Gabinete de crise estadual coordena ações, e análises laboratoriais descartaram 57 novos casos; força-tarefa já interditou 15 estabelecimentos e mantém canais de denúncia ativos
O número de casos descartados de intoxicação por metanol em São Paulo passou de 189 para 246 nesta segunda-feira (13). A redução é resultado do trabalho da avaliação clínica e investigação epidemiológica, em conjunto com a análise laboratorial de confirmação ou descarte de casos.
A checagem vai desde a coleta das amostras em unidades de saúde até a análise no Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (Latof) da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto e no CIATox da Unicamp.
O balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) da tarde de ontem informou que foram descartados 57 novos casos — essa é a última atualização desde sexta-feira (10). Ao todo, o estado contabiliza 28 casos confirmados, além dos 100 em investigação (um deles em Rio Claro). Na região apenas Piracicaba também aparece na lista com um caso suspeito.
O Governo de São Paulo mantém um gabinete de crise ativo para coordenar as ações da administração estadual no enfrentamento à crise do metanol.
As amostras de sangue de pacientes com suspeita de intoxicação são enviadas ao laboratório da USP em Ribeirão Preto, onde passam por um teste chamado cromatografia em fase gasosa. Esse método identifica se há metanol ou etanol no sangue, urina ou tecidos, com alta precisão e em cerca de uma hora. O material é colocado em frascos lacrados e aquecidos; o vapor liberado é analisado por um equipamento que mostra, em gráficos, quais substâncias estão presentes e em que quantidade.
Ao todo, a força tarefa já vistoriou mais de 40 estabelecimentos, sendo que 15 foram interditados totalmente pelas equipes da Vigilância Sanitária Estadual, em parceria com as vigilâncias municipais. As interdições podem ocorrer por diversos motivos, incluindo irregularidades fiscais e sanitárias dos estabelecimentos.
Canais de denúncia
Denúncias sobre possíveis irregularidades e suspeitas a respeito de bebidas adulteradas podem ser enviadas pelo Disque Denúncia 181 ou pelo site da Polícia Civil de São Paulo: www.webdenuncia.sp.gov.br. O Procon-SP também recebe denúncias: pelo Disque 151 e pelo site www.procon.sp.gov.br. O órgão de defesa do consumidor ganhou um atalho no site para as denúncias relacionadas aos casos.