Morre em Araras o historiador Alcyr Matthiesen

O professor e historiador ararense, Alcyr Matthiesen, morreu nesta terça-feira (27), aos 83 anos. Ele era considerado referência na história de Araras. A causa da morte não foi divulgada.

Matthiesen começou a se dedicar a assuntos relacionados à cidade ainda adolescente, quando foi convidado, aos 15 anos, para ilustrar uma história em quadrinhos sobre a vida do Dr. Oscar Ulson para um  antigo Jornal do município. Desde então, foi se firmando como um dos principais pesquisadores sobre a cidade e suas particularidades, além de ter sido fonte de consulta para estudantes e interessados em conhecer mais sobre Araras.

Biólogo por formação, com mestrado em farmacologia, e apaixonado por cinema, ele também era desenhista e pintor, foi ator em grupos de teatro amador da cidade e dirigiu um filme que nunca chegou a ser exibido ao público por causa da censura da época.

Professor de ciências, Mathiesen lecionou na EE Dr. Cesário Coimbra e tem mais de 200 artigos publicados na imprensa ararense. Além de 10 livros escritos, ele também foi autor de álbuns, cartilhas, entre outros documentos sobre o desenvolvimento ararense ao longo dos anos. 

Nas redes sociais, o jornalista Rafael Faria lamentou a morte do historiador e disse que “hoje um livro ganha seu ponto final”. “Um homem cuja história foi dedicada a transcrever histórias e a eternizá-las em páginas. Era rico de prosa, embora seleto no seu círculo de amigos. Mas sempre preciso quando questionado sobre algum fato. Foi amante de Araras que, talvez, não o amou com tanta reciprocidade. Mas, pra ele, o importante foi amar, e amava a seu modo, empunhando sua caneta ou apresentando suas mãos na boa e velha máquina de datilografar que muito lhe acompanhou ao longo dos anos. Alcyr se vai, mas fica seu legado. Ficam livros, palavras e lições. A mais importante delas? O passado é rico e muito tem a nos ensinar. Um povo sem história é um povo sem fatos, lutas e conquistas. E, por ele, nosso eterno professor Alcyr, temos muito a ler e a nos orgulhar de nossas conquistas”, escreveu Faria.

Carla Hummel: