“Uma verdadeira cracolândia”, afirma passageira sobre Estação Ferroviária

Lucas Calore

Não é de hoje que a aparente situação de abandono da antiga Estação Ferroviária de Rio Claro é motivo de reclamação por parte dos usuários do sistema de transporte. Recentemente, a tarifa da Rápido SP subiu para R$ 3,50, valor maior que em outras cidades da região. Pagando mais caro, os rio-clarenses cobram melhorias no serviço e nas condições do terminal.

Karina Pancher (38) conta que a situação antigamente era bem diferente. Mas, hoje em dia, está cada vez mais difícil. Ela relatou que, no final do mês de dezembro, em um dia por volta das 17h, quase foi assaltada.

“Dois rapazes chegaram me cercando, cada um de um lado. Apressei o passo, o motorista do ônibus percebeu a situação e parou o veículo para eu atravessar a rua rapidamente”, diz. Karina se abrigou no próprio escritório da empresa de transporte, no outro lado da Rua 1. Lá, lhe disseram que era ‘normal’ isso acontecer. “Eu estava grávida e com meu filho pequeno junto. Não poupam mais ninguém”, desabafa.

Usuários do sistema de transporte reclamam da aparência de abandono da antiga Estação, onde fica o terminal dos ônibus

Patrimônio histórico

Não é apenas no terminal de ônibus que há problemas. Dentro, no outro lado posterior à linha férrea, o mato está muito alto e há sujeira por todos os lados, com restos de fogueiras, vidros quebrados e muitos pontos que podem ajudar na proliferação do mosquito Aedes aegypti. Clique para ampliar:

Os vagões de trem que estão abandonados no local estão servindo de refúgio para usuários de drogas. Uma mulher entrevistada pelo JC comparou o local à “cracolândia”. “Entram ali para usar drogas e em plena luz do dia, entre adolescentes e adultos”, relata.

E aí, Prefeitura?

Questionada, a Prefeitura de RC respondeu o mesmo que disse em uma matéria do JC em 9 de novembro de 2015. “A limpeza da área de embarque e desembarque é diária. A Sec.de Turismo, responsável pelo prédio da estação, estuda alternativas para novas lixeiras, já que por duas vezes os equipamentos foram destruídos por vândalos”, diz a nota.

Quanto à segurança, a Prefeitura afirma que viaturas da GM também patrulham a área diariamente, em apoio ao trabalho da PM. E sobre o mato no local próximo aos trilhos e vagões, a responsabilidade é da concessionária da ferrovia, e, em caráter emergencial, foi realizada uma limpeza pela prefeitura há pouco tempo.

Redação JC: