Morador de rua ganha campanha

 

Da Redação

Morador de rua dorme no chão do terminal de ônibus na antiga Estação (foto arquivo)

O Ministério da Saúde lançou na quarta (19) a campanha “Políticas de Equidade. Para Tratar Bem de Todos. Saúde da População em Situação de Rua”. A ação tem como objetivo valorizar a saúde como um direito humano de cidadania e ressaltar que as pessoas em situação de rua – – independente das roupas, das condições de higiene, do uso de álcool e outras drogas ou da falta de documentação – têm o direito de serem atendidas no SUS (Sistema Único de Saúde).

O Ministério da Saúde pretende enviar cartazes e material informativo para as unidades de saúde e os serviços de assistência social dos municípios para viabilizar a campanha.

O Brasil tem uma população de rua estimada em 50 mil adultos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), “essa população é composta predominantemente por homens (82%), negros (67%) e que exercem alguma atividade renumerada (70%). Entre os principais motivos que os levaram a sair de casa estão o alcoolismo/drogas (35,5%), o desemprego (29,8%) e os conflitos familiares (29,1%)”.

Em Rio Claro, a população de rua é pequena. A Secretaria Municipal de Ação Social tem cadastrado 55 moradores de rua em acompanhamento. Todos são adultos. Esse número é variável, visto que muitos são itinerantes e não ficam estabelecidos no município durante muito tempo. Essas pessoas são atendidas pela equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) criada especificamente para atender esse público. A equipe é formada por assistente social, psicóloga e técnicos em Desenvolvimento Social e atua dentro do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).

Essa equipe faz a abordagem social às pessoas em situação de rua para cadastrá-las e conhecer suas necessidades. “Após a aproximação social, a equipe estabelece vínculo com o morador de rua. A partir daí, os procedimentos variam de caso a caso. Pode ser feito encaminhamento para consultas médicas ou internação, ou um trabalho de reinserção familiar. Alguns são encaminhados para tentar emprego, para outros são fornecidos documentos e ainda podem ser feitos atendimentos emergenciais – banho, alimentação, entrega de cobertores, roupas e calçados”, explica a secretaria.

A pasta afirma que é feito um amplo trabalho dos profissionais para viabilizar acolhida na rede socioassistencial, respeitando as escolhas dos usuários e singularidades de cada situação. A secretaria esclarece que o atendimento não promove a retirada compulsória dessas pessoas das ruas. Para que os moradores de rua sejam atendidos é preciso que eles aceitem a oferta de ajuda.

A ocupação de espaços públicos por moradores de rua é alvo de muitas queixas por parte da população. O JC já fez várias matérias sobre o assunto em casos de ocupação no coreto do Jardim Público, no terminal urbano de ônibus na antiga Estação e recentemente na praça ao lado do Centro de Informações Turísticas de Rio Claro.

Para informar a presença de moradores de rua, a população pode acionar o Creas pelos telefones 3523-6420, 3523-6439 e 3524-8679, em horário comercial. À noite e fim de semana, acionar a Casa Transitória pelo telefone 3533-5277.

Redação JC: