“Produtor rural está abandonado”, diz sindicato

Carine Corrêa

Em junho, uma idosa de 83 anos foi atacada sexualmente em um sítio na Estrada Ajapi-Leme

Inseguros. Assim define o sentimento dos moradores da zona rural do município Ricardo Schmidt, presidente do Sindicato Rural de Rio Claro. Ele revela que a principal causa do êxodo rural para a cidade é a insegurança.

“Uma vez que você é roubado e mantido refém, a família fica traumatizada e vai pra cidade, porque tem vizinho e mais movimento. No campo, as propriedades são distantes umas das outras. Temos que fazer por conta própria, porque o Estado está ausente: colocando câmeras, cerca elétrica e contratando segurança particular. A lei também é muito frouxa. Às vezes o produtor vai fazer o boletim de ocorrência e o bandido sai antes dele da delegacia. Não vemos uma investigação correr depois disso. Já tivemos várias reuniões sobre segurança e nunca deu em nada”, diz Schmidt.

Ele ainda revela que apenas uma viatura da Polícia Militar faz a ronda na zona rural, mas a mesma viatura tem de percorrer as estradas de Brotas até Santa Gertrudes. “São mais de 2 mil km de estradas para percorrerem sozinhos. Ou seja, é humanamente impossível darem uma proteção relativamente boa para o produtor rural. E a culpa não é da PM. O governo não fornece viaturas e contingente. O governo municipal colocou uma base da GCM em Assistência, mas não funciona. Não existe uma patrulha rural da Prefeitura”, conclui.

Vale lembrar que, na terça-feira (27), um menino de 14 anos foi baleado durante uma tentativa de assalto a uma propriedade rural. “Três criminosos, um deles utilizando uma arma de fogo, adentraram o sítio, arrombaram uma das portas da casa e efetuaram um disparo de arma que atingiu a vítima”, detalhou a PM.

Redação JC: