Advogado fala sobre compras pela internet no Dia do Consumidor
No Dia do Consumidor, comemorado nesta segunda-feira (15), o advogado Thiago Falcão orienta sobre compras pela internet neste período de pandemia. Veja!
No Dia do Consumidor, comemorado nesta segunda-feira (15), o advogado Thiago Falcão orienta sobre compras pela internet neste período de pandemia. Veja!
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que não descarta endurecer ainda mais as restrições no estado para conter o avanço da Covid-19 caso a atual fase emergencial não dê resultados. Segundo Doria, a fase mais aguda de restrições seria um lockdown (confinamento).
O governador não especificou como seria o confinamento em São Paulo e disse que as decisões são tomadas pelo Centro de Contingência do Coronavírus, formado por mais de 20 médicos e cientistas.
“Não hesitaremos em adotar todas as medidas que forem necessárias para proteger a população de São Paulo. A população precisa seguir as orientações dos médicos para se protegerem, ficarem em casa e respeitarem esse período da fase emergencial para que não tenhamos que adotar restrições mais duras se não tivermos recrudescimento dos índices de infecção no estado”, afirmou o governador.
A fase emergencial teve início nesta segunda-feira (15) e deve ir até o dia 30 de março. Mais dura que a etapa vermelha, a emergencial impõe um toque de recolher das 20h às 5h, entre outras restrições. O governador fez as declarações ao acompanhar a liberação de um lote de 3,3 milhões de doses da Coronavac. As imunizações serão entregues ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde para serem distribuídas entre os estados.
Desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, a Coronavac é processada e envasada pelo Instituto Butantan através de um acordo entre o governo de São Paulo com a empresa.
Doria criticou as manifestações feitas no domingo (14) em diversas cidades brasileiras em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra as restrições nos estados. O governador chamou os atos de manifestações pela morte.
Adotadas em diversas regiões do mundo, as quarentenas rígidas impedem o contato social e, como consequência, derrubam as taxas de transmissão dos vírus respiratórios. Ações do tipo são adotadas há mais de um século para impedir avanço de doenças infecciosas.
3Com a entrega a remessa desta segunda, o total de unidades da Coronavac repassadas pelo governo de São Paulo ao ministério chega a 20,6 milhões. Os envios começaram em 17 de janeiro. Segundo o governo do estado, até o fim de abril o Instituto Butantan deve entregar 46 milhões de doses da vacina. Até o fim de agosto, o total deve chegar aos 100 milhões contratados pela pasta.
Na próxima quarta-feira (17), mais 2 milhões de doses do imunizante devem ser entregues ao Ministério da Saúde.
De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, a primeira dose da Coronavac é suficiente para impedir mortes pela Covid-19. A vacina é aplicada em duas doses com um intervalo de 28 dias entre elas.
A especialista da Zaros Escola de Negócios, Samia Cruañes Dias, fará, nesta quarta-feira (17), uma palestra gratuita com o tema: “Você é maior que a pandemia”.
O evento, online, será às 19h. Para participar, basta fazer a inscrição pelo link: https://forms.gle/rxdeVztxEkSsaYeT7.
“Venha descobrir o quanto você pode ser forte para vencer essa pandemia e mais essa fase roxa”, diz a palestrante.
A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Claro anunciou por volta das 11 horas desta segunda-feira (15) que pessoas com 75 anos também podem tomar a vacina contra a Covid nesta segunda-feira (15).
Inicialmente a vacinação nesta segunda-feira (15) era para pessoas com 76 anos ou mais. Mas diante da baixa procura pela vacina, o município resolveu ampliar a faixa etária.
Quem por algum motivo ainda não recebeu a segunda dose agendada, também deve comparecer nas unidades de saúde nesta segunda-feira (15) para ser vacinado.
A Secretaria Municipal de Saúde alerta quem for tomar a vacina para que evite os locais com maior número de pessoas, como a UBS da 29. Para ser vacinada a pessoa deve apresentar cartão SUS, CPF, RG e a carteira de vacinação.
A vacinação é feita nas quatro unidades básicas de saúde e nas 16 unidades de saúde da família. A secretaria de saúde conta mais uma vez com o apoio dos hospitais São Rafael e Santa Filomena, atendendo pessoas conveniadas ou não.
O atendimento no São Rafael está sendo feito pela entrada do pronto-atendimento na Rua 1 entre as avenidas 15 e 19. Já a equipe do Santa Filomena realizará drive-thru no Shopping Rio Claro.
A lista com os endereços das unidades de saúde de Rio Claro que funcionam como posto de vacinação está no site saude-rioclaro.org.br.
João Arenna
Nesta semana o tema abordado será as expectativas para a área da REPRESENTAÇÃO COMERCIAL, um segmento muito importante para a sociedade, afinal é por meio dessa classe de profissionais que grande parte das empresas se comunica com o comércio e as empresas revendedoras e que, por fim seus produtos chegam até os consumidores.
Assim, esta Coluna tem o prazer de receber o Sr. SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ, ADMINISTRADOR DE EMPRESAS E DIRETOR-PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO – CORE-SP, para nos dizer o que espera para a categoria em 2021, respondendo à minha primeira pergunta:
– Sr. Sidney, em sua opinião como será o ano de 2021 para a área de Representação Comercial no Brasil?
As expectativas para 2021 são otimistas, pois mesmo durante a pandemia diversos segmentos mercantis ficaram aquecidos, como alimentos, materiais de construção, medicamentos, cosméticos, tecnologia, insumos industriais, dentre outros. Logo, houve expressivo aumento das vendas e fomento à representação, ao agenciamento e à intermediação de negócios entre os representantes comerciais e as empresas representadas. Acreditamos que, em 2021, haverá aumento do número de registrados no CORE-SP, em comparação à 2020, pois a profissão continua em alta no mercado de trabalho, conforme apontam institutos de pesquisas divulgados pelo LINKEDIN.
O otimismo seguramente é uma das características da área de vendas e, posso garantir que por ter trabalhado por mais de 10 anos com representantes é isso que os mantém firmes para sair todos os dias para intermediar negócios, estimulando assim a economia.
Agradeço a gentileza e participação do Sr. SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ, DIRETOR-PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO – CORE-SP, na minha coluna e desejo muito sucesso a ele e a todos os representantes comerciais do Brasil!
Caro leitor e leitora, gostou da informação?
Quer entender um pouco mais sobre as expectativas para o SETOR DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL segundo o Sr. SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ e o CORE/SP?
Para ouvir as 3 RESPOSTAS oferecidas pelo Sr. SIDNEY, basta acessar o complemento dessa entrevista!
No Instagram da Arenna Cursos Online|@oarennacursosonlinena, veja na íntegra a entrevista com o Sr. SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ, DIRETOR-PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO – CORE-SP.
A iniciativa do município de Iracemápolis, em abrir leitos de enfermaria para tratamento da covid-19, divulgada na última semana, pode resultar em uma grande parceria entre os municípios de Limeira, Iracemápolis, Cordeirópolis e Engenheiro Coelho, que fazem parte da Diretoria Regional de Saúde (DRS – 10).
No último domingo (14), a prefeita Nelita Michel recebeu secretários de saúde e autoridades destes municípios e está em curso um estudo para que Iracemápolis possa sediar um hospital de campanha. O atendimento ocorreria em parceria com as cidades da região.
Para a prefeita Nelita Michel, a palavra que define o momento é união. “Coloquei à disposição o espaço físico e iremos, juntos, buscar uma solução para que o atendimento às pessoas com covid-19 seja feito. Lembrando que é um estudo e depende dos municípios vizinhos para que isso aconteça”, cita.
Devido ao aumento das ocupações em leitos e avanço da doença, todos os municípios paulistas entram hoje na Fase Emergencial do Plano São Paulo. Para Nelita, a ampliação dos leitos é necessária para o cuidado com a saúde, o que é prioritário, e também para a economia. “Quanto mais rápido tratarmos essa questão, mais rápido podemos mudar de fase, ajudando a todos. Estamos juntos pela saúde, juntos pela economia e juntos pela vida”, destaca a prefeita.
De acordo com o coordenador de saúde, Juvenal Baptistella Chiocheti, a DRS articula junto ao Estado a transformação em hospital de campanha para atender à regional. Segundo ele, no encontro, os municípios vizinhos puderam conhecer a estrutura que Iracemápolis possui e foram definidas algumas ações. “Agora, cada município fará seus levantamentos necessários para a parceria como custos, logísticas e contratações e, na terça-feira, ocorre uma nova reunião para outras definições”, citou.
Iracemápolis acaba de criar cinco leitos em enfermaria e, caso o projeto do hospital de campanha avance, serão criados mais cinco leitos de UTI e dez de enfermaria.
Participaram do encontro ainda: o vice-prefeito Chicão Rossetti, o coordenador de Integração e governo, Silvio Sartori e o vereador Ralf Silva.
Secretários da Saúde de Limeira, Vitor Santos, e de Cordeirópolis, Jordana Cassetário.
A diretora da DRS 10 Regiane Portes Mendes, o prefeito de Engenheiro Coelho Zeedivaldo Alves de Miranda, o servidor Messias de Oliveira e o vereador Nei, todos representando o mesmo município.
Informações direto do plantão policial de Rio Claro com o repórter colaborador Gilson Santullo.
Informações do CEAPLA-UNESP de Rio Claro.
LUCIANO TRINDADE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus, o Campeonato Paulista e todas as atividades esportivas param em São Paulo a partir desta segunda-feira (15) em meio a indefinições sobre quando e como irá voltar.
Contabilizando um total de 2.202.983 de casos de Covid-19 e mais de 64 mil mortes pela doença no estado, além de uma taxa de 88,4% dos leitos de UTI ocupados, o governador João Doria (PSDB) endureceu as regras de reabertura da economia e determinou a interrupção das atividades esportivas no estado por um período inicial de 15 dias. Apenas treinos estão liberados.
A suspensão, no entanto, é contestada pela ampla maioria dos clubes paulistas e pela Federação Paulista de Futebol (FPF), que se reúne nesta segunda-feira pela manhã com representantes do governo do estado e do Ministério Público, que sugeriu a paralisação.
Em nota, a FPF afirmou que buscará na reunião encontrar “uma solução viável para adaptar as próximas rodadas da competição”, já que a não realização dos jogos impactaria fortemente no calendário do Estadual e do restante da temporada dos clubes.
Na mesma nota, a entidade máxima do futebol paulista diz categoricamente que o torneio não será realizado após o dia 23 de maio, data marcada para a final do Paulista.
Apesar da possibilidade de uma reversão total da proibição ser considerada remota, dirigentes dos clubes e a federação esperam pelo menos uma garantia do governo de que a paralisação não irá além do próximo dia 30.
Após a reunião com as autoridades, uma nova reunião será realizada à tarde com a presença de dirigentes da FPF e representantes dos clubes para definir um novo calendário para o Campeonato Paulista.
De acordo com a tabela do torneio disponível no site da Federação Paulista, 30 jogos de três rodadas (5ª, 6ª e 7ª) estavam previstas para o período que compreende a paralisação, incluindo o clássico entre Palmeiras e São Paulo, na quinta rodada. Jogos da Copa do Brasil e partidas das fases preliminares da Libertadores também serão afetados.
Na última sexta-feira (12), a CBF anunciou a transferência de dois duelos do mata-mata nacional que seriam disputados em São Paulo para fora do estado: Mirassol x Red Bull Bragantino, que será realizada em Cariacica (ES), e Marília x Criciúma, levado para Varginha (MG).
Levar jogos do Paulista para outros estados é uma das alternativas estudadas pela FPF para manter o campeonato dentro do período previsto e pressionar o governo por uma antecipação do retorno das partidas no estado.
Segundo o UOL, a federação pode transferir para o estádio Independência, em Belo Horizonte, o jogo entre Palmeiras e São Bento, atrasado da terceira rodada do Estadual, e que está marcado para a próxima quarta-feira (17).
Se a paralisação se mantiver, mais jogos podem ser realizados fora de São Paulo.
A federação e os clubes da Série A1 (primeira divisão paulista) alegam que seus atletas e funcionários passam diariamente por testes e avaliações clínicas nos centros de treinamentos e que as chances de transmissão do vírus durante as partidas são mínimas.
“A FPF e os clubes reiteram que o rigoroso Protocolo de Saúde da competição, aprovado e elogiado pelo Ministério Público e pelo Centro de Contingência do Coronavírus, oferece aos profissionais do futebol e a todos os funcionários dos clubes um nível de controle não encontrado em qualquer outra atividade econômica, com testagens seriadas e acompanhamento médico diário. Desde o reinício dos jogos no ano passado, foram mais de 35 mil testes realizados por árbitros, atletas, profissionais e funcionários dos clubes de São Paulo”, afirmou a federação em nota.
Isso não impediu, no entanto, que alguns times sofressem com surtos de Covid-19 durante o campeonato. No último clássico entre Corinthians e Palmeiras, por exemplo, no dia 3 de março, a equipe alvinegra teve oito desfalques de jogadores que receberam resultados positivo para o Sars-CoV-2 –o duelo disputado na Neo Química Arena terminou empatado em 2 a 2.
O município de Rio Claro apresenta novo recorde no número de pessoas internadas em unidades de terapia intensiva por Covid-19.
De acordo com boletim divulgado no final da tarde deste domingo (14), são 120 pacientes hospitalizados, sendo 67 em UTI (37 em leitos públicos e 30 em particulares).
Com o falecimento de um idoso, Rio Claro subiu para 235 o número de óbitos provocados pela doença.
A faixa etária de 21 a 40 é a que apresenta o maior número de casos de contaminação por coronavírus, com 4.095 de um total de 9.552 casos.
AGÊNCIA BRASIL – Primeira cidade a vacinar os moradores em massa contra a covid-19, Serrana (SP) encerra hoje (14) etapa de imunização. A população participa de estudo clínico do Instituto Butantan para medir a eficácia da CoronaVac contra a disseminação do novo coronavírus.

De acordo com o Instituto Butantan, neste domingo, estão sendo vacinados os últimos moradores do grupo azul, que tem a maior quantidade de moradores. A cidade, de 45,6 mil habitantes, foi dividida em quatro regiões de vacinação (verde, amarela, cinza e azul), dos quais cerca de 30 mil estão aptos a serem imunizados.
Na quarta-feira (17), a pesquisa entra em uma nova etapa, quando a população começa a receber a segunda dose da vacina. O cronograma seguirá o processo da primeira dose, começando pelos moradores da região verde e passando para as regiões amarela, cinza e azul.
Segundo o Instituto Butantan, as primeiras conclusões da pesquisa devem começar a ser divulgadas cerca de um mês após o encerramento da aplicação da segunda dose, ou seja, três meses após o início do estudo clínico. Como a vacinação em massa começou em 17 de fevereiro, os resultados devem sair em meados de maio.
Diferentemente do restante do país, onde o plano de vacinação imuniza primeiramente os grupos prioritários, em Serrana, toda a população adulta está recebendo a CoronaVac ao mesmo tempo. De acordo com o Butantan, um dos fatores que pesou na escolha da cidade para a realização do estudo foi a proximidade com Ribeirão Preto, onde trabalham diariamente cerca de um quarto dos moradores de Serrana.
A adesão ao estudo clínico foi voluntária. Todo morador com mais de 18 anos estava apto a ser vacinado, com exceção das grávidas, das lactantes e de pessoas com contraindicação médica.
DANIEL CARVALHO, NATÁLIA CANCIAN E RAQUEL LOPES – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Pressionado pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, o general Eduardo Pazuello pode deixar o ministério da Saúde nos próximos dias. Caso a troca se confirme, o país terá o seu quarto ministro em pouco mais de 12 meses do início da crise.
Conforme informou a coluna de Monica Bergamo, a cardiologista Ludhmila Hajjar, do Incor e da rede de hospitais Vila Nova Star, já desembarcou em Brasília para conversar com o presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de assumir a pasta.
A notícia da possível troca foi dada primeiro pelo site G1 e pelo jornal O Globo neste domingo (14). Segundo o diário carioca, o ministro pediu para sair alegando problemas de saúde.
Em nota nesta mesma tarde, o Ministério da Saúde afirmou que “o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil”. O texto, contudo, não cita prazos.
O chamado “centrão” redobrou a pressão sobre Bolsonaro pela saída do general e quer indicar alguém ao cargo. O governo entendeu o recado e, na noite de sábado (13), o presidente e ministros militares foram ao encontro de Pazuello para discutir a situação.
A cobrança se dá no momento em que a escalada da pandemia assume velocidade inédita no país. No sábado (13), o Brasil registrou o 15º dia seguido de recorde da média de mortes em sete dias, 1.824 e o 52º consecutivo com o patamar de mortes acima de mil por dia.
Na quarta (10), o consórcio de veículos de imprensa formado por Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 aferiu, com as secretarias estaduais de saúde, o recorde de registros de óbito em 24h de toda a pandemia: 2.349, número que extrapola em mortes todas as tragédias brasileiras.
Ainda no início da tarde deste domingo (14), parlamentares diziam não saber se a troca aconteceria agora ou em 15 dias, devido a uma expectativa repassada a eles de que a curva de mortes diminua. Não há, contudo, nenhum indício de que isso vá ocorrer –pelo contrário.
Com a pandemia se agravando pelo país, Bolsonaro tem dando uma guinada em seu discurso, agora a favor da vacina –o que fez do ministro, cuja pasta errou entregas de doses para os estados e que só nos oito primeiros dias neste mês reduziu cinco vezes as previsões de vacinas, um telhado de vidro.
Em entrevista à Folha publicada no sábado, o presidente do conselho que reúne os secretários estaduais de saúde, Carlos Lula, afirmou que ele e os colegas perderam a paciência com o general. Os estados enfrentam um cenário de colapso hospitalar em curso ou iminente, com a explosão de internações e mortes de norte a sul do país.
Pesa também no cálculo do entorno de Bolsonaro o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao jogo político. Para parlamentares, este novo cenário serviu como catalisador da mudança de postura de Bolsonaro e seu governo.
A dúvida é quem poderia agora ocupar o cargo: se um médico sem ligação partidária, um político ou um militar.
O nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), já havia perdido força no Congresso. Parlamentares diziam que, quando ele comandou o Ministério da Saúde, não foi “solidário” com seus pares. Políticos aliados defendem, no lugar, o do deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), que tinha aval do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
No entanto, a ala militar do governo prefere que o sucessor de Pazuello seja um técnico para marcar a nova fase que o governo tenta vender diante do desgaste político de Bolsonaro por causa da escalada de óbitos e da escassez de vacinas.
Um médico, por sua vez, ajudaria na recente repaginação do discurso presidencial. Esta, com a adoção de uma retórica pró-vacina, teve como um de seus principais idealizadores o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e foi motivada, entre outros pontos, pelo temor de uma perda de apoio empresarial ao governo.
Bolsonaro vem recebendo nas últimas semanas conselhos de que é preciso se livrar da imagem de negacionista da pandemia, que já passou de 2.000 mortos por dia, e dar uma guinada em defesa da ampla imunização contra o coronavírus.
O diagnóstico –também feito pelo ministro Fábio Farias (Comunicações) e pelo novo chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), almirante Flávio Rocha– foi reforçado diante da inesperada reabilitação dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), potencial nome para disputar as eleições de 2022 contra Bolsonaro.
Auxiliares do presidente ressalvam, porém, que há limites para a mudança de retórica de Bolsonaro –e que ela não atinge as críticas ao isolamento social e às políticas adotadas por governadores.
Confirmada a mudança, o sucessor ou sucessora de Pazuello será o quarto a ocupar o cargo em 12 meses de pandemia. Antes do general, chefiaram a pasta os médicos Luiz Henrique Mandetta e, por 28 dias, Nelson Teich.