Gás de cozinha deve ficar 15% mais caro

Ednéia Silva

Os consumidores brasileiros foram surpreendidos na segunda-feira (31) com o anúncio de um aumento de preço. Depois do combustível e da energia elétrica, agora é a vez do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, popular gás de cozinha. A Petrobras anunciou alta média de 15% no valor do produto, que entrou em vigor nessa terça-feira (1º).

A Petrobras justificou o reajuste dizendo que o gás de cozinha não sobe desde dezembro de 2002. Para os consumidores, a situação é diferente. Em 2009, o gás subiu de R$ 35,00 para R$ 40,00, alta de 14,28%. Hoje, o valor do botijão de 13 quilos varia de R$ 40,00 a R$ 50,00, segundo pesquisa informal feita pelo JC. Se os 15% forem aplicados sobre esses valores, os novos preços serão de R$ 46,00 e R$ 57,50.

Botijões de gás de cozinha armazenados. Preço do produto deve ficar mais caro

Mas os revendedores ainda não sabem qual será o percentual de aumento e quanto será repassado ao consumidor. Em depósitos consultados pelo JC, todos afirmaram que ainda estavam aguardando a nova tabela dos fornecedores, que deve ser divulgada até o fim da semana. “Vou ver com meu fornecedor o novo valor”, disse Jéssica, atendente de uma revendedora.

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), que reúne as principais distribuidoras, os reajustes vão variar de acordo com o local de entrega, alguns de 9,5% até 17%. “Como os preços são livres em todos os elos da cadeia e o mercado tem autonomia para fixá-los, a alta do preço nas refinarias aumenta a pressão de custos sobre o Gás LP para o consumidor final”, explica a entidade.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) faz levantamento semanal de preço de combustíveis e gás nos municípios. De acordo com a pesquisa, nas duas últimas semanas de agosto, o preço médio do GLP era de R$ 42,63, com preço mínimo de R$ 38,00 e máximo de R$ 45,00 nos estabelecimentos pesquisados pela agência.

E haja aumentos. O governo anunciou nessa terça-feira (1º) que vai rever as alíquotas do PIS/Cofins na venda a varejo de computadores e notebooks, tablets, modems, smartphones e roteadores digitais. Além disso, também vai aumentar os impostos para bebidas quentes, como vinhos e destilados.

Redação JC: