OPINIÃO: que 2022 seja mais leve, que os políticos em guerra por poder e dinheiro passem a olhar além de suas redomas

CHEGA DE TRAGÉDIA

Por Jaime Leitão

O ano de 2021, que está encerrando a sua carreira, foi trágico, com inúmeras mortes por Covid, não só aqui, mas também em muitos outros países. Em vários deles, principalmente na África, morreram muitas pessoas porque não havia vacinas para a população. Em outros, os chamados países ricos, muitos morreram porque se   recusaram a ser vacinados, em um negacionismo que mistura ideologia com extremismo e fundamentalismo; em uma composição  explosiva, com resultado macabro.

Acidentes de avião, homicídios, chacinas, acidentes com passageiros de ônibus e vans, em excursões ou indo em busca de tratamento em hospitais em cidades com mais  recursos do que aquelas nas quais as vítimas moravam.

E agora em dezembro, 2021 se apresenta carregando nos ombros mais tragédias: cidades destruídas nos EUA,  por dezenas de tornados, resultando em dezenas de  mortes. No Sul da Bahia, cidades inundadas e casas destruídas, com vítimas fatais. Em Minas, o quadro trágico provocou também perdas humanas e materiais.

Em meio aos escombros, às pontes caídas, brota a solidariedade, o acolhimento, tão fundamentais em meio a tamanha desolação.

Que 2022 seja mais leve, que os políticos em guerra por poder e dinheiro passem a olhar além de suas redomas, de seus bunkers e comecem a perceber que, antes de tudo, deve prevalecer o apreço pelo humano e pelo ecossistema como um todo. Governar para um grupo restrito,  ignorando a maioria, demonstra uma falta de sensibilidade e de visão que prejudica a todos de forma trágica.

O colaborador é cronista, poeta, autor teatral e professor de redação.

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