A fiscalização do Coren (Conselho Regional de Enfermagem) de São Paulo concluiu um relatório que aponta irregularidades na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Elisa Sbrissa Franchozza em relação ao atendimento contra o novo coronavírus. O local se tornou, nesta semana, uma URC (Unidade de Retaguarda Covid).
No relatório sobre as condições da UPA, o conselheiro Luciano Santos e a fiscal Silvéria Braz destacam as péssimas condições de trabalho como falta de luvas, paredes em mau estado de conservação assim como o mobiliário, além da falta de profissionais especializados que atuam, diariamente, no serviço de urgência e emergência.
“Identificamos também que o expurgo e a copa estão em ambientes vizinhos, o que não é considerado correto, e que os fluxos de atendimento de pacientes com a Covid-19 e demais pacientes não estão devidamente segregados. Alertamos para o risco de infecção cruzada. A UPA não era referência para Covid-19 e passou a ser nos últimos dias, o que exige muitas adaptações”, ponderou Luciano.
O que diz o prefeito
O prefeito Pedrinho Eliseu (PSDB) desabafou sobre a fiscalização. Argumentou que a URC foi montada de última hora para não deixar nenhum ararense sem leito.
“Foi em menos de uma semana. E está dando certo. E talvez [esteja] incomodando alguns justamente por isso. Muita coisa boa está acontecendo na nossa unidade de campanha, comparada com esses pequenos problemas. Não fazemos milagre, menos ainda em dois meses. Mas aqui é trabalho. A secretaria de Saúde vai corrigir esses pequenos problemas, perto da grandeza em que se transformou aquele tão bonito e relevante local. Não precisava nada disso. Vamos seguir trabalhando e buscando o incentivo das pessoas que estão apoiando – a esmagadora maioria. E, à meia dúzia que quer causar, é simples, deixo as seguintes perguntas: onde querem chegar? Criar problemas para o funcionamento da unidade? Vocês assumirão as consequências? Pensem bem, pensem nas pessoas que precisam”, afirmou ele.