Fórum: plenário do Júri será retirado de obra final

Lucas Calore

A retomada da construção do novo prédio do Fórum Criminal de Rio Claro ainda não tem data para acontecer.

Com obras paralisadas desde 2014, a Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo prevê para “breve” a abertura da nova licitação que irá contratar a empresa que deve concluir as obras.

Retirada do Júri

Segundo o diretor do Fórum, o Dr. Cláudio Luis Pavão, que esteve nesta semana na capital paulista para tratar do assunto, está confirmada a retirada do Plenário do Júri da obra final para que o custo do projeto seja reduzido. Ano passado, a pasta havia previsto cerca de R$ 8,5 milhões para terminar a construção.

De acordo com Pavão, esse valor cairá para cerca da metade, em números ainda não atualizados. O valor do novo investimento não é relativo apenas ao prédio, mas a todo o entorno do seu terreno.

“Seria uma forma de baratear em razão das dificuldades orçamentárias de toda administração pública, em especial da Secretaria da Justiça. Compreendemos que a arrecadação estadual caiu e isso afeta. É uma forma de colaboramos”, comenta.

O diretor do Fórum, Dr. Cláudio Luis Pavão, no atual Plenário do Júri

Novo prédio

As varas criminais e o setor social irão para o novo espaço. As sessões do júri deverão prosseguir sendo feitas no Centro, assim como as varas cíveis, Fazenda, central de mandados, administração e parte da promotoria do Ministério Público, entre outros.

Improviso

O atual Fórum, quando inaugurado, abrigava duas varas. Hoje em dia abriga dez dentro do mesmo prédio e outras duas em imóvel locado.

“O pior é o improviso. Os funcionários sofrem com isso, mas quem sofre mais é o cidadão. O menor dos problemas acontece durante os dias quentes [não é toda estrutura que possui ar condicionado]. Outra questão é a acessibilidade, atualmente o elevador está quebrado e aguardamos a chegada de uma peça”, conta Pavão.

Em relação aos julgamentos, o problema é maior. “Quando vêm testemunhas de acusação e de defesa, ambas ficam no mesmo corredor. Essa proximidade não é confortável para o cidadão. No novo é cada coisa no seu lugar. Tem o gabinete do juiz, a sala de audiência, outra para a testemunha e carceragem”, aponta o diretor.

Carceragem

A questão da carceragem é destacada por Pavão. Atualmente, em espaço pequeno, até 15 homens ficam confinados no mesmo dia. O problema é quando há mulher ou um menor de idade no período. “Temos que improvisar. Se exige muito e se oferece pouco para o Poder Judiciário dar a resposta. Tentamos na medida do possível improvisar, mas é difícil”, lamenta.

Demora

A construção do novo prédio do Fórum criminal foi iniciada no ano de 2010 com prazo inicial de término de 12 meses. Já em 2014, com obras atrasadas, tudo foi paralisado.

Redação JC: