Neste sábado (28) a Associação Esportiva Velo Clube Rioclarense completa 111 anos de história. Fundado em 1910 como um clube de ciclismo, tornou-se uma equipe de futebol 10 anos depois. Em 1948, o Velo Clube chegou ao profissionalismo e foi no ano de 1979 que a equipe conseguiu acesso à elite paulista após vencer o Paulista de Jundiaí na histórica partida no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.
Atualmente o Rubro-verde disputa a divisão de acesso do futebol paulista, após a conquista do título do Campeonato Paulista da A-3 em 2020. Um dos grandes responsáveis por essa trajetória é o diretor de futebol João Marcondelli, que está no clube há 12 anos.
“Eu trabalhava no Olímpia, onde conheci o técnico João Vallim e o presidente Reginaldo Breda, que era o atual secretário de Esportes de Rio Claro. Ele trouxe o Vallim para trabalhar na secretária e posteriormente no Velo. Em 2010, recebi o convite para ser o diretor de futebol e montar o time para a disputa da Segunda Divisão, foi quando nós conquistamos os acessos seguidos até chegar à Série A-2. Fizemos boas campanhas na divisão de acesso, ficando em boas colocações até infelizmente o rebaixamento em 2017 por um gol”, relembrou.
João relembra da sua maior alegria como diretor do time velista.
“Tem o título da A-3, mas o jogo do acesso diante do Noroeste, pela dificuldade e por ninguém acreditar, foi incrível. Nós sabíamos da capacidade do nosso time e quando subimos foi uma sensação indescritível. Outra partida marcante foi quando como diretor sentei ao lado do João Vallim no jogo contra o Guarani, em 2015, nós vencemos o jogo e não caímos na A-2. O adversário com campo lotado brigando pelo acesso e nós conseguimos a vitória”, disse Marcondelli.
Marcondelli relembra uma das suas maiores decepções em sua mais de uma década de história no clube.
“O rebaixamento foi doloroso, mas quando me lembro de um jogo contra o América-SP, no Benitão pelo Campeonato Paulista da A-2, em 2012, quando vencíamos o jogo por 2 a 0, e não sei o que estava acontecendo, mas um clima estranho no estádio entre nós e nossa torcida, tomamos o empate em cinco minutos que nos custou praticamente o acesso para elite na sequência da competição”, lamentou.
O diretor revela seu maior desejo para o futuro do clube, mas demonstra preocupação.
“Ver o Velo novamente na elite é meu maior sonho, é questão de acertar o elenco, o técnico, que acontece. Sei que se isso acontecer teremos dificuldades pela questão do estádio, afinal teremos que aumentar a capacidade e não teremos de onde tirar esse investimento, mas sem dúvida é meu maior desejo”, finalizou o diretor de futebol.
Paixão
“Eu amo o Velo, procuro sempre fazer o máximo, a adrenalina é grande, temos problemas, às vezes dá vontade de jogar tudo pro ar porque é complicado. Sempre está no fio da navalha, tem que montar um time competitivo contra outros que têm maior poder e às vezes ninguém sabe disso. Faz 12 anos que estou aqui e é mais pelo Velo do que por mim”