A Secretaria Municipal de Agricultura deve realizar na terça-feira (19) uma reunião com dezenas de feirantes que atuam na tradicional Feira do Cervezão. A iniciativa acontece para se debater e apresentar o projeto que a pasta está desenvolvendo para transferir o evento, que acontece há cerca de 40 anos na Avenida M-25, para dentro do Parque da Lagoa Seca, na Avenida M-21. Reportagem do Jornal Cidade, em novembro, revelou que feirantes estavam preocupados com a situação no local, diante da instalação de uma placa para alugar o terreno.
Conforme informa o chefe de gabinete da pasta, Elias Hussni, a reunião acontece para “apresentar o projeto e ouvir a opinião de todo mundo. A opinião de todos é importante, queremos ouvi-los”, diz. No mês passado, o representante destacou que, embora não haja uma data definitiva, já existe um projeto em andamento para a remodelação e adaptação da área da Lagoa Seca, visando à feira aos domingos.
“Os principais impulsionadores dessa mudança residem na natureza não municipal do terreno atualmente disponível para locação, nas limitações do acesso aos recursos, como o uso do banheiro da escola, e nas restrições da capacidade elétrica do local, impactadas pela frequência crescente dos feirantes”, disse Elias.
O assunto levantado pelo JC chegou à Câmara de Vereadores. Vereadores como Hernani Leonhardt (MDB), Adriano La Torre (PP), Rafael Andreeta (sem partido), Julinho Lopes (PP), Sivaldo Faísca (União Brasil) e Carol Gomes (Cidadania) opinaram sobre a mudança e destacaram a necessidade de diálogo com os comerciantes para que não sejam prejudicados.
A Feira
É nas primeiras horas da madrugada de domingo que os produtores rurais e comerciantes começam a chegar ao terreno na Avenida M-25, ao lado da Escola Municipal ‘Sebastião da Silva’, para montar a tradicional Feira do Cervezão. O evento é permanente e acontece há décadas neste mesmo lugar. No entanto, nas últimas semanas, os feirantes observaram a instalação de uma placa com propaganda de ‘aluga-se’ para a área e também relataram que foram informados pela Prefeitura sobre a possibilidade de terem de deixar o local em que trabalham há dezenas de anos. A maior parte do terreno é particular e a área menor é de propriedade do município.