Artistas grafitam muros no Distrito Industrial e provocam impacto social em Rio Claro

A Fábrica de Graffiti (fabricadegraffiti.com.br) está transformando mais uma cidade. Desta vez, o projeto que humaniza distritos industriais por meio da arte de rua chega a Rio Claro, no interior de São Paulo, para pintar um muro de 1,4 Km de extensão, uma empena de 35m x 10m e outras áreas, totalizando 3.200 m².

A ação começou no dia 7 de março e termina no Dia Mundial da Água, 22 de março, que é o tema do trabalho dos 26 artistas convidados, e conta com formação e programação paralela gratuitas para a comunidade.

A edição é patrocinada pela Tigre, multinacional brasileira líder de mercado no segmento de tubos, conexões e materiais hidráulicos, por meio do ICRH (Instituto Carlos Roberto Hansen), o braço social do Grupo. A pintura será realizada na fábrica da Tigre em Rio Claro, que completou 80 anos de história na cidade.

A Fábrica de Graffiti é o primeiro projeto brasileiro de arte de rua com foco nos distritos industriais, descentralizando e democratizando o acesso à arte ao atuar longe dos centros urbanos, que recebem a maioria dos projetos culturais do país. Desde 2019, a Fábrica de Graffiti já passou por Contagem (MG), Feira de Santana (BA), Barra Mansa (RJ), Joaquim Murtinho (MG), João Monlevade (MG) e Sabará (MG), por meio de Leis de Incentivo à Cultura a níveis federal e estadual, sempre com o investimento de grandes indústrias e multinacionais que têm compromisso com o desenvolvimento sociocultural das cidades onde estão presentes, como a Fundação ArcelorMittal, a Belgo Bekaert Arames e a Tigre.

Os artistas convidados para a nova edição da Fábrica de Graffiti são Kelly Reis, Mari Mats, Kari, Carol Murayama, Wira Tini, Soberana Ziza, Auá, Aline Seelig, Ana Kia, Laís da Lama, Afolego, Kueio, Galo, Tinho, Gelin, XGuix, Diógenes, Vespa, Magoo, Ise, Robinho Santana, Tikka Meszaros, Tito Ferrara, JCrepaldi, Does e DNinja.

O tema, Dia Mundial da Água, chama a atenção para as crises socioambientais mundiais causadas pelo mau uso dos recursos hídricos, poluição das águas e aquecimento global. 

“A água é o recurso mais precioso que temos e a maior commodity daqui pra frente. Estamos levantando uma bandeira e um alerta de que esse recurso pode acabar. Embora haja um tema (e essa é a primeira edição que estabelece um tema), damos liberdade criativa para que os grafiteiros o interpretem e expressem como preferirem e trabalhamos exclusivamente com artes autorais. Garantir a liberdade artística é nossa forma de apoiar os artistas e estimular o setor cultural”, comenta Paula Mesquita Lage, fundadora e produtora executiva da Fábrica de Graffiti.

Com o propósito de cuidar da água para oferecer mais qualidade de vida às pessoas, a Tigre integra o projeto mostrando sua responsabilidade com a comunidade. 

“Para a Tigre, ser sustentável significa contribuir com a construção de um mundo melhor. A sustentabilidade corre nas veias da Tigre, que nasceu para cuidar da água, mas também na condução dos negócios de forma transparente, ética e responsável, na valorização dos nossos colaboradores, no envolvimento com nossas comunidades e na inovação para o desenvolvimento de soluções. Na condição de promotores da agenda global da Organização das Nações Unidas para 2030, nos identificamos com o projeto proposto pela Fábrica de Graffiti”, afirma Otto von Sothen, presidente do Grupo Tigre.

Impacto social

Além de promover bem-estar aos moradores dos distritos industriais ao colocá-los em contato com a arte em seu trajeto pela cidade, a Fábrica de Graffiti realiza ações gratuitas para estimular a cena local da arte de rua. De 7 a 19 de março, os grafiteiros e arte-educadores do projeto, Gabriel Skap e Tina Soul, estarão na Escola Estadual Professora Zita Godoy Camargo para ministrar uma programação cultural de de graffiti para 180 alunos, entre adolescentes e jovens adultos. Ao final do curso, os estudantes serão convidados a grafitar um espaço da própria escola. Também estão previstas palestras e rodas de conversa abertas a toda a comunidade, nas quais serão abordadas a história da arte urbana, as técnicas do graffiti, a desmistificação da relação entre picho e graffiti e o processo criativo dos artistas – estima-se impactar pelo menos 330 pessoas no total.

A fundadora da Fábrica de Graffiti explica que “as cidades industriais são, muitas vezes, completamente carentes nesse aspecto: não possuem museus, nem têm muito investimento na área cultural. Por isso a experiência da Fábrica de Graffiti é sempre avassaladora para a comunidade e para nós, que sentimos o impacto social do nosso trabalho. Nossa programação na cidade costuma significar a primeira conexão de um adolescente com a arte, a primeira oportunidade de ter uma profissão voltada para o segmento artístico e encontra o desejo por aprendizado desses jovens. Plantamos sementes por onde passamos”. O programa educativo do projeto formou 500 novos artistas nas edições anteriores.

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