Rapaz alega que amigo foi levado pela enxurrada

Carine Corrêa

O corpo de Márcio Alves foi encontrado em um rio no Distrito de Assistência um dia depois de ter desaparecido em Rio Claro, próximo a um córrego no Jardim Guanabara. A família de Márcio havia afirmado que, no dia em que desapareceu, terça-feira (23), estava acompanhado de um amigo que mora próximo da residência em que Márcio residia junto com os pais, na Rua 6 com a Avenida 5.

O delegado seccional de Rio Claro, Alvaro Santucci Noventa Jr., informou que o amigo de Márcio se apresentou na delegacia nessa sexta-feira (26). “Ele alegou que Márcio foi levado pela enxurrada. Disse ainda que o córrego subiu repentinamente com a chuva. Em seu depoimento, também disse que ele mesmo acionou o Corpo de Bombeiros. De qualquer forma, será instaurado um inquérito policial para investigar o caso”, detalhou o seccional.

Desespero

Na quarta-feira (24), quando o corpo de Márcio Alves foi encontrado, a reportagem do JC conversou com seus familiares. Eles acusam que o amigo de Márcio tenha feito alguma ‘maldade’ contra ele.

“Meu irmão tinha problemas mentais e era aposentado. Ele foi com esse rapaz até o córrego. Acredito que ele tenha feito algo contra o Márcio. Achamos perto do lugar onde eles estavam um preservativo, um pino de cocaína e uma garrafa de pinga. Fora isso, o rapaz que estava com o Márcio apresentou versões diferentes sobre o ocorrido para o Corpo de Bombeiros, que esteve aqui na terça fazendo buscas ao meu irmão”, acusou a irmã, Andreia Alves de Souza.

Andreia disse ainda que, mesmo depois que o Corpo de Bombeiros encerrou as buscas na terça, o seu companheiro junto com o filho mais velho entraram no córrego com esperança de localizar Márcio.

“Acho que ele empurrou meu irmão. A única coisa que encontramos dele foi sua calça azul”, acrescentou. O amigo de Márcio não havia aparecido no bairro. Segundo Andreia, ele temia um linchamento.

Redação JC: