Insegurança aos que trabalham à noite

Carine Corrêa

Joãozinho do Lanche teria sofrido dois assaltos no último final de semana: um no sábado (2) e o outro que resultou em sua morte

A morte de Joãozinho do Lanche no último final de semana durante uma tentativa de assalto reacendeu a discussão sobre a falta de segurança aos profissionais que trabalham no turno da noite. Taxistas, hamburgueiros, frentistas e porteiros são alguns dos trabalhadores que atuam no período noturno.

O JC ouviu a opinião de alguns profissionais. O taxista Milton Furquim de Castro Junior, Lu do Lanche e João Batista de Oliveira, que mantém há 25 um carrinho de lanches na Rua 14 com a Avenida da Saudade.

Lu do Lanche diz que toma algumas medidas preventivas para evitar os assaltos. “Não trabalhamos depois da meia-noite por questão de segurança. Mesmo perdendo alguns clientes nesse horário, preferimos assim. Tenho câmera de segurança e trabalhamos com cartões, o que diminui o risco de ser abordado por algum ladrão. O dinheiro em caixa acaba se tornando um chamariz”, comenta o comerciante.

O colega de profissão diz que o policiamento na cidade não é suficiente. “Em 25 anos nunca tive problemas, mas sempre tem a primeira vez. Vai chegar um tempo em que vamos precisar trabalhar com segurança particular. O total de policiamento de uma cidade não é capaz de ajudar a todos”, avaliou.

O taxista Milton avalia que o profissional que trabalha à noite está mais vulnerável ao crime.

“Não é possível existir ação policial suficiente para coibir esses atos. Não há efetivo para tantos lugares. Na minha opinião, isso ocorre devido à lei branda e seus subterfúgios”, observou.

Joãozinho do lanche: dois assaltos

A ocorrência da PM sobre a morte de Joãozinho do Lanche detalha que ele sofreu duas tentativas de assalto no final de semana. A primeira foi no sábado (2), ele foi roubado e reagiu, sofrendo uma coronhada e várias escoriações. Testemunhas disseram que ele teria dito ao ladrão no assalto de domingo (3): “Você outra vez”.

Insegurança

Profissionais que trabalham durante a noite reclamam da falta de segurança. Postos de combustíveis sempre estão na mira dos criminosos. Na sexta (1º), por exemplo, posto situado na Rua 1, no Inocoop, foi assaltado por volta das 22h30.

Redação JC: