Políticos locais comentam decisão do impeachment

Antonio Archangelo

Na imagem, Dilma Vana Rousseff (PT), a primeira mulher a ocupar a Presidência do Brasil (foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Minutos após a queda de Dilma Rousseff do cargo de presidente da República, em nota oficial, o prefeito de Rio Claro, Du Altimari, do PMDB, voltou a se posicionar indiretamente pela manutenção da petista.

Sem citar explicitamente, Altimari mencionou que “nós, que tivemos a oportunidade de participar das lutas pela redemocratização do País e por eleições diretas para presidente, continuamos com nossa posição em defesa do processo democrático, entendendo que o resultado das urnas deve sempre ser respeitado. Quando a Câmara Federal votou pela continuidade do processo de impeachment, ficou evidenciada a falta de articulação do governo para reverter o quadro desfavorável à presidenta Dilma Rousseff, o que, agora, se confirmou no Senado” disse o prefeito. “Com a nova situação política do País, vamos torcer para que as coisas se estabilizem, a economia volte a crescer e o Brasil retome o seu ritmo de desenvolvimento. Em Rio Claro, vamos continuar nosso trabalho nos serviços, programas e obras que atendem a comunidade e garantem novos avanços nos índices de qualidade de vida dos rio-clarenses”, mencionou o peemedebista.

Por outro lado, o deputado estadual Aldo Demarchi, do DEM, citou que, “ao contrário do que ela e seus apoiadores alegaram, todo o processo de impeachment ocorreu dentro da Constituição e em obediência ao devido processo legal. Prova disso é que todas as tentativas de impedir que ela fosse processada e julgada foram rechaçadas pelo Supremo Tribunal Federal, cujo presidente, aliás, dirigiu a sessão de julgamento. O crime de responsabilidade é um fato irrefutável e a consequência, acredito, será o afastamento definitivo da senhora Dilma Rousseff”, disse o deputado.

Mais uma vez procurada, a direção do Partido dos Trabalhadores (PT) não comentou a decisão do Senado Federal. Após seis dias de sessão e mais de 60 horas de trabalho, o Senado Federal decidiu nessa quarta-feira (31), por 61 votos a 20, condenar Dilma pelo crime de responsabilidade e retirar seu mandato de presidente da República.

Denúncia

O processo de impeachment foi concluído quatro meses e meio depois de chegar ao Senado, período marcado por divergências e intensos debates entre aliados e opositores de Dilma Rousseff. A denúncia apresentada contra ela, pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, foi aceita em 2 de dezembro de 2015 pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Redação JC: