Casal se intoxica com produto

Ednéia Silva

Líquido desconhecido foi armazenado num galão e levado para o aterro sanitário

Um casal de Rio Claro se intoxicou com produto desconhecido no dia 31 de dezembro do ano passado. O caso aconteceu no Jardim Guanabara. Eles foram internados na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas já foram liberados. O produto está armazenado no aterro sanitário à espera de análise que possa identificá-lo.

A Defesa Civil de Rio Claro foi acionada para atender a ocorrência. O coordenador da entidade, Danilo de Almeida Kuroishi, conta que a primeira ligação foi feita na noite de 31 de dezembro. O homem, que é catador de material reciclável, relatou ter encontrado o produto na rua e levado para casa.

Como o produto vazou ele jogou água para lavar o local. O contato com a água causou reação formando uma espécie de vapor de odor desagradável. O casal passou mal e procurou atendimento na UPA levando junto o galão vazio do produto. O restante do líquido teria sido armazenado num galão de cinco litros.

No dia 1º de janeiro novo contato foi feito e uma segunda história foi contada. O produto teria sido encontrado no quintal da casa alugada pelo casal. O produto estaria armazenado no local há pelo menos cinco anos. Ao fazer uma faxina no quintal, o morador encontrou a substância. O líquido estava dentro de um galão sem rótulo.

Durante a faxina uma viga de madeira caiu sobre a garrafa que se partiu causando vazamento do líquido com cheiro muito forte. O catador jogou água para lavar o local e houve reação gerando uma espuma com odor ainda mais forte. O casal voltou a passar mal e retornou à UPA onde fizeram exames e ficaram internados para observação. Nessa segunda-feira (5) a Fundação Municipal de Saúde informou que os pacientes já foram liberados.

Kuroishi conta que o restante do produto foi colocado dentro de um galão e levado para o aterro sanitário que tem local específico para descarte de resíduos químicos. A Defesa Civil acionou a Sepladema (Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente), a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e a Vigilância Sanitária para decidir o que será feito com a substância.

O coordenador da Vigilância Sanitária, Agnaldo Pedro da Silva, disse que como o produto não tem rótulo não pode ser identificado. A prefeitura está verificando para qual departamento o líquido será encaminhado para análise e posterior definição do que será feito.

Danilo de Almeida Kuroishi alerta a população para evitar o manuseio de produtos desconhecidos sem as proteções necessárias. Esse tipo de atitude pode causar acidentes graves, inclusive com risco de morte. A Cetesb também foi procurada via e-mail pela reportagem, mas até o fechamento desta edição não deu retorno.

Redação JC: