Vereadores da oposição destacam cobranças na última sessão ordinária do ano, com silêncio monótono da base governista no plenário da Câmara
A Câmara Municipal de Rio Claro realizou na noite dessa segunda-feira (15) a última sessão ordinária do ano. Agora, as sessões só voltam oficialmente em fevereiro, porém, até lá as extraordinárias poderão ser convocadas caso sejam necessárias. Na ‘despedida’ de ontem, poucos foram os vereadores que discursaram. A base governista teceu alguns comentários gerais sobre o trabalho próprio que foi realizado por cada um, mas a oposição novamente marcou ‘território’ em críticas sobre o Governo Gustavo.
A vereadora Tiemi Nevoeiro (Republicanos) teve requerimentos aprovados por todos os demais em que questiona os gastos da viagem da comitiva formada pelo prefeito, a primeira-dama Bruna Perissinotto, o secretário de Esportes Erlon Thiele e o adjunto Uisner Lucas De Souza para a cidade de Bruxelas, na Bélgica, na semana passada. Na oportunidade, Rio Claro recebeu em solenidade o selo Cidade Americana do Esporte 2026.
A parlamentar, no entanto, questiona os gastos da viagem e a respeito do suposto valor pago de dez mil Euros para Rio Claro concorrer ao título que, segundo ela, estava previsto no edital do projeto. O líder do PSD, partido de Gustavo, Elias Custódio, fez contraponto apresentando uma série de resultados no esporte municipal ao longo do ano, ainda que tenha defendido a necessidade de esclarecimentos dos gastos propostos por Tiemi.
No campo da educação, o vereador Rodrigo Guedes (União Brasil) falou ao plenário quase vazio, diante da ausência de vereadores da base que foram embora antes do término da sessão, a respeito do edital para a contratação de uma OS (Organização Social) para a gestão compartilhada das quase 70 escolas municipais no próximo ano.
Conforme a Farol JC revelou no domingo (14), o contrato previsto que será firmado em janeiro aponta um gasto de R$ 123 milhões anuais com a proposta, com economia anual de R$ 23 milhões ao que já é pago atualmente, segundo o Governo Gustavo. Rodrigo aponta que ao longo de cinco anos de contrato serão desprendidos mais de R$ 615 milhões com este contrato futuro que a Prefeitura pretende executar.
O parlamentar também destacou a “farra das horas extras” na Cultura, alvo do Tribunal de Contas do Estado (TCE). No sábado (13), a coluna Farol JC também revelou detalhes da investigação da Corte que deu parecer pela irregularidade das contas do prefeito Gustavo em 2023, ano em que as horas extras ultrapassaram as 330 horas para alguns servidores daquela pasta. Na coluna desta terça-feira (16), o ex-secretário Dalberto Christofoletti fez a defesa do que houve naquela época.