Considerada por muitos como uma tradição “inofensiva”, a soltura de balões é, na verdade, um crime ambiental com consequências graves. Para combater esse tipo de crime, a Polícia Militar Ambiental e a Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DIIMA), atuam de forma colaborativa e contínua em todo o estado de São Paulo.
No primeiro semestre do ano, a PM Ambiental registrou 25 autos de infração e aplicou multas no valor de mais de R$ 380 mil em todo o território paulista. A Polícia Civil, por sua vez, registrou 13 ocorrências nas duas delegacias da DIIMA, na capital paulista.
Os números evidenciam a preocupação das autoridades de segurança em coibir essa prática, que pode ter consequências incalculáveis. Incêndios, danos estruturais, risco à aviação civil e até mortes. Os perigos causados pela soltura de balões não param de crescer.
Além do apoio da população, a Polícia Civil também realiza campanhas anualmente, sempre advertindo para os perigos inerentes. Os riscos envolvidos são os mais variados, passando por incêndios com degradação do meio ambiente, danificação de edifícios, dano à aviação, interrupção dos serviços públicos por prejuízos estruturais e até mesmo risco de morte.
“Quando um balão sobe, ninguém sabe onde vai cair. Pode atingir casas, escolas, postos de energia ou causar incêndios em áreas verdes inteiras”, alertou o capitão Felipe Leme. Só em 2024, a PM Ambiental aplicou mais de R$ 1 milhão em multas ligadas à atividade baloeira.