VÍDEO: Casal vende balas a R$ 1 no semáforo para pagar aluguel em RC

Desempregados há cinco anos, Andréia Aparecida Braz, de 43 anos, e o marido, Bruno Alípio, de 32 anos, moradores do Jardim das Flores, decidiram vender balas e chicletes no semáforo, nas imediações da Avenida Visconde do Rio Claro com a Rua 14, para conseguir pagar o aluguel e as contas de casa.

Todos os dias eles caminham por aproximadamente 1h30 para seguir até a rotatória. Eles saem de casa às 5h30 da manhã e ficam no trabalho até as 14h. Depois, caminham, novamente, por mais 1h30 para voltarem para a casa. É assim a rotina do casal que fica à espera de sensibilizar alguém que possa ajudar.

Cada pacotinho é vendido a R$ 1 e eles contaram à reportagem do Jornal Cidade nesta semana que até conseguem sobreviver, mas que a pandemia diminuiu o fluxo das vendas.

“Hoje em dia tá muito difícil. Tem gente que ajuda, outros não e ainda ficam nos ofendendo. Estamos nessa situação não porque queremos, mas por uma questão de sobrevivência”, comentou ela.

Andréia relatou que, apesar da simplicidade da casa, os R$ 500 mensais de aluguel sobrecarregam bastante. Enquanto as outras despesas como água e energia chegam a R$ 300. Ela disse que, só depois de pagar as contas, é que vai pensar em algo para comer e que muitas vezes já dormiu com fome.

“Já passei muita fome. É triste e desesperador não ter algo para comer depois de tanto trabalhar. A gente luta, batalha, mas tem dia que é assim. Peço a Deus para que nos ajude e as pessoas também”, contou.

Ela lembrou que teve a ideia depois de ser demitida de umas casas onde trabalhou por anos como cuidadora de idosos. Antes disso, ficou morando nas ruas por mais de 20 anos.

“Ou é isso [vender balas], ou voltamos para rua. Tomava chuva, vento, não tinha lugar fixo para dormir. Não quero voltar. Não tinha como confiar nas pessoas. São lembranças de um passado que quero esquecer. Por isso batalhamos todos os dias no farol”, afirmou.

Ela calculou e disse que vende, em média, R$ 50 por dia e que, antes da pandemia, fazia em torno de R$ 100. Mas, ainda assim, muitas vezes ninguém compra nada. Aliás, tem gente que nem o vidro do carro abre.

Andréia faz um apelo aos leitores e internautas do Jornal Cidade. “O que mais eu preciso é arrumar um emprego registrado. Eu e meu marido. Essa vida no farol é muito sofrida, incerta. Preciso, também, de uma cesta básica e de outros alimentos. Quem estiver lendo ou assistindo e sentir no coração, serei muito grata”, finalizou.

Para falar com a Andréia é só ligar ou mandar WhatsApp (19) 97113-6950 ou (19) 99394-5140. 

Carla Hummel: