Campanha do “Setembro Amarelo” visa à prevenção e ao combate ao suicídio

Criada pelo Centro de Valorização à Vida (CVV) em 2015, a Campanha “Setembro Amarelo” ganhou forma e força ao longo destes últimos anos como um trabalho para conscientizar e evitar que o número de suicídios no país continue crescendo. O Jornal Cidade fez um levantamento junto à Delegacia Seccional de Rio Claro que apresentou estatísticas da triste situação que afeta a sociedade sem distinção de idade, sexo ou classe social (veja tabela abaixo).

Para a psicóloga Thaís Andreoli, o suicídio é um grave problema de saúde pública que, por muitas vezes, pode ser evitado, algo que em diversos casos não ocorre por falta de informação ou mitos que envolvem essa temática: “O setembro amarelo é de suma importância, visto que é uma campanha que visa conscientizar justamente sobre isso, que a informação e que falar sobre não irá incitar mais casos, mas sim mostrar meios de se lidar com pessoas que têm essa ideação suicida. Mesmo sendo um assunto difícil de se tratar, delicado, falar a respeito é uma maneira de prevenção”, afirma a profissional.

Apesar de não existir uma causa específica para o suicídio, podendo ocorrer inclusive por impulso (devido a uma crise financeira, algum abuso sofrido, por exemplo), os transtornos mentais são seus principais causadores, em especial a depressão, transtorno grave que deve sim ser levado em consideração.

“Para encontrar ajuda, é importante buscar uma rede de apoio capacitada por profissionais da área, principalmente médicos psiquiatras e psicólogos para auxiliar em seu tratamento. Em relação à atitudes de pessoas próximas, ouvir e estar atento aos sinais que a pessoa pode dar é o principal meio de ajuda, não emitir julgamentos, levar em consideração o sofrimento que o indivíduo está passando sem menosprezá-lo e, o mais importante: entender que não apenas em setembro devemos colocar isso em prática, mas sim todos os dias do ano”, alerta a psicóloga.

Apoio

Para quem está passando por isso ou conhece alguém que está deprimido e dando sinais de que precisa de ajuda, no Brasil o Centro de Valorização à Vida atende voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Basta ligar 188 ou acessar o site www.cvv.org.br.

Outros dados

Entre 2002 e 2012, o número de casos de suicídio subiu 34%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, o aumento chegou a 40%, de acordo com o último levantamento do Mapa da Violência

Vlada Santis: