Capital paulista supera marca de 1 milhão de infectados pelo coronavírus

FÁBIO MUNHOZ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cidade de São Paulo superou nesta terça-feira (27) a marca de 1 milhão de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Segundo boletim divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde, gestão Bruno Covas, a capital paulista havia registrado 1.000.676 diagnósticos positivos para a Covid-19 até o início da noite.

De acordo com a pasta, 26.844 pessoas morreram por complicações provocadas pela doença até a noite desta terça. Isso quer dizer que 2,68% das pessoas que testaram positivo para a Covid-19 na capital não resistiram e morreram.
O primeiro caso de infecção pelo coronavírus na cidade (e no país) foi confirmado no dia 25 de fevereiro do ano passado. Na época, o Ministério da Saúde afirmou que o paciente contaminado havia estado na Itália -então epicentro da doença- dias antes de voltar ao Brasil. As primeiras mortes pela Covid-19 foram confirmadas no início de março de 2020.

O médico epidemiologista André Ribas de Freitas, professor da faculdade São Leopoldo Mandic, explica que, tanto o país quanto a capital paulista vêm apresentando reduções nos números de contaminações e de mortes. Entretanto, avalia que essa queda é “temporária”, já que os governos estadual e municipal vêm autorizando a retomada das atividades econômicas nas últimas semanas.

Até o dia 11 de abril, todo o estado estava na chamada fase emergencial do Plano São Paulo de combate à doença. Nessa etapa, somente as atividades comerciais consideradas essenciais tinham autorização para funcionar. No dia 12, o estado voltou para a fase vermelha, que libera as atividades presenciais nas escolas.

No dia 18 de abril, começou a chamada fase de transição, que autorizou a reabertura do comércio. Pouco depois, no dia 24, passou a ser permitido o funcionamento de parques, salões de beleza, barbearias e academias de ginástica, além do atendimento presencial nos restaurantes.

“Com a volta das atividades podemos ter um aumento no número de casos e uma possível nova onda”, diz o epidemiologista. Na avaliação dele, esse crescimento pode acontecer em “um futuro não muito distante”.
Ribas afirma que, além de acelerar o ritmo de vacinação, é importante que as autoridades de saúde façam o rastreamento de todas as pessoas que tiveram contato com aqueles que foram contaminados pelo vírus. Segundo ele, grande parte das transmissões ocorre antes do início dos sintomas. Por esse motivo, diz, não é suficiente isolar somente o paciente. “A quarentena de contatos é recomendada por todos os órgãos de saúde internacionais”, acrescenta. A prefeitura de São Paulo foi procurada para comentar sobre os números e para falar a respeito das medidas de contenção do vírus, mas não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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