Força-Tarefa entre Secretaria de Segurança e de Saúde é realizada neste sábado

Vigilância Sanitária e Guarda Civil Municipal realizam Operação na noite deste sábado em cumprimento da fase emergencial do Plano SP de combate a Covid-19.

No total 14 equipes saíram da Sede da Secretaria de Segurança no Bairro do Estádio em direção aos bairros da cidade para fiscalizarem festas e eventos com aglomeração de pessoas e comércios abertos em descumprimento a fase emergencial do Plano SP.

Secretária confirma alerta máximo nos serviços de saúde de Rio Claro

Durante visita na noite deste sábado (20) ao pronto-atendimento do Cervezão e à Santa Casa de Misericórdia, os dois locais da rede pública que atendem pacientes com Covid em Rio Claro, a secretária municipal de Saúde, Giulia Puttomatti, confirmou que o município está em alerta máximo para as ações necessárias neste momento de agravamento da pandemia de coronavírus.

No Cervezão, a secretária conversou com os médicos Jair Verginio Junior (diretor municipal de saúde) e Itamar Pérez (diretor técnico da unidade), que faziam atendimento no plantão. “Nossa preocupação é por mais leitos, e também por mais médicos, oxigênio e medicamentos para os pacientes de Covid”, informa Giulia. “O prefeito Gustavo já fez pedido por leitos no Departamento Regional, mas a resposta foi negativa, pois a região chegou na ocupação máxima de leitos”, observou a secretária.

De acordo com Murylo Muller Cesar, chefe de gabinete da Saúde, o município já solicitou à empresa fornecedora de oxigênio a ampliação na quantidade de cilindros. E a Secretaria Municipal de Saúde está realizando a contratação de médicos para suprir a alta demanda, uma carência também em outros municípios em virtude da pandemia.

A taxa de transmissão do coronavírus continua crescendo em Rio Claro, mesmo na fase vermelha na qual há menos circulação de pessoas. A secretária pede a colaboração da população no isolamento social, uso de máscaras e de álcool em gel. “No momento o município está trabalhando para termos as condições ideais para receber novos pacientes”, disse Giulia.

Rio Claro tem 150 pessoas hospitalizadas por Covid

Os números da pandemia continuam preocupantes em todo o Brasil. Em Rio Claro, 150 pessoas estão hospitalizadas por causa da contaminação pelo coronavírus, sendo 73 em unidades de terapia intensiva.

Nas últimas 24 horas faleceu um homem, elevando a 261 o número de óbitos. O total de contaminados foi a 10.320, com mais 92 casos registrados no boletim deste sábado (20).

A prefeitura de Rio Claro divulgou nota na noite de sexta-feira anunciando que o setor de saúde do município está prestes a entrar em colapso, ou seja, sem condições adequadas para atender quem precisa. Poderá faltar leitos, medicamentos e até oxigênio.

As autoridades sanitárias e gestores municipais estão em alerta máximo, para as ações necessárias. É primordial a colaboração da população, fazendo isolamento social e usando máscara e álcool em gel.

Mesmo na fase vermelha, onde menos pessoas circulam, a taxa de contaminação por coronavírus continua crescendo.

Governo distribui mais 5 milhões de vacinas contra Covid e orienta usar todas na 1ª dose

PAULO SALDAÑA – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (20) a distribuição aos estados de mais 5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. A orientação é que todos esses imunizantes sejam aplicados como primeira dose, sem reserva, portanto, para a segunda aplicação.

A previsão é de que as doses sejam distribuídas até domingo (21), de forma proporcional aos estados. A remessa, segundo nota da pasta, envolve imunizantes da Coronavac e da Atrazeneca/Oxford e será destinada a profissionais de saúde, idosos de 70 a 74 anos e comunidades ribeirinhas e quilombolas.

A indicação para que não haja reserva de estoque para a segunda dose representa uma nova mudança na diretriz do governo Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo.

O Ministério da Saúde já informara a prefeitos de que não haveria reserva. Depois, no fim do mês passado, recomendou a retenção de doses para a aplicação da segunda dose.

A nova recomendação vem, segundo o governo, depois da “garantia da estabilidade de entregas semanais das remessas de vacinas com produção nacional e matéria-prima (IFA) importada”. Por ora, essa regra vale para esse lote de vacinas.

Do total, 1.051.750 milhão de doses correspondem à primeira remessa de vacinas da AstraZeneca/Oxford, produzida no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Outras 3,9 milhões são referentes a mais um lote da Coronavac.

“A expectativa é que essa distribuição contemple 100% dos moradores de comunidades ribeirinhas e 63% da população em comunidades quilombolas em todo o país”, diz nota do Ministério da Saúde.

O governo Bolsonaro tem sido cobrado pelas deficiências no plano de vacinação contra o coronavírus, resultado de atrasos em contratos, problemas logísticos e discurso contrário à vacina por parte do presidente Bolsonaro. O país vive seu pior momento na pandemia.

Na sexta-feira(19), o Brasil registrou 2.730 mortes pela doença, terceiro maior valor de toda a pandemia, e chegou à maior média móvel de óbitos até aqui, 2.178 mortes por dia. Já são 290.525 mortos por Covid-19.

O país também teve 89.409 casos de Covid, e chegou a 11.877.009 pessoas infectadas. O recorde de casos ocorreu na quarta, 90.830 infecções.

Segundo dados atualizados até sexta, 11.492.854 pessoas foram vacinadas com a 1º dose no Brasil. Isso representa 7,1% da população adulta.

O Ministério da Saúde também anunciou que recebe neste domingo (21) a primeira remessa de vacinas adquiridas por meio do consórcio global Covax Facility. São 1.022.400 milhão de doses do imunizante AstraZeneca/Oxford, fabricado na Coreia do Sul.

A chegada está prevista para as 18h, no aeroporto de Guarulhos. Outras 1,9 milhão de doses devem desembarcar no país até o final do mês de março.

O acordo do Brasil com o consórcio global de vacinas prevê 42,5 milhões de doses para este ano. O Brasil é um dos 191 países que integram o Covax Facility para a disponibilização de vacinas de 10 laboratórios diferentes.

Governo brasileiro diz negociar com EUA compra de excedente de vacinas

RENATO MACHADO – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Ministério das Relações Exteriores informou neste sábado (20) que está negociando com o governo dos Estados Unidos a compra de vacinas excedentes contra o novo coronavírus daquele país.

A informação foi divulgada nas redes sociais do ministério, que afirma estar com a negociação em andamento há uma semana.

“Desde o dia 13/3 o governo brasileiro, através do Itamaraty e da embaixada em Washington, em coordenação com o Ministério da Saúde, está em tratativas com o governo dos EUA para viabilizar a importação pelo Brasil de vacinas do excedente disponível nos Estados Unidos”, afirma o texto divulgado.

Na última quinta, os EUA anunciaram que planejam enviar para o México e o Canadá cerca de 4 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela AstraZeneca/Oxford –cuja autorização de uso ainda não foi aprovada no país.

Fontes no governo também afirmam que devem chegar neste domingo as primeiras doses das vacinas previstas pelo consórcio Covax Facility, iniciativa que conta com a adesão do Brasil.

A informação da negociação com os americanos foi divulgada um dia após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ter enviado ofício à vice-presidente americana, Kamala Harris, com um pedido de “socorro” e um apelo pela importação do excedente das vacinas dos Estados Unidos.

No documento, Pacheco afirma que o Brasil virou o epicentro da pandemia da Covid-19 no mundo e que o rápido avanço do vírus no Brasil representa um risco para todo o hemisfério ocidental.

O presidente do Senado também menciona a “angústia e sofrimento” dos brasileiros com o recrudescimento da pandemia no Brasil.

O senador pede autorização especial para que o Brasil compre doses da vacina da AstraZeneca, que já aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), recebendo o registro definitivo. Pacheco lembra que a já começou a fabricar a imunização em território nacional, mas sofre com a chegada dos ingredientes importados.

A postagem do Itamaraty não menciona o ofício de Pacheco. No entanto, foi vista como uma resposta ao presidente do Senado.

Pacheco vem sendo o principal responsável por evitar a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para investigar a atuação do governo no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

O requerimento para a abertura da comissão já conta com as assinaturas suficientes, mas a decisão final cabe exclusivamente a Pacheco. A pressão para a instalação aumentou a partir de quinta-feira, após a morte do senador Major Olímpio (PSL-SP). Ele foi o terceiro senador a morrer vítima da Covid, mas sua morte causou um impacto maior, porque era carismático e se relacionava bem com os demais.

Em uma tentativa de atuar de forma colaborativa com o governo, Pacheco também apresentou uma proposta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para uma reunião na próxima quarta-feira, que pode evoluir para um comitê de enfrentamento à pandemia, com a participação de Executivo, Legislativo, Judiciário, governadores, prefeitos e demais entes.

Bolsonaro aceitou a ideia e passou a liderar a iniciativa, convidando por telefone também os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux. Parlamentares consideram que essa reunião e o comitê podem ser a “última chance” de Bolsonaro. Caso a iniciativa fracasse, consideram inevitável a abertura da CPI e outras medidas contrárias ao governo.

Saúde autoriza mais de 2,7 mil leitos de UTI para 22 estados

AGÊNCIA BRASIL – O Ministério da Saúde autorizou mais 2,7 mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto em 22 estados para atendimento exclusivo aos pacientes graves com covid-19, em caráter excepcional e temporário. Para isso, duas portarias foram publicadas, ontem (19), em edição extra do Diário Oficial da União.

A Portaria nº 499/21 autoriza 1.280 leitos de UTI adulto para o reforço da estrutura hospitalar em mais de 50 municípios nos estados da Bahia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo. O valor do repasse mensal será de mais de R$ 61,4 milhões.

Já a Portaria nº 501/21 autoriza a instalação de 1.499 leitos de UTI adulto em mais de 70 municípios nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Os recursos de custeio para essas unidades será de R$ 71,9 milhões mensais.

A autorização é a nova modalidade de apoio financeiro dada pelo Ministério da Saúde, que substituiu a habilitação de leitos. O governo federal arca com parte das despesas, mas agora o pagamento não é mais antecipado e sim mensal.

“A medida fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS) e leva atendimento para a população em todo o país. Apesar de estados e municípios terem autonomia para criar e habilitar os leitos necessários, o Ministério da Saúde, em decorrência do atual cenário de emergência, disponibiliza recursos financeiros e auxílio técnico para o enfrentamento da doença. O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas”, informou o ministério, em comunicado.

O pedido de autorização para o custeio dos leitos covid-19 é feito pelas secretarias estaduais e municipais de saúde, que garantem a estrutura necessária para o funcionamento dessas unidades. De acordo com o Ministério da Saúde, entre os aspectos observados nas solicitações de autorização estão a curva epidemiológica do coronavírus na região, a estrutura para manutenção e funcionamento da unidade intensiva e corpo clínico para atuação em UTI.

Nessa semana, o governo já havia autorizado 1.639 leitos de UTI adulto e oito leitos de UTI pediátrica para tratamento de pacientes com covid-19. Serão atendidas 64 cidades dos estados de Goiás e São Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro destacou as medidas em publicação nas redes sociais.

SP registra 25% de mortes a mais entre negros e 11,5% entre brancos em 2020

CLAUDIA COLLUCCI – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Covid-19 foi muito mais mortífera entre pessoas negras do que entre as brancas no estado de São Paulo ao longo de 2020, quando 46,7 mil pessoas morreram em decorrência da doença no território paulista, mostra um estudo inédito da Vital Strategies com apoio do Afro-Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).

Os dados colocam São Paulo, onde 40% da população é negra (preta ou parda), na liderança da desigualdade racial no país durante a pandemia de Covid-19 e extrapolam disparidades já existentes.

A análise foi feita a partir de dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde) e do sistema de informação da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais e indica que o excesso de mortes registrado no estado entre os negros (pretos e pardos) foi mais do que o dobro daquele registrado entre brancos.

O excesso de mortes é o número de óbitos superior ao que era esperado para o período levando em conta uma série histórica. A estratégia é recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para avaliar os efeitos diretos e indiretos da pandemia.

A expectativa de número de mortes entre negros e entre brancos em um ano comum difere, resultado da desigualdade social no país. Por isso, para chegar à conclusão sobre o efeito da doença, é importante observar o salto desse excesso de mortes em cada grupo.

Foi o que a equipe coordenada pela médica Fátima Marinho, pesquisadora sênior da Vital Strategies e coordenadora do estudo, fez: para os brancos, esse excesso foi de 11,5%; para os negros, o salto chegou a 25,1%. A discrepância é ainda mais drástica quando observado o excesso de mortes nas faixas mais jovens, de até 29 anos. Neste caso, o excesso de mortes entre os negros chega ao quádruplo da dos brancos.

O método considera todos os óbitos por causas não externas (acidentes, mortes violentas), independentemente da causa básica de morte. Assim, o resultado não sofre interferência da conhecida subnotificação da Covid e contempla as mortes indiretas pela pandemia, causadas, por exemplo, pela sobrecarga nos hospitais públicos e interrupção de tratamento de doenças crônicas.

A desigualdade ocorre também no nível nacional. No Brasil todo, houve um excesso de mortes de 27,8% para pretos e pardos enquanto para os brancos foi de 17,6%.

Apesar de todas as regiões terem apresentado excesso de mortes, é no Sudeste, em especial em São Paulo, e no Sul, onde aparecem as maiores taxas de desigualdades raciais.

O impacto das disparidades sociais na perda de saúde da população negra pobre é muito conhecido. Elas determinam, por exemplo, uma menor expectativa de vida comparado com a população branca, maior mortalidade infantil e mais mortes por causas evitáveis e por violência.

Várias pesquisas nacionais mostram que os negros têm mais doenças crônicas, por exemplo. Entre outros fatores, estão as condições precárias de vida e menos acesso aos serviços de saúde.

Com a pandemia, a perda de saúde dos negros foi somada à dificuldade de se fazer isolamento social, afirma Marinho.

As grandes diferenças estão nos extremos etários, nos jovens e nos idosos. “Um porque sai de casa para trabalhar, pega transporte público lotado, e outro porque não consegue ter distanciamento dentro de casa, das comunidades, e porque já perdeu muita saúde”, diz a médica.

Para a socióloga Márcia Lima, professora da USP e pesquisadora do Afro-Cebrap, núcleo de pesquisa e formação sobre a questão racial, a pandemia revela de forma mais contundente a histórica desigualdade racial. “O caminho para enfrentá-la passa pelo fortalecimento do SUS e de seus programas e o investimento nos equipamentos públicos de saúde das periferias”, diz.

Lima lembra que em 2009 houve avanço com a aprovação da política nacional da saúde população negra, fruto de uma longa batalha das ativistas negras dentro do Ministério da Saúde. “Infelizmente, no momento de avançar na implantação dessa política coincide com um governo que não toma esse debate como agenda. Pelo contrário, o desqualifica.”

O advogado Pedro de Paula, diretor da Vital Strategies no Brasil, diz que em outros países, como os Estados Unidos, também ocorreram disparidades raciais na pandemia, mas há políticas públicas em curso para tentar atenuá-las –por exemplo, priorizar a vacinação dos mais vulneráveis.

“Nos EUA, há uma busca ativa e comunicada desses grupos, com esquemas diferentes de vacinação, locais e horários”, afirma.

No Reino Unido, ocorre o mesmo. “Foram identificadas as áreas mais vulneráveis e os mais vulneráveis dentro delas. O critério não é só idade”, reforça Marinho.

Segundo Lima, a vulnerabilidade está associada às necessidades de circulação para chegar ao trabalho, à situação das pessoas que vivem em áreas com menos estrutura domiciliar, às condições da população de rua e outros grupos que não têm recursos para uma proteção mínima contra a Covid-19.

Para Marinho, o Brasil deveria estar olhando para isso também em vez de priorizar apenas a faixa etária. “O idoso que mora no Morumbi e o idoso que mora em Paraisópolis não são iguais. Se não olharmos para isso, vamos proteger quem já está protegido.”

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde diz que o governo paulista incluiu os quilombolas, que integram parte da população preta e parda, na primeira fase do Plano Estadual de Imunização (PEI) contra Covid-19 e cerca de 10 mil doses foram aplicadas especificamente neste grupo.

“A decisão foi diferenciada do Ministério da Saúde, que optou por não incluir esse público entre os grupos desta primeira fase da campanha nacional, justamente porque o estado prioriza a vacinação dos grupos mais vulneráveis em seu plano”, diz a nota.

Jogos Olímpicos de Tóquio não terão público estrangeiro, dizem organizadores

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Torcedores de outros países não poderão assistir às Olimpíadas de Tóquio, que acontecerão entre 23 de julho e 8 de agosto deste ano, devido aos riscos sanitários ligados à Covid-19, anunciaram os organizadores neste sábado (20).

“A fim de esclarecer a situação para aqueles que compraram ingressos e que moram no exterior e permitir que possam ajustar seus planos de viagem neste momento, as partes do lado japonês concluíram que essas pessoas não poderão entrar no Japão durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos”, afirmaram os organizadores em um comunicado.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paraolímpico Internacional (CCI) “respeitam e aceitam plenamente essa conclusão”, acrescenta o texto.

Cerca de 600 mil ingressos das Olimpíadas comprados por residentes do exterior serão reembolsados, assim como outros 300 mil ingressos das Paraolimpíadas, disse Toshiro Muto, presidente-executivo do comitê organizador de Tóquio-2020, em entrevista coletiva. O dirigente afirmou que os custos de cancelamento de hotéis não serão ressarcidos.

Muto se recusou a declarar quanto o reembolso custará. Os detalhes da devolução do valor dos ingressos deverão ser divulgados em breve.

O veto de estrangeiros nas Olimpíadas de Tóquio é um fato histórico. “Nunca aconteceu de espectadores estrangeiros serem proibidos de entrar no país-sede dos Jogos, nem mesmo durante a gripe espanhola em Antuérpia em 1920”, afirma Jean-Loup Chappelet, professor emérito da Universidade de Lausanne (Suíça) e especialista em Jogos Olímpicos.

A Folha mostrou em janeiro que entre brasileiros que compraram ingresso para Tóquio o receio de não conseguir assistir aos Jogos é grande, e há inclusive quem entenda que, excepcionalmente, a Olimpíada deva ser apenas para os atletas.

Na segunda-feira (8), uma pesquisa do jornal japonês Yomiori Shimbune apontou que apenas 18% dos entrevistados eram favoráveis ao país receber estrangeiros no evento, enquanto 77% eram contrários. Sobre haver público ou não, seja de onde for, 48% defendeu que as arquibancadas devem ficar totalmente vazias, enquanto 45% afirmou ser possível haver plateia.

A Olimpíada de Tóquio foi adiada de 2020 em razão da pandemia do coronavírus. Como a situação mundial ainda não parece próxima de estar controlada, uma série de medidas foram divulgadas com relação aos atletas pelos organizadores.

Eles serão testados frequentemente, ficarão em uma “bolha” e não poderão viajar a turismo durante o evento.

Recentemente, houve uma troca de comando no comitê organizador. Após fazer comentários machistas, Yoshiro Mori renunciou ao cargo de presidente. Seiko Hashimoto, 56, ex-atleta que competiu em sete Olimpíadas, assumiu em seu lugar.

Justiça de SP autoriza retirada de pedidos por clientes em bares e restaurantes

RENATO FONTES – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) autorizou nesta sexta-feira (19) que bares e restaurantes funcionem no sistema “take away”, no qual os clientes vão até os estabelecimentos para retirar os produtos. A liminar cabe recurso.

Essa decisão derruba de forma provisória o decreto do governo do estado, gestão João Doria (PSDB), e atende ao mandado de segurança coletivo impetrado pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

Antes, na fase emergencial do Plano São Paulo de combate à Covid-19, que entrou em vigor na segunda-feira (15) e vai até 30 de março, esses estabelecimentos comerciais só podiam trabalhar por delivery (entrega em casa por motoboy) e drive-thru (retirada em que o cliente permanece dentro do carro). O consumo de alimentos no local continua proibido.

No documento, a desembargadora Cristina Zucchi diz que cabe à Justiça apreciar a legalidade do decreto estadual para saber se foi editado com abuso de poder, desvio de finalidade ou violação a princípios constitucionais.

A magistrada explica ainda que o decreto do governo tucano privilegia apenas uma parte dos bares e restaurantes, pois muitos estabelecimentos não têm condições financeiras para se estruturar para drive-thru e realizar entregas por delivery.

De acordo com a relatora do despacho, “não há indicação técnica ou científica que demonstre a eficácia de tal restrição para o combate à pandemia, não foi nem mesmo apresentado qualquer fundamento que justificasse tal decisão por parte da Administração Pública.” Além disso, a desembargadora diz que a retirada pode ser agendada pelo cliente, o que afastaria a alegação do governo estadual de que tal tipo de serviço poderia acarretar aglomeração.

Cristina Zucchi finaliza sua argumentação dizendo que a proibição da retirada de encomendas diretamente nos estabelecimentos comerciais “se mostra desmotivado e com afronta aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da isonomia”, diz a magistrada.

Resposta Por meio de nota, a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, gestão João Doria (PSDB), afirma que recorreu da decisão junto ao STF (Supremo Tribunal Federal).

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico diz que, durante a fase emergencial, os restaurantes e bares podem vender apenas por meio de entrega (delivery) e retirada de automóvel (drive-thru), com proibição de retirada de produtos no local.

“O governo tucano ainda reitera seu compromisso de proteger a vida dos cidadãos e tomará todas as medidas cabíveis dentro do escopo do Plano São Paulo para cumprir sua missão”, diz a nota.

Testes positivos para Covid aumentaram 270% de outubro a fevereiro em SP

ANA BOTTALLO –
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O número de testes para o coronavírus com resultado positivo no estado de São Paulo cresceu 270% entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021. Esse número é 1,5 vez mais do que o esperado, considerando o aumento acumulado de novos testes devido ao recrudescimento da pandemia –no comparativo do total de testes, esse aumento foi de 150%, ou 1,5 vez.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi), do governo estadual, referentes aos exames RT-PCR, que detectam a presença ativa do vírus no organismo, e incluem casos de infecção no passado, detectados em exames de anticorpos (sorologia).

O aumento dos testes positivos é mais expressivo se comparado aos testes negativos no mesmo período, que tiveram crescimento igual do total de testes. Em outras palavras, embora o argumento de que o recrudescimento da pandemia fez com que mais pessoas buscassem exames para diagnóstico de Covid, o crescimento deveria ser o mesmo entre o total de testes realizados e, proporcionalmente, aos testes negativos e positivos detectados.

Ao contrário, quanto maior a proporção de testes positivos, maior é a taxa de positividade, que saltou de 22,1%, em outubro, para alarmantes 35,2% em fevereiro -ela chegou a quase 39% em janeiro, o que quer dizer que a cada dez exames feitos em SP, quatro tinham resultado positivo.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza uma taxa ideal de 5%, mas até 10% é razoável. Quanto maior o número de exames feitos na população, menor essa taxa, mesmo em locais onde o total de casos acumulados é elevado –os Estados Unidos, que lidera a posição de casos confirmados, com 29.668.173 casos até a última quinta-feira (18), apresenta taxa de positividade de 5,9%, segundo dados do Our World in Data (acessado no dia 19 de março).

Diminuir a taxa de positividade esbarra nas dificuldades que o governo apresenta, desde o início da pandemia, de implementar uma estratégia de testagem em massa.

Segundo os dados do governo, foram feitos 2.531.929 exames RT-PCR no estado até o último dia 18 de março, uma média de 7 mil exames por dia, ou, ainda, 55 exames por mil habitantes.

Promessa feita em abril de 2020, quando São Paulo enfrentou um gargalo de mais de 15 mil exames represados aguardando análise pelo Instituto Adolfo Lutz (Ial), o governador João Doria (PSDB) anunciou a criação de uma rede de laboratórios públicos e privados para zerar essa fila e ampliar a testagem no estado.

À época, São Paulo processava cerca de 1.700 exames por dia, com a expectativa de alcançar até 8.000 testes diários –meta nunca atingida, mesmo um ano após o início da pandemia.

Até junho, a Secretaria do Estado de Saúde tinha usado apenas 10% do total de testes adquiridos.

Já em novembro, especialistas apontaram que os casos de Covid estavam aumentando no estado, mesmo com a queda de 22% dos testes de agosto a outubro.

Em agosto, foi inaugurado um centro de processamento de exames laboratoriais em Barueri, na Grande São Paulo, ligado ao Ministério da Saúde, com apoio tecnológico da rede de diagnósticos Dasa e equipamentos da Fiocruz.

Com a promessa de até dez mil exames processados por dia, o laboratório vem operando com média de 1.300 exames por dia.

O mesmo foi observado no laboratório estratégico do Instituto Butantan -cujo investimento de mais de R$ 10 milhões iria possibilitar o processamento de 2.000 amostras por dia, capacidade que seria ampliada, a partir de maio, a 5.000 exames por dia. Entretanto, a média de processamento do laboratório do Butantan é de 500 exames diários.

Segundo Gustavo Campana, diretor médico da Dasa, a central estratégica está em plena operação e sua capacidade produtiva cresceu ao longo do tempo, mas os exames processados dependem do envio de amostras pelo Ministério da Saúde. “O volume de processamento depende muito do momento da pandemia, por isso há picos e vales, que acabam alterando a média diária, mas a central faz hoje parte do programa de testagem do ministério.”

Embora em todo o país tenham sido realizados 12.626.409 exames, a taxa de testes não está assim tão distante da encontrada no estado de São Paulo, o mais populoso e que realizou o maior número de exames proporcionalmente: são 60 exames a cada mil habitantes no país. Nos Estados Unidos, foram realizados 378.137.746 exames RT-PCR, ou uma taxa de 1.072 testes a cada mil habitantes.

Em dezembro, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que havia mais de 7 milhões de testes próximos ao prazo de validade armazenados em um galpão em Guarulhos (SP), com 6,86 milhões deles com vencimento previsto para janeiro.

A Anvisa analisou os testes e prorrogou a sua validade por até quatro meses. O Ministério da Saúde alegou que a distribuição aos estados e municípios era feita segundo pedido dos mesmos e que, por isso, houve o represamento dos exames no armazém.

Em São Paulo, pesquisadores da USP e Unesp responsáveis pela plataforma SP Covid-19 Info Tracker já haviam apontado, no dia 10 de março, que houve aumento de 46% de internações no estado em relação a janeiro, período em que a taxa de positividade era elevada. Sem uma política de testagem em massa, novos focos da pandemia não são detectados, explica Wallace Casaca, coordenador da plataforma.

Questionada sobre a testagem em São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde não respondeu até o fechamento da mesma.

Baixada Santista decide entrar em lockdown na próxima terça-feira

AGÊNCIA BRASIL – Os nove municípios da Baixada Santista – Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Bertioga, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe – decidiram entrar em lockdown a partir da próxima terça-feira (23). As restrições valem por 13 dias, até 4 de abril. A decisão, tomada ontem (19) pelo Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), ocorre em razão do agravamento da pandemia de covid-19.

Segundo as prefeituras, uma força-tarefa com a Polícia Militar (PM) e a Guarda Civil Municipal vai fiscalizar a circulação de pessoas e veículos. A movimentação nas cidades será permitida apenas para compra de remédios, atendimento ou socorro médico de pessoas ou animais, embarque e desembarque em terminal rodoviário, atendimento de urgências e necessidades inadiáveis, bem como a prestação de serviços permitida em decretos municipais.

“São medidas duras mas que, infelizmente, temos que tomar agora para preservar vidas. Os especialistas em saúde nos passaram um quadro assustador no encontro realizado quinta-feira”, destacou o presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista e prefeito de Santos, Rogério Santos.

A medida foi tomada um dia depois de a prefeitura da capital paulista anunciar a antecipação de cinco feriados para os dias 26, 29, 30, 31 e 1º, o que resultará em um período de dez dias sem dias úteis, de 26 de março a 4 de abril.

Segundo a Condesb, a circulação de pessoas e carros será permitida apenas com a apresentação de documentos, como nota fiscal de compra ou prescrição médica de remédio, atestado de comparecimento a uma unidade de saúde, carteira de trabalho, holerite ou documento que comprove a prestação de serviço autorizado, tíquete ou imagem da passagem de ônibus, ou a comprovação de urgência ou necessidade inadiável de transitar.

Quem descumprir as regras do lockdown estará sujeito a multas que variam de R$ 300 a R$ 10 mil. A fiscalização ficará por conta da Polícia Militar, Guarda Municipal, e o Procon.
Os ônibus das cidades não circularão aos sábados, domingos e feriados. Haverá diminuição dos horários de atendimento nos demais dias. As feiras livres serão proibidas; hotéis, pousadas, pensões, motéis e outros estabelecimentos de hospedagem só poderão atender clientes corporativos, com todas as áreas de lazer e recreação fechadas; todos os serviços de drive thru serão suspensos.

Nos bancos, será permitido apenas o autoatendimento, sem serviços internos, com exceção dos relacionados à segurança e manutenção; os supermercados poderão funcionar com capacidade de até 70%, até as 20h. Aos sábados e domingos, deverão funcionar apenas com delivery. As mesmas regras se aplicam às padarias, açougues e mercearias. Comércios, com atividade de entrega em domicílio (delivery), deverão funcionar com as portas fechadas e apenas com 30% dos funcionários, até as 22h.

Poderão funcionar ininterruptamente estabelecimentos como farmácias, postos de combustível (com lojas de conveniência fechadas), serviços de transporte de mercadorias, comércio de insumos médico-hospitalares, delivery de medicamentos e serviço de transporte individual (táxi e veículos de aplicativo), assim como atividades de segurança privada e de portaria, atacado e varejista de hortifrúti, atividades portuárias e industriais cuja paralisação possam afetar o abastecimento e os serviços essenciais.

Doria reduz exposição e divide palco da pandemia com o vice

IGOR GIELOW – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em mais um passo de sua estratégia para reduzir resistências nacionais a seu nome, o governador João Doria (PSDB-SP) decidiu se expor menos nas ações de combate à pandemia.

Ele delegou a seu vice, Rodrigo Garcia (DEM), duas das três entrevistas coletivas semanais que ocorrem no Palácio dos Bandeirantes para falar da crise sanitária.

Doria seguirá nos encontros de quarta-feira, deixando os de segunda e sexta para Garcia. E aparecerá em caso de alguma notícia de relevo.

Na avaliação de aliados do tucano, que o aconselharam a seguir o movimento, o nome de Doria já está fixado no cenário nacional como o de um antagonista do negacionismo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no manejo da pandemia que matou quase 290 mil brasileiros.

O carro-chefe disso é a Coronavac, imunizante de origem chinesa que foi trazido para desenvolvimento em conjunto no Instituto Butantan.

Pesquisas internas indicam essa associação, mas também apontam uma imagem considerada de difícil vendagem fora de São Paulo, “muito arrumadinho” nas palavras de um dirigente tucano.

Coincidência ou não, desde a semana passada ele deixou de lado os usuais paletós.

Sua entrevista coletiva na quarta (17) foi em mangas de camisa, assim como visitas a locais como o Butantan, onde madrugou na sexta (19) para cumprimentar os trabalhadores da fábrica de vacina.

Não se espera uma volta ao malogrado uso de uniformes, ensaiado na sua passagem pela Prefeitura de São Paulo, mas aparentemente o visual mais informal veio para ficar.

Mas outras resistências preocupam mais o tucano.

Desde que tomou a dianteira do programa de vacinação, obrigando Bolsonaro a segui-lo, o governador subiu o tom do embate com o Planalto.

Não é segredo que Doria quer disputar a Presidência em 2022, mas suas ações eram lidas como uma tentativa de impor seu nome ao chamado centro –que vai do centro à direita, usualmente.

O episódio em que aliados seus sugeriram que ele assumisse a presidência tucana, no mês passado, selou o azedume dentro do PSDB.

Seu rival interno Aécio Neves (MG) saiu das sombras em que estava desde o caso Joesley Batista, em 2017, e ambos protagonizaram uma altercação dura e pública.

Como tem corações a conquistar no seu partido, no DEM, MDB e PSD, o tucano se movimentou.

Além de buscar deixar o holofote exclusivo da crise em São Paulo, ele sinalizou publicamente que poderá concorrer à reeleição.

Isso decorreu da entrada em campo de Luiz Inácio Lula da Silva, o líder petista que teve seus direitos políticos por ora recuperados. Foi levantado entre tucanos o risco de uma polarização entre antipetistas e antibolsonaristas.

Tal configuração arrisca deixar o caminho intermediário travado. Doria segue querendo ser presidente, mas a possibilidade de tentar ficar na cadeira já não é um tabu. A briga com Bolsonaro seguirá principalmente nas redes sociais.

Outro ponto é a relação com os governadores. O tucano foi o organizador informal do fórum dos chefes estaduais, formado em 2018.

Em vários momentos da crise, Doria assumiu o protagonismo, o que gerou queixas de alguns de seus colegas.

Ao mesmo tempo, aproximou-se de nomes da esquerda que antes ele chamaria de comunistas, como Flávio Dino (PCdoB-MA).

Agora, praticamente todas as comunicações do grupo no embate institucional com o Planalto são feitas por seu coordenador oficial, Wellington Dias (PT-PI), e por vezes por Renato Casagrande (PSB-ES).

Nesse arranjo, chama a atenção a posição de Rodrigo Garcia. O vice foi pego no meio da crise que rachou seu partido e Doria o convidou para integrar o PSDB. Ele ainda não decidiu o que fazer.

No acerto dos dois em 2018, Garcia ficaria com o cargo de governador no ano que vem e Doria, candidato a presidente, podendo disputar a reeleição.

Alguma dúvida ficou sobre isso com a nova disposição de Doria em relação à candidatura federal, mas de todo modo interlocutores de Garcia e o entorno do governador dizem que ele precisa se expor mais.

Filiado à escola do ex-governador tucano Geraldo Alckmin de discrição política, Garcia vê com bons olhos a oportunidade de aparecer, mas há o lado negativo.

Na sua segunda entrevista, nesta sexta, ele teve de suspender a Operação Descida para o litoral, visando coibir visitas à região nesse pico da pandemia, algo potencialmente impopular.

Ser portador de más notícias não é exatamente o que os aliados de Garcia queriam. Mas é o que há para o momento.

Eles lamentam que a pandemia acabou com as inaugurações pelo interior –Garcia tem na cabeça todo o mapa de obras estaduais, como cerca de R$ 600 milhões em estradas vicinais em construção.

Jornal Cidade RC
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