Nebulização contra mosquito da dengue é mais eficiente que fumacê

Município

Funcionários da prefeitura fazem nebulização em uma residência. A equipe estará no bairro Santa Elisa nesta quinta-feira (26)

Rio Claro enfrenta uma epidemia de dengue com 1.270 casos confirmados da doença. Por conta disso, a prefeitura intensificou as ações de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti em vários pontos da cidade. Um dos métodos utilizados é a nebulização, que substituiu o antigo fumacê.

“O fumacê foi substituído pela nebulização por sua eficácia em 90%, segundo comprovação científica. O fumacê era realizado nas ruas com eficácia de apenas 40%”, explica a Fundação Municipal de Saúde. De acordo com a autarquia, desde 2001 a aplicação de fumacê no combate à dengue foi restringida pela Secretaria de Saúde do Estado.

“A justificativa é que o produto usado no fumacê tem baixa eficiência e não atinge os mosquitos que estão dentro das casas, além de provocar graves impactos ambientais, como morte de pássaros, plantas e complicações em pessoas que apresentam problemas de saúde, principalmente pulmonares”, comenta.

A nebulização age diretamente no foco do mosquito que está amoitado nos cantos e nos acúmulos de água, e não causa transtornos ao meio ambiente nem riscos à saúde das pessoas, apesar de também ser um produto tóxico.

Independentemente de aplicação de produto, a população deve evitar criadouros do mosquito transmissor em suas residências, não deixando vasilhas, pneus ou qualquer outro recipiente que possa juntar água. No verão faz mais calor e chove, aumentando os locais com água parada. O calor acelera o ciclo do mosquito.

Unidade do bairro

A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro também está orientando que, caso a pessoa tenha os sintomas iniciais como febre alta, dores nas articulações, dor de cabeça e nos olhos, ela deve procurar imediatamente a unidade de seu bairro, pois lá haverá consulta e as orientações necessárias para seu tratamento.

A pessoa só deve procurar UPA e PA Cervezão se os sintomas se agravarem, como sensação de desmaio, dores abdominais intensas e vômitos que não cessam; ou nos finais de semana, quando a unidade do bairro permanece fechada.

A dengue não tem remédio nem vacina específicos. O paciente deve ingerir muito líquido para manter a hidratação, repousar e tomar a medicação prescrita pelo médico.

Ações de combate

Uma das regiões com maior número de casos de dengue em Rio Claro é a área central e, por este motivo, a equipe de combate à dengue realiza a partir desta quinta-feira (26) as visitações e orientações percorrendo casas e estabelecimentos comerciais. Além da área central, nesta quinta-feira o combate ao mosquito transmissor da dengue também estará na região do bairro Santana e nebulizando o bairro Santa Elisa.

Morte suspeita

Na terça-feira (24) uma mulher morreu com suspeita de dengue. A vítima foi Josina Pereira Ramos, de 50 anos. A causa da morte não foi confirmada pela Vigilância Epidemiológica, que informou que vai investigar o caso. O atestado de óbito foi emitido como morte por causa desconhecida.

Em entrevista à EPTV, a família questionou o atendimento recebido pela paciente na rede pública de saúde. Ela foi internada na segunda-feira (23) e faleceu na madrugada de terça-feira (24) com dores no corpo e dificuldades para respirar, entre outros sintomas.

De acordo com os familiares da falecida, Josina apresentava sintomas parecidos com os da dengue, mas o diagnóstico médico não confirmou a doença. Caso seja confirmada a dengue como causa dessa morte, esse será o segundo óbito registrado na cidade. Na última sexta-feira (20), foi confirmada a morte de um homem, de 72 anos, residente na zona rural do município.

Redação JC: