Ciberataques se espalham em escala global e já atingem mais de 70 países

O vírus cibernético conhecido como malware já chegou a várias dezenas de países. O software do tipo ransomware, que sequestra dados e pede um resgate para liberar o sistema, infectou diferentes empresas e instituições na Espanha, Taiwan, Rússia, Portugal, Ucrânia, Turquia e Reino Unido — neste último, o vírus colapsou o Serviço Nacional de Saúde —, segundo informam as companhias de cibersegurança s21sec e Check-point. No Twitter, Costin Raiu, diretor global da equipe de investigação e análises da Kaspersky Lab, uma empresa de segurança cibernética, afirma que foram registrados mais de 45.000 ataques em 74 países. Até o momento, não afetou infraestruturas críticas. O ataque que afetou a sede da multinacional de telecomunicações espanhola Telefónica reverberou no Brasil, onde a companhia controla a Vivo, de acordo com o jornal O Globo.

A empresa divulgou nota, contudo, para dizer que seu sistema não foi afetado. “A Telefónica Espanha informa que na manhã de hoje foi detectado um incidente de segurança cibernética que afetou alguns computadores de colaboradores que estão na rede corporativa da empresa. Imediatamente, foi ativado o protocolo de segurança para tais incidentes com a intenção de que os computadores afetados voltem a funcionar o mais rapidamente possível”, informou. A nota termina dizendo que “a Telefônica Brasil não foi impactada pelo incidente de segurança, mas, mesmo assim, está tomando medidas preventivas para garantir a normalidade de sua operação.”

Os sites do Tribunal de Justiça e do Ministério Público de São Paulo saíram do ar nesta sexta-feira. Segundo os órgãos, isso foi uma medida preventiva, porque seus sistemas não chegaram a ser afetados pelo ataque de escala mundial.

A análise do Instituto Nacional de Cibersegurança (Incibe) mostra que o software malicioso que provocou o ciberataque a nível global é um WanaCrypt0r, uma variante de WCry/WannaCry. Depois de se instalar no equipamento, esse vírus bloqueia o acesso às pastas do computador afetado pedindo um resgate e pode afetar aos demais computadores vulneráveis na rede. Enquanto vai contaminando os arquivos do computados, o WanaCrypt0r aumenta a quantia do resgate exigido com o passar do tempo.

Fonte: http://brasil.elpais.com

Redação JC: