Responsabilidade é de SP, diz secretária sobre DDM

Carine Corrêa

A destinação de uma sede própria para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Rio Claro está em discussão desde 2013. A reportagem do JC levou ao conhecimento da secretária especial de Políticas para as Mulheres do Ministério da Justiça e Cidadania, Fátima Pelaes, quanto à morosidade para inauguração da DDM. Existe a possibilidade de o Governo acelerar esse processo?

“O Tribunal de Contas determinou que a responsabilidade da Delegacia da Mulher é do Ministério da Justiça; da Secretaria da Segurança Pública. Nosso papel agora é fazer com que a rede de enfrentamento à violência aconteça, fazer um trabalho que é a política transversal. Temos hoje um grande programa de Segurança Pública que tem uma parte de enfrentamento à violência, e nesse programa está a Delegacia da Mulher, equipada pelo Ministério da Justiça. Nossa responsabilidade é qualificar.

Temos alguns problemas, como por exemplo alguns estados que não têm delegadas e a obrigatoriedade é que sejam mulheres. Precisamos estimular para que essa mulher concorra. Alguns estados para superar essa dificuldade têm feito essa sala ao lado. Quem criou a primeira delegacia em SP foi o Michel Temer quando foi secretário de Segurança, há 20 aos, atendendo ao movimento de mulheres. Precisamos trabalhar com o governo do Estado, porque essa responsabilidade é do Estado. Nosso papel é fazer uma pressão legítima e criar condições para isso procurando fazer capacitação. Fizemos muitas emendas para equipar as delegacias. O nosso trabalho é fazer o acompanhamento e capacitar.

No caso do feminicídio, muitas vezes o policial que atende não qualifica o crime como feminicídio, chegam até a dizer que não existe, mas existe porque é uma lei”, ressalta a secretária especial Fátima Pelaes.

Atendimento: vítimas em Rio Claro de crimes contra mulher são “atendidas na Central de Polícia Judiciária (CPJ), separadamente em uma sala apropriada, não havendo contato com vítimas de outros crimes”.

Redação JC: