Professores irão debater possibilidade de paralisação nas escolas de Rio Claro

Centenas de professores e dezenas de diretores se reuniram para discutir problemas na área da Educação local

Uma nova crise envolvendo os professores da rede municipal de ensino toma forma na Prefeitura de Rio Claro. Quase 60 diretores das escolas e educadores se reuniram na noite de quarta-feira (12) através do Conselho Municipal de Educação (Comerc) para debater a situação envolvendo a educação do município, sobretudo, problemas recorrentes e novos que têm surgido.

O mais recente envolve o cancelamento do tradicional pagamento generalizado de um terço de férias no período do recesso em janeiro, fato repercutido na sessão da Câmara Municipal na segunda-feira (10). Apenas professores com o prazo vencido de férias serão contemplados, os demais apenas na data contratual – apesar de historicamente a maioria ser contemplada no mesmo mês de janeiro.

A Secretaria de Educação alega uniformização dos pagamentos e que segue rigorosamente a legislação trabalhista, garantindo que todos os direitos dos trabalhadores estão e continuarão sendo integralmente assegurados. No entanto, ainda nesta quinta-feira (13), a secretária Valéria Velis estará no plenário da Câmara de Vereadores para esclarecer a situação.

Paralisação

Na reunião de quarta-feira, foram debatidos temas, como a demissão inesperada das auxiliares administrativas sem reposição imediata dos profissionais demitidos, descompasso recorrente entre o fim dos contratos e a realização de processos licitatórios, o que ocasiona desabastecimento e falta de funcionários.

A falta de pagamentos de licença-prêmio em pecúnia e na concessão de progressões também foram abordados, bem como a redução de linhas no transporte escolar e problemas na merenda escolar. No entanto, outro foco também entrou em debate.

Quase 400 educadores aceitaram se reunir na próxima segunda-feira (17), na frente do Paço Municipal, para deliberar sobre a possibilidade de ocorrer uma paralisação no trabalho dos professores. Os profissionais também são aguardados na audiência pública desta quinta-feira com a presença da titular da pasta. Vale lembrar que o Ministério Público instaurou no meio deste ano um inquérito civil para apurar irregularidades com a falta de insumos de merenda e materiais de higiene nas escolas. As novas questões também deverão ser levadas à Promotoria de Justiça.

Lucas Calore: