Mobilidade diz que obras na Visconde irão minimizar alagamentos na avenida

Os recorrentes alagamentos que vêm sendo registrados na Avenida Visconde do Rio Claro e Avenida Tancredo Neves, durante fortes chuvas nas últimas semanas, foram assuntos debatidos nessa segunda-feira (11) na Câmara Municipal. Audiência da Comissão de Administração Pública recebeu representantes do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) e concessionária BRK Ambiental, responsável pelo esgoto da cidade.

Sabe-se que a Prefeitura de Rio Claro está com uma licitação em andamento para obras e intervenções em alguns trechos da Visconde de forma a ampliar o escoamento da água e minimizar os efeitos de alagamentos. O assunto foi abordado por vereadores como Hernani Leonhardt, Julio Lopes, Serginho Carnevale e Rafael Andreeta.

“Nem a BRK nem o Daae são responsáveis pelo sistema de água fluvial e drenagem. Essa região já alagava antigamente, mesmo substituindo ramais, se houver chuvas na grandeza dos últimos tempos, vai continuar alagando. Se existe outro plano, de repente aumentar sistema de galerias, (…) mas, com o sistema dimensionado que tem hoje, vai chover e vai alagar”, afirmou Cristian Fonseca, diretor de operações da concessionária BRK.

Após a afirmação, no entanto, os vereadores questionaram o representante da BRK sobre essas obras, uma vez que a administração municipal pretende executar a intervenção em breve. Com isso, o diretor disse que “quem tem que avaliar se o sistema de drenagem está de acordo ou não é a Prefeitura, não a BRK”. Os parlamentares disseram que a afirmação do representante da concessionária é uma contradição, diante da declaração anterior, gerando discussões.

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, da Prefeitura, consultada pelo JC ainda ontem, afirmou que em janeiro deve contratar a empresa para executar obras nos cruzamentos da Visconde com a Avenida 4 e com Rua 9, e entre as avenidas 6 e 8.

“Resolver 100% com o fluxo de chuvas que temos tido, talvez não, mas a via comporta muito mais. Tem muito retorno de água devido ao estrangulamento da galeria. Se tivermos uma vazão maior, vamos ter menos refluxo de água e escoamento melhor. Não vai ser uma chuva mediana que vai alagar a avenida”, diz o secretário Paulo Paulon.

Ainda de acordo com o titular da pasta, outras intervenções também são necessárias, como obras de macrodrenagem – que já foram defendidas pelo prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) – e desassoreamento das águas do Parque Municipal do Lago Azul.

Lucas Calore: