Autoridades realizam reintegração de posse no conjunto habitacional Santa Lúcia

Lucas Calore e Wagner Gonçalves

Ocupantes dos imóveis aguardavam seus móveis serem recolhidos para abrigo

Teve início logo nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (11) a reintegração de posse do conjunto habitacional Santa Lúcia, localizado no bairro Boa Vista II, em Rio Claro. Os imóveis estão ocupados há mais de dois meses por diversas famílias. A data da ação estava sob sigilo para que houvesse um planejamento de remoção pacífica das famílias dessas residências.

Na última sexta-feira (7), o coronel da reserva da Polícia Militar, João Donizete Scozzafave, que atua como encarregado da Segurança Patrimonial da construtora RPS, responsável pelo empreendimento, afirmou que de um total de 320 imóveis, cerca de 70 estão ocupados pelos populares. Ainda segundo o coronel, a Polícia Militar irá cumprir a decisão judicial independente de os reais beneficiados pelo programa estarem nas casas.

Scozzafave também informou que a empresa está fazendo a cotação com três empresas para a compra dos materiais que serão necessários para a finalização das obras, que ficaram comprometidas com os atos de depredação. “A previsão é de que a entrega do Santa Lúcia seja feita dentro de 60 dias. Somente os trâmites burocráticos da licitação devem levar em torno de 30”, acrescenta o encarregado da RPS.

Atualizada em 11/11, às 12h30

Nesta fase, a reintegração tem como objetivo a retirada total das famílias e respectivos móveis que estavam acomodados nas casas. De acordo com a oficial de justiça responsável por cumprir o mandado, a abordagem tem por finalidade relacionar os bens que se encontram para, desta forma, destiná-los a um galpão vinculado à Secretaria da Habitação, na Rua 6.

Da Polícia Militar, o responsável por liderar o contingente, Capitão Sabino, comentou ter sido feita orientação com os ocupantes no último domingo para falar sobre a reintegração. Já durante a operação, desta quinta, cerca de 100 policiais compuseram a equipe, para evitar manifestações violentas. Contudo, ele destacou, que a intervenção foi tranquila, sem resistência. “Muitas famílias já haviam desocupado antes”, comentou.

Os que já tinham carreta ou caminhão para a retirada dos objetos pessoais retiravam durante a a reintegração. No entanto, nas outras situações a empresa responsável pela construção do conjunto habitacional, RPS Engenharia, organizou equipe com mais de 50 colaboradores e 10 caminhões para a retirada. A expectativa é de que as obras sejam retomadas 48h após o término desta operação.

A matéria na íntegra você confere na edição desta quarta-feira (12) do JC. 

Redação JC: