”Fora de moda”, diz Gustavo sobre debate da privatização

Prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto, nos estúdios da rádio Jovem Pan News, FM 106.1 MHz

Prefeito Gustavo Perissinotto responde às críticas do Conselho Municipal da Educação de que chamamento das OSs é uma privatização indireta

“É exatamente pra enfrentar esse desafio (da terceirização) que estamos propondo um novo modelo, pra gente superar esse desafio, e pra gente, primeiro de tudo, melhorar a prestação do serviço”. Foi assim que o prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto, explicou a decisão de abrir o chamamento para as Organizações Sociais-OSs na Secretaria de Educação.

O prefeito explica que, do ponto de vista pedagógico, a rede está bem estruturada, com profissionais com sólida formação, e afirma que não pretende mudar a forma de contratação dos professores, que é feita através de concurso público. “O desafio histórico de Rio Claro é naquilo que é de suporte pedagógico, é a limpeza das escolas, é a auxiliar de cozinha, é a alimentação escolar, é o transporte da criança. E tivemos isso agora no meu mandato no primeiro semestre, eu reconheci essas falhas aqui, injustificáveis, que não poderiam ter acontecido, mas tivermos. E a partir daí fomos estudar modelos que funcionassem”, declarou.

Resposta ao Comerc

Na entrevista, o prefeito também comentou o posicionamento contrário ao chamamento das OSs definido pelo Conselho Municipal da Educação. “A questão da privatização é até assim uma coisa meio blasé, fora de moda, do século passado. A lei da PPP quem fez foi o Lula. O governo federal é o que mais privatiza, governo de esquerda (…) Concurso público? OK, então vamos fazer para coletor de lixo? Para motorista de ônibus? E comprar ônibus? Nós vamos colocar para dentro da prefeitura mais de duas mil pessoas. Sabe o que vai acontecer se a gente acolher a tese da presidente do Conselho? No ano que vem, por força da Lei de Responsabilidade Fiscal, a hora que a gente inchar essa máquina, o reajuste para o servidor vai ser zero. Será que é isso que essa pessoa defende?”.

Carla Hummel: