A Comissão Processante (CP) instaurada na Câmara Municipal para investigar o vereador suspenso Dalberto Christofoletti (PSD) pediu a cassação do mandato do político por quebra de decoro parlamentar. Dalberto está afastado das funções por determinação da Justiça já que é investigado em outro processo, pelo Gaeco, por suposta corrupção na Secretaria Municipal de Cultura.
Nesta terça-feira (2), a CP fez a leitura do relatório final da investigação dentro da Casa de Leis rio-clarense. Dalberto não esteve presente no plenário, mas sim estava o denunciante Rafael Andreeta (Republicanos) e demais vereadores.
A Comissão Processante tem Diego Gonzales (PSD) como presidente, Claudino Galego (PP) relator e Elias Custódio (PSD) membro. Agora, o presidente da Câmara Municipal, José Pereira (PSD), tem até o dia 26 de setembro para marcar a votação do relatório: pela aprovação, ou seja, pela cassação de Dalberto, ou pela rejeição, isto é, arquivamento do pedido.
O relatório diz que provas demonstram sem sombra de dúvidas que o representado permaneceu e continuou mandando, desmandando, controlando, a Secretaria Municipal de Cultura, mesmo após a sua posse no mandato de vereador – o que configura quebra de decoro.
Nos bastidores é grande o comentário de como votarão os vereadores do Governo Gustavo Perissinotto (PSD). Até lá, o investigado terá tempo para convencer os vereadores a salvar seu mandato.
Dalberto alega “discorda da decisão da Comissão Processante pela procedência de uma denúncia que foi usada como “cortina de fumaça” pelo Vereador Rafael Andreeta para esconder seu escândalo de Caixa 2 que apareceu no mesmo dia (já há pedido de Comissão Processante contra Andreeta sobre este escândalo). Ficamos tristes ao constatar a desconsideração com o devido processo legal, pois não há provas ou testemunhas da suposta quebra de decoro parlamentar. Ainda moramos na terra de Ulysses Guimarães, na terra da Constituição que garante o amplo direito de defesa e do contraditório. Assim, ao final, no Plenário ou na Justiça, venceremos”.