Saúde em Rio Claro: em média, 100 pacientes faltam por dia a exames

A Unidade Básica de Saúde do Cervezão lidera na quantidade de pessoas que faltaram aos exames médicos agendados

Faltas em consultas e exames nas unidades municipais de saúde causam prejuízo para os cofres públicos. UBS Cervezão e USF Terra Nova lideram taxa de faltosos

O sistema municipal de saúde de Rio Claro registrou 12.089 faltas em atendimentos agendados no primeiro quadrimestre de 2025, conforme dados da Fundação Municipal de Saúde. São praticamente 100 pessoas faltando por dia nas consultas agendadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidade de Saúde da Família (USF). A UBS Cervezão e a USF Terra Nova lideram com a taxa de absenteísmo (faltosos), segundo levantamento do Jornal Cidade.

Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), foram realizados 22.870 agendamentos e registradas 4.784 faltas no período. Na UBS Cervezão faltaram 1.612 pessoas, na UBS Wenzel 1.135, na UBS da Avenida 29 foram 1.133 faltosos e na UBS Vila Cristina o número chegou a 904. O custo total das quatro unidades no período foi de R$ 7,4 milhões, com custo médio por atendimento de R$ 90,86, já que considerando a demanda espontânea o total de pessoas atendidas nos quatro primeiros meses do ano nas quatro UBSs foi de 78.048.

Já nas Unidades de Saúde da Família (USF), as equipes haviam agendado 37.342 pessoas para comparecerem a atendimentos. No entanto, 7.305 pessoas faltaram dos agendamentos médicos realizados. A USF Terra Nova lidera na taxa de faltosos com 1.215 pessoas, seguida pela USF Bonsucesso com 1.211 pessoas que não foram ao exame agendado anteriormente.

Nas USF, as demandas espontâneas também são realizadas. No primeiro quadrimestre deste ano o total de atendimentos realizados nas unidades foi de 119.565, num custo total de R$ 14,5 milhões para os cofres públicos e um custo médio por atendimento de R$ 121,30.

Apesar da alta demanda registrada no primeiro quadrimestre as faltas comprometem o uso dos recursos públicos, além de dificultar o acesso de outros usuários aos serviços do SUS, causando também prejuízo aos cofres da Prefeitura. Em nota ao Jornal Cidade nessa quinta-feira (17), Werner Widmer, presidente em exercício da Fundação de Saúde, informou que cada vez que um paciente falta sem aviso prévio, outras pessoas deixam de ser atendidas.

“Essas vagas não utilizadas nas unidades de saúde acabam sobrecarregando os serviços de urgência, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que acabam recebendo demandas que poderiam ser resolvidas nas UBS/USF, gerando filas e atrasos para casos verdadeiramente emergenciais. Precisamos da colaboração de todos, se não puder comparecer, cancele ou remarque com antecedência. Esse cancelamento pode ser feito em contato com a unidade de saúde, ou mesmo, pelo aplicativo CADU. Priorize a utilização das UBS/USF para consultas de rotina, prevenção, deixe as UPAs para situações graves e emergências”, alertou ao JC.

Lucas Calore: