A reportagem do Jornal Cidade foi acionada novamente por moradores dos blocos 6 e 8 do Condomínio Alemanha, no Jardim das Nações 1, para conferir a realidade enfrentada por eles há 20 dias. No dia 18 de novembro, um temporal com fortes ventos destelhou o prédio e desde então as famílias afirmam esperar por uma solução que nunca chega.
“A nossa rotina é colocar balde e tirar balde. Passar pano para tentar conter as infiltrações que nunca acabam. Sai água das tomadas, pinga do teto, das lâmpadas. Eu perdi cama, sofá. Eu, meu marido e meu filho de um ano e seis meses estamos dormindo em um colchão que está na sala cercado por baldes e panos. Nossas roupas estão todas amontoadas em um dos poucos cantos onde não tem goteira. O piso do quarto levantou. A prefeitura sugeriu de irmos para um albergue, mas não é isso que eu quero. Eu pago prestação em dia e quero uma solução. Essa obra foi entregue há apenas três anos e olha o pesadelo que é isso”, lamenta a moradora do quarto andar, Cintia Franco.
As prestações pagas variam entre R$ 80,00 e R$ 300,00. Exatamente por não ser “de graça” que os moradores já pensam em realizar um abaixo-assinado e entrar com uma ação coletiva: “Vamos organizar isso sim e será contra a construtora, a prefeitura e o banco”, disse Erica Costa Doria, moradora do bloco 6, que em alguns pontos apresenta rachaduras: “Eu sinceramente temo pela minha vida, dos meus filhos e dos meus vizinhos. Não sou nenhuma especialista em engenharia, mas está na cara que isso que estamos vendo aqui em tão pouco tempo não é normal”.
“Meu apartamento está cheirando mofo, bolor. Isso faz mal pra minha saúde, para saúde da minha filha. As paredes molhadas, pelo piso verte água. Sou moradora do 1º andar e isso é um pesadelo e está difícil de acordar”, relatou Natalia Freitas Campos.