Eleição tem recorde de mulheres candidatas e, pela 1ª vez, mais negros que brancos

RANIER BRAGON, GUILHERME GARCIA E FLÁVIA FARIA – BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Os 523 mil pedidos de registro de candidatura computados até o momento para as eleições municipais de novembro já representam um recorde no número total de candidatos, de postulantes do sexo feminino e, pela primeira vez na história, uma maioria autodeclarada negra (preta ou parda) em relação aos que se identificam como brancos.

O crescimentos de negros e mulheres na disputa às prefeituras e Câmaras Municipais tem como pano de fundo o estabelecimento das cotas de gênero a partir dos anos 90 e as mais recentes cotas de distribuição da verba de campanha e da propaganda eleitoral, decisões essas tomadas pelos tribunais superiores em 2018, no caso das mulheres, e em 2020, no caso dos negros.

A cota eleitoral racial ainda depende de confirmação pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal), o que deve ocorrer nesta semana.
Em relação à maior presença de negros, especialistas falam também no impacto do aumento de pessoas que se reconhecem como pretas e pardas após ações de combate ao racismo.

Apesar de o prazo de registro de candidatos ter se encerrado neste sábado (26), o Tribunal Superior eleitoral informou que um residual de registros feitos de forma presencial ainda levará alguns dias para ser absorvido pelo sistema.

Além disso, candidatos que não tiveram seu nome inscrito pelos partidos têm até quinta-feira (1º) para fazê-lo, mas isso normalmente diz respeito a um percentual ínfimo de concorrentes.

Os 523 mil pedidos computados até agora já representam 45 mil a mais do total de 2016 e cerca de 80% do que o tribunal espera receber este ano, com base nas convenções partidárias -cerca de 645 mil postulantes.

Até o final da manhã deste domingo (27), o percentual de candidatas mulheres era de 34%, 176 mil concorrentes. Nas últimas três eleições, esse índice não passou de 32%. Pelas regras atuais, os partidos devem reservar ao menos 30% das vagas de candidatos e da verba pública de campanha para elas.

Em 2018, a Folha de S.Ppaulo revelou em diversas reportagens que partidos, entre eles o PSL, lançaram candidatas laranjas com o intuito de simular o cumprimento da exigência, mas acabaram desviando os recursos para candidatos homens.

No caso dos negros, o TSE decidiu instituir a partir de 2022 a divisão equânime das verbas de campanha e da propaganda eleitoral entre candidatos negros e brancos.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, porém, determinou a aplicação imediata da medida. Sua decisão, que é liminar, está sendo analisada pelo plenário da corte, com tendência de confirmação.

Até a manhã deste domingo, os autodeclarados pretos e pardos somavam 51% dos candidatos (263 mil) contra 48% dos brancos (248 mil). Entre os negros, 208 mil se declaravam pardos e 55 mil, pretos.

O TSE passou a perguntar a cor dos candidatos a partir de 2014. Nas três eleições ocorridas até agora, os brancos sempre foram superiores aos negros, ocupando mais de 50% das vagas de candidatos, apesar de pretos e pardos serem maioria na população brasileira (56%).

Embora o TSE não tenha registrado cor ou raça dos candidatos nos pleitos anteriores, é muitíssimo improvável ter havido eleição anterior com maioria de candidatos negros.

Assim como no recenseamento da população feita pelo IBGE, os candidatos devem declarar a cor ou raça com base em cinco identificações: preta, parda (que formam a população negra do país), branca, amarela ou indígena.

A Folha mostrou na sexta-feira (24) que ao menos 21 mil candidatos de todo o país que disputarão as eleições deste ano mudaram a declaração de cor e raça que deram em 2016, conforme registros disponibilizados até a quinta-feira (23) pela Justiça Eleitoral.

A maior parte das mudanças -36% do total- foi da cor branca para parda. O movimento contrário vem na sequência, com 30% das alterações de pardo para branco.

Apesar da possibilidade de fraude, especialistas falam no impacto do aumento de pessoas que se reconhecem como pretas e pardas após ações de combate ao racismo.

A decisão de adoção imediata das cotas raciais colocou em posições opostas os núcleos afros dos partidos políticos, favoráveis à decisão, e os dirigentes das siglas, majoritariamente brancos, que em reunião nesta semana com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, chegaram a dizer ser inexequível o cumprimento da medida ainda neste ano.

Também há receio de fraudes em relação às candidaturas negras. E há de se ressaltar que, assim como a cota feminina não resultou até agora em uma presença nos postos de comando de Executivo e Legislativo de mulheres na proporção que elas representam da população, a cota racial também não é garantia, por si só, de que haverá expressivo aumento da participação de negros na política, hoje relegados a pequenas fatias de poder, principalmente nos cargos mais importantes.

Rio Claro tem mais dois casos de coronavírus

Rio Claro registrou mais dois casos de coronavírus no boletim divulgado no final da tarde deste domingo (27) pela Secretaria Municipal de Saúde.

O total de casos chegou a 4.712 e o de pacientes recuperados a 4.558.

O número de óbitos se mantém em 135 e o de hospitalizados também não se alterou. São 26 pacientes, sendo 20 em leitos da rede pública e seis em leitos particulares.

‘Sirenaço’ homenageia médico Dr. João Roque morto pela covid-19 em Araras

RAMON ROSSI

Profissionais que atuam no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), na GCM (Guarda Civil Municipal) e no Corpo de Bombeiros realizaram, na manhã deste domingo (27), um ‘sirenaço’ em homenagem ao médico João Roque Freitas Cordeiro, falecido no último sábado, vítima de covid-19 em Araras.

O médico chegou a trabalhar no hospital de campanha de Rio Claro, mas ele já não atendia mais no hospital quando foi infectado pelo novo coronavírus.

O cardiologista morava em Araras, onde também estava internado. A idade e outros detalhes do caso não foram divulgados.

Problemas na saúde de motoristas são causas de milhares de acidentes

AGÊNCIA BRASIL

Mais de 283,5 mil acidentes de trânsito registrados em rodovias brasileiras, nos últimos cinco anos, tiveram como causa principal ou secundária questões relacionadas à condição de saúde dos motoristas, no momento da ocorrência. Esse volume de colisões, capotamentos e outros desastres deixou 247.475 feridos e 14.551 mortos.

A informação faz parte de levantamento realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), com base no levantamento de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) entre janeiro de 2014 e julho de 2020.

Óbitos em decorrência de acidentes de trânsito nas rodovias federais do Brasil

CAUSA DO ACIDENTE COM ÓBITO2014201520162017201820192020Total
Falta de atenção à condução1.5101.2091.2151.8451.3681.2646369.047
Ingestão de álcool5084804394553023241712.679
Condutor dormindo3523292903713023111372.092
Mal súbito17011510034419
Restrição à visibilidade99797923280
Ingestão de substâncias psicoativas17610134
Total8.2346.8676.3986.2455.2695.33316.33014.551

Segundo a Abramet, médicos do tráfego reuniram os acidentes em grandes grupos, sendo que as categorias mais recorrentes incluem falta de atenção à condução, ingestão de álcool, sonolência do condutor, mal súbito, restrição de visibilidade e ingestão de substâncias psicoativas.

As informações reúnem informações apenas acidentes nas estradas e rodovias sob supervisão da PRF. Não foram contabilizados, portanto, transtornos em colisões que aconteceram em pistas, ruas e avenidas dos centros urbanos. Para a Abramet, este cenário poderia ser até pior, “pois um número importante de colisões não entra nas estatísticas”.

Segundo a associação, a falta de atenção ao volante pode ser consequência de situações clínicas como fadiga, stress, cansaço, déficit de atenção ou comprometimento do raciocínio e responde por 215.401 dos acidentes catalogados, ou seja, 76% do total registrado no período e que podem estar relacionados à saúde do motorista. Apenas essa categoria responde por 182.288 (74%) feridos e 9.047 (62%) mortes.

Na sequência, vem a ingestão de bebida alcoólica. Entre 2014 e julho de 2020, foram registrados pela PRF 40.268 acidentes nas rodovias onde esse fator foi considerado uma das causas. Do volume de colisões, foram contabilizadas 36.999 vítimas com ferimentos leves ou graves e 2.679 óbitos.

A terceira condição de saúde que mais aparece no levantamento é o sono. Quando insuficiente, é causa frequente e muito importante da sonolência diurna, sendo capaz de causar acidentes graves. Este fator motivou, segundo a PRF, 22.683 acidentes registrados nas rodovias, causando 2.092 mortes e deixando 22.645 feridos, entre 2014 e julho deste ano.

O chamado mal súbito – perda de consciência devida mais frequentemente a doenças cardiológicas (infarto, arritmias) e neurológicas (AVC, convulsões) – foi responsável por 2.702 acidentes; a visão reduzida, com 2.205 ocorrências; e o efeito de entorpecentes sobre o condutor, com 292 casos. Juntos, eles respondem por 773 mortes no trânsito e o encaminhamento de 5.543 vítimas de colisões para atendimento médico.

Polícia Ambiental prende indivíduo por furto de fios de cobre em RC

Na tarde de sábado (26) policiais militares ambientais prenderam um indivíduo pelo crime de furto de fios de cobre pelo bairro Jardim Paulista em Rio Claro.

Durante patrulhamento a equipe avistou um indivíduo andando de forma acelerada, olhando para trás, segurando uma sacola, aparentando estar nervoso e com um sangramento escorrendo pelo rosto.

Em razão da atitude suspeita, ele foi abordado e afirmou aos policiais que havia saído da cadeia no dia 19 deste mês. Indagado sobre os fios de cobre que estava na sacola, disse que havia acabado de furtar de uma residência em construção. O indivíduo foi reconhecido pela vítima como autor do furto.

Diante do fatos foi dado voz de prisão em flagrante ao indivíduo e conduzido ao Plantão Policial, onde permaneceu a disposição da justiça pelo delito do art. 155 Furto consumado.

São Paulo registra 35,1 mil óbitos e 972,2 mil casos de coronavírus

GOVERNO DO ESTADO DE SP

Neste domingo (27), o Estado de São Paulo registra 35.108 óbitos e 972.237 casos confirmados do novo coronavírus. Entre o total de casos diagnosticados de COVID-19, 831.468 pessoas estão recuperadas, sendo que 106.621 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 44,4% na Grande São Paulo e 45,6% no Estado. O número de pacientes internados é de 9.062, sendo 5.089 em enfermaria e 3.973 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 11h deste domingo (27).

Hoje, os 645 municípios têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 567 com um ou mais óbitos. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.

Perfil da mortalidade

Entre as vítimas fatais estão 20.275 homens e 14.833 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 76,2% das mortes.

Observando faixas etárias, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (8.990), seguida pelas faixas de 60 a 69 anos (8.236) e 80 e 89 anos (7.171). Entre as demais faixas estão os: menores de 10 anos (40), 10 a 19 anos (64), 20 a 29 anos (295), 30 a 39 anos (1.000), 40 a 49 anos (2.325), 50 a 59 anos (4.640) e maiores de 90 anos (2.347).

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (59,6% dos óbitos), diabetes mellitus (43,2%), doenças neurológicas (10,9%) e renal (9,6%), pneumopatia (8,3%). Outros fatores identificados são obesidade (7,8%), imunodepressão (5,6%), asma (3%), doenças hepáticas (2,1%) e hematológica (1,8%), Síndrome de Down (0,5%), puerpério (0,1%) e gestação (0,1%). Esses fatores de risco foram identificados em 28.154 pessoas que faleceram por COVID-19 (80,2%).

Perfil dos casos

Entre as pessoas que já tiveram confirmação para o novo coronavírus estão 453.376 homens e 512.753 mulheres. Não consta informação de sexo para 6.108 casos.

A faixa etária que mais concentra casos é a de 30 a 39 anos (229.653), seguida pela faixa de 40 a 49 (201.597). As demais faixas são: menores de 10 anos (23.747), 10 a 19 (45.604), 20 a 29 (163.484), 50 a 59 (146.439), 60 a 69 (88.464), 70 a 79 (45.004), 80 a 89 (21.509) e maiores de 90 (6.226). Não consta faixa etária para outros 513 casos.

75% dos eleitores na cidade de SP são contra volta às aulas, diz Datafolha

EMILIO SANT’ANNA – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Cinco meses após ter Covid-19, Zulmira Rosa de Sousa Silva, 43, ainda sofre as consequências. Engenheira de segurança do trabalho em um hospital privado de São Paulo, ela diz que sente dificuldades para se concentrar e para ler. Seu filho, Jonas, 16, está no primeiro ano do ensino médio da rede estadual e ela já sabe: “Se tiver opção, não vou mandar de volta para a escola. Moramos com meus pais, que são idosos. Eu sei o que é esse vírus, não vou expô-los a isso”, afirma.

Assim como ela, três em cada quatro eleitores da capital paulista (75%) acham que as escolas deveriam permanecer fechadas nos próximos dois meses, de acordo com o Datafolha. Outros 24% afirmam que elas deveriam ser reabertas, e 1% não opinou.

A pesquisa foi realizada nos dias 21 e 22 de setembro. Foram entrevistados 1.092 eleitores com 16 anos ou mais na cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais e para menos.

Há, contudo, diferenças nessa opinião de acordo com a renda familiar mensal.

Entre as que ganham até dois salários mínimos (R$2.090), 77% afirmam que as escolas deveriam permanecer fechadas nos próximos dois meses. Entre os que têm renda mensal de mais de 10 salários mínimos (R$ 10.450) esse índice cai para 56%.

Entre os que têm em casa estudantes matriculados na rede privada e os que têm na rede pública, no entanto, o apoio à manutenção das escolas fechadas é semelhante.

Segundo a pesquisa, 75% dos eleitores na primeira situação apoiam que elas continuem sem aulas nos próximos dois meses. Esse índice é de 79% para os que têm em casa uma criança matriculada em creches da prefeitura, 80% na rede municipal e 77% na estadual.

Enquanto o governador João Doria (PSDB) definiu o cronograma de reabertura a partir de outubro -e já liberou parte das atividades escolares no estado desde 8 de setembro-, o prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), que disputa a reeleição, adiou para novembro a decisão, mesmo mês da eleição municipal.

Covas vem sofrendo pressões de grupos opostos sobre a reabertura das escolas na cidade. Enquanto sindicatos de professores querem as aulas presenciais retomadas apenas em 2021. Donos de escolas pedem que a reabertura ocorra ainda neste ano.

O plano de Covas para o retorno das aulas presenciais terá como foco os alunos do 3º ano do ensino médio, atualmente em preparação para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que será aplicado em janeiro de 2021. Para tanto, esses estudantes podem ter aulas presenciais em dezembro e mesmo em janeiro do ano que vem.

Voltar às aulas presenciais com alunos mais velhos, avalia o poder municipal, seria mais seguro, uma vez que eles estariam aptos a seguir de forma mais rigorosa os protocolos de segurança sanitária, como uso de máscara e distanciamento social.

Esse plano é considerado também mais factível para o município de São Paulo, que tem cerca de 1.000 alunos no último ano do ensino médio. Nas escolas estaduais, por sua vez, são mais de 108 mil estudantes no terceiro ano.

A pandemia do novo coronavírus já causou mais de 140 mil mortes no país e contaminou quase 4,7 milhões de pessoas, de acordo como o consórcio de imprensa formado por Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1. As informações são coletadas diretamente com as secretarias de Saúde estaduais.

Neste mês, a cidade de São Paulo entrou pela primeira vez, desde o início da pandemia no país, em março, no estágio desacelerado de casos do novo coronavírus, segundo o monitor da Folha de aceleração da Covid-19.

De acordo com o Datafolha, as mulheres apoiam mais do que os homens a manutenção das escolas fechadas nos próximos dois meses, 88% ante 62%. “Não faz sentido voltar no último bimestre. Não vejo como as escolas vão se preparar para receber os alunos”, diz Zulmira.

Além de não querer aumentar as chances de exposição do filho ao vírus, a engenheira tenta evitar que seus pais também tenham essa chance de contaminação aumentada. “Esse tempo todo o meu filho só saiu de casa uma vez, para cortar o cabelo e ainda tomei todas as precauções”, afirma.

Zulmira não sabe se mudaria de opinião caso seu filho fosse pequeno e não tivesse com quem deixá-lo quando sai para trabalhar, mas, em sua situação, ela não vê forma segura de Jonas retornar às aulas presenciais. “Meu problema é ter que deixar meu filho com quem estou preocupada [com a saúde]”, diz.

O medo dessa mãe é refletido em uma das respostas à pesquisa Datafolha. Quando indagada sobre se a volta às aulas presenciais agravaria a pandemia, a maior parte dos eleitores ouvidos (55%) diz que sim. Para 19% deles, a reabertura das escolas agravaria pouco a pandemia, 24% dizem que a situação não pioraria e 2% não opinaram.

Mais uma vez, as mulheres superam os homens entre os que acham que a volta às aulas presenciais agravaria a pandemia, 60% ante 48%, e entre os que são contra a reabertura das escolas (71%).

O trabalho da Prefeitura de São Paulo com os alunos da rede municipal é avaliado mais positivamente do que negativamente pelos eleitores ouvidos pelo Datafolha. Entre os que têm em casa estudantes matriculados na rede municipal, 30% dizem que esse trabalho é bom ou ótimo, 44% avaliam como regular, 22% como ruim ou péssimo e 4% não opinaram.

Entre os eleitores que declaram voto em Celso Russomanno (Republicanos), 73% dizem as escolas devem ficar fechadas nos próximos dois anos. Entre os que pretendem votar em Bruno Covas (PSDB), 79% afirmam o mesmo.

Esse índice chega a 89% entre os eleitores de Guilherme Boulos (PSOL) e cai para 69% entre os que pretendem votar em Márcio França (PSB).

Assim como na capital paulista, prefeitos de outras cidades do estado de São Paulo têm recorrido a pesquisas de opinião pública para fazer os cálculos políticos e decidir quando devem reabrir as escolas. O resultado é que muitos deles postergaram a decisão.

Para Zulmira, a discussão sobre a volta às aulas presenciais agora ou no ano que vem é prematura e seguro mesmo, diz ela, seria a retomada apenas depois da chegada da vacina contra o novo coronavírus, mesmo que isso signifique a perda de um ano para seu filho e outros alunos.

“A Covid-19 veio para forçar a gente a usar a tecnologia que já estava disponível. Passou da hora de discutir esse sistema de educação, com um professor, uma lousa e os alunos sentados em uma sala de aula”, afirma.

VÍDEO: confira resultado de nova pesquisa a prefeito(a) de Rio Claro

O Grupo JC de Comunicação apresenta em parceria com o instituto Statsol a mais recente pesquisa eleitoral à Prefeitura de Rio Claro. São três cenários: estimulado de intenção, onde os nomes dos candidatos são apresentados pelo entrevistador; espontâneo, em que o entrevistado manifesta livremente sua intenção de voto; e por fim, o cenário de rejeição, o qual os mesmos nomes dos candidatos estimulados são apresentados. Assista e compartilhe o resultado nas suas redes sociais. Na edição impressa do Jornal Cidade deste domingo (27) você confere mais detalhes e análise da coluna política Farol.

TRT nega pedido da CBF e mantém adiamento de Palmeiras x Flamengo

ALEXANDRE ARAÚJO E BRUNO BRAZ – SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) negou neste domingo (27) um pedido da Confederação Brasileira de Futebol para reverter a decisão de adiar o jogo entre Palmeiras e Flamengo, que aconteceria nesta tarde, às 16h, pelo Campeonato Brasileiro. A CBF havia entrado com um mandado de segurança para garantir a realização da partida, mas a plantonista do TRT, desembargadora Maria Helena Motta, decidiu manter o adiamento.

Após a derrota no TRT, a CBF ainda tenta fazer com que a partida aconteça nesta data. A entidade vai recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Sabendo disso, Palmeiras e Flamengo seguem com programação normal, de olho na possibilidade de o adiamento ser derrubado.

O jogo está adiado desde sábado (26), após uma decisão do TRT-RJ acatando um pedido do Sindeclubes (Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro), devido ao surto de covid-19 no Flamengo. O Rubro-Negro tem mais de 40 pessoas no clube infectadas, sendo 19 jogadores.

Na esfera esportiva, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negou, também no sábado, um novo pedido do Flamengo para o adiamento da partida. Porém, com a decisão do TRT-RJ na Justiça comum após o pedido do Sindeclubes, o jogo segue suspenso.

Para o Flamengo, o adiamento seria uma questão de “saúde pública”. Um outro ponto que tinha sido destacado pelo clube carioca foi que os profissionais que dão suporte ao elenco foram expostos ao vírus, o que impedia que exercessem suas atividades até a data da partida.

O Palmeiras, por outro lado, sempre se mostrou contra a mudança na data do confronto, “comprando a briga” pela manutenção do dia original e tendo, inclusive, a participação de seus jogadores na articulação nos bastidores. O presidente alviverde Maurício Galiotte afirmou que, caso o protocolo acordado pelos clubes antes do Brasileiro não seja cumprido, a competição precisa ser paralisada.

Russomanno pode usar pandemia para se expor menos e evitar queda

JOELMIR TAVARES E CAROLINA LINHARES – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Líder nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno (Republicanos) fará uma campanha com agendas controladas e dosará sua exposição para tentar manter a dianteira, segundo auxiliares ouvidos pela Folha de S.Paulo que o acompanham em sua terceira tentativa consecutiva de chegar à Prefeitura de São Paulo.

A estratégia antidesgaste se assemelha, ainda que em um contexto diferente, às mudanças ocorridas na campanha de Jair Bolsonaro, apoiador de Russomanno, depois da facada sofrida na eleição de 2018.

O hoje presidente se ausentou de debates após o atentado e escapou do envolvimento em novas polêmicas. Adversários e analistas apontam o episódio como um dos elementos que contribuíram para o então presidenciável (à época no PSL, hoje sem partido) alcançar a vitória.

A circunstância inédita desta vez é a pandemia do coronavírus, que pode ser convertida em um pretexto ideal para saídas de cena estratégicas, dizem assessores de Russomanno.

As regras para atenuar a propagação do vírus causador da Covid-19 alteraram a rotina de candidatos, mas muitos mantiveram o corpo a corpo com eleitores e estão fazendo visitas e conversas pessoalmente.

No caso do apresentador de TV e deputado federal, caminhadas em locais de grande aglomeração de pessoas tendem a ser reduzidas, em nome do combate ao vírus, mas também como forma de preservar o capital eleitoral acumulado até aqui.

Um dos conselhos dados ao candidato é que a ida a lugares públicos ocorra de forma monitorada, para barrar imprevistos. A preferência deve ser por áreas com plateias amigáveis.

Medidas sanitárias contra a pandemia poderão ser invocadas para recusar convites para entrevistas e debates, a depender da evolução do desempenho nas pesquisas. As possibilidades foram discutidas em reuniões internas nos últimos dias e serão ajustadas com o andar da campanha.

Na campanha de rua, a tendência será evitar situações em que ele esteja exposto a danos de imagem, como cobranças diretas de eleitores e xingamentos, cujos registros podem viralizar facilmente.

Derrotado em 2012 e 2016, o candidato vê agora forte chance de ao menos chegar ao segundo turno, coisa que nunca aconteceu. Nos pleitos anteriores, ele também começou no topo das pesquisas, mas se envolveu em controvérsias que o derrubaram, como a proposta de tarifa de transporte proporcional.

O parlamentar, conhecido pela bandeira da defesa do consumidor, alcançou 29% das intenções de voto na pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (24), à frente do candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), que ficou em segundo lugar, com 20%.

Na TV e no rádio, Russomanno terá cerca de 8% do tempo de propaganda gratuita, menos do que quatro oponentes.

O apoio de Bolsonaro ao seu nome é um dos fatores que fazem o postulante e seu entorno considerarem que “chegou a vez” dele. Assim, o trabalho agora seria apenas cultivar um terreno seguro e usufruir da condição confortável de líder.

O Datafolha mostrou, contudo, que 64% dos moradores de São Paulo dizem que não votariam de jeito nenhum em alguém indicado pelo presidente –ele é rejeitado por 46% dos paulistanos.

Ainda não está claro se Bolsonaro entrará de cabeça na campanha no primeiro turno, mas ele já disse que poderá se envolver na disputa municipal em São Paulo e em outras cidades (citou Santos e Manaus) se for para ajudar a derrotar oponentes comuns.

Aliados de Russomanno dão como certa a participação de Bolsonaro em um eventual segundo turno, principalmente se o rival for Covas, apoiado pelo governador João Doria –tucano que é um dos adversários do bolsonarismo e cada dia mais candidato a concorrer à Presidência em 2022.

A blindagem ao candidato do Republicanos, no cálculo de assessores, o ajudará a atravessar as próximas semanas sem percalços para garantir o lugar no segundo turno. Sua ida aos debates na TV, por exemplo, é incerta. Não se descarta a ideia de que ele não compareça a todos os embates com outros postulantes.

Nesse ponto aparece novamente uma analogia com a facada que Bolsonaro sofreu em Juiz de Fora (MG), fato que praticamente selou sua ida ao segundo turno. Com o atentado, adversários amenizaram ataques a ele e perderam a oportunidade de confrontá-lo nos debates.

Por esse raciocínio, o deputado será beneficiado se conseguir emular na eleição paulistana o “efeito facada”, isto é, obter as vantagens de um recolhimento em meio à guerra eleitoral -com a diferença de que Bolsonaro foi vítima de algo imprevisto e que quase lhe tirou a vida.

Outro pilar da eleição de Bolsonaro foi a comunicação feita prioritariamente por redes sociais, apostando no diálogo direto com os eleitores, tática que já está em curso na campanha de Russomanno.

Com um amplo histórico de pontos negativos explorados pelos inimigos, o líder das pesquisas tenta neutralizar controvérsias e acusações.

Sua equipe já fez uma listagem de quais polêmicas e vídeos antigos do deputado seriam rememorados. Segundo aliados, a ideia é mapear tudo o que ele respondeu de forma equivocada ou intempestiva no passado para rebater com um discurso sereno e em tom de humildade.

“Agora, Russomanno reconhece seus erros e pede desculpas. Ele vem fazendo isso por meio de vídeos nas redes sociais. Faz parte da estratégia de polimento da imagem não deixar ataques sem contestação, mas fazer isso por meio de falas pensadas, e não em respostas atravessadas a jornalistas ou oponentes.

O próprio parlamentar tem retomado vídeos que voltaram a circular nas redes e justificado suas atitudes. Fez isso com uma gravação antiga dele entrevistando mulheres no Carnaval e outra, publicada pela candidata Joice Hasselmann (PSL), em que declarava apoio a Dilma Rousseff (PT).

Bottas vence GP da Rússia, e Hamilton tem recorde adiado após levar punição

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Em uma corrida marcada por uma punição a Lewis Hamilton, o finlandês Valtteri Bottas venceu neste domingo (27) o GP da Rússia, em Sochi, e impediu o companheiro de Mercedes de igualar o recorde de vitórias de Michael Schumacher na Fórmula 1.

O britânico terminou na terceira colocação, atrás também do holandês Max Verstappen (Red Bull), e tentará novamente chegar a 91 vitórias na carreira daqui duas semanas, na Alemanha.

Hamilton largou na pole, mas na oitava volta teve uma punição anunciada por ter treinado largada em lugar proibido antes da volta de alinhamento no grid. Ele precisou cumprir 10 segundos nos boxes por ter cometido a infração por duas vezes.

Hamilton cumpriu a punição na 17ª volta, quando liderava a corrida, e voltou na 11ª colocação. A reação, porém, não foi suficiente para colocá-lo na briga pela vitória. Bottas controlou o ritmo e venceu com folga, com Verstappen garantindo a segunda colocação sem sustos.

No Mundial de Pilotos, Hamilton continua na liderança, com 205 pontos. Bottas tem 160. A pontuação não contempla o ponto extra pela volta mais rápida, ainda não confirmada.

A corrida em Sochi marcou também a segunda vez que a Fórmula 1 recebeu público neste ano de pandemia. Na primeira vez, na Toscana (Itália), foram permitidas 3 mil pessoas. Em Sochi, houve autorização para 30 mil pessoas.

O próximo GP ocorrerá no dia 11 de outubro, em Nurburgring, na Alemanha.

HAMILTON AMEAÇADO

A punição recebida hoje pressiona Lewis Hamilton em relação a novos erros. O piloto da Mercedes chegou a 10 pontos acumulados e, se tomar mais dois até o meio de novembro, será suspenso de uma corrida.

No sistema da F1, um piloto fica fora de uma prova se acumular 12 pontos de punição em sua licença ao longo de um ano. A contagem atual de Hamilton começou no GP do Brasil do ano passado, em 17 de novembro, quando ele recebeu dois pontos. Desde então, foram mais oito pontos recebidos em quatro outras provas, incluindo os de hoje na Rússia.

RAIKKONEN IGUALA RECORDE DE BARRICHELLO

A corrida também teve o piloto finlandês Kimi Raikkonen igualando hoje o recorde de Rubens Barrichello. Agora, os dois têm 322 largadas cada na história da Fórmula 1. Barrichello se despediu da Fórmula 1 em 2011.

Já Kimi Raikkonen, que está com 40 anos, está em sua 18ª temporada na categoria e negocia a permanência para a próxima.

Na próxima temporada, os recordistas serão ameaçados por Fernando Alonso, que tem 311 largadas na carreira e estará de volta ao grid por pelo menos mais dois anos.

Veja como terminou a corrida
1 – Bottas
2 – Verstappen (+7s7)
3 – Hamilton (+22s7)
4 – Perez (+30s5)
5 – Ricciardo (+52s)
6 – Leclerc (+62s1)
7 – Ocon (+68s)
8 – Kvyat (+68s7)
9 – Gasly (+89s7)
10 – Albon (+97s8)
11 – Giovinazzi (uma volta)
12 – Magnussen (uma volta)
13 – Vettel (uma volta)
14 – Raikkonen (uma volta)
15 – Norris (uma volta)
16 – Latifi (uma volta)
17 – Grosjean (uma volta)
18 – Russell (uma volta)
19 – Carlos Sainz Jr (não terminou)
20 – Lance Stroll (não terminou)

Fundação de Saúde lamenta morte do médico Dr. João Roque por Covid-19

A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro divulgou neste domingo (27) nota de pesar pelo falecimento do cardiologista João Roque Freitas Cordeiro, vítima de Covid-19.

O profissional chegou a trabalhar no hospital de campanha montado pelo município nesta pandemia, mas ele já não atendia mais no hospital quando foi infectado pelo coronavírus.

Cordeiro era plantonista na UPA da 29 e residia em Araras, onde também estava internado.

Jornal Cidade RC
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