Eleições 2016: presidentes falam sobre o cenário local

Favari Filho

A corrida eleitoral já começou em Rio Claro, ainda que nos bastidores. Possíveis concorrentes ao pleito já agem como pré-candidatos e articulam, aqui e acolá, os meios que justifiquem o fim de suas candidaturas. Para a situação fica a tarefa de decidir junto aos partidos da base um nome para suceder Du Altimari (PMDB); já, à oposição, a missão de lançar um nome que supra as expectativas dos rio-clarenses.

Para saber como andam as conversas, o Jornal Cidade ouviu seis presidentes de partidos (Francisco Quintino PPS, João Walter PSDB, Luiz Curinga PCdoB, Rogério Marcheti PSD, Tuzinho Costa PRB e Valdir Duarte PSC), que discorreram acerca do possível lançamento de candidatos próprios, as prováveis composições e também sobre o atual cenário da política local.

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O presidente do PPS, Francisco Quintino, revelou que o partido está dialogando com outras agremiações no intuito de identificar pontos de convergência para a construção de projeto alternativo na disputa municipal de 2016. “O PPS tem nomes à disposição para concorrer à eleição de prefeito, que vai depender dos avanços e dos entendimentos coletivos entre os partidos para o embate eleitoral.”

João Walter, que está à frente do PSDB, enfatizou que o partido tem uma comissão de trinta e nove membros que formam o diretório da executiva municipal, a quem atribuiu a decisão. “A princípio vamos lançar candidato, mas seria arrogante demais sair majoritário sem conversar com os demais partidos”, apontou. O tucano disse ainda que o processo deve começar somente no dia 3 de outubro, mas que “o PSDB está aberto para conversações”.

“O PCdoB está se preparando para eleger o primeiro vereador da história do partido no município”, sentenciou o presidente Luiz Curinga. De acordo com o comunista, uma chapa está sendo organizada no intuito de estreitar relações com diversos candidatos. Quanto ao pleito para o Executivo, Curinga lembrou que o partido integra a frente progressista “por acreditar que as conquistas obtidas devem continuar” e expôs, peremptório: “o candidato do PCdoB é o do grupo, aquele que consiga garantir a unidade e os posicionamentos do partido”.

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Rogério Marcheti também revelou que a discussão no PSD está bem encaminhada e que alguns nomes já despontam dentro do quadro para uma possível sucessão ao prefeito Du Altimari, que chegando ao fim do segundo mandato não pode mais concorrer às eleições. “A decisão será dentro do grupo, mas estamos trabalhando na ideia de renovação, há um cansaço da mesmice política rio-clarense. É preciso novas ideias, novos candidatos, novas pessoas”, enfatizou.

Já para Tuzinho Costa (PRB) a disputa ao cargo do Executivo é certa. O presidente revelou que a determinação do diretório estadual do partido é lançar o maior número de candidatos a prefeito em todo o país, portanto Rio Claro deve contar – além dos candidatos a vereador – com um nome no embate para o cargo de alcaide. “Por enquanto estamos conversando, se não houver outra composição possível, o candidato provavelmente será eu mesmo”.

No PSC a preocupação principal no momento é com a chapa de vereadores. De acordo com o presidente Valdir Duarte, a agremiação vem em um crescendo de filiados com bons nomes que podem vir a ser cogitados para uma possível tentativa à prefeitura da Cidade Azul. “Temos nomes e pessoas interessadas na disputa, mas não há ainda nenhum fechado para prefeito, pois, como disse, o nosso objetivo agora é fazer uma boa chave de vereadores.”

Francisco Quintino (PPS):

“No meu entendimento, existe uma lacuna no cenário político que pode ser preenchida por nova força política. Vejo dificuldades para os mesmos, não é sempre que se tem eleição decidida por candidato único.”

João Walter (PSDB):

“Acredito que é o fim da era petista, pois já mostraram a que vieram, tiveram a oportunidade e a situação piorou para todo mundo. Deixa essa gente para lá porque é uma turma que não quer trabalhar.”

Luiz Curinga (PCdoB):

“Ainda é muito prematuro saber como as forças políticas vão se organizar, o que temos convicção é que a frente progressista deve se manter unida, afinal de contas foi construído um projeto político.”

Rogério Marcheti (PSD):

“O quadro de filiados está bom e já temos diversas possibilidades para discutir com o grupo. Vamos lançar candidatos para vereadores e, para prefeito, também contamos com alguns nomes significativos.”

Tuzinho Costa (PRB):

“Há muita especulação sobre o assunto e tudo pode acontecer tanto de um lado, quanto de outro. Pode haver muitas surpresas, porque todos têm condição de ser bem-sucedidos nas próximas eleições.”

Valdir Duarte (PSC):

“Acredito que a questão da disputa para prefeito deve começar a afunilar somente depois do mês de setembro e, com certeza, o grupo pode decidir por um nome que venha de qualquer um dos partidos da base.”

Redação JC: