Vigilância Sanitária estadual autua festa irregular com 250 pessoas em Americana

A fiscalização realizada pela Equipe de Vigilância Sanitária estadual flagrou e autuou uma festa irregular na madrugaa deste domingo (27), no município de Americana, que reunia cerca de 250 pessoas.

O estabelecimento e a festa descumpriram as determinações do Plano São Paulo, que aumentou as restrições durante este feriado com a vigência extraordinária da Fase Vermelha, além das normas sanitárias. Além da falta de distanciamento social, consumidores foram flagrados sem máscara de proteção facial mesmo sem estar consumindo bebidas e alimentos.

Com o descumprimento das regras, o estabelecimento e os responsáveis pela organização da festa foram autuados com base no Código Sanitário, que prevê multa de até R$ 276 mil. Pela aglomeração de pessoas e a falta do uso de máscara, a multa é de R$ 5 mil.

Aumento de casos

No dia 22 de dezembro, o Governo de São Paulo apresentou novas medidas restritivas à atividade econômica não essencial para conter o avanço da pandemia no Estado. Com todas regiões em alerta e devido à evolução de casos, internações e mortes em decorrência da COVID-19, São Paulo optou por endurecer as medidas neste período de final de ano, determinando o cumprimento das regras da Fase Vermelha do Plano São Paulo entre os dias 25 e 27 de dezembro. O mesmo deverá ocorrer entre os dias 1º e 3 de janeiro, feriado de Ano Novo.

Dados divulgados pela Secretária de Estado da Saúde mostram o aumento dos casos e mortes por coronavírus. Balanço de hoje (27) da pasta mostra que o número de novos casos de COVID-19 registrados nos últimos 30 dias superou em 52% o total de confirmados nos 100 primeiros dias da pandemia.

Entre 27 de novembro e 27 de dezembro, foram 196.909 novos casos. A primeira confirmação de COVID-19 no país ocorreu em 26 de fevereiro, em São Paulo, e a marca dos 100 dias iniciais de pandemia foi atingida em 4 de junho, quando o estado registrou 129,200 casos.

Balanço

A Vigilância Sanitária estadual já realizou mais de 110 mil inspeções e 1,2 mil autuações desde 1º de julho até a primeira quinzena do mês de dezembro.

Além das ações de campo programadas, a fiscalização também pode ser feita por denúncia, que podem ser feitas pelo telefone 0800-771-3541, disque-denúncia da Vigilância Sanitária do Estado. A ligação é gratuita.

Vacinas têm ingredientes que vão de açúcar a estabilizante

GABRIEL ALVES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

O novo coronavírus é uma bolotinha espetada de cerca de 100 nanômetros de diâmetro (menos de um milésimo da espessura de um fio de cabelo) composta essencialmente de proteínas, material genético e, no caso do Sars-CoV-2, lipídios. Para fazer uma vacina, é preciso pegar emprestado do patógeno ao menos uma dessas partes.
A maneira mais fácil é usar o pacote completo, ou seja, fabricar um montão de partículas virais, matar esses vírus e injetá-los na pessoa a ser imunizada. Essas são as vacinas inativadas, como a Coronavac, desenvolvida pela parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, em São Paulo. Um método parecido é usado para fazer a vacina contra a gripe.
Nesse processo, o vírus produzido em laboratório é tratado quimicamente com uma solução de formaldeído (formol), que o mata sem destruir a estrutura. Isso permite que, uma vez no organismo, ele possa ser reconhecido pelo sistema imunológico, o que desencadeia a formação da memória imunológica. Com isso, o organismo pode responder com maior eficiência a uma infecção real.
Enquanto os vírus para a vacina contra a gripe são produzidos a partir da infecção de ovos de galinha, os da Coronavac se multiplicam em células do tipo Vero. Essas células foram coletadas na década de 1960 do rim de um macaco africano do gênero Chlorocebus e são cultivadas em laboratório desde então.
Além do vírus inativado, a seringa da vacina também contém água, alguns sais, estabilizantes e o adjuvante hidróxido de alumínio, que tem o papel de amplificar a resposta imunológica do organismo.
Já a proposta das farmacêuticas Pfizer, em parceria com BioNTech, e Moderna vai em outra direção. Aqui a grande estrela é o material genético do vírus, feito de RNA.
Uma das explicações para a rapidez de produção e de testes dessas vacinas é que elas são feitas com síntese química, sem depender de organismos vivos, como no caso das vacinas inativadas.
A tecnologia, que até então não tinha sido empregada em vacinas destinadas a humanos, consiste em usar um segmento do material genético do vírus, no caso o responsável pela síntese de uma proteína, a S, da espícula, estrutura responsável pela ligação do vírus a células do trato respiratório e posterior invasão.
Felizmente nesse caso também não é possível que o vacinado desenvolva a doença, já que não há informação para fabricar um vírus inteiro.
Esse RNA é envolvido em uma pequena bolha de lipídios, nanopartículas especialmente desenvolvidas e reunidas para terem duas características: conservar a integridade do RNA e permitir, após a injeção, o “delivery” do RNA diretamente para o interior das células da pessoa.
A injeção das vacinas de RNA contém outras moléculas importantes, como o polietilenoglicol, que permite vida mais longa para o RNA nanoencapsulado dentro do organismo humano, preservando o potencial da vacina. A sacarose, também presente, ajuda na estabilidade e integridade em diferentes temperaturas.
É preciso que o conteúdo do frasco da vacina da Pfizer seja diluído com solução salina 0,9%, também utilizada para infusão de medicamentos, limpeza de feridas, irrigação nasal e lavagem de lentes de contato, por exemplo.
Na encrespada negociação entre Pfizer e governo federal, um dos pontos divulgados era o de que a farmacêutica não fornecia o diluente e que não poderia se responsabilizar por reações adversas.
Entre vacinados pelo imunizante da Pfizer, houve casos de reação anafilática (que pode incluir dificuldade para respirar, inchaço e outros sintomas), mas é improvável que a culpada seja a solução salina.
No citoplasma, o interior da célula, o RNA é lido e, com base em suas instruções, são fabricadas as proteínas virais que alertam o sistema imunológico e o preparam para lidar com eventual infecção.
Não há risco de alteração do genoma humano por dois motivos: o primeiro é que o RNA nem chega ao núcleo da célula, onde os cromossomos, que contêm nossa informação genética, ficam armazenados; o segundo é que nossa informação genética é codificada como DNA, e não RNA.
As vacinas do consórcio Oxford-AstraZeneca e do Instituto Gamaleya, na Rússia, sim, usam DNA. Mas trata-se de uma versão encapsulada do material genético do Sars-CoV-2 dentro de um outro tipo de vírus, o adenovírus.
Nesses casos, o objetivo também é produzir a famigerada proteína S e ativar o sistema imunológico. O vírus em questão é chamado de “recombinante”, já que combina informações genéticas de diferentes origens –a própria do adenovírus e aquela introduzida pelos cientistas.
A grande vantagem em relação às vacinas de RNA é o preço e o armazenamento em geladeiras convencionais, em vez de freezers a -20°C (vacina da Moderna) ou -70°C (Pfizer).
Entre os componentes desse tipo de vacina estão estabilizantes, com o polisorbato 80 (também usado em sorvetes), além de moléculas muito usadas em medicamentos e outras vacinas, que ajudam a preservar as partículas virais intactas, seja mantendo o pH da solução ou a concentração de íons na solução.

Rapaz de 29 anos morre durante partida de futebol em Araras

Ramon Rossi

Um homem de 29 anos identificado como Fabiano Fernandez Monteiro morreu após sofrer um infarto durante uma partida de futebol na noite do último sábado (26), em Araras.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado para atendimento no campo de futebol do Veloso Sport Center, região nordeste da cidade.

Informações preliminares dão conta que o jogador foi reanimado pelos socorristas, mas não resistiu. A equipe da qual ele fazia parte lamentou o ocorrido.

 “Difícil escrever quando perdemos uma pessoa especial. Mais que um amigo, um irmão. A família Ceab está de luto. Uma pessoa sensacional. Sem palavras. Que Deus receba você de braços abertos e que venha confortar sua família”, dizia o post no Facebook.

Hoje é dia: chegada do celular no Brasil completa 30 anos

Agência Brasil

O que era aquele aparelho grande colado ao ouvido e à boca das pessoas? Há 30 anos, os primeiros 700 equipamentos seriam habilitados no Brasil para uma das mais revolucionárias mudanças no ramo das telecomunicações, o telefone celular. A primeira chamada, no Rio de Janeiro, em 30 de dezembro de 1990, era só a ligação pioneira para as infinitas interconexões que essa evolução tecnológica provocaria. O mundo nunca mais seria o mesmo. Hoje, no Brasil, tem mais celular do que gente. Os benefícios e os prejuízos do equipamento são temas de reportagens nos diferentes veículos da Empresa Brasil de Comunicação. Fazer ligação virou só um detalhe.

O equipamento é a principal forma de os brasileiros entrarem na internet, como mostra reportagem da Agência Brasil. Até 2019, três em cada quatro brasileiros tinham acesso à internet e a telinha menor era a responsável pela maior parte dos acessos. Mais do que isso: para a maior parte das pessoas (59%) o acesso à rede ocorria exclusivamente pelo telefone. Além de ser uma ferramenta de informação e entretenimento, o celular traz possibilidades de inclusão, com os aplicativos.

O medo de ficar sem celular tem até nome: nomofobia. Ouça reportagem da Rádio Nacional em que especialistas explicam esse transtorno.

Até o Papa Francisco já falou sobre esse assunto. O puxão de orelha: as famílias devem guardar o celular quando estiverem fazendo refeições. Celular é importante, mas nada substitui uma boa conversa olho no olho.

Daae faz reparo emergencial em adutora na Avenida Brasil

O Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) de Rio Claro está fazendo, desde às 6 horas deste domingo  (27), reparo emergencial em adutora que se rompeu na Avenida Brasil, em frente ao supermercado Paulistão.

Para realizar os serviços, foi necessário interromper temporariamente o abastecimento de água, ocasionando baixa pressão ou interrupção temporária no fornecimento de água em imóveis  dos bairros Cervezão, Santa Maria, Jd. Progresso, Jd. das Flores, São José e São Jorge.

A previsão inicial para conclusão dos trabalhos é final da manhã deste domingo  (27) e o abastecimento nos bairros deve ser normalizado gradativamente no período da tarde.

O Daae orienta que os consumidores façam uso racional da água e reforça a importância de terem caixa d’água em seus imóveis, o que reduz transtornos em casos como este.

Assim que retomado o abastecimento, serão realizadas descargas na rede. Podem haver situações pontuais de cor escura na água, que devem ser relatadas ao Daae pelo telefone 0800-505-5200, em ligações de telefone fixo. 

O Daae informa ainda que ao restabelecer o abastecimento há um aumento temporário na pressão, o que pode deixar a água com um aspecto “esbranquiçado”. Neste caso, a água está apenas cheia de ar, podendo ser utilizada normalmente.

Laudo da polícia do Rio aponta que ex-marido deu 16 facadas para matar juíza

JÚLIA BARON
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) –

A juíza Viviane Arronenzi, 45, sofreu 16 cortes e perfurações a faca ao ser morta pelo ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi, 52, na última quinta (24), véspera de Natal. Parte dos golpes foi desferida na cabeça, aponta o laudo de exame cadavérico do IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro.
As informações foram divulgadas pelo jornal “O Globo” e confirmadas pela reportagem com pessoas ligadas à investigação. O crime ocorreu na frente das três filhas do casal, com idades de 7 a 9 anos, à luz do dia, em uma das avenidas mais movimentadas da Barra da Tijuca, na zona oeste carioca.
Segundo os peritos, Viviane morreu imediatamente após um corte na jugular, impossibilitando o socorro. Também há ferimentos na sua mão esquerda, o que indica que ela pode ter tentado se defender, e nas suas costas, mas pelo exame não é possível afirmar se ocorreram antes ou depois de ela cair.
O laudo ainda mostra que o corpo trazia equimoses (manchas roxas na pele) e escoriações nas costas e no ombro esquerdo, sugerindo que talvez ela tenha sido arrastada pela calçada. Viviane foi cremada na manhã deste sábado (26) após um breve velório no Cemitério da Penitência, no Caju, zona portuária do Rio.
A grande quantidade de golpes e as três facas encontradas no carro de Paulo José reforçam a hipótese dos investigadores de que o crime foi premeditado, apesar de a arma usada ainda não ter sido achada. Ele ficou parado no local até a chegada de guardas municipais, quando foi preso em flagrante por feminicídio.
O engenheiro não ofereceu resistência ao ser preso. Ele foi encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital, no mesmo bairro, onde decidiu ficar em silêncio. Nesta sexta-feira (25), sua prisão foi convertida em preventiva e ele foi transferido para um presídio.
Um vídeo gravado por uma testemunha está sendo analisado pela polícia e mostra as filhas do casal gritando, em desespero, “por favor, para”. Viviane levava as crianças para passarem o Natal com o pai, que já havia sido enquadrado na Lei Maria da Penha após a juíza fazer um registro de lesão corporal e ameaça em setembro.
Ela chegou a ter escolta policial concedida pelo Tribunal de Justiça do RJ, mas posteriormente assinou um termo dispensando a proteção. Uma ex-namorada de Paulo José Arronenzi também já havia feito registro contra ele em 2007, porque estaria sendo importunada após o fim do relacionamento.
Segundo a associação de magistrados do estado (Amaerj), Viviane era juíza havia 15 anos. Atualmente trabalhava na 24ª Vara Cível da Capital, mas já tinha atuado na 16ª Vara de Fazenda Pública.
Diversos órgãos e personalidades emitiram nota lamentando o episódio, como o ministro Luiz Fux, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a Amaerj, a AMB (Associação dos Magistrados do Brasil), o TJ-RJ, o Ministério Público estadual e a Defensoria Pública.

Fiscalização interdita bar e boates em SP

MARIANA FREIRE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –

Duas boates e um bar foram interditados na madrugada de sábado (26) na capital paulista pela Operação Conjunta de Fiscalização de Festas Clandestinas, que reúne PM (Polícia Militar), GCM (Guarda Civil Metropolitana) e Vigilâncias Sanitárias do município e do estado. Nos três locais, havia cerca de 2.800 pessoas irregularmente.
As boates ficam no Campo Belo (zona sul) e no Butantã (zona oeste), e o bar funcionava na Vila Maria (zona norte). Segundo a prefeitura, dez denúncias de aglomeração foram checadas durante a noite de sexta-feira (25) e a madrugada de sábado.
Desde sexta-feira e até domingo (27), o estado, inclusive a capital, está na fase vermelha do Plano São Paulo – a classificação mais restritiva da quarentena – devido ao aumento no número de casos e mortes pela Covid-19. Nessa fase, só estabelecimentos essenciais podem funcionar. O atendimento presencial em bares e a realização de festas estão proibidos.
As pessoas que estavam nas festas e no bar foram instruídas a deixar os locais. Segundo a prefeitura, a dispersão aconteceu pacificamente.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), os funcionários e o proprietário da boate no Campo Belo fugiram após a chegada dos agentes. O local passará por perícia. O caso foi registrado no 27º DP (Campo Belo) como infração de medida sanitária preventiva e associação criminosa.
Da festa do Butantã, um gerente e um eletricista de casa noturna foram detidos por guardas-civis e levados ao 14º DP (Pinheiros). O gerente foi indiciado também por infração de medida sanitária preventiva e associação criminosa a assinou termo circunstanciado.
Vigilância autua evento irregular em Santo André Também na madrugada do sábado, uma fiscalização da Vigilância Sanitária estadual em Santo André resultou na autuação de um estabelecimento que descumpria as determinações do Plano São Paulo.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o local funcionava com cerca de 60 pessoas no interior sem respeitar a norma de distanciamento. Também havia pessoas sem máscara – mesmo sem consumir alimentos ou bebidas.
De acordo com a secretaria, o local foi autuado por funcionar em data não permitida pelo Plano São Paulo e está sujeito a multa de até R$ 276 mil. O local também foi autuado por permitir aglomeração e a presença de pessoas sem máscaras. A multa pelas infrações pode ser de R$ 5 mil.
Um bar em Guarulhos também foi autuado por funcionamento irregular na noite de sexta-feira.

Excesso de videoconferências afeta a saúde mental, dizem psiquiatras

Agência Brasil

No contexto da pandemia do novo coronavírus (covid-19) e do isolamento imposto para conter a disseminação da covid-19, aumentou o uso das plataformas online de videoconferência como forma de manter o contato social entre as pessoas. Mas o excesso de encontros virtuais acabou produzindo uma espécie de “fadiga do zoom”, segundo identificou a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Para mostrar o impacto das videoconferências na saúde mental dos brasileiros, a ABP realizou a primeira pesquisa sobre o tema no período de 14 de agosto a 21 de novembro. A sondagem revela a elevação das queixas de pacientes sobre o excesso de trabalho por videoconferências nos últimos cinco meses, recebidas por 56,1% dos psiquiatras associados da ABP entrevistados. 

“Os pacientes relataram que a “fadiga do zoom” é um fato na vida delas, que elas de fato aumentaram o trabalho via teleconferência e adoeceram, precisaram de ajuda”, disse à Agência Brasil o presidente da ABP, Antonio Geraldo da Silva.

O levantamento foi feito junto aos psiquiatras associados da ABP que atendem no Sistema Único de Saúde (SUS), no sistema privado e suplementar, e mostrou também que 63,3% deles perceberam um aumento de prescrição de psicotrópicos (remédios controlados) para tratar pessoas que tinham a queixa de excesso de trabalho por videoconferência. Os médicos associados da ABP notaram ainda a elevação de 70,1% da necessidade de prescreverem psicoterapia para seus pacientes também com essa fadiga.

Fato novo

“É uma situação nova, é um fato novo. Mas estamos percebendo que há um cansaço das pessoas em usar a videoconferência, porque ela retira de você toda privacidade, aumenta sua carga de trabalho e sua carga de descanso fica comprometida e isso é, realmente, adoecedor”, disse Silva. 

De acordo com o presidente da ABP, as pessoas passaram a trabalhar em casa e os horários rotineiros foram rompidos. “Os chefes passaram a entender que as pessoas estão disponíveis 24 horas”. No teletrabalho, muitas vezes, as pessoas entram em uma videoconferência às 8h e saem somente ao meio-dia”, disse Silva. “Houve uma perda dos limites relacionais”.

Na avaliação do presidente da ABP, o cuidado com a saúde mental da população deve ser abrangente e direcionado a todos para haver uma mudança de pensamento e comportamento. Enfatizou que as preocupações com a onda de consequências à saúde mental derivadas da pandemia permanecem com tendência ascendente. 

Segundo Silva, a agenda da saúde mental “é urgente e será um dos pilares para o bom enfrentamento às demais consequências trazidas pela pandemia. A saúde mental é a chave para enfrentarmos o cenário atual e seus desdobramentos”.

A ABP estima que há 50 milhões de pessoas com algum tipo de doença mental no Brasil. O país engloba o maior número de pessoas com casos de transtornos de ansiedade do mundo. São cerca de 19 milhões de casos, que correspondem a 9% da população. Além disso, o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo e o primeiro na América Latina em pessoas com quadros depressivos.

Filtro

Na avaliação do psiquiatra Jorge Jaber, da Associação de Psiquiatria do Estado do Rio de Janeiro (Aperj), o excesso de informações pode provocar um certo cansaço mental. Ele recomenda que as pessoas utilizem um filtro, uma seleção das fontes, buscando instituições tradicionais para obter conhecimento ou tirar dúvidas.

Sobre prescrição de remédios, Jaber vê uma tendência comum nos pacientes psiquiátricos de conseguir mais receitas do que seria necessário. Neste momento de pandemia, ele atribui esse movimento a três fatores: o custo muitas vezes inacessível das consultas; a redução da capacidade do atendimento público aos pacientes psiquiátricos; e o receio do paciente de não ter o remédio à mão, em um momento de crise.

Prefeitura do Rio anuncia mais medidas restritivas para o final do ano

Agência Brasil

A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou neste sábado (26) novas medidas restritivas para desestimular aglomerações na orla e preservar vidas durante a festa da virada do ano. Uma das medidas proíbe a queima de fogos em toda a orla da cidade, incluindo a rede hoteleira, desde a meia-noite do dia 31 deste mês até as 7h do dia 1º de janeiro de 2021.

O bloqueio de estacionamento na orla e ruas no entorno começará a partir do dia 31 de dezembro. Será feito também bloqueio da circulação de transporte público para acesso a Copacabana, na zona sul da cidade, e Barra da Tijuca, na zona oeste, a partir das 20h do dia 31.

Serão montadas barreiras de fiscalização nos limites do município, para impedir o acesso de ônibus, micro-ônibus e vans de fretamento à cidade do Rio de Janeiro, a partir do primeiro minuto do dia 31 até as 6h do dia 1º de janeiro.

Som

Os quiosques da orla poderão funcionar, desde que sem venda de ingressos, sem cercados e sem apresentações de shows e instrumentos sonoros. O uso de equipamentos de som será proibido em toda a extensão da orla a partir da meia-noite do dia dia 31 até as 6h do dia 1º de janeiro. No mesmo período, ficará proibida a permanência de barraqueiros em ponto fixo, tanto na areia da praia quanto no calçadão.

O prefeito em exercício, Jorge Felippe, ressaltou que as medidas objetivam “a preservação da vida e da saúde; ninguém desconhece a gravidade da covid-19. Exige dos homens públicos medidas austeras e, com certeza, vamos encontrar por parte da população a solidariedade, o empenho e a responsabilidade necessários para que possamos evitar o aumento do contágio na cidade”.

O plano operacional sobre as medidas será apresentado em coletiva de imprensa na segunda-feira (28), às 16h, no Palácio da Cidade.

Merenda

O prefeito em exercício determinou ainda hoje (26) o pagamento prioritário, na próxima semana, da recarga dos cartões Kit Merenda dos alunos da Rede Municipal de Ensino. Os cartões dos 643 mil estudantes da rede deveriam ter sido recarregados no último dia 24 mas, devido à insuficiência orçamentária, os pais e responsáveis dos estudantes acabaram não recebendo o crédito no valor de R$ 54,25, utilizado para a compra de gêneros alimentícios.

Tão logo foi informado da situação, Jorge Felippe declarou que a recarga será uma prioridade. Segundo destacou, “não há hipótese de os alunos ficarem sem esse crédito. A alimentação dos estudantes é fundamental, e está como minha prioridade nesta semana que entra”. Os responsáveis pelos estudantes serão previamente avisados, logo que a recarga for realizada, disse o prefeito em exercício.

Desde o início da pandemia, a Secretaria Municipal de Educação distribuiu mais de 2,6 milhões de Kits Merenda, entre cartões e cestas básicas, para os estudantes da rede de ensino.

Brasil registra 17.246 novos casos e 307 mortes por covid-19

Agência Brasil

O Ministério da Saúde divulgou neste sábado (26) novos números sobre a pandemia do novo coronavírus (covid-19) no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem 7.465.806 casos confirmados da doença e 190.795 mortes registradas. Os casos recuperados somam 6.475.466. 

Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 17.246 novos casos e 307 mortes. 

Situação epidemiológica da covid 19 no Brasil/26.12.2020
Situação epidemiológica da covid 19 no Brasil – Ministério da Saúde

O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 1.423.340 e 45.808 mortes. Em seguida estão Minas Gerais (522.331 casos e 11.585 óbitos), Bahia (482.113 casos e 8.983 óbitos) e Santa Catarina (478.242 casos e 5.007 óbitos). 

De acordo com o Ministério da Saúde, 2.356 casos estão em investigação. 

Rio Claro registra 14 novos casos de coronavírus

Rio Claro registrou 14 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, conforme boletim divulgado neste sábado (26). O município totaliza 6.359 casos, com 5.773 pacientes recuperados e 163 óbitos.

O município de Rio Claro tem 404 pacientes em isolamento domiciliar e 42 hospitalizados, sendo 19 em leitos públicos e 23 em leitos particulares. Dos 42 internados, 15 estão em unidades de terapia intensiva.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população para que mantenha os cuidados preventivos, com uso de máscara, distanciamento social e higienização.

Araras confirma mais uma morte e chega a 90 óbitos em decorrência da covid-19

A Vigilância Epidemiológica de Araras confirmou mais uma morte em decorrência da covid-19 e, com ela, a cidade chega a 90 óbitos relacionados à doença desde o início da pandemia, em março deste ano. O paciente estava internado e faleceu neste sábado (26).

Segundo o último balanço epidemiológico, Araras registra 5.937 casos confirmados da doença provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Entre os ararenses que testaram positivo, há 15 internados atualmente – 3 deles na UTI e 12 na enfermaria covid, somando dados da Santa Casa de Misericórdia e do Hospital Unimed. Há ainda outros 4 pacientes internados aguardando resultado de exame para diagnóstico do caso.

O novo coronavírus tem transmissão comunitária em Araras desde abril, ou seja, não é mais possível determinar como aconteceu o contágio dos pacientes.

Jornal Cidade RC
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