Proprietária questiona limpeza de terreno da prefeitura

Proprietária de imóvel no Portal dos Nobres, em Ipeúna, Sueli Franco alega que há anos convive com descarte irregular de lixo de diversos tipos no terreno atrás de sua chácara.

“Têm ratazana, escorpião na minha casa e o pessoal da administração do bairro fala que a culpa é da prefeitura, pessoal da prefeitura fala que a culpa é do portal – não aguento mais, vou aqui e ali e ninguém faz nada. Estou cansada”, diz ela, que mora em Rio Claro e diz não frequentar o próprio imóvel há meses.

Ela também reclama da falta de asfalto, buracos e lamaçal em frente à sua propriedade, na Rua 1 do bairro: “Sou conhecida como Sueli do Lixão”, reclama.

Consultada pela reportagem, a administração do local informou que o terreno onde ocorre descarte de podas e galhos é da Prefeitura Municipal de Ipeúna e que a limpeza é feita periodicamente, mas foi dificultada pelas chuvas intensas recentes: “O portal tem 100 alqueires, nesta época do ano, com chuva e sol, a quantidade de material de poda é muito grande. O terreno [onde há o descarte] é da prefeitura, mas o trator e o caminhão não têm conseguido entrar ou sair por casa do barro”, explica Gilberto Moreira, diretor de patrimônio e administrativo do local. Segundo ele, as providências já foram tomadas, e o setor da prefeitura de Ipeúna responsável pela limpeza já fez a organização do material e deve retirá-lo em breve.

A chácara da reclamante fica vizinha ao terreno que, segundo Moreira, foi destinado para receber as podas feitas em toda a extensão do Portal. Ele reforça que o descarte de materiais que não sejam próprios, como lixo doméstico, não é permitido ali.

Moreira também destaca que um ecoponto está sendo desenvolvido e que uma máquina que tritura galhos e restos de poda já foi adquirida pela administração municipal, mas ainda serão necessários outros investimentos.

Segundo José Antônio de Campos, o Zé Banana, prefeito de Ipeúna, “a prefeitura faz o recolhimento [do material no local] constantemente, acontece que nesse caso com o período de chuvas estamos com muito serviço e não estamos ‘vencendo’ – também o local onde está o entulho está muito molhado e se colocarmos máquina no terreno é até perigoso, esperamos secar o local para fazer a retirada”.

Fabiola Cunha: