Ladeira Porto Geral, na região da 25 de Março, ganha puxadinho para pedestres

Mercadorias de ambulantes em cima da faixa para pedestres Danilo Verpa/Folhapress

ALINE MAZZO – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Conhecida por estar sempre cheia de pedestres dividindo espaço com veículos, a ladeira Porto Geral, famosa rua de compras na região da 25 de Março, no centro da capital paulista, vai ter a área para circulação de pessoas ampliada.

A calçada do lado direito da via ganhou um puxadinho, com uma faixa pintada no asfalto. Segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, a medida tem objetivo de aumentar o distanciamento social, reduzindo a aglomeração de pessoas, tão comum na época das compras para festas de fim de ano.

Quem passa pelo local já pode ver a faixa colorida, com flores e folhas, pintada no local em que antes era permitido parar veículos. A arte foi uma proposta das ONGs ligadas à mobilidade parceiras do projeto, como SampaPé, Cidadeapé e Instituto Aro MeiaZero. A pintura, que começou a ser feita no último domingo (18), ainda traz mensagens lembrando a importância de manter distância entre as pessoas nesse período de pandemia do novo coronavírus.

O espaço para os pedestres tem 110 m de comprimento, 2,2 m de largura, quase metade dos 5 m totais da via. No horário comercial, passam por hora na via cerca de 13 mil pedestres e aproximadamente 170 veículos, segundo a secretaria.

Segundo a secretaria, a exclusividade para pedestres na faixa já está valendo. Nesta terça-feira, no entanto, muitos veículos invadiam o espaço. Até ambulantes exibiam seus produtos no asfalto. A pasta informou que vai reforçar a orientação no local, para que motoristas e pedestres respeitem a nova sinalização.

Os impactos da ação serão monitorados na região, segundo a secretaria, e sua continuidade ou ampliação dependerá da avaliação dos resultados observados.

As medidas para facilitar a circulação de pedestres foram discutidas em oficinas virtuais, com entidades ligadas à mobilidade e representantes do poder público, realizadas em agosto. Além de estudos técnicos, os primeiros endereços que devem receber intervenções levaram em conta “fluxo de pedestres, vias com concentração de comércio e serviços, bem como a proximidade de estações de metrô, terminais de ônibus e hospitais”, segundo a secretaria.

A avenida Kumaki Aoki, no Jardim Helena, extremo da zona leste de SP, foi a primeira via a receber obras para ampliação de calçadas durante a pandemia, para evitar aglomeração de pedestres.

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