Caso Benedito: defesa de agressores pede anulação do júri

Carine Corrêa

Julgamento que definiu pena para os condenados na morte de idoso durou mais de 14 horas

O advogado de defesa dos agressores condenados pela morte de Benedito Santana informou nessa quinta-feira (30), que já entrou com pedido para anulação do júri ou para readequação da pena.

Luiz Carlos Simionato, detalha que o recurso de apelação já foi feito no dia do julgamento, na última terça-feira (28). “São pedidos sucessivos. Caso não seja concedida a anulação, o pedido de readequação de pena é para que seja reduzida de 14 anos para 12”, frisa o advogado.

Luiz Carlos também explica que na hipótese da anulação, a defesa será voltada para que os agressores – condenados por homicídio qualificado por motivo torpe e homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e meio cruel – respondam por lesão corporal dolosa seguida de morte.

“Não me conformo com o resultado porque a pena foi muito grave para quem é primário, ou seja, que nunca foi processado em juízo algum”, disse. O argumento da defesa, segundo o advogado, foi feito com base na versão dos agressores que alegaram que não tinham intenção de matar. Segundo Simionato, outros fatores teriam culminado na morte – nunca desejada – do idoso.

“O soco que Hélcio proferiu em Benedito foi para lesioná-lo, não matá-lo. Sua idade, entre outros fatores, acabaram resultando em sua morte. Houve uma briga entre o Hélio e o idoso na ocasião”, finaliza. Depois do julgamento, os condenados Helcio Alves Carvalho e Axel Leonardo Ramos retornaram para a penitenciária de Itirapina, onde estavam presos desde abril de 2013.

O filho da vítima, Silvio Santana de Oliveira, fez novo contato com a redação nessa quinta-feira (30) e agradeceu a atuação do advogado que trabalhou como assistente de acusação, Luiz Angelo Cerri Neto, e a promotora de justiça Maria Claudia. “Nossa expectativa agora é para que aumente a pena dos condenados pela morte do meu pai. Seu quadro de saúde sempre foi estável e não é argumento para justificar esse crime”, ressalta.

Redação JC: