Vigilância Epidemiológica esclarece as dúvidas a respeito da febre maculosa

Sidney Navas

Em outubro, na FEENA, foram confirmados dois casos de capivaras contaminadas com a bactéria que causa a doença

Rio Claro já registrou duas mortes em decorrência da febre maculosa. O primeiro óbito aconteceu em março, o paciente residia em outra localidade, mas como a pessoa estava internada no município o registro da morte foi feito aqui mesmo na cidade. A segunda vítima foi um homem de 46 anos, que recebeu atendimento médico na rede privada de saúde e acabou falecendo na terça-feira (25).

Neste segundo caso, o possível local de contaminação fica próximo da zona rural da Mata Negra, onde ele foi pescar. Lá existem muitas capivaras, que são os principais animais hospedeiros do carrapato-estrela, transmissor da doença. Entretanto, de acordo com a Vigilância Epidemiológica, o chamado carrapato-estrela também pode ser encontrado em animais domésticos, como cães e gatos.

Mas nessas circunstâncias, conforme as informações das autoridades, não são todos os parasitas que transmitem a doença aos humanos e, portanto, num primeiro momento, não há motivos para pânico. “No caso de animais domésticos, fica muito mais fácil o controle, uma vez que os proprietários (pelo menos em grande parte e agora com uma consciência maior) tomam as medidas higiênicas necessárias”.

Em recente entrevista à Rádio Jovem Pan Sat, a enfermeira e coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Ivana Freschi de Souza, explicou que o carrapato contaminado, quando em contato com a pele, leva em média quatro horas para transmitir a doença. De quatro a dez dias depois da picada os sintomas começam a aparecer e o paciente apresenta febre, dor no corpo, mal-estar e em alguns casos pele avermelhada. Como os sintomas são parecidos com os de outras doenças, pode ocorrer confusão no diagnóstico. Por isso, a importância do paciente informar ao médico sobre o contato com o carrapato. Dessa forma, o tratamento será iniciado de imediato, com antibiótico específico para a doença.

Segundo a profissional, o tratamento precoce é de suma importância, haja vista que a doença evolui rapidamente. O sucesso no tratamento está baseado em três medidas importantes. A primeira é a informação do paciente sobre a presença do carrapato no corpo. A segunda é educar e informar sobre a doença. A terceira medida é confirmar o diagnóstico através de laudo de laboratório.

Adriel Arvolea: