h55 da manhã de sexta-feira (13), no bairro Consolação. A primeira vítima foi aposentada, 63 anos.

Segundo a aposentada, o acusado invadiu sua casa, através da janela da residência e furtou um notebook e fugiu.

Na residência da aposentada, o mesmo acusado rendeu a vítima no último dia 8 de janeiro e roubou R$ 150,00 e fez menção de estar com arma de fogo. Na casa da vizinha, ele tinha furtado duas bicicletas há dias atrás.

Discussão entre porteiro e morador vira caso de polícia

O fato aconteceu às 22h30 da última sexta-feira (13),  na região da Chácara Lusa, ao lado de um condomínio. De acordo com o boletim de ocorrência, um morador de 24 anos e um porteiro se desentenderam por conta de um cachorro. O morador em seu depoimento disse que o porteiro o agrediu com um pedaço de pau.

Já o porteiro afirma que precisou agir em legítima defesa porque o rapaz de 24 anos partiu para cima dele o agredindo violentamente por ter sido advertido que o cachorro estava trancado há dois dias no apartamento. Diante da situação ele acionou a polícia para o registro da ocorrência.

Rodízio de veículos volta a vigorar na segunda-feira (15) em SP

O rodízio municipal de veículos será retomado para carros de passeio na segunda-feira, 15. Neste dia, o rodízio na capital paulista valerá para veículos com placas finais 1 e 2.

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes reforça que a volta da restrição é necessária em razão do aumento do fluxo de veículos na cidade e término das férias escolares.

Durante a suspensão temporária entre 22 de dezembro e 12 de janeiro, o rodízio para veículos pesados (caminhões) e as demais restrições: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF) funcionou normalmente.

A Operação Horário de Pico vale nos dias úteis, das 7 horas às 10 horas e das 17 horas às 20 horas.

Durante o rodízio, os veículos ficam impedidos de circular no centro expandido, incluindo as vias que delimitam o chamado Mini Anel Viário, formado pelas Marginais Tietê e Pinheiros, Avenidas dos Bandeirantes e Afonso D´Esccragnole Taunay, Complexo Viário Maria Maluf, Avenidas Tancredo Neves e Juntas Provisórias, Viaduto Grande São Paulo e Avenidas Professor Luís Inácio de Anhaia Melo e Salim Farah Maluf.

Jornal Cidade RC
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