Projeto Memória Viva coleta relatos de pessoas comuns que retratam a cidade

Fabíola Cunha

Seu Antônio e o carrinho de pipoca durante entrevista para documentário exibido no portal Memória Viva (Foto: Divulgação)

Pelo nome completo, Antônio Braz da Silva, talvez você não o conheça. Mas pela atividade e local de atuação, difícil não reconhecer: Seu Antônio, o pipoqueiro, vende o quitute em seu carrinho em locais como a Praça da Liberdade (em frente ao Fórum de Rio Claro), no Jardim Público, na Praça Dalva de Oliveira, campos de futebol e ginásios de esportes há décadas.

Natural de Bilac (a 375 km de Rio Claro) ele trabalhou na Cervejaria Caracu, na antiga Três Fazendas e em trens de passageiros antes de comprar o carrinho de pipoca que o faria famoso na cidade .

Em janeiro deste ano o projeto Memória Viva: arte, cultura e história, do Arquivo Público e Histórico de Rio Claro (APHRC), lançou o documentário onde Braz é protagonista.

Apesar de não ser rio-clarense na certidão de nascimento, ele explica que adotou a cidade e foi adotado por ela: “Adoro essa cidade como ninguém, a gente se dedica mais aqui do que onde nasceu, aqui é minha terra, meus filhos gostam daqui e eu também gosto. A gente enraizou aqui”, explica no documentário.

Taciana Ferreira Carapeba Panini, analista cultural do APHRC e uma das coordenadoras do Memória Viva, explica que esse é um dos muitos registros que têm sido feitos desde 2009 de pessoas comuns que relatam suas vidas e, é claro, a vida da cidade que viram crescer e se transformar: “São muitas gravações, algumas ficam armazenadas aqui e outras viram documentários”, explica.

Esse e outros vídeos podem ser conferidos gratuitamente no site do projeto: www.memoriaviva.sp.gov.br. Mais informações: (19) 3522-1038.

Redação JC: