Comissão de Ética não existe na Câmara de Rio Claro

A questão envolvendo uma possível cassação do vereador Paulo Guedes (PSDB), condenado em primeira instância pela Justiça após denúncia de suposto esquema de ‘rachid’ na Câmara Municipal, pelo qual o parlamentar teria recebido parte dos salários de ex-assessoras, levanta novamente a discussão sobre a falta de uma Comissão de Ética na Casa de Leis de Rio Claro.

Desde 2016 que um projeto sobre o tema apresentado pela então Mesa Diretora da Casa, presidida na época por João Zaine (MDB) e com 1ª-secretária Raquel Picelli (PT) e 2º-secretário Anderson Christofoletti (MDB), segue arquivado. O projeto de resolução criaria a Comissão Permanente de Ética e Disciplina e aplicaria o Código de Ética na Casa. Em seus artigos, o projeto previa resguardar o decoro parlamentar, receber denúncias e representações contra vereadores por supostos descumprimentos às normas éticas, preparando o respectivo relatório para apreciação do Plenário, além de atuar como instância consultiva da própria Mesa e demais vereadores.

O projeto deu entrada no Legislativo em maio de 2016, dois meses depois de a Câmara ser notificada pelo então promotor de Justiça para que seguisse o Regimento e decoro no caso da denúncia aceita contra o vereador Paulo Guedes. No fim do ano a propositura acabou não sendo votada por falta de apoio. Conforme o Regimento Interno prevê, no início de cada Legislatura, a Mesa ordenará o arquivamento de todas as proposições apresentadas na Legislatura anterior ainda não submetidas à apreciação. Com a troca de mandatos entre 2016 e 2017, o projeto acabou, portanto, engavetado.

Ainda de acordo com o Regimento, cabe a qualquer vereador, mediante requerimento dirigido ao presidente, solicitar o desarquivamento de projetos e o reinício da tramitação, com exceção daqueles de autoria do Executivo. O vereador Anderson Christofoletti, que continua atuando na Casa, afirmou ao JC estudar recuperar esse projeto e reapresentá-lo. O presidente André Godoy (DEM) também tem interesse em projeto deste tipo.

REGIÃO

Na Casa de Leis de Piracicaba, a resolução que criou a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar foi instituída há 10 anos, em 2009. Cabe à CEDP apurar e encaminhar à Mesa Diretora, mediante processo disciplinar, atos de vereadores que venham a ferir a ética, o decoro parlamentar e a dignidade do Poder Legislativo Municipal e de seus membros.

No último mês de novembro, inclusive, foi protocolada por essa Comissão de Ética um relatório que sugere o afastamento de um vereador por 60 dias das atividades parlamentares. O legislador é acusado de receber parte do salário de uma ex-servidora. O relatório deverá ser votado em plenário nas próximas semanas.

Em Santa Gertrudes, a Câmara Municipal cria Comissão de Ética temporária sempre que houver necessidade, a qual tem prazo máximo de 90 dias para os trabalhos serem concluídos.

Morre Alberto Schiavon, um dos fundadores do MDB Rio Claro

Faleceu neste domingo (10), aos 88 anos de idade, Alberto Ambrozio Schiavon. Ele deixa a viúva Dirce Custodio Schiavon e as filhas Fátima e Irani.

Liderança política reconhecida em Rio Claro, Schiavon foi um dos fundadores do diretório municipal do MDB.

Schiavon foi próximo do ex-deputado Ulysses Guimarães,  uma das também principais figuras políticas do partido.

Na cidade, também era ativo no Grêmio Recreativo e na União dos Ferroviários Aposentados (UFA). Demais membros do MDB Rio Claro lamentam sua morte nas redes sociais.

O sepultamento ocorre ainda neste domingo (10), às 17h, no Cemitério Parques das Palmeiras. Mais informações você confere na edição impressa do JC nesta terça-feira (12).

Plantão: tráfico e afogamento na região

Homem morreu afogado no Parque dos Saltos em Brotas, na tarde desse sábado (9 de fevereiro). Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Airton César Figueiredo pulou em um local conhecido como Bacia e durante o salto bateu a cabeça e as costas, caindo desacordado na água.
A equipe de mergulhadores dos Bombeiros fez buscas no local e encontrou o corpo no fundo do rio. A perícia foi chamada para apurar as causas da morte. Segundo informações coletadas pelos bombeiros, Figueiredo era de Araras e estava acompanhado do irmão, que ficou muito abalado com o acidente e foi levado para o hospital.

TRÁFICO

Na noite de sábado, às 20h, a viatura 4.35 Canil da Guarda Civil Municipal (GCM) de Rio Claro, com os GCMs Oliveira e Ferraz, e com o auxílio da cadela Pandora e a Equipe GAM, durante o patrulhamento pelo bairro Jardim Progresso, foram solicitados por um transeunte que denunciou a venda de entorpecente pelo bairro, na Rua M-21-A.
As viaturas de posse das informações se dirigiram para o local e avistaram três indivíduos em atitude suspeita, os quais ao perceber a presença das equipes tentaram se evadir, porém foram abordados. J.M.A., 25 anos foi revistado e com ele encontrado em suas vestes cinco porções de maconha embaladas em pedaços de plástico, 12 micro tubos contendo cocaína e a importância de R$ 245,00 em cédulas de 50, 20, 10 e 5 reais.
Com L.M.M.P., 25 anos, foi encontrado oito porções de maconha embaladas em pedaços de plástico e 11 microtubos contendo cocaína.
Com G.H.S.C., 18 anos, foi encontrado 8 porções de maconha e 11 micro tubos contendo cocaína. Os indivíduos foram indagados e confessaram que o dinheiro encontrado era proveniente da venda de entorpecentes.
Diante da situação, os indivíduos receberam voz de prisão, por em tese ter praticado o crime previsto no Artigo 33, na Lei nº 11343/2006, sendo apresentados no Plantão Policial, onde foram autuados em flagrante delito pelo crime de Tráfico de Entorpecentes.
No total foi apreendido 34 microtubos contendo 23 gramas de cocaína, 21 porções de maconha pesando 50 gramas, além dos R$ 245,00 em espécie.
Após o registro do BO/PC os indivíduos foram encaminhados para a Cadeia Pública.

Projeto quer aumentar controle sobre as barragens do país

Aguarda recebimento de emendas pelo Plenário do Senado o projeto de lei que pretende tornar mais rígido o controle sobre as barragens do país, reforçando a efetividade da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), instituída pela Lei 12.334/2010. Autora do PL 550/2019, a senadora Leila Barros (PSB-DF), afirma que a medida é uma resposta à sociedade, especialmente após tragédias como o rompimento da barragem da empresa Vale em Brumadinho (MG), que deixou até agora 157 mortos, segundo o Corpo de Bombeiros.

A proposta de Leila resgata o trabalho da comissão temporária criada pelo Senado logo após o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em 5 de novembro de 2015, no município de Mariana (MG). A senadora lembra que o relatório da comissão apontou carências dos órgãos fiscalizadores e algumas lacunas da PNSB, e que projeto apresentado pelo ex-senador Ricardo Ferraço, resultado desse relatório, acabou sendo arquivado ao final da última legislatura.

A senadora ressalta, no entanto, que é importante resgatar o teor daquela proposta, já que milhões de brasileiros vivem intranquilos, “sujeitos aos riscos de barragens mal projetadas, precariamente conservadas e insuficientemente fiscalizadas”. Entre os destaques do PL 550/2019 está a definição mais clara dos responsáveis pela fiscalização e a maior rigidez das obrigações dos empreendedores no que diz respeito a aspectos preventivos, garantia da força estrutural das barragens e medidas de atuação em situações de emergência.

Sanção penal

Também fica instituída sanção penal de indivíduos, quando comprovado que suas ações, dolosas ou culposas, contribuíram para o desastre. De acordo com o texto, infrações administrativas deverão ser punidas com advertência, multa simples, multa diária, embargo provisório ou definitivo, parcial ou total, da barragem ou atividade ou, ainda, demolição da barragem. A proposta esclarece ainda que não é o Ministério de Minas e Energia a entidade responsável pela fiscalização das barragens de rejeitos de mineração, mas sim a agência reguladora dessas atividades.

Leila explica que, caso essas medidas mostrem-se insuficientes para prevenir um acidente, já que nenhuma estrutura de engenharia é totalmente à prova de falhas, torna-se obrigatória a contratação de seguro ou garantia financeira que, além de fazer com que os empreendedores atendam às exigências relacionadas à segurança das barragens, permite que as indenizações por danos morais, patrimoniais e ambientais se dê de forma mais ágil.

“Diante do sofrimento das vítimas de Mariana e de Brumadinho, é inaceitável continuar a postergar as alterações na PNSB. É preciso agir com presteza para que situações semelhantes não se repitam”, justifica a autora da matéria.

Parar de fumar é uma tarefa difícil e, às vezes, exige ajuda

Os dependentes do tabaco enfrentam muitos desafios quando decidem parar de fumar. Nem sempre tentar sozinho é uma tarefa fácil, por isso, muitas vezes é importante pedir ajuda médica.

A psicóloga especialista no assunto Ivone Charran conta que aproximadamente 5% dos fumantes conseguem abandonar o cigarro sozinhos, sem tratamento ou acompanhamento médico. “O restante, ou 95%, precisam de ajuda especializada”, afirma.

O consumo de tabaco só traz prejuízos para a saúde. Entre os inúmeros malefícios para os fumantes, o tabaco aumenta significativamente as chances de morte por acidente vascular cerebral, doenças respiratórias e odontológicas.

De acordo com a diretora da Vigilância Sanitária Estadual, Maria Cristina Megid, o maior número de vítimas do tabaco morre por infarto. Fumantes apresentam a doença precocemente.

“O hábito é um fator de risco para doença coronariana precoce, mas também para doenças respiratórias, que geralmente começam a pesar na saúde do fumante com 50, 60 anos. Nota-se, a partir desta idade, que o fôlego acabou”, explica.

Segundo dados do Incor, a cada ano 6 milhões de pessoas morrem em todo o mundo por doenças atribuídas ao cigarro. No Brasil, cerca de 130 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de doenças relacionadas ao fumo, o que representa 13% do total de óbitos do país.

“O tabaco mata mais que todas as outras drogas juntas”, garante o psiquiatra Montezuma Pimenta Ferreira, do Ambulatório de Tabagismo do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Sem contar, é claro, que muitas vezes essa dependência anda de mãos dadas com outras, como alcoolismo e o vício em outras drogas”, completa.

Para ajudar a parar com o vício e evitar recaídas, trocar o cigarro por algo que dê prazer, como as atividades físicas, pode ajudar. Elas são capazes de melhorar a qualidade de vida e atuam como uma válvula de escape.

O motorista Belmiro da Silva conta que parar de fumar foi estressante. “No começo você está animado, as pessoas te apoiam, mas depois a empolgação passa, você quer fumar pelo hábito quando vê outras pessoas fumando. É preciso muita força de vontade e dedicação”, diz.

Lei Antifumo

Uma medida efetiva no combate ao tabagismo foi criada em agosto de 2009, com a Lei Antifumo. A normativa, que serviu de exemplo para vários outros estados brasileiros, proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em locais total ou parcialmente fechados.

O valor da multa por descumprimento à lei é de R$ 1.253,50, e dobra em caso de reincidência. Na terceira vez, o estabelecimento é interditado por 48 horas, e na quarta o fechamento é por 30 dias.

VÍDEO: há 50 anos Álvaro Perin iniciava gestão inovadora em Rio Claro

Era dia 1º de fevereiro de 1969, após uma noite anterior de viagem de São Paulo a Rio Claro – após participar com uma comitiva do município do Programa Silvio Santos, no quadro Cidade Contra Cidade, na TV Tupi, do qual a Cidade Azul saiu vitoriosa – que o Dr. Álvaro Perin tomou posse como prefeito.

“Passamos a madrugada na emissora. Cheguei às 6h em Rio Claro, só deu tempo de tomar banho, café e às 9h eu tomar posse sem dormir”, relembra. Deste momento em diante, até o fim de janeiro de 1973, Perin ficou à frente da Prefeitura Municipal. Tempo este que completa 50 anos e marca a trajetória de um período inovador que o município registrou.

Confira neste vídeo especial a trajetória deste político rio-clarense!

Estado repassa R$ 27,5 milhões para rede assistencial

A secretária de Estado de Desenvolvimento Social de São Paulo, Célia Parnes, assina nesta segunda-feira (11) o repasse de R$ 27.516.849,35 para 121 municípios das regiões administrativas de Campinas, Itapeva e Sorocaba.  As transferências são feitas por meio do Fundo Estadual da Assistência Social (FEAS) para os Fundos Municipais.

Os municípios aplicarão o recurso liberado em uma rede de proteção que reúne 2.795 serviços socioassistencias de acolhimento a crianças, jovens e idosos em situação de vulnerabilidade social, em 1.479 equipamentos públicos e privados.

Esses serviços atendem famílias em situação de vulnerabilidade social e também já em risco social e/ou com direitos violados, tais como, pessoas em situação de rua e violência, pessoas com deficiência, em situação de discriminação em decorrência de orientação sexual/raça/etnia, jovens em conflito com a lei, migrantes, entre outros. A verba será repassada aos municípios atendidos pelas Drads (Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social) de Campinas, Mogiana, Piracicaba e Sorocaba.

“Uma firme parceria com os municípios e o fortalecimento da rede de proteção local são essenciais para alcançar os indivíduos, resgatar sua dignidade e seus vínculos familiares, além de ampliar sua autonomia. Somente com uma gestão humanizada, solidária e inclusiva dos governos estadual e municipal poderemos fomentar ainda mais oportunidades às nossas cidades”, afirma a secretária Célia Parnes.

Rio Claro vence o Atibaia de virada no Schmidtão

O Rio Claro recebeu o Atibaia pela 6ª rodada do Campeonato Paulista da Série A-2. Em campo os donos da casa tiveram o domínio da partida desde o apito inicial. Toninho e Gustavo Sapeka chegaram várias vezes com perigo enquanto o Atibaia só fazia se defender. A única chance que os visitantes tiveram foi aos 40 minutos e souberam aproveitar. Na descida, a defensiva do Rio Claro perdeu a bola e na tentativa de recuperar o juiz marcou pênalti. Na cobrança Dudu foi para a batida e o goleiro do Galo Azul Murilo até acertou o canto mas não conseguiu pegar e o Atibaia fez 1 a 0 no Schmidtão.

Na etapa complementar o Azulão voltou para o tudo ou nada na tentativa de reverter o placar e o que o Rio Claro queria aconteceu logo aos 10 minutos. Daniel em jogada rápida invadiu a grande área, chutou e balançou a rede deixando tudo igual no placar: 1 a 1.

O gol abateu o Atibaia que em seis rodadas não conseguiu vencer nenhuma partida. Vendo a chance, o Rio Claro foi para cima na tentativa da virada e Elton por pouco não marcou o segundo do Galo Azul. A pressão continuou nos minutos seguintes e a insistência do camisa 10, capitão e atacante deu certo. Aos 24 minutos ele chutou e fez 2 a 1 para os donos da casa.

E mesmo com o resultado favorável o Galo Azul não se acomodou. Teve tempo de mais e o terceiro gol coube ao zagueiro Diego que fechou a conta e ajudou o Azulão a somar mais três pontos na Série A-2. O Rio Claro volta a campo no próximo sábado (16), onde enfrenta o Linense fora de casa.

Corrente petista quer ‘Lula Livre’ como prioridade do partido

A corrente majoritária do PT, Construindo Um Novo Brasil (CNB), vai encaminhar nesta sábado, 9, à Executiva Nacional do partido uma resolução que aponta a campanha “Lula Livre” como prioridade absoluta da legenda para o próximo período. Na quarta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril em Curitiba, foi condenado pela segunda vez pela Lava Jato. Juntas as penas somam 15 anos de prisão.

Além disso, a CNB vai defender hoje, na reunião da Executiva, que o PT explicite que é um partido de oposição ao governo Jair Bolsonaro. A ideia é marcar diferenças com o PDT de Ciro Gomes, que vai fazer “oposição programática” ao Planalto.

O desafio do PT é fazer colar o “Lula Livre”. Lançada logo depois da prisão do ex-presidente, a campanha não foi capaz de gerar grandes mobilizações, como espera o partido.

“Vamos levar para a Executiva que o PT dê prioridade total à campanha ‘Lula Livre’. Nossos quadros vão rodar o Brasil. Fernando Haddad vai rodar o Brasil. Nossos governadores vão se engajar. Vamos articular isso com movimentos sociais, artistas e a sociedade”, disse Marcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT

A CNB, da qual fazem parte Lula, Haddad e a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, é a maior corrente interna do PT e detém mais da metade dos cargos do Diretório Nacional da legenda.

Para ampliar o “Lula Livre” a outros setores da esquerda que até agora não se engajaram na campanha o PT pretende vincular a luta contra a prisão de Lula a temas que dizem respeito às liberdades democráticas, retirada de direitos e outros itens da pauta de oposição a Bolsonaro. A ideia do partido é mostrar que a prisão de Lula tem como objetivo final fragilizar a oposição a projetos como as reforma da Previdência, que deve gerar forte debate popular.

A proibição pela Justiça de que Lula participasse do enterro de seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, morto no dia 29 de janeiro, também será usada como exemplo de que Lula é tratado como exceção.

Eleição direta

A CNB também vai defender que a próxima direção do PT seja eleita por voto direto. O Processo de Eleição Direta (PED) adotado desde 2004 é alvo de críticas de correntes minoritárias que preferem a escolha da direção por meio de delegados e de denúncias de irregularidades que envolvem até o uso de nomes de filiados mortos nas eleições internas do partido.

Governo se arma para defender nova Previdência

A equipe econômica está reunindo informações que serão usadas na campanha de convencimento da população sobre a reforma da Previdência. Os primeiros alvos devem ser os pontos considerados mais sensíveis e que foram atacados após o ‘Estadão/Broadcast’, plataforma de notícias em tempo real do Grupo EStado, revelar a minuta da proposta, como o pagamento de benefícios assistenciais abaixo do salário mínimo. Foram coletados dados de outros 18 países, mostrando que nenhum deles faz a vinculação desse tipo de benefício – que não exige contribuição anterior – ao piso salarial.

Na reforma do ex-presidente Michel Temer, a oposição usou essa mudança para atacar a proposta com o mote de que o governo prejudicaria os idosos mais pobres. Agora, a equipe do presidente Jair Bolsonaro contra-ataca dizendo que vai antecipar a concessão do benefício assistencial. “Vamos dar um dinheiro que ele não tem hoje”, diz uma fonte que participa das discussões.

Como o Estadão/Broadcast antecipou, a área econômica propõe que os brasileiros de baixa renda (com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo) comecem a receber R$ 500 a partir dos 55 anos, quando a capacidade de trabalho começa a diminuir – e, consequentemente, o salário. Esse valor aumentaria a R$ 750 a partir dos 65 anos. Para pessoas com deficiência sem condições de sustento, o benefício seria maior, de R$ 1 mil, independentemente da idade.

Países

Na lista de 18 países estão Espanha, Portugal, Chile, França, México e Coreia do Sul. A média entre esses países é que o benefício seja equivalente a 45% do salário mínimo. Eles garantem o reajuste do benefício, geralmente pela inflação, mas nenhum vincula ao salário mínimo. A comparação internacional traçada pelo governo mostra ainda que esse tipo de benefício costuma representar em média 18,4% do PIB per capita de cada país, mas no Brasil é quase o dobro: 33%.

Na reforma de Temer, a desvinculação foi um dos primeiros pontos retirados da reforma em 2017. Na visão do atual governo, porém, a decisão de antecipar a concessão do benefício (a partir dos 55 anos) e permitir que ele seja recebido mesmo por quem ainda trabalha é um grande diferencial. Desde que se enquadre na faixa de renda definida para fazer jus ao benefício, o trabalhador poderá ter esse complemento no rendimento da família.

“Quem for contra isso na verdade não está beneficiando o mais pobre, está prejudicando”, afirmou a fonte que participa das discussões. Na reforma do governo passado, a proposta era adiar dos atuais 65 anos para 70 anos o direito ao benefício assistencial, que poderia ser menor que o mínimo.

Além disso, de acordo com essa fonte, a proposta é que o trabalhador que conseguir contribuir para a aposentadoria possa acumular os dois benefícios, previdenciário e assistencial, desde que se enquadre na baixa renda.

Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), planeja formar uma espécie de comissão especial na Casa para acompanhar os debates da reforma da Previdência.

O objetivo é fazer com que os senadores já estejam por dentro dos trechos da proposta que endurece as regras para se aposentar no Brasil e também das possíveis alterações a serem feitas pelos deputados. Isso ajudaria, na avaliação de Alcolumbre e aliados, o Senado a apreciar o texto de forma mais rápida.

A ideia é que esteja comissão seja formada por dois ou três senadores. O nome mais cotado para conduzir esse trabalho é o do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que apoiou a eleição de Alcolumbre contra o senador Renan Calheiros (MDB-CE).

Na Câmara, os senadores acompanhariam os trabalhos como observadores e informariam os colegas sobre as discussões.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Jornal Cidade RC
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