Pacotão político é aprovado em primeira discussão

Antonio Archangelo

O conjunto de projetos de lei para fortalecer a base governista foi aprovado em primeira discussão na segunda-feira, 30 de novembro. Os projetos estendem direitos a professores “substitutos” da Secretaria Municipal de Educação; incorporam rendimentos a efetivos ocupando cargo político na estrutura municipal e permitem a reeleição do superintendente do Instituto de Previdência de Rio Claro (IPRC).

O único projeto da oposição, que queria alterar o horário das sessões camarárias, teve votação suspensa com aprovação de pedido de vistas.

Em segunda discussão foram aprovados o projeto de Lei 90/2015 – que instituiu o dia 16 de maio, no calendário municipal, para comemoração da festa italiana “São Luís Orione”. O projeto 198/2013 – que autoriza a prefeitura a instalar sistema de gravação por câmeras de vídeo nos asilos, casas de repouso, creches, escolas e berçários também foi aprovado.

Os projetos de lei complementares 110 e 111 foram aprovados contra dois votos do Democratas. Eles, em síntese, atualizarão a legislação para incorporação de parcela destacada do subsídio pago quando o servidor ocupar cargo comissionado ou função de confiança por quatro anos consecutivos ou oito anos intercalados sempre no mesmo cargo.

Os projetos ainda dependem de uma nova votação para serem sancionados pelo prefeito municipal Du Altimari (PMDB)

O projeto de lei complementar 112 foi aprovado contra três votos da bancada do Democratas e do PTB. Ele altera a forma de eleição do superintendente do Instituto de Previdência de Rio Claro, possibilitando a reeleição. O Sindicato dos Servidores Municipais (Sindmuni), cujo presidente também preside o PTB, divulgou nota pedindo a não alteração da legislação no atual momento.

Para ser superintendente, na nova legislação, que ainda depende de uma segunda votação, o servidor terá que ter “sido aprovado em exame de certificação por entidade autônoma de reconhecida capacidade técnica e difusão no mercado brasileiro de capitais, cujo conteúdo abrangerá, no mínimo, o contido neste item”.

Para dar “guarida aos servidores municipais”, admitidos até a data de promulgação da Constituição de 1988, que não tenham cumprido o tempo previsto para aquisição de estabilidade, os vereadores aprovaram, em primeira discussão, o projeto de lei 131/2015.

Para atender pressão de vereadores governistas e de parte da Educação Municipal, os vereadores também aprovaram, em primeira discussão, os projetos de lei 138 e 140 e emendas que expandem direitos ao chamado “quadro 2” da Educação. O projeto tem impacto previsto de 0,665% sobre a folha de pagamentos da Secretaria de Educação. A vereadora Maria do Carmo (PMDB) votou contra as emendas modificativas.

Os projetos 141 e 145 autorizam o Executivo a vender áreas de 15,45 e 7,61 metros quadrados, respectivamente, no Jardim Novo II. Por fim também foi aprovado o 144 que disciplina os procedimentos relativos aos depósitos judiciais.

Redação JC: